{"title":"Poesia, pensamento e política em três autores contemporâneos","authors":"V. Lins","doi":"10.35520/FLBC.2018.V10N20A22857","DOIUrl":"https://doi.org/10.35520/FLBC.2018.V10N20A22857","url":null,"abstract":"O texto vê a poesia de três poetas contemporâneos: Tarso de Melo, Carlos Ávila e Taís Guimarães, a partir da relação do poema com o pensamento e a política. Desenvolve a reflexão de Prigent sobre a inquietude da palavra na poesia, que subverte a palavra comum da comunicação, dissolvendo as representações habituais. E retoma Hannah Arendt, que pensa a política ligada à liberdade. Com isso, pode-se ver uma política do poema, quando este se liberta do senso comum.","PeriodicalId":354339,"journal":{"name":"Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea","volume":"285 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114415305","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Dois tipos de fotografia para ler a poesia de Adriano Espínola","authors":"Filipe Manzoni","doi":"10.35520/FLBC.2018.V10N20A22856","DOIUrl":"https://doi.org/10.35520/FLBC.2018.V10N20A22856","url":null,"abstract":"Nosso trabalho se propõe a uma análise de duas figurações para a relação entre visualidade e trauma na produção poética de Adriano Espínola, observadas a partir de uma analogia com a fotografia. A poesia de Adriano se pautaria, em um primeiro contexto, por uma tentativa de redimir uma experiência urbana anestesiada pelo excesso de estímulos visuais (isto é, buscaria gerar imagens “mais genuínas” da cidade). Em contrapartida, em seus últimos volumes a produção do poeta se voltaria para um conceito de trauma que aponta para (mas também que esbarra em) um limite intransponível para a simbolização, jogando, portanto, com a própria irrepresentabilidade das imagens. Essa dupla articulação nos levará, assim, a um percurso teórico que, partindo de um contexto benjaminiano-baudelairiano do trauma, se direcionará para alguns conceitos de estudiosos como Giorgio Agamben, Jacques Lacan e Roland Barthes, na medida em que a questão central se desloca da produção de imagens para a sinalização de um limite para estas.","PeriodicalId":354339,"journal":{"name":"Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea","volume":"57 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123369280","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A dialética agregadora da lírica. Mecânica aplicada, de Nuno Rau","authors":"Roberto Bozetti","doi":"10.35520/FLBC.2018.V10N19A19634","DOIUrl":"https://doi.org/10.35520/FLBC.2018.V10N19A19634","url":null,"abstract":"Em seu livro de estreia, Nuno Rau afirma uma poética agregadora e democrática, em torno do topos da “máquina do mundo”, fazendo um entrecruzar de vozes, como num simpósio, de poetas e poemas de distintos tempos, lugares, extrações. Da multiplicidade, da dispersão e da dissensão democrática emerge o sentido maior do viés agregador desta poesia.","PeriodicalId":354339,"journal":{"name":"Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea","volume":"81 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133252096","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Mil rosas roubadas, de Silviano Santiago: estudo/laboratório","authors":"M. V. Alves","doi":"10.35520/FLBC.2018.V10N19A19611","DOIUrl":"https://doi.org/10.35520/FLBC.2018.V10N19A19611","url":null,"abstract":"Mil rosas roubadas, de Silviano Santiago, é um romance ambicioso: valendo-se dos enquadramentos do ensaio, do memorialismo, da (auto)biografia e das fissuras ficcionais, convida o leitor a experimentar conceitos emergentes e acompanhar suas ilustrações. Este artigo procura investigar as estratégias de composição do narrador intelectual, aproximando-as de algumas observações metodológicas de Walter Benjamin e do caráter laboratorial das obras de arte contemporâneas, segundo Reinaldo Laddaga.","PeriodicalId":354339,"journal":{"name":"Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea","volume":"5 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127866305","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"“De ausências e distâncias te construo”: aproximação discursiva e distanciamento físico na correspondência de Caio Fernando Abreu","authors":"André Luiz Alselmi","doi":"10.35520/FLBC.2018.V10N19A19608","DOIUrl":"https://doi.org/10.35520/FLBC.2018.V10N19A19608","url":null,"abstract":"Este artigo, centrado na correspondência de Caio Fernando Abreu, analisa a relação ausência/presença no discurso das cartas. Com base nas ideias de Vincent Kaufmman, constata-se como, apesar de possibilitarem uma aproximação no campo discursivo, as cartas criam um distanciamento físico entre os correspondentes. Esse afastamento garante o espaço de isolamento do artista, graças ao qual a obra pode acontecer. Nesse sentido, sob a ótica de Kaufmann, as correspondências constituem um elo entre o homem e a obra, por promoverem uma intersecção entre a vida e a literatura. A partir das ideias de alguns teóricos do campo epistolar, também se discute como a “ilusão epistolar” -- promovida pela simulação da presença do destinatário no momento da escrita -- supre, no campo discursivo, uma ausência física.","PeriodicalId":354339,"journal":{"name":"Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea","volume":"419 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122861586","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Tempos, homens e lugares possíveis. Outros tempos, de Mauro Iasi","authors":"Marcelo Maldonado","doi":"10.35520/FLBC.2018.V10N19A19627","DOIUrl":"https://doi.org/10.35520/FLBC.2018.V10N19A19627","url":null,"abstract":"Com Outros tempos, Mauro Iasi logra êxito na árdua tarefa de compor uma poética engajada, porém sensível, ao transpor para os versos do livro sua vasta experiência como historiador, sociólogo e político. À constatação de uma contemporaneidade marcada pela instabilidade, contrapõe um sentimento de esperança justificado pela afetividade e pela arte.","PeriodicalId":354339,"journal":{"name":"Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea","volume":"75 ","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"120884957","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Poesia e experiência em Paris não tem centro, de Marília Garcia","authors":"J. S. Pereira","doi":"10.35520/FLBC.2018.V10N19A19618","DOIUrl":"https://doi.org/10.35520/FLBC.2018.V10N19A19618","url":null,"abstract":"Este trabalho propõe uma análise de Paris não tem centro, de Marília Garcia, a partir da imagem das “passagens”, que percorre todo o livro. Trata-se de um diálogo com a Paris do século XIX (com as passagens de Benjamin), mas também com uma passagem que é “de érica zíngano” e com uma “miragem com lu menezes”, isto é, passagem pela tradução e pelo contato com o outro. O que destitui Paris de um centro, essencial para o que parece estar em jogo, são as passagens que parecem experienciadas distintamente tanto da ideia de flanêrie nos moldes de Baudelaire como da deambulação surrealista. A cidade como cenário é evocada, mas diz respeito também à experiência da escrita como algo que busca contato. Paris não é uma cidade-objeto para a qual o “poeta” ou “escritor” olha com distanciamento e sobre a qual escreve: a relação entre a cidade, a poesia e o próprio lugar da arte enquanto instituição é colocada em jogo. Como a “Paris, mito moderno” (Roger Caillois) pode ser entendida a partir de Paris não tem centro? Como a experiência e a imagem do cotidiano se colocam e que interferência isso pode ter na noção de “contemporaneidade” do texto?","PeriodicalId":354339,"journal":{"name":"Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea","volume":"14 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122220358","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Um eu que narra e recita: a lírica lavoura de Raduan Nassar","authors":"Genilda Azerêdo","doi":"10.35520/FLBC.2018.V10N19A19610","DOIUrl":"https://doi.org/10.35520/FLBC.2018.V10N19A19610","url":null,"abstract":"Propomos discutir a natureza lírica do romance Lavoura arcaica, de Raduan Nassar, através de pressupostos teóricos que investigam o hibridismo entre o narrativo e o lírico. Para tanto, embasamos a discussão em teóricos que discutem a lírica -- tanto em contexto de poesia quanto em articulação com o gênero narrativo --, a exemplo de Culler (1999), Freedman (1957) e Frye (1957). Nesta investigação, procuramos ressaltar o desenho poético do texto, seja através da cadência dos discursos (balanceamento, repetições, paralelismos), seja através de uma composição imagética de forte apelo sonoro e visual, em que as metáforas possuem função proeminente.","PeriodicalId":354339,"journal":{"name":"Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea","volume":"74 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130825277","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Poesia e democracia no Brasil: Golpe: antologia-manifesto","authors":"M. Sierra","doi":"10.35520/FLBC.2018.V10N19A19613","DOIUrl":"https://doi.org/10.35520/FLBC.2018.V10N19A19613","url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo é analisar como o “Prefácio”, de Marcia Tiburi, e o poema “todos sabem”, de Adriano de Almeida, da coletânea Golpe: antologia-manifesto, revelam estruturas e identidades políticas que subjazem ao golpe parlamentar de 2016 e contribuem para a expansão da democracia. Nesse sentido, propomos a leitura do prefácio como uma expressão política e do poema como uma proposta de deslocamento de lugares e parcelas (Rancière: 1996). Assim, através dos conceitos rancierianos de literariedade e democracia, procuramos salientar a função da poesia como lugar que facilita a deliberação democrática e como espaço de expressão que busca criar consciência e enriquecer a reflexão sobre os eventos que levaram ao afastamento da presidente Dilma Rousseff.","PeriodicalId":354339,"journal":{"name":"Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea","volume":"308 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134459694","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O Algum lugar ocupado por Paloma Vidal: estudo sobre seu projeto literário","authors":"Daiane Crivelaro","doi":"10.35520/FLBC.2018.V10N19A19615","DOIUrl":"https://doi.org/10.35520/FLBC.2018.V10N19A19615","url":null,"abstract":"Paloma Vidal, escritora que diz possuir um “jeito capenga de ser brasileira”, faz parte da cena literária nacional desde o lançamento de A duas mãos, em 2003. O livro de contos, bem recebido pela crítica brasileira, inaugurou um percurso composto por mais um livro de contos, dois romances, três textos dramáticos e duas coletâneas de breves entradas retiradas de blog pessoal. Com uma literatura fortemente marcada pela sua formação acadêmica e atuação profissional como professora de Teoria Literária, Vidal faz de sua obra uma espécie de laboratório, propondo livros-experimentos. Levando essa dupla inserção em consideração, proponho entender o espaço ocupado por essa escritora-crítica a partir de escritas que entendo como embrionárias de um projeto literário mais extenso. Meu corpus, portanto, será o último conto, “Genealogia”, de A duas mãos (2003), o primeiro romance, Algum lugar (2009), e duas entradas de seu blog intituladas “eu”, de dois (2015) e durante (2015). Embora o objetivo não seja reduzir a obra de Vidal à análise que apresento a partir deste recorte, busco reconhecê-lo como indícios dados pela autora de uma certa unidade. Para isso, dialogarei principalmente com as leituras propostas por Beatriz Resende e Sérgio de Sá.","PeriodicalId":354339,"journal":{"name":"Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea","volume":"33 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127490338","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}