K. Araújo, D. Moura, José Bidarra, C. Araújo, J. Lacerda
{"title":"Precisamos falar de educação mediada por tecnologias na saúde: um estudo sobre a sífilis em cursos autoinstrucionais abertos a partir de plataformas virtuais de aprendizagem","authors":"K. Araújo, D. Moura, José Bidarra, C. Araújo, J. Lacerda","doi":"10.5327/dst-2177-8264-202133p178","DOIUrl":"https://doi.org/10.5327/dst-2177-8264-202133p178","url":null,"abstract":"Introdução: A oferta de cursos autoinstrucionais por meio de e-learning proporciona agilidade e flexibilidade na formação continuada de profissionais do Sistema Único de Saúde, bem como da população em geral. Plataformas de educação mediada por tecnologias podem ser ferramentas imprescindíveis na luta contra o avanço da sífilis, considerada um grave problema de saúde pública no mundo. Objetivo: Realizar um levantamento da oferta de cursos autoinstrucionais disponibilizados em plataformas virtuais abertas de educação em saúde que tratam do tema sífilis no que diz respeito à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento, visando à capacitação de profissionais de saúde pública ou da população em geral. Métodos: Estudo descritivo realizado por meio de pesquisa de palavras-chave relacionadas à sífilis e a infecções sexualmente transmissíveis em plataformas abertas de educação a distância em saúde. Resultados: Das seis plataformas pesquisadas, três possuem cursos autoinstrucionais mediados por tecnologias com o tema central sífilis: Telelab (um curso — testes diagnósticos da sífilis), Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (um curso — prevenção, diagnóstico e controle de sífilis e outras infecções sexualmente transmissíveis) e Ambiente Virtual de Aprendizagem do Sistema Único de Saúde (21 cursos — prevenção, diagnóstico e tratamento da infecção). Também três plataformas apresentam cursos sobre infecções sexualmente transmissíveis que abordam a sífilis como subtema: Telelab (1 curso — testes rápidos), Campus Virtual da Fiocruz (um curso — Atenção à Saúde no sistema prisional) e Ambiente Virtual de Aprendizagem do Sistema Único de Saúde (sete cursos — prevenção, diagnóstico e tratamento). Campus virtual da Organização Pan-Americana de Saúde e OpenWho não apresentaram resultados. Conclusão: Conclui-se que o tema sífilis ainda não é tratado em grande abrangência por plataformas virtuais de educação aberta em saúde. Observa-se que a execução do Projeto Sífilis Não! fomentou a produção de recursos educacionais abertos sobre a infecções sexualmente transmissíveis, o que reforça a necessidade de políticas públicas específicas para doenças negligenciadas como a sífilis.","PeriodicalId":350000,"journal":{"name":"Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis","volume":"15 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"1900-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122138838","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Taiara Paim Almeida, F. Alberti, Lígia Carangache Kijner, Raphaela Popoviche Eifler, Carla Regina Sell, Gabriela Dutra Cristiano
{"title":"Acolhimento e o serviço social: contribuições para a discussão das ações profissionais da equipe multiprofissional em um serviço especializado no atendimento de pessoas com vírus da imunodeficiência humana/aids","authors":"Taiara Paim Almeida, F. Alberti, Lígia Carangache Kijner, Raphaela Popoviche Eifler, Carla Regina Sell, Gabriela Dutra Cristiano","doi":"10.5327/dst-2177-8264-202133p223","DOIUrl":"https://doi.org/10.5327/dst-2177-8264-202133p223","url":null,"abstract":"Introdução: O acolhimento é parte das diretrizes da Política Nacional de Humanização e objetiva pôr em prática os princípios do Sistema Único de Saúde: universalização, equidade e integralidade. Objetivo: Este relato de experiência tem como objetivo refletir, de forma sistematizada, sobre as vivências e práticas profissionais oportunizadas pela Residência Integrada em Saúde, com a temática do acolhimento em um serviço especializado no atendimento de pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana/aids. Consiste em analisar, por meio da sistematização de experiências, as ações da equipe multiprofissional, composta de assistentes sociais, psicólogas, nutricionistas, enfermeiras e farmacêuticas, a fim de qualificar práticas e agregar conhecimento que possa colaborar com a reorganização desse serviço, na perspectiva de garantir e qualificar o acesso à saúde. Métodos: Trata-se de uma pesquisa participante, apoiada na sistematização de experiências vivenciadas pela assistente social pesquisadora. O material de análise foi o diário de campo, com registros das experiências relacionadas à temática ao longo do período da residência, ainda em andamento. Resultados: A partir de reuniões de equipe multiprofissional foram construídos microprojetos que pudessem gerar impacto no acolhimento, resultados ainda provisórios. O primeiro projeto foi nomeado Os 30 anos do SUS e buscou estimular a compreensão dos/as trabalhadores/as enquanto protagonistas do processo de construção. Os participantes elencaram como principais demandas relacionadas ao acolhimento e aos processos de trabalho: a reunião de equipe, ambiência da recepção e disseminação dos fluxos. Foram realizados cinco encontros, tendo o acolhimento como centralidade dos debates, conjuntamente com a reflexão sobre o processo de trabalho. Conclusão: Entre as principais propostas deste trabalho, observou-se que a mudança da prática profissional gerou desacomodação de maneira positiva, estimulou a participação e o engajamento na busca por melhorias que remetem ao bem-estar da coletividade, além de contribuir para uma prática mais adequada às necessidades de pessoas com vírus da imunodeficiência humana/aids.","PeriodicalId":350000,"journal":{"name":"Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis","volume":"11 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"1900-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128471309","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Yasmim Henrique de Souza Almeida, Hugo Freitas Viégas Fernandes, Carolina Maria Leal Rosas, Ellen Diniz de Menezes, Regina Célia de Souza Campos, Thais Louvain de Souza
{"title":"Prevalence of syphilis, HIV and toxoplasmosis in prenatal screening in the population of the northern region of the state of Rio de Janeiro, Brazil","authors":"Yasmim Henrique de Souza Almeida, Hugo Freitas Viégas Fernandes, Carolina Maria Leal Rosas, Ellen Diniz de Menezes, Regina Célia de Souza Campos, Thais Louvain de Souza","doi":"10.5327/dst-2177-8264-20213309","DOIUrl":"https://doi.org/10.5327/dst-2177-8264-20213309","url":null,"abstract":"Introduction: There is a need for studies to know the real situation and outline measures to guarantee a reduction in the rates of pregnant women diagnosed with HIV, Syphilis and Toxoplasmosis. Objective: To determine the prevalence of Syphilis, HIV and toxoplasmosis in puerperal women assisted at the largest public maternity hospital in Campos dos Goytacazes in 2016. Methods: Cross-sectional study, using secondary data from the puerperal women assisted at the largest maternity hospital in the northern region of the State of Rio de Janeiro, in the year 2016. Results: There were 970 puerperal women, with a prevalence of HIV, Syphilis and Toxoplasmosis in pregnancy of 1.6, 2.7 and 2%, respectively. Most pregnant women were diagnosed at delivery due to low serological coverage during pregnancy. Conclusion: The high prevalence of Syphilis, HIV and Toxoplasmosis in pregnancy requires efficient prenatal care for its identification and approach.","PeriodicalId":350000,"journal":{"name":"Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis","volume":"101 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"1900-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128793379","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
D. Paiva, A. M. Ramos, I. Costa, Sérgio Beltrão de Andrade Lima, Ana Paula Viana Reis
{"title":"Sífilis materna e congênita de gestantes adolescentes","authors":"D. Paiva, A. M. Ramos, I. Costa, Sérgio Beltrão de Andrade Lima, Ana Paula Viana Reis","doi":"10.5327/dst-2177-8264-202133p237","DOIUrl":"https://doi.org/10.5327/dst-2177-8264-202133p237","url":null,"abstract":"Introdução: A adolescência, idade considerada pela Organização Mundial da Saúde entre 10 e 19 anos, é uma fase de várias mudanças hormonais, físicas, psicológicas e comportamentais. O início da vida sexual ativa sem proteção pode favorecer a gestação indesejada e à infecções sexualmente transmissíveis, especialmente a sífilis. Objetivo: Estimar a incidência de sífilis materna e congênita de gestantes adolescentes. Métodos: Estudo descritivo, retrospectivo e transversal com análise de dados coletados do Sistema de Informações em Saúde (TABNET) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde sobre sífilis materna e congênita de gestantes adolescentes no Brasil no período de 2010 a 2019. Resultados: Foi observado um aumento gradativo da incidência de sífilis materna e de sífilis congênita em todas as faixas etárias maternas, inclusive em gestantes adolescentes, com um crescimento de número de casos notificados nesse grupo de 2010 a 2018 em 719% e 446%, respectivamente, apresentando uma pequena redução em 2019. Nos 10 anos do estudo foram registrados 332.860 casos de sífilis em gestantes e 175.381 casos de sífilis congênita, dos quais 87.602 (26,3%) e 42.171 (24,0%) foram em adolescentes, de modo respectivo, mantendo essa proporção com poucas variações no decorrer do estudo. Entre as adolescentes, houve um predomínio da faixa etária materna de 15 a 19 anos, em relação a 10 a 14 anos, tanto na sífilis em adolescentes (95,1% versus 4,91%) quanto na sífilis congênita (96,0% versus 4%). Conclusão: A sífilis materna e a sífilis congênita apresentaram um aumento de sua incidência nos últimos 10 anos, inclusive nas gestantes adolescentes. Este estudo corrobora a importância de ações educativas e políticas públicas que ajudem a prevenir gestações indesejadas e infecções sexualmente transmissíveis e que favoreçam a adesão das gestantes ao pré-natal, bem como ao diagnóstico e tratamento de sífilis na assistência materna, especialmente nas adolescentes.","PeriodicalId":350000,"journal":{"name":"Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"1900-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129341549","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Melissa Nathalye Ramos e Gonçalves, Paulo Henrique Alves da Silva, Maria Cecilia de Sousa Cunha, L. Monteiro, Voney Fernando Mendes Malta, Vera Garcia da Silva, José Humberto Belmino Chaves, G. Neiva, G. Neiva
{"title":"Dermatose vulvar, um diagnóstico diferencial com sífilis secundária: relato de caso","authors":"Melissa Nathalye Ramos e Gonçalves, Paulo Henrique Alves da Silva, Maria Cecilia de Sousa Cunha, L. Monteiro, Voney Fernando Mendes Malta, Vera Garcia da Silva, José Humberto Belmino Chaves, G. Neiva, G. Neiva","doi":"10.5327/dst-2177-8264-202133p253","DOIUrl":"https://doi.org/10.5327/dst-2177-8264-202133p253","url":null,"abstract":"Introdução: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível de alta incidência mundial provocada pela bactéria Gram-negativa Treponema pallidum. A transmissão pode ocorrer pelo contato sexual desprotegido com pessoa contaminada, com mucosa, sangue ou saliva de pacientes infectados e por via transplacentária materno-fetal. Em 2016, a Organização Mundial da Saúde estimou 6,3 milhões de novos casos de sífilis no mundo, sendo a prevalência em homens e mulheres de 0,5%, com valores regionais variando de 0,1% a 1,6%. Prevalências altas de sífilis foram observadas entre segmentos das populações-chave no Brasil, como homens que fazem sexo com homens (9,9%), trabalhadoras do sexo (8,5%) e pessoas privadas de liberdade (3,8%). Essa patologia é dividida em quatro estágios, sendo o segundo denominado sífilis secundária, a qual tem como sua principal manifestação clínica a presença de pápulas acastanhadas/avermelhadas palmo-plantar e placas mucosas. As dermatoses vulvares (líquens) se apresentam como lesões em pápulas ou placas eritematosas descamativas e eventualmente erosivas, principalmente na região dos grandes lábios. Objetivo: Relatar um caso de sífilis secundária com dermatose vulvar como diagnóstico diferencial. Métodos: Os dados foram obtidos de consulta, entrevista e registro dos métodos diagnósticos aos quais a paciente foi submetida e revisão de literatura. Resultados: Mulher, 42 anos, foi encaminhada ao ambulatório da ginecologia por dermatose vulvar por lesões descamativas hipercrômicas vulvares há aproximadamente seis meses e referindo vários tratamentos anteriores. Ao exame de vulva: placas avermelhadas hipercrômicas ocupando o monte púbico e intróito vaginal. Observaram-se manchas hipercrômicas em região palmar e plantar. Solicitada dosagem laboratorial para doença venérea com titulação 1:168. Foi recomendado tratamento com penicilina benzatina 1200 UI em cada glúteo. Conclusão: O exame clínico e direcionamento da investigação laboratorial para sífilis são indispensáveis mediante anormalidades epiteliais genitais, sendo vital investigar toda a pele em busca de anormalidades.","PeriodicalId":350000,"journal":{"name":"Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis","volume":"11 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"1900-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130496776","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Cibele Macedo Santos, Rafael de Souza Aguiar, Ester Bencz, Vanessa Oliveira Amorim, Í. Barreto, E. P. Ramos, M. A. Góes
{"title":"Seroprevalence of human T-cell lymphotropic virus I and II (HTLV I/II) among blood donors in a public blood center of Sergipe State, northeastern Brazil","authors":"Cibele Macedo Santos, Rafael de Souza Aguiar, Ester Bencz, Vanessa Oliveira Amorim, Í. Barreto, E. P. Ramos, M. A. Góes","doi":"10.5327/dst-2177-8264-201931305","DOIUrl":"https://doi.org/10.5327/dst-2177-8264-201931305","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":350000,"journal":{"name":"Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis","volume":"70 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"1900-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126799056","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Perfil clínico-epidemiológico e sociodemográfico de pacientes com vírus da imunodeficiência humana/aids coinfectados com Toxoplasma gondii em fronteira brasileira","authors":"J. Moro, Neide Martins Moreira","doi":"10.5327/dst-2177-8264-202133p102","DOIUrl":"https://doi.org/10.5327/dst-2177-8264-202133p102","url":null,"abstract":"Introdução: Disfunções decorrentes da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana tornam o organismo vulnerável a doenças oportunistas, e, entre as que acometem o sistema nervoso central, a toxoplasmose é a mais frequente. Objetivo: Investigar o perfil clínico- -epidemiológico e sociodemográfico e os fatores de risco de pacientes com diagnóstico de vírus da imunodeficiência humana/aids coinfectados com T. gondii em Foz do Iguaçu (PR). Métodos: Estudo comparativo e de abordagem quantitativa realizado com 332 pacientes vírus da imunodeficiência humana positivos, acompanhados no Serviço de Assistência Especializada em Foz do Iguaçu. As informações foram obtidas por meio de prontuários e aplicação de um questionário contendo 27 questões objetivas. A associação entre o estado parasitado (variável dependente) e as variáveis independentes foi avaliada com o teste de qui-quadrado (X2) e de Pearson. Todas as variáveis que obtiveram p8.804,0,20 na análise de qui-quadrado foram incluídas na análise multivariada odds ratio, intervalo de confiança 95%, 945, <0,05. Resultados: Dos 332 pacientes analisados, 111 apresentaram sorologia para toxoplasmose, indicando alta taxa de infecção por T. gondii. Houve prevalência entre aqueles com faixa etária 8.805, 18 e 8.804, 60 anos e que estudaram até a quarta série do ensino fundamental e o ensino superior (incompleto/completo) (p<0,05). Permaneceram na análise multivariada os fatores de risco: pacientes com terceiro grau (incompleto/completo) e que consumiam água de poço tiveram mais chances de adquirir a infecção por T. gondii em 0,2 e 3,0 vezes mais, respectivamente. Entre pacientes com diagnóstico para neurotoxoplasmose, 63,6% estavam com níveis de T CD4<200 e carga viral com níveis detectáveis. Foram detectados neurotoxoplasmose (3,31%) e toxoplasmose ocular (3,61%), 54,1% (60/111) dos pacientes possuíam T CD4<200, dos quais 56,8% (46/60) apresentaram resultado positivo para IgG anti-T. gondii. Conclusão: Este trabalho permitiu uma caracterização do perfil de pacientes infectados com vírus da imunodeficiência humana/aids e coinfectados com toxoplasmose em um município de tríplice fronteira, tratando-se de um estudo pioneiro na região.","PeriodicalId":350000,"journal":{"name":"Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis","volume":"103 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"1900-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124168469","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A. L. Amorim, A. Travassos, Geovane Cruz de Souza, Vitor Cunha Fontes, M. Timbó, Eveline Xavier Souza
{"title":"Prevalence of ureaplasma urealyticum, mycoplasma hominis and human papillomavirus coinfection in people attending a sexually transmitted infections (STI)/HIV reference centre in Salvador, Bahia, Brazil","authors":"A. L. Amorim, A. Travassos, Geovane Cruz de Souza, Vitor Cunha Fontes, M. Timbó, Eveline Xavier Souza","doi":"10.5327/dst-2177-8264-201931405","DOIUrl":"https://doi.org/10.5327/dst-2177-8264-201931405","url":null,"abstract":"Introduction: Ureaplasma urealyticum and Mycoplasma hominis are frequently found at many women’s and men’s urogenital tract, and have been associated with non-gonococcal urethritis, cervicitis, infertility, chorioaminionitis and adverse pregnancy outcomes. Some studies show high prevalence of human papillomavirus (HPV) in patients with non-gonococcal urethritis, while also presenting high frequency of Ureaplasma urealyticum infection in women with cervicalcytology abnormalities and men with genital warts. Objectives: To evaluate the prevalence of Ureaplasma urealyticum, Mycoplasma hominis and HPV coinfection in people attending a sexually transmitted infections (STI)/HIV reference centre and to identify the risk factors associated. Methods: A cross-sectional study with patients aged >18 years, carried out for Ureaplasma urealyticum and Mycoplasma hominis from July 1st to December 31, 2015, in a STI/HIV reference centre from the State of Bahia, Brazil. Sociodemographic and clinical data were obtained from secondary data from patients’ charts and laboratory findings, and analyzed using SPSS 20.0. Pearson’s χ2 test or Fisher’s exact test was used to evaluate categorical variables. HPV clinical diagnosis was considered positive as the presence of genital warts. Results: In this study, 849 patients were included — 196 men and 653 women. Of the sample, 51.4% was diagnosed with at least one of the two bacteria. The prevalence of Mycoplasma hominis infection was higher in coinfection (16.7%) than in isolated infection (2.2%). The prevalence of Ureaplasma urealyticum isolated infection was 32.4%. A strong association was found between the presence of genital warts and Ureaplasma urealyticum infection, with an estimated risk of 1.230 (p=0.014). Conclusion: Our findings suggest the need for further investigation for Ureaplasma urealyticum infection in patients presenting genital warts on physical examination. In addition, in this context, greater attention should be given to women and pregnant women.","PeriodicalId":350000,"journal":{"name":"Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis","volume":"18 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"1900-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121382053","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Sérgio Corrêa Marques, Rômulo Frutuoso Antunes, D. Oliveira, Y. Machado, Renata Lacerda Marques Stefaisk, Camila Laporte Almeida
{"title":"A qualidade de vida pela ótica das pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana: um estudo das representações sociais","authors":"Sérgio Corrêa Marques, Rômulo Frutuoso Antunes, D. Oliveira, Y. Machado, Renata Lacerda Marques Stefaisk, Camila Laporte Almeida","doi":"10.5327/dst-2177-8264-202133p065","DOIUrl":"https://doi.org/10.5327/dst-2177-8264-202133p065","url":null,"abstract":"Introdução: A representação social da qualidade de vida expressa a subjetividade das necessidades materiais, espirituais e de saúde intrínsecas ao cotidiano e à individualidade de cada sujeito ao seu modo de viver. Objetivo: Descrever a qualidade de vida de pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Métodos: É um estudo descritivo com abordagem qualitativa apoiado na Teoria do Núcleo Central das representações sociais realizado em dois Serviços de Assistência Especializada em Vírus da Imunodeficiência Humana/aids localizados no município do Rio de Janeiro com 120 pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana. Na coleta de dados utilizaram-se um questionário socioeconômico e clínico e a técnica de evocação livre de palavras ao termo indutor “qualidade de vida”. Os dados socioeconômicos foram organizados no software Excel, e as evocações foram analisadas pela técnica do quadro de quatro casas utilizando o software EVOC 2005, que indica os possíveis conteúdos centrais da representação do grupo. Resultados: A maioria do grupo é do sexo masculino (83,3%), com idade entre 30 e 39 anos (30%), foi exposta ao vírus da imunodeficiência humana por contato homossexual/ homens que fazem sexo com homens (60%); 94,2% fazem uso regular de antirretrovirais e 95% informam não sentir sintomas decorrentes do vírus da imunodeficiência humana. Na estrutura da representação da qualidade de vida, verifica-se no núcleo central os elementos boa, boa alimentação e saúde, cujas frequências e ordem média de evocação sugerem que sejam os elementos centrais. Na primeira periferia consta atividade física e lazer. Verificam-se uma avaliação positiva da qualidade de vida no núcleo central e um conjunto de conteúdos que refletem atenção à saúde e práticas ou comportamentos que podem assegurar a ausência de doenças e promover a manutenção da saúde. Conclusão: A representação social da qualidade de vida está apoiada nas práticas de promoção da saúde, como ter uma vida saudável, estável e com saúde. Evidenciam aspectos a serem considerados no cuidado à saúde desse grupo social.","PeriodicalId":350000,"journal":{"name":"Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis","volume":"21 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"1900-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127665475","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Carla Santos Almeida, Ana Gabriela Álvares Travassos
{"title":"Transmissão vertical do vírus da imunodeficiência humana na Bahia — análise de notificações de vírus da imunodeficiência humana em gestantes e de crianças expostas entre 2009–2019","authors":"Carla Santos Almeida, Ana Gabriela Álvares Travassos","doi":"10.5327/dst-2177-8264-202133p203","DOIUrl":"https://doi.org/10.5327/dst-2177-8264-202133p203","url":null,"abstract":"Introdução: A feminização da infecção do vírus da imunodeficiência humana, com aumento dos casos durante a idade reprodutiva, impacta diretamente na saúde da mulher, trazendo repercussões na gestação e na transmissão vertical durante o parto e amamentação. A falta de acompanhamento adequado e o diagnóstico tardio são determinantes para desfechos negativos para o binômio mãe-filho. Objetivo: Analisar as notificações de vírus da imunodeficiência humana em gestantes e de crianças expostas ao vírus da imunodeficiência humana no estado da Bahia entre 2009–2019. Métodos: Trata-se de estudo ecológico, descritivo, com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação das notificações de vírus da imunodeficiência humana em gestantes e de crianças expostas ao vírus da imunodeficiência humana no estado da Bahia entre 2009–2019. Em relação às gestantes, observaram-se raça, pré-natal, e profilaxia antirretroviral. Em relação às crianças, observou-se a evolução temporal das notificações. Resultados: Foram registradas 4.529 notificações de vírus da imunodeficiência humana em gestantes no período, com tendência de aumento, sendo 2016 o ano com maior número de registros (518, 11,4%). No tocante à raça, 81% (3.672) eram pretas e pardas. Quanto ao acompanhamento pré-natal, observa- -se que 8,1% (371) das mulheres não o realizaram, além de 10% (452) de casos ignorados. Apenas 39,6% (1.794) das gestantes possuem registro de profilaxia antirretroviral e 51,5% tiveram essa informação ignorada. Nesse período, foram registradas 3.998 crianças expostas ao vírus da imunodeficiência humana, com aumento progressivo entre 2009 (94, 2,3%) e 2015 (641, 16%). Observa-se queda em 2016 (288) e novo aumento entre 2017–2019. Conclusão: O panorama de gestantes com vírus da imunodeficiência humana no estado da Bahia é preocupante, com aumento progressivo do número de casos, principalmente na população preta/parda. Observa-se acesso ao pré-natal insuficiente, bem como subnotificação quanto à profilaxia antirretroviral e ao número de crianças expostas. Evidencia-se necessidade de fortalecimento das políticas públicas existentes, bem como de melhora na qualidade dos registros, possibilitando a elaboração de ações preventivas/assistenciais efetivas no enfrentamento dessa realidade.","PeriodicalId":350000,"journal":{"name":"Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"1900-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126326480","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}