{"title":"A contemplação da natureza e o sumo bem segundo Sêneca: tradução comentada do prefácio do livro I das Naturales Quaestiones","authors":"Willamy Fernandes Gonçalves","doi":"10.34019/2318-3446.2020.v8.31784","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/2318-3446.2020.v8.31784","url":null,"abstract":"A despeito da ideia amplamente difundida de que os estoicos romanos teriam deixado de lado física e lógica e se dedicado em caráter praticamente exclusivo ao terceiro elemento da tríade estoica, a ética, conhecemos diversos títulos de Sêneca relacionados ao estudo da natureza, a física. Esses estudos abarcam temas ligados a diversas áreas de estudos, como biologia, geologia e cosmologia. Também permeiam toda a vida do filósofo, desde a sua juventude até sua velhice. Por fim, as Naturales Quaestiones são o tratado mais longo de Sêneca e sua obra mais longa, se excetuarmos a coletânea de cartas a Lucílio. No prefácio que ora traduzimos, Sêneca expõe sua visão acerca da importância do estudo da natureza e, longe de considerá-lo secundário, argumenta que se trata do sumo bem da vida humana, sem o qual mesmo uma vida perfeitamente ética deixa de ter valor.","PeriodicalId":386005,"journal":{"name":"Rónai – Revista de Estudos Clássicos e Tradutórios","volume":"600 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123197600","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A linhagem dos heróis na cosmologia hesiódica","authors":"Juarez Oliveira","doi":"10.34019/2318-3446.2020.v8.32398","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/2318-3446.2020.v8.32398","url":null,"abstract":"Este trabalho discute a figura do ἥρως na poesia hesiódica a fim de entender em que consistem o herói e a chamada linhagem dos heróis na cosmologia apresentada por Hesíodo. Para isso, partindo da definição de herói, proposta por Gregory Nagy, como alguém, homem ou mulher, que descende de deuses e mortais, realiza-se uma análise filológica das passagens da Teogonia, do Catálogo das Mulheres e de Trabalhos e Dias em que o termo ἥρως é usado. Mostra-se que o herói é um personagem que pode exercer as funções de fundador, rei e guerreiro, sem que elas sejam mutuamente excludentes, vive em cidades e pratica guerra e navegação, além da agricultura. Enquanto membro da chamada linhagem dos heróis, ele está destinado a morrer, especialmente nas guerras de Tebas e de Troia.","PeriodicalId":386005,"journal":{"name":"Rónai – Revista de Estudos Clássicos e Tradutórios","volume":"26 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131733456","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Traduction ou la lecture en profondeur : analyse des traductions françaises de Grande Sertão : Veredas de João Guimarães Rosa","authors":"Sheila Maria dos Santos","doi":"10.34019/2318-3446.2020.v8.30858","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/2318-3446.2020.v8.30858","url":null,"abstract":"Selon André Gide, la traduction serait la manière la plus parfaite de lire un texte, aphorisme retrouvé aussi chez Muntaner, Plassard, entre autres. En effet, la lecture effectuée dans le but de servir à la traduction d’une œuvre ne possède pas les mêmes caractéristiques que la lecture pratiquée par un lecteur commun. Ainsi, en ayant conscience de l’importance de la lecture approfondie pour la traduction, ce travail se penchera sur l’analyse des deux traductions françaises de l’œuvre Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, intitulées Diadorim, dans le but d’identifier les différentes lectures faites du texte-source. Pour ce faire, l’on utilisera comme base théorique les œuvres de Plassard, Walter Benjamin, Ladmiral, Wuilmart, entre autres.","PeriodicalId":386005,"journal":{"name":"Rónai – Revista de Estudos Clássicos e Tradutórios","volume":"23 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128471434","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Traduzindo o luto: o lamento materno em Suplicantes de Eurípides","authors":"Vanessa Silva Almeida, Orlando Luiz De Araújo","doi":"10.34019/2318-3446.2020.v8.30360","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/2318-3446.2020.v8.30360","url":null,"abstract":"Este trabalho objetiva fazer uma breve análise do lamento enlutado das mães argivas no coro de Suplicantes, de Eurípides, e verificar como as imagens e os sentidos desse lamento construídos no texto-fonte podem ser reconstruídos na tradução para o português brasileiro. Para isso, traduzimos opárodo da peça (v. 42-86), bem como o trecho entre os versos 798 e 836, em que o luto e as manifestações de lamento são mais visíveis. Considerou-se como ponto de partida o emprego das palavras thrḗnos, góos e kommós na literatura grega para então desenvolvermos a análise do lamento na peça em questão. Embasamo-nos, principalmente, em Alexiou (2002) e Loraux (1994). Ao final, conclui-se que são as escolhas lexicais feitas que asseguram a percepção dos sentidos e imagens do texto-fonte no texto traduzido através da análise de elementos cênicos.","PeriodicalId":386005,"journal":{"name":"Rónai – Revista de Estudos Clássicos e Tradutórios","volume":"588 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132828072","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O azul da ilha, de Évelyne Trouillot","authors":"A. Ribeiro","doi":"10.34019/2318-3446.2020.v8.29954","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/2318-3446.2020.v8.29954","url":null,"abstract":"Apresenta-se aqui a tradução coletiva da peça O azul da ilha (Le bleu de l’île), escrita originalmente em francês pela haitiana Évelyne Trouilot em 2005. Em uma breve introdução, o público leitor será apresentado à autora, a seu contexto e ao ponto de partida do trabalho da tradução, realizado no âmbito da disciplina “Iniciação à prática da tradução francês-português” ministrada no curso de Letras da Universidade Federal de São Paulo em 2017. A própria Trouillot, em uma apresentação que também traduzimos, explica o contexto de escrita da peça.","PeriodicalId":386005,"journal":{"name":"Rónai – Revista de Estudos Clássicos e Tradutórios","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130992722","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Modulações genéricas em Virgílio","authors":"Matheus Trevizam","doi":"10.34019/2318-3446.2020.v8.30899","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/2318-3446.2020.v8.30899","url":null,"abstract":"Neste artigo, a partir do conceito de “modo” (FOWLER, 1982, p. 107), analisamos trechos de Virgílio em que se dão misturas de gêneros. Em Ecl. 6.31-81, a fala de Sileno faz ver alguns elementos didáticos (ou épicos); em Geórgicas 3.8-39 e 3.322-338, encontram-se traços épicos e bucólicos em meio ao didatismo; por fim, podendo-se considerar a Eneida como uma espécie de súmula de vários gêneros literários (HARRISON, 2007, p. 207 et seq.), nela há inclusive traços bucólicos e didáticos (6.713-892). Intentamos, assim, apresentar exemplos que permitam entender a variabilidade dos recursos genéricos que Virgílio empregou em suas obras. Os dados obtidos apontam para a difusão do processo de “modulação”, ou mistura genérica parcial, ao longo dessas três obras virgilianas. ","PeriodicalId":386005,"journal":{"name":"Rónai – Revista de Estudos Clássicos e Tradutórios","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122353110","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"“Natureza”, “substância” e metáfora em Aristóteles","authors":"Lucas Angioni","doi":"10.34019/2318-3446.2020.v8.32433","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/2318-3446.2020.v8.32433","url":null,"abstract":"O propósito deste artigo é discutir um difícil trecho da Metafísica de Aristóteles (V. 4, 1015a11-13), no qual o filósofo parece identificar um uso metafórico do termo “natureza” (physis) para se referir às entidades que, em sua filosofia, são denominadas de “substância” (ousia). Defendo que Aristóteles, no referido trecho, se vale da noção exata de metáfora baseada em uma analogia (definida na Poética e na Retórica), a qual se funda na semelhança (ainda que tênue) entre duas relações (cada uma delas envolvendo dois itens relacionados). No trecho 1015a11-13, temos sentenças do tipo que usualmente empregamos, no nível da metalinguagem, para esclarecer o uso metafórico dos termos. Aristóteles pressupõe a seguinte semelhança: tanto a natureza como a substância são, em seus respectivos domínios, um princípio que garante (entre outras coisas) certas condições de persistência para aquilo de que são princípio. E isso basta para o uso metafórico de “natureza” para se referir a substâncias.","PeriodicalId":386005,"journal":{"name":"Rónai – Revista de Estudos Clássicos e Tradutórios","volume":"13 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114949989","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"“Então não verias o divino Agamêmnon com preguiça” (Il. 4. 223): um caso de apóstrofe na Ilíada?","authors":"Gabriela Canazart, Christian Werner","doi":"10.34019/2318-3446.2020.v8.28285","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/2318-3446.2020.v8.28285","url":null,"abstract":"Este artigo, partindo de uma argumentação narratológica, discute as alocuções dirigidas ao narratário primário na Ilíada buscando determinar se elas podem ser consideradas apóstrofes, ou seja, se são poeticamente homólogas às apóstrofes a personagens. Seu objetivo secundário é explorar se e como essas alocuções, levando-se em conta seu contexto, sugerem ao narratário outros caminhos para a narrativa se desenvolver.","PeriodicalId":386005,"journal":{"name":"Rónai – Revista de Estudos Clássicos e Tradutórios","volume":"171 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133787344","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Cristóvão José Dos Santos Júnior, José Amarante Santos Sobrinho
{"title":"Adão, Eva, Caim e Abel sem a letra 'a', por Fulgêncio, o Mitógrafo: tradução do Livro I do lipograma De aetatibus mundi et hominis","authors":"Cristóvão José Dos Santos Júnior, José Amarante Santos Sobrinho","doi":"10.34019/2318-3446.2020.v8.27256","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/2318-3446.2020.v8.27256","url":null,"abstract":"A presente pesquisa aborda o processo tradutório do primeiro livro (Ausente A) da obra De aetatibus mundi et hominis, creditada ao autor norte-africano e tardo-antigo Fábio Plancíades Fulgêncio. Nesta primeira seção da obra, aqui traduzida, Fulgêncio narra o mito do pecado original relativo a Adão e Eva. Ocorre que, em sua descrição, o Mitógrafo adota o mecanismo esteticamente inusitado de supressão de letras (lipograma), evitando palavras que apresentem registro em ‘a’, o que foi mantido na proposta de tradução.","PeriodicalId":386005,"journal":{"name":"Rónai – Revista de Estudos Clássicos e Tradutórios","volume":"146 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-07-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133870681","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Intertextualidade e metapoesia no Satyricon, de Petrônio","authors":"Simone Sales Marasco Franco","doi":"10.34019/2318-3446.2019.v7.23288","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/2318-3446.2019.v7.23288","url":null,"abstract":"A intertextualidade é largamente utilizada por Petrônio como um recurso a mais para a construção de uma sociedade decadente, uma vez que a configuração e a caracterização de cada personagem são feitas de modo a confundir o leitor e levá-lo à reflexão. Com base nesses preceitos, alicerçados pelas contribuições acerca da intertextualidade de Bakhtin (1981) faremos uma leitura da obra de Petrônio à luz da intertextualidade para verificarmos seu processo de construção metapoética e suas contribuições para a crítica literária.","PeriodicalId":386005,"journal":{"name":"Rónai – Revista de Estudos Clássicos e Tradutórios","volume":"32 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-10-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132341085","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}