Marcos Balicki, Aparecido Ribeiro de Andrade, K. Hornes
{"title":"Fatores dinâmicos locais e ocorrências de tempestades com granizo","authors":"Marcos Balicki, Aparecido Ribeiro de Andrade, K. Hornes","doi":"10.4025/bolgeogr.v40.a2022.e60413","DOIUrl":"https://doi.org/10.4025/bolgeogr.v40.a2022.e60413","url":null,"abstract":"As precipitações de granizo são comuns em regiões de clima tropical e/ou subtropical, pois normalmente ocorrem em ambientes com alta instabilidade atmosférica e em maiores amplitudes térmicas. Nesse sentido, a busca pelo entendimento das causas e dos efeitos desse tipo de precipitação para a sociedade é fundamental, já que pode ajudar na definição de estratégias para mitigar os impactos negativos. Diante disso, este estudo objetivou relacionar a quantidade e o tamanho de granizos com cinco fatores influenciadores na ocorrência desse tipo de precipitação: horário, temperatura, estação do ano, tipos de tempestade (isoladas ou organizadas) e a quantidade de chuva (mm). A pesquisa foi realizada durante o período de janeiro de 2018 a dezembro de 2020 no município de Laranjeiras do Sul, estado do Paraná, Brasil. Ao todo, foram coletados dados de sete eventos. A metodologia se amparou na utilização de ferramentas tais como o pluviômetro analógico, o termômetro, paquímetros, e imagens de radar obtidas junto ao Sistema Meteorológico do Paraná (SIMEPAR). Os dados foram organizados em tabelas para cada evento, sendo efetuada uma análise estatística básica. Os resultados indicaram que as maiores quantidades de granizo precipitaram quando a temperatura do ar estava em torno de 18ºC, com pluviosidade média superior a 1 mm/min e sob intensos vendavais. Quanto aos tamanhos, notou-se que granizos maiores de 20 mm de diâmetro ocorreram preferencialmente em dias mais quentes no inverno, com temperatura em torno de 20,8ºC.","PeriodicalId":31646,"journal":{"name":"Boletim de Geografia","volume":"67 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"72912508","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Paisagens, turismo e as múltiplas escalas geográficas do olhar","authors":"Jaciel Gustavo Kunz, A. C. Castrogiovanni","doi":"10.4025/bolgeogr.v40.a2022.e59394","DOIUrl":"https://doi.org/10.4025/bolgeogr.v40.a2022.e59394","url":null,"abstract":"O olhar ainda é o sentido humano predominante na experiência das paisagens, embora essa seja multissensorial. As paisagens convivem no confronto dialógico entre sujeito/objeto, distância/proximidade, olhar/Terra. Buscamos aqui uma interface entre aportes da Geografia Humanista-Cultural e os Estudos Turísticos, pautando-nos na Complexidade em Edgar Morin. Diante disso, este ensaio teórico tem como objetivo precípuo retomar a discussão em torno da escala geográfica no estudo, na percepção, na narrativa e/ou na representação das paisagens, dentro dos marcos das geografias do olhar e dos regimes de visibilidade vigentes (GOMES, 2013). Para isso, lançamos mão de pesquisa qualitativa bibliográfica, de caráter exploratório. Tencionamos geografizar o olhar, por meio da revisitação, ressignificação e contemporização das ideias atinentes, articuladas e re-sistematizadas em rede conceitual. Ressaltamos que a visão faz parte do corpo e, como tal, torna-se prática ocular, na qual concorre a psicofisiologia do olhar, e, também, os condicionamentos socioculturais e cânones estéticos. As paisagens são também praticadas e performadas. No campo do saber-fazer Turismo e das mobilidades dele decorrentes, parecem ser necessários novos paradigmas do olhar para as paisagens, que incorporem o movimento, a temporalidade, a fluidez como atributos que não se afastam do que se entende por paisagem classicamente, mas que questionem e acenem para novos modos de ver e de ser paisagem. A escala geográfica mostra-se decisiva na intelecção das múltiplas facetas, apresentações e experiências paisagísticas, quer por turistas/visitantes, quer não. Esse conceito coloca a paisagem em movimento e acrescenta novas camadas de significado e novas possibilidades de leitura interescalar. Por fim, lançamos questionamentos acerca das limitações do olhar para as paisagens e de seus distintos dimensionamentos escalares, desde o corpo dos sujeitos que as experenciam, alcançando as cosmografias.","PeriodicalId":31646,"journal":{"name":"Boletim de Geografia","volume":"17 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"72881536","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Capacidade de uso da terra em duas comunidades rurais tradicionais do Paraná","authors":"Vanderlei Marinheski","doi":"10.4025/bolgeogr.v40.a2022.e61318","DOIUrl":"https://doi.org/10.4025/bolgeogr.v40.a2022.e61318","url":null,"abstract":"O presente artigo teve como objetivo principal identificar a capacidade de uso da terra em dois faxinais, o Lageado de Baixo em Mallet e o Lageado dos Mello em Rio Azul, ambos no Paraná. Os sujeitos locais, os agricultores faxinalenses estabeleceram vínculos de entendimento quanto a aptidão produtivas dessas terras, ao reconhecer e classificar as mesmas em melhores e piores para os devidos usos. Esses saberes locais são transmitidos oralmente de geração para geração. As paisagens agrícolas dos faxinais no estado do Paraná trazem as marcas desses saberes historicamente arraigados ao território. Através de levantamento utilitário do meio físico em parceria com os agricultores locais e suas informações, em relação aos saberes vernaculares da paisagem, foi proposto um mapa de capacidade de uso da terra para dois faxinais pesquisados. Os resultados da pesquisa apontam que mais de 26% da área, não apresenta aptidão para agricultura e deve ser usada para culturas permanentes ou preservação da flora e fauna. O mapa de capacidade de uso da terra traz esse suporte de indicar os usos mais adequados para as especificidades do relevo. Nos dois faxinais ainda foi possível unir essas características técnicas interpretativas com os saberes vernaculares (os etnoconhecimentos) dos agricultores faxinalenses.","PeriodicalId":31646,"journal":{"name":"Boletim de Geografia","volume":"34 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"74079153","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Poluição sonora no Bairro Pernambués (Salvador-BA): contribuição à gestão urbana","authors":"Edmilson Natividade de Araújo, G. B. Franco","doi":"10.4025/bolgeogr.v40.a2022.e61743","DOIUrl":"https://doi.org/10.4025/bolgeogr.v40.a2022.e61743","url":null,"abstract":"Esta pesquisa tem como objetivo analisar como os moradores do Bairro de Pernambués, Salvador, Bahia, percebem a poluição sonora, visando a subsidiar a gestão urbana. Visando a alcançar o objetivo, foi necessário fazer um levantamento das principais causas da poluição sonora do Bairro de Pernambués, por meio de relatórios emitidos pela SEMOP (2020) e SEDUR (2021), contendo o quantitativo de denúncias por ruas e fontes motivadoras dessas denúncias. Também se recorreu à pesquisa de campo, aplicando 258 questionários em quatro ruas que se destacaram por concentrar o maior número de denúncias. Com base nas respostas desses moradores aos questionários, foi possível identificar as principais causas da poluição sonora: carro de som (43%) em primeiro lugar e, em segundo lugar, o som das residências (25%), confirmando as informações dos relatórios emitidos pelos órgãos competentes. Quanto aos efeitos provocados pela poluição, 53% dos entrevistados responderam que sofrem estresse, irritação e falta de concentração; 96% disseram estar incomodados com a poluição sonora e que têm por hábito fechar portas e janelas na tentativa de diminuir a sensação de incômodo; e 79% responderam estar insatisfeitos com a atuação do governo no combate à poluição sonora. Os dados de campo confirmam que os moradores do Bairro de Pernambués não só percebem, mas são muito afetados pela poluição sonora. O material produzido constituiu um diagnóstico sobre a poluição sonora no Bairro Pernambués e que políticas públicas devem ser implementas para amenizar ou até mesmo resolver o problema em questão, contribuindo, assim, para a gestão da poluição sonora. Para futuras pesquisas, sugere-se a medição dos níveis de ruído com a intenção do confrontar os resultados sonoros com os resultados dos questionários.","PeriodicalId":31646,"journal":{"name":"Boletim de Geografia","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"88801264","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A. Sccoti, Antonio Von Ende Dotto, Luís Eduardo de Souza Robaina
{"title":"Análise geomorfológica com apoio de técnicas digitais: município de São Martinho da Serra – RS","authors":"A. Sccoti, Antonio Von Ende Dotto, Luís Eduardo de Souza Robaina","doi":"10.4025/bolgeogr.v40.a2022.e61650","DOIUrl":"https://doi.org/10.4025/bolgeogr.v40.a2022.e61650","url":null,"abstract":"Os estudos geomorfológicos têm, como base, a avaliação da forma e composição das vertentes, sendo instrumentos fundamentais para planos de gestão, que visem à utilização racional do ambiente. A partir do surgimento e difusão dos Sistemas de Informações Geográficas (SIG) e o aprimoramento das geotecnologias, a obtenção e processamento de dados contendo atributos do relevo passou a ser um procedimento de fácil acesso, permitindo classificar e descrever de forma quantitativa as formas da superfície da Terra. Trabalhos de mapeamento geomorfológicos em municípios têm sido desenvolvidos, buscando uma maior integração das informações científicas com a comunidade sobre influência direta da universidade. O presente trabalho segue a proposta de integração com as comunidades regionais, através da análise geomorfológica do município de São Martinho da Serra/RS. Para a elaboração da compartimentação geomorfológica, foram levantados e analisados dados sobre a hidrografia, altitudes, declividade, elementos de relevo (geomorphons), litologias e tipos de solos. Os parâmetros foram interpretados com base em uma abordagem sistêmica e a validação deu-se através de trabalhos de campo. O município de São Martinho da Serra, foi segmentado em seis compartimentos geomorfológicos: Unidade Taquarembó; Unidade Lajeadinho; Unidade Guassupizinho; Unidade Durasnal; Unidade Serra de São Martinho e Unidade Ponte do Ibicuí. Os trabalhos que se preocupam com a descrição geomorfológica são importantes ferramentas, que, aplicadas de maneira correta, possibilitam um ordenamento e um planejamento eficaz do espaço geográfico.","PeriodicalId":31646,"journal":{"name":"Boletim de Geografia","volume":"18 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"91113044","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A experiência de produção de café na Serra de Baturité – Ceará: aprendizado empírico e os reveses causados pelas políticas cafeeiras do Brasil","authors":"Mônica Alves Amorim, R. Assis","doi":"10.4025/bolgeogr.v39.a2021.e61711","DOIUrl":"https://doi.org/10.4025/bolgeogr.v39.a2021.e61711","url":null,"abstract":"O artigo analisa a experiência da cultura do café na região da Serra de Baturité - Ceará, desde o século XVIII até os dias atuais, destacando, nos diferentes ciclos da cafeicultura na região, a interação desse cultivo com o meio ambiente, as políticas públicas federais para o setor, e o processo de desenvolvimento de estratégias produtivas adequadas aos ambientes de montanha locais, por parte dos produtores. Na linha de um estudo de caso, a metodologia utilizada incluiu análise documental e bibliográfica, observação e pesquisa participante, bem como entrevistas semiestruturadas com atores-chave. Inicialmente, o cultivo do café na região seguiu o sistema de pleno sol. Esse método levou a derrubada da vegetação nativa, perdas de produtividade e findou por frustrar resultados econômicos. Em períodos seguintes, os produtores alternaram diferentes modalidades de cultivo, causando, cada um, impactos econômicos e repercussões ambientais distintos. Na década de 1970, desconsiderando perspectivas favoráveis de experiências locais com o cultivo sombreado, a imposição pelo Governo Federal do Programa de Renovação e Revigoramento dos Cafezais (PRRC), que preconizava o uso do sistema ao sol, provocou forte crise na região, incluindo danos ambientais e prejuízos econômicos não só para os cafeicultores, mas para a economia regional como um todo. Após a quase eliminação da cultura na região, a partir da década de 1990 um grupo de produtores locais retomou o sistema sombreado, desta feita associado a novas práticas produtivas e comerciais. A cafeicultura associa-se com turismo, artesanato e cultura, utilizando a paisagem de montanha como elemento integrador, reforçando a harmonia entre a produção do grão, a conservação ambiental e o desenvolvimento de outras atividades produtivas relacionadas. A abordagem promove a pluriatividade e assim enseja novas e promissoras oportunidades produtivas para a região.","PeriodicalId":31646,"journal":{"name":"Boletim de Geografia","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85461420","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Camila Kramel, Radmyla Teixeira Nunes, Sabrina Talita Szulek Bernardes, Pedro Augusto Breda Fontão, L. C. Fernandes
{"title":"Amplitudes térmicas diárias no Estado do Paraná e Níveis de Inércia Térmica para habitações com baixo consumo energético","authors":"Camila Kramel, Radmyla Teixeira Nunes, Sabrina Talita Szulek Bernardes, Pedro Augusto Breda Fontão, L. C. Fernandes","doi":"10.4025/bolgeogr.v39.a2021.e62075","DOIUrl":"https://doi.org/10.4025/bolgeogr.v39.a2021.e62075","url":null,"abstract":"As habitações devem cumprir a função de abrigo com baixo impacto ambiental. Entre os parâmetros para projetos de edificações com baixo impacto ambiental estão os modelos adaptativos de conforto térmico, que impõem limites para as amplitudes térmicas diárias em ambientes internos. Em relação aos artifícios para dotar as edificações de níveis de inércia térmica adequados estão a capacidade térmica e o isolamento térmico, visando reduzir a utilização de aparelhos e condicionadores de ar, contribuindo para o conforto e a qualidade de vida da população. Dessa forma, para aplicação desses artifícios é necessário conhecer as amplitudes térmicas diárias dos ambientes externos. No entanto, no Brasil não estão disponíveis mapas de amplitudes térmicas diárias ou de níveis de inércia térmica recomendados por regiões climáticas. Esta pesquisa teve como objetivo verificar as amplitudes térmicas diárias e propor níveis de inércia térmica relativa para habitações no Estado do Paraná. Para tanto, foram utilizados dados de estações meteorológicas de 49 municípios, sendo 29 deles no Paraná e o restante no entorno da área de estudo. As análises foram feitas com base em diferentes percentis (99,5, 99, 97,5 e 95), 10 perfis de amplitude e dois valores de referência da amplitude diária máxima recomendada para o ambiente interno de uma edificação (5 °C e 7 °C). Os mapas produzidos permitem aos projetistas obterem as amplitudes térmicas diárias de referência (externas) para projeto e os níveis de inércia térmica (internos) recomendados para habitações.","PeriodicalId":31646,"journal":{"name":"Boletim de Geografia","volume":"328 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89760507","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Insegurança urbana e imaginários sobre condomínios horizontais fechados em Araguaína, Tocantins","authors":"Reges Sodré","doi":"10.4025/bolgeogr.v39.a2021.e61881","DOIUrl":"https://doi.org/10.4025/bolgeogr.v39.a2021.e61881","url":null,"abstract":"As cidades brasileiras são marcadas pela violência e pela insegurança urbana, que colonizam os imaginários sociais, alicerçando modos de apropriação e enunciando supostas soluções à problemática. Essas, são oferecidas principalmente pelo mercado, sendo os condomínios horizontais fechados um de seus baluartes. São vendidos como um novo modo de socialização urbana, que aproximam seus habitantes da natureza, dos momentos de lazer, os mantém longe da violência, do medo e da insegurança, ou seja, ampliam sua liberdade e qualidade de vida. A análise das narrativas em torno dos condomínios, conforme evidenciamos neste texto a partir de entrevistas com citadinos de Araguaína, Tocantins, revelam que eles têm se transformado em um ideal de cidade. As narrativas veiculadas pelos moradores entrevistados dessa cidade, apontam na direção de uma condominização da vida urbana como solução para a insegurança. A resolução dos problemas urbanos, nessa perspectiva, passa pelo isolamento e separação, via multiplicação de muros e cercas, cenário ideal para fertilização de preconceitos, racismo e ódio às minorias. Apesar de ser o imaginário hegemônico, encontrou-se entre os entrevistados vozes dissonantes, especialmente daqueles que já sofreram algum tipo de violência simbólica nesses lugares, os quais encontram-se fora de qualquer horizonte de habitabilidade. Ainda que importante, essas posições não revelam e veiculam uma imaginação geográfica da cidade alternativa aos condomínios fechados. Por isso, essas discussões são fundamentais para oferecer novas mediações às vozes dissidentes a um modelo de urbe que avança e ameaça a luta e concretização do direito à cidade.","PeriodicalId":31646,"journal":{"name":"Boletim de Geografia","volume":"15 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"72938251","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
M. F. Felippe, José Oliveira de Almeida Neto, Luiz Otávio Costa Marques, Lídia Aparecida dos Reis, Diogo Parreira Lapa, Antônio Pereira Magalhães Júnior
{"title":"Dinâmica geoquímica em cabeceiras de drenagem da Depressão do Paraíba do Sul: subsídios à compreensão do papel morfodinâmico de nascentes e canais de baixa ordem","authors":"M. F. Felippe, José Oliveira de Almeida Neto, Luiz Otávio Costa Marques, Lídia Aparecida dos Reis, Diogo Parreira Lapa, Antônio Pereira Magalhães Júnior","doi":"10.4025/bolgeogr.v39.a2021.e61000","DOIUrl":"https://doi.org/10.4025/bolgeogr.v39.a2021.e61000","url":null,"abstract":"As cabeceiras de drenagem configuram sistemas hidrogeomorfológicos complexos, em que a ação combinada dos cursos fluviais e das águas subterrâneas que emergem em nascentes contribui para a evolução do relevo. Essa importante relação pode se refletir em rebaixamento de topos, capturas fluviais, prolongamentos da linha de drenagem e esvaziamento geoquímico de vertentes. No intuito de auxiliar a compreensão dos processos geomorfológicos de perda de massa nesses sistemas, este trabalho tem o objetivo de investigar a dinâmica geoquímica em cabeceiras de drenagem da Depressão do Paraíba do Sul, fornecendo subsídios para a compreensão do papel de nascentes e canais de baixa ordem na morfodinâmica e na configuração do modelado local-regional. A área de estudo abarca duas cabeceiras da borda da Depressão do Paraíba do Sul, no contato com a Serra da Mantiqueira Setentrional (município de Simão Pereira, Minas Gerais, Brasil). A partir de análises laboratoriais da carga em solução das águas fluviais, nota-se uma relação interescalar evidente, em que fatores regionais e locais coadunam na explicação da desnudação geoquímica desses sistemas. Os resultados apontam para uma perda geoquímica baixa e extremamente variável (no tempo e no espaço), com valores absolutos entre 373 e 3.024 kg/km²/y, com respectivo rebaixamento do relevo calculado de 0,6m/My, em média, para a área de estudo. Há, portanto, uma relação direta entre a hierarquia fluvial das cabeceiras com a desnudação geoquímica, mas pequenas alterações na mineralogia do substrato geológico e das coberturas pedológicas, ou nas características hidrológicas sazonais, podem representar grandes mudanças no padrão de evolução geoquímica das cabeceiras.","PeriodicalId":31646,"journal":{"name":"Boletim de Geografia","volume":"16 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"88575761","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Ana Flávia Baú Carneiro, Karla Maria Silva Faria, Lucas Espíndola Rosa
{"title":"Perda de solos em bacias hidrográficas da microrregião do Vão do Paranã – GO","authors":"Ana Flávia Baú Carneiro, Karla Maria Silva Faria, Lucas Espíndola Rosa","doi":"10.4025/bolgeogr.v39.a2021.e61356","DOIUrl":"https://doi.org/10.4025/bolgeogr.v39.a2021.e61356","url":null,"abstract":"O processo de uso e ocupação dos solos no Cerrado provocou grandes mudanças no equilíbrio ambiental do bioma, se refletindo em forma de diversos impactos ambientais. Dentro destes, está a perda de solos por erosão. Apesar de ainda apresentar grandes porções de vegetação nativa quando comparada ao restante do estado, a microrregião do Vão do Paranã em Goiás possui características ímpares de atributos físicos, o que a torna palco de grandes degradações quando associada à má utilização antrópica. Com a pretensão utilizar-se a metodologia da Equação Universal de Perda de solos – USLE para estimativa de perda anual de solo nas bacias hidrográficas do rio São Domingos e rio Corrente, no Vão do Paranã, foram analisados previamente os atributos hipsometria, declividade, solos e uso e cobertura dos solos nos anos de 1985 e 2015. Observou-se de antemão nesta etapa uma maior concentração de atributos que expressavam vulnerabilidade ambiental na bacia do rio São Domingos, que foi constatada também com a análise dos parâmetros morfométricos e com a aplicação da USLE, já que esta apresentou (apesar de pequena) uma maior estimativa de perda anual de solos, comparada à bacia do rio Corrente. Este fato possivelmente pode estar relacionado à presença de Unidades de Conservação que podem estar minimizando o avanço da antropização e seus possíveis impactos ambientais na região.","PeriodicalId":31646,"journal":{"name":"Boletim de Geografia","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89691099","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}