{"title":"Há vida entre sementes","authors":"B. Pereira","doi":"10.53000/rr.v13i2.17038","DOIUrl":"https://doi.org/10.53000/rr.v13i2.17038","url":null,"abstract":"Para este trabalho, recorremos a pesquisas sobre as dinâmicas de economia florestal na Reserva Extrativista do Médio Juruá/Carauari/AM. Através de um experimento literário, três sementes nativas nos contam sobre como se relacionam com humanos e se emaranham a outras formas de vida. Inspiradas pelos estudos multiespécies, histórias sobre vivências vegetais e práticas extrativistas apresentam diferentes possibilidades de convívio na floresta, tendo como horizonte a comunidade Roque. Com esse experimento, pretendemos refletir sobre como plantas podem nos orientar para relações mais-que-humanas, na tentativa de estender nossas ferramentas de descrição da Amazônia ribeirinha para paisagens multiespécies.","PeriodicalId":360724,"journal":{"name":"RURIS (Campinas, Online)","volume":"46 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121560141","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Autonomização do cadastro ambiental rural (CAR)","authors":"Francisco Octávio Bittencourt de Sousa","doi":"10.53000/rr.v13i2.17044","DOIUrl":"https://doi.org/10.53000/rr.v13i2.17044","url":null,"abstract":"Nesse texto analisamos os desdobramentos da implantação do cadastro ambiental rural (CAR) através das teorias de Alfred Gell e Bruno Latour, oferecendo uma vista alternativa para o “desvio de função” do registro público a partir da ideia de agência dos objetos. Inicialmente discute-se as teorias dos autores citados, em seguida apresentamos os objetivos para os quais o CAR foi pensado. Finalizamos com o reconhecimento de sua autonomização expressa em um conceito expandido de grilagem.","PeriodicalId":360724,"journal":{"name":"RURIS (Campinas, Online)","volume":"21 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122228089","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Uma árvore de muita autoridade","authors":"Mario Rique Fernandes","doi":"10.53000/rr.v13i2.17043","DOIUrl":"https://doi.org/10.53000/rr.v13i2.17043","url":null,"abstract":"A literatura fornece um campo fértil para a pesquisa sobre a relação do ser humano com a natureza. Escritores e pesquisadores, apesar da especificidade de seus trabalhos - a arte e a ciência - tem pontos em comum em relação à natureza das percepções e às experiências ambientais. A produção literária de Guimarães Rosa apresenta uma multiplicidade de significados de natureza, fruto de andanças, observações e vivências do autor, que trazem nas entrelinhas uma concepção e um profundo conhecimento sobre a flora, a fauna e a gente sertaneja. Este ensaio busca interpretar o “caráter” da palmeira buriti na poética do sertão de Guimarães Rosa, utilizando seus escritos, dados etnográficos e minhas próprias observações a respeito dessa árvore.","PeriodicalId":360724,"journal":{"name":"RURIS (Campinas, Online)","volume":"88 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115823609","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Ouvindo no mangue","authors":"Lucas Coelho Pereira","doi":"10.53000/rr.v13i2.17041","DOIUrl":"https://doi.org/10.53000/rr.v13i2.17041","url":null,"abstract":"Neste artigo, eu uso como caso etnográfico uma situação vivenciada por mim e um amigo caranguejeiro junto a macacos–prego em manguezais da Reserva Extrativista Marinha do Delta do Parnaíba. Partindo de experiências auditivas implicadas na captura do caranguejo-uçá, reflito sobre o conceito antropológico de território em diálogo: 1) com a noção de paisagem sonora e a crítica elaborada a ela por Tim Ingold; 2) com a categoria de território pesqueiro, desenvolvida por movimentos sociais da pesca. Assim, aciono os sons a fim de propor uma abordagem de território fundada nos engajamentos práticos dos viventes com o ambiente.","PeriodicalId":360724,"journal":{"name":"RURIS (Campinas, Online)","volume":"26 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130611113","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Ações domesticadoras no assentamento de reforma agrária 12 de Julho/RS","authors":"L. Fonseca","doi":"10.53000/rr.v13i2.17037","DOIUrl":"https://doi.org/10.53000/rr.v13i2.17037","url":null,"abstract":"Este artigo classifica três técnicas agrícolas praticadas no Assentamento de Reforma Agrária 12 de Julho/RS em seus distintos modos de ação. O forrageio, o cultivo e o abandono são aqui descritos e classificados em conjuntos de ações de tipo deixar se fazer e deixar de fazer. Essas ações são compreendidas como domesticadoras que, por meio de suas escolhas técnicas geram biodiversidade e tecnodiversidade.","PeriodicalId":360724,"journal":{"name":"RURIS (Campinas, Online)","volume":"22 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133107336","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Paisagem em festa","authors":"Oswaldo Giovannini Junior","doi":"10.53000/rr.v13i2.17042","DOIUrl":"https://doi.org/10.53000/rr.v13i2.17042","url":null,"abstract":"Festa tradicional que celebra a padroeira da aldeia Potiguara de Coqueirinho/PB, cujo apogeu é uma procissão de barcos até a vila de Barra de Mamanguape. Envolve milhares de pessoas de diversas cidades da região do vale do rio Mamanguape. Ocorre no segundo ou terceiro domingo de dezembro, dependendo da fase da maré e é organizada principalmente por pescadores. Uma diversidade de sentidos, gestos e corporalidades é notada no comportamento dos sujeitos e nas formas como traçam suas trajetórias pela festa. Uma etnografia fílmica (FRANCE, 2000) traz à discussão a relação entre festa (PEREZ, 2012) e paisagem, compreendendo as mesmas como sistemas abertos e fluidos (INGOLD, 2015).","PeriodicalId":360724,"journal":{"name":"RURIS (Campinas, Online)","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128062985","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A fabricação da natureza","authors":"R. Valdez","doi":"10.53000/rr.v14i1.17031","DOIUrl":"https://doi.org/10.53000/rr.v14i1.17031","url":null,"abstract":"Este artigo aborda as transformações da paisagem numa perspectiva que abarca a ação de humanos e não humanos, para além da dicotomia Natureza/Cultura. O foco recai sobre a área do atual Parque Estadual do Rio Vermelho (Florianópolis/SC). O autor reflete sobre as percepções e práticas subjacentes ao antigo projeto de silvicultura no local, baseado em uma racionalidade moderna, objetivando a homogeneização da paisagem, apagando marcas e vestígios da ocupação dos habitantes locais. Também explora os desdobramentos deste projeto, cuja crise levou a inesperados processos de produção de diferença, proporcionando proliferações de novos elementos heterogêneos na paisagem.","PeriodicalId":360724,"journal":{"name":"RURIS (Campinas, Online)","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132967708","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A formação da classe patronal rural","authors":"Vandrisia Neves Balthezan","doi":"10.53000/rr.v14i1.17034","DOIUrl":"https://doi.org/10.53000/rr.v14i1.17034","url":null,"abstract":"O artigo investiga a representação de interesses do Sindicato Rural de São Sepé (Rio Grande do Sul/Brasil), enquanto porta-voz local do patronato rural. O objetivo é identificar os representantes da classe patronal rural e compreender as práticas sociais que envolvem o processo de formação dessa classe. A metodologia ampara uma conjugação de técnicas: visitas, análise documental, entrevistas, observação e pesquisa em ambientes digitais. A pesquisa contempla a estrutura organizacional da entidade, as relações estabelecidas com outras entidades de classe e os aspectos socioeconômicos e as trajetórias sociais dos presidentes.","PeriodicalId":360724,"journal":{"name":"RURIS (Campinas, Online)","volume":"19 5","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134363853","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Do igarapé ao Rip Rap","authors":"Silvia Adriana Lima Corrêa","doi":"10.53000/rr.v14i1.17024","DOIUrl":"https://doi.org/10.53000/rr.v14i1.17024","url":null,"abstract":"O presente artigo propõe a abordagem da ideia de paisagem a partir da análise da trajetória de degradação dos igarapés que entrecortam a cidade de Manaus e dos grupos sociais que moram em seu entorno. Isso por que ambos, igarapés e moradores de seu entorno formam no presente, juntos, uma paisagem que transmite de antemão uma mensagem: perigo. Intenta-se problematizar essa percepção associada à imagem desse tipo de lugar em Manaus entendendo que corresponde a uma construção social pautada em informações acionadas por via da memória e do sensível que faz com que sejam estabelecidos previamente julgamentos diante do (des)conhecido. \u0000 ","PeriodicalId":360724,"journal":{"name":"RURIS (Campinas, Online)","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127986737","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
P. Silveira, T. M. Cardoso, Emília Pietrafesa de Godoi
{"title":"Antropologias da Paisagem","authors":"P. Silveira, T. M. Cardoso, Emília Pietrafesa de Godoi","doi":"10.53000/rr.v14i1.17023","DOIUrl":"https://doi.org/10.53000/rr.v14i1.17023","url":null,"abstract":"Apresentação do segundo volume do Dossiê Antropologias da Paisagem.","PeriodicalId":360724,"journal":{"name":"RURIS (Campinas, Online)","volume":"31 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129117514","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}