Sérgio Corrêa Marques, Rômulo Frutuoso Antunes, D. Oliveira, Y. Machado, Renata Lacerda Marques Stefaisk, Camila Laporte Almeida
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Na coleta de dados utilizaram-se um questionário socioeconômico e clínico e a técnica de evocação livre de palavras ao termo indutor “qualidade de vida”. Os dados socioeconômicos foram organizados no software Excel, e as evocações foram analisadas pela técnica do quadro de quatro casas utilizando o software EVOC 2005, que indica os possíveis conteúdos centrais da representação do grupo. Resultados: A maioria do grupo é do sexo masculino (83,3%), com idade entre 30 e 39 anos (30%), foi exposta ao vírus da imunodeficiência humana por contato homossexual/ homens que fazem sexo com homens (60%); 94,2% fazem uso regular de antirretrovirais e 95% informam não sentir sintomas decorrentes do vírus da imunodeficiência humana. Na estrutura da representação da qualidade de vida, verifica-se no núcleo central os elementos boa, boa alimentação e saúde, cujas frequências e ordem média de evocação sugerem que sejam os elementos centrais. Na primeira periferia consta atividade física e lazer. 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A qualidade de vida pela ótica das pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana: um estudo das representações sociais
Introdução: A representação social da qualidade de vida expressa a subjetividade das necessidades materiais, espirituais e de saúde intrínsecas ao cotidiano e à individualidade de cada sujeito ao seu modo de viver. Objetivo: Descrever a qualidade de vida de pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Métodos: É um estudo descritivo com abordagem qualitativa apoiado na Teoria do Núcleo Central das representações sociais realizado em dois Serviços de Assistência Especializada em Vírus da Imunodeficiência Humana/aids localizados no município do Rio de Janeiro com 120 pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana. Na coleta de dados utilizaram-se um questionário socioeconômico e clínico e a técnica de evocação livre de palavras ao termo indutor “qualidade de vida”. Os dados socioeconômicos foram organizados no software Excel, e as evocações foram analisadas pela técnica do quadro de quatro casas utilizando o software EVOC 2005, que indica os possíveis conteúdos centrais da representação do grupo. Resultados: A maioria do grupo é do sexo masculino (83,3%), com idade entre 30 e 39 anos (30%), foi exposta ao vírus da imunodeficiência humana por contato homossexual/ homens que fazem sexo com homens (60%); 94,2% fazem uso regular de antirretrovirais e 95% informam não sentir sintomas decorrentes do vírus da imunodeficiência humana. Na estrutura da representação da qualidade de vida, verifica-se no núcleo central os elementos boa, boa alimentação e saúde, cujas frequências e ordem média de evocação sugerem que sejam os elementos centrais. Na primeira periferia consta atividade física e lazer. Verificam-se uma avaliação positiva da qualidade de vida no núcleo central e um conjunto de conteúdos que refletem atenção à saúde e práticas ou comportamentos que podem assegurar a ausência de doenças e promover a manutenção da saúde. Conclusão: A representação social da qualidade de vida está apoiada nas práticas de promoção da saúde, como ter uma vida saudável, estável e com saúde. Evidenciam aspectos a serem considerados no cuidado à saúde desse grupo social.