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Abstract
Nosso trabalho se propõe a uma análise de duas figurações para a relação entre visualidade e trauma na produção poética de Adriano Espínola, observadas a partir de uma analogia com a fotografia. A poesia de Adriano se pautaria, em um primeiro contexto, por uma tentativa de redimir uma experiência urbana anestesiada pelo excesso de estímulos visuais (isto é, buscaria gerar imagens “mais genuínas” da cidade). Em contrapartida, em seus últimos volumes a produção do poeta se voltaria para um conceito de trauma que aponta para (mas também que esbarra em) um limite intransponível para a simbolização, jogando, portanto, com a própria irrepresentabilidade das imagens. Essa dupla articulação nos levará, assim, a um percurso teórico que, partindo de um contexto benjaminiano-baudelairiano do trauma, se direcionará para alguns conceitos de estudiosos como Giorgio Agamben, Jacques Lacan e Roland Barthes, na medida em que a questão central se desloca da produção de imagens para a sinalização de um limite para estas.