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No início era a dor. Com este sintagma propomos revisar a dor no luto, da sua versão freudiana à aposta de Lacan, para passar do fenômeno ao problema estrutural. Nos interessa particularmente indicar algumas coordenadas psicanalíticas para pensar a dor, uma vez que se apresenta como afeto intransmissível, incomunicável e próprio, e seu paradoxo: é possível de interpretar-se e provocar empatia. Com uma breve análise de duas partes do filme, Land (2021) e Pieces of a woman (2020), introduziremos o problema da alteridade e do Outro, para sublinhar e ao mesmo tempo questionar o seguinte argumento: certas ambiguidades do luto freudiano o apresentaria como solidário ao discurso neoliberal. Uma leitura estrutural da dor se apresenta como chave para convocar os falantes, onde os laços parecem desvanecer-se.