Melissa Nathalye Ramos e Gonçalves, Paulo Henrique Alves da Silva, Maria Cecilia de Sousa Cunha, L. Monteiro, Voney Fernando Mendes Malta, Vera Garcia da Silva, José Humberto Belmino Chaves, G. Neiva, G. Neiva
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Prevalências altas de sífilis foram observadas entre segmentos das populações-chave no Brasil, como homens que fazem sexo com homens (9,9%), trabalhadoras do sexo (8,5%) e pessoas privadas de liberdade (3,8%). Essa patologia é dividida em quatro estágios, sendo o segundo denominado sífilis secundária, a qual tem como sua principal manifestação clínica a presença de pápulas acastanhadas/avermelhadas palmo-plantar e placas mucosas. As dermatoses vulvares (líquens) se apresentam como lesões em pápulas ou placas eritematosas descamativas e eventualmente erosivas, principalmente na região dos grandes lábios. Objetivo: Relatar um caso de sífilis secundária com dermatose vulvar como diagnóstico diferencial. Métodos: Os dados foram obtidos de consulta, entrevista e registro dos métodos diagnósticos aos quais a paciente foi submetida e revisão de literatura. Resultados: Mulher, 42 anos, foi encaminhada ao ambulatório da ginecologia por dermatose vulvar por lesões descamativas hipercrômicas vulvares há aproximadamente seis meses e referindo vários tratamentos anteriores. Ao exame de vulva: placas avermelhadas hipercrômicas ocupando o monte púbico e intróito vaginal. Observaram-se manchas hipercrômicas em região palmar e plantar. Solicitada dosagem laboratorial para doença venérea com titulação 1:168. Foi recomendado tratamento com penicilina benzatina 1200 UI em cada glúteo. 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Dermatose vulvar, um diagnóstico diferencial com sífilis secundária: relato de caso
Introdução: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível de alta incidência mundial provocada pela bactéria Gram-negativa Treponema pallidum. A transmissão pode ocorrer pelo contato sexual desprotegido com pessoa contaminada, com mucosa, sangue ou saliva de pacientes infectados e por via transplacentária materno-fetal. Em 2016, a Organização Mundial da Saúde estimou 6,3 milhões de novos casos de sífilis no mundo, sendo a prevalência em homens e mulheres de 0,5%, com valores regionais variando de 0,1% a 1,6%. Prevalências altas de sífilis foram observadas entre segmentos das populações-chave no Brasil, como homens que fazem sexo com homens (9,9%), trabalhadoras do sexo (8,5%) e pessoas privadas de liberdade (3,8%). Essa patologia é dividida em quatro estágios, sendo o segundo denominado sífilis secundária, a qual tem como sua principal manifestação clínica a presença de pápulas acastanhadas/avermelhadas palmo-plantar e placas mucosas. As dermatoses vulvares (líquens) se apresentam como lesões em pápulas ou placas eritematosas descamativas e eventualmente erosivas, principalmente na região dos grandes lábios. Objetivo: Relatar um caso de sífilis secundária com dermatose vulvar como diagnóstico diferencial. Métodos: Os dados foram obtidos de consulta, entrevista e registro dos métodos diagnósticos aos quais a paciente foi submetida e revisão de literatura. Resultados: Mulher, 42 anos, foi encaminhada ao ambulatório da ginecologia por dermatose vulvar por lesões descamativas hipercrômicas vulvares há aproximadamente seis meses e referindo vários tratamentos anteriores. Ao exame de vulva: placas avermelhadas hipercrômicas ocupando o monte púbico e intróito vaginal. Observaram-se manchas hipercrômicas em região palmar e plantar. Solicitada dosagem laboratorial para doença venérea com titulação 1:168. Foi recomendado tratamento com penicilina benzatina 1200 UI em cada glúteo. Conclusão: O exame clínico e direcionamento da investigação laboratorial para sífilis são indispensáveis mediante anormalidades epiteliais genitais, sendo vital investigar toda a pele em busca de anormalidades.