Ana Belchior Melícias, Ana Luísa Melo Ferreira, Rita Marta
{"title":"O FEMININO NAS «HISTÓRIAS E SEGREDOS» DE PAULA REGO","authors":"Ana Belchior Melícias, Ana Luísa Melo Ferreira, Rita Marta","doi":"10.51356/rpp.412a4","DOIUrl":"https://doi.org/10.51356/rpp.412a4","url":null,"abstract":"Paula Rego foi a mulher-artista escolhida como âncora e simultaneamente gatilho para adentrar o tema do Feminino, apresentado por três psicanalistas portuguesas no 51.º Congresso IPA em Londres, em 2019. O fio condutor foi o documentário Paula Rego, Histórias & Segredos, realizado pelo cineasta, e seu filho, Nick Willing. Através dele, e da vida e obra de Paula Rego, as autoras aventuraram-se pela investigação do imenso continente do feminino. Algumas vias foram emergindo até surgir uma narrativa orgânica, levando do pré-objetal e do protomental e protofeminino à indiferenciação da ambiguidade na constituição precoce do objeto, continuando pela bissexualidade pré e pós edipiana na construção do feminino.","PeriodicalId":210156,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Psicanálise","volume":"40 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116345949","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Do caos ao renascimento do espaço psíquico","authors":"Maria Fernanda Alexandre","doi":"10.51356/rpp.411a3","DOIUrl":"https://doi.org/10.51356/rpp.411a3","url":null,"abstract":"A autora faz uma elaboração psicanalítica a partir de uma investigação clínica de um caso de uma criança, onde destaca as diferentes consequências psíquicas ocorridas na sequência de separações e de perdas precoces. Mostra como o desmoronamento psíquico, que surge na sequência da ausência do objeto materno, provoca um encapsulamento narcísico, de difícil acesso, e que funciona como uma barreira que anula ou que evita as relações de proximidade. Destaca e elabora os diferentes movimentos do processo analítico, que vão do caos, à construção de um continente sonoro que envolve a dupla analítica e ao nascimento das primeiras palavras que serviam para representar a depressão primária.","PeriodicalId":210156,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Psicanálise","volume":"24 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125049674","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"From Ashes to Ashes: The Heroic Struggle of an Autistic Boy Trying to be Born and Stay Alive","authors":"L. J. Brown","doi":"10.51356/rpp.411a1","DOIUrl":"https://doi.org/10.51356/rpp.411a1","url":null,"abstract":"This paper investigates the concept of psychogenic autism that has been proposed by Frances Tustin. Her work centers on the dynamics of this serious illness with an emphasis on the infant’s experiences in the earliest connection with the mother. Tustin writes that the sudden and violent disruption of the skin-to-skin maternal/infant contact gives rise to pathological attempts to heal this separation; namely, through the infant’s shutting out contact with the external emotional world. An extensive clinical vignette is offered to illustrate how these dynamics are manifest clinically and the author’s efforts to establish a meaningful connection with a young patient. Transference and countertransference reactions are discussed in detail.","PeriodicalId":210156,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Psicanálise","volume":"56 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127862268","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Un matricide, figure des liens familiaux violents","authors":"F. Marty","doi":"10.51356/rpp.411a4","DOIUrl":"https://doi.org/10.51356/rpp.411a4","url":null,"abstract":"Si les meurtres familiaux ne sont pas les actes les plus fréquents dans le registre de la violence au sein de la famille, et heureusement, ils n’en constituent pas moins des exemples paradigmatiques de la violence à l’adolescence, illustrant aussi bien la violence de l’adolescent que celle de l’adolescence. Ces meurtres ne sont pas la réalisation de fantasmes, mais plutôt le meurtre d’un fantasme œdipien. Ils traduisent un fonctionnement narcissique, celui de l’adolescent mais aussi celui de sa famille. Partant du cas d’un adolescent âgé d’une vingtaine d’années au moment où il a commis ses crimes, je souhaite discuter l’idée selon laquelle l’acte meurtrier intra familial est très souvent d’abord l’expression d’une difficulté à se séparer — physiquement, mais surtout psychiquement —, des autres membres de sa famille au moment de l’adolescence. Cette difficulté confine à l’impasse quant à la possibilité de se subjectiver. Ce crime de sang est aussi le signe d’une impossibilité à élaborer psychiquement les transformations pubertaires, sur fond d’impuissance à se venir en aide soi-même. Le rôle de l’environnement est prévalent dans ce type de crime, dans la mesure où le fonctionnement psychique familial est très souvent organisé sur le mode de l’indifférenciation, de l’incestualité.","PeriodicalId":210156,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Psicanálise","volume":"123 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123370055","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Rita Marta, Inês Ataíde Gomes, Tomás Miguez, Sofia Figueiredo
{"title":"A Clínica de Quarentena (a Quatro Mãos): Primeiro Andamento de Uma Psicanálise em Tempos de Pandemia","authors":"Rita Marta, Inês Ataíde Gomes, Tomás Miguez, Sofia Figueiredo","doi":"10.51356/rpp.411a6","DOIUrl":"https://doi.org/10.51356/rpp.411a6","url":null,"abstract":"Com o surgir da pandemia, no início de 2020, a proximidade física entre analista e analisando tornou-se não só interdita, como perigosa. Subitamente, os analistas foram obrigados a fechar as portas do consultório, e se alguns suspenderam o trabalho com os pacientes, a maioria iniciou um trabalho por via remota — a teleanálise.Quatro analistas refletem na sua experiência no ajustamento do setting em tempos de pandemia: a especificidade da situação pandémica relativamente a outras situações em que a realidade externa impõe a utilização de um seguimento remoto; a forma diversa como a pandemia e a alteração do quadro foram vividas pelos diferentes pacientes, e pelos diferentes analistas, mostrando como em psicanálise se trabalha com o campo analítico e como cada díade, na relação transferência-contratransferencial, torna singular o que ali acontece.A partir desta experiência múltipla de quatro analistas a «tocarem» a sua experiência única, tal como os músicos podem tocar em conjunto uma só sonata, cada um com a sua diferente melodia, foi possível fazer emergir uma série de questões, colocadas numa reflexão final.","PeriodicalId":210156,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Psicanálise","volume":"29 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133184080","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Rutura psicótica e a vivência analítica","authors":"Sandra Oliveira","doi":"10.51356/rpp.411a5","DOIUrl":"https://doi.org/10.51356/rpp.411a5","url":null,"abstract":"A autora parte de pressupostos essenciais acerca do processo de simbolização e da sua falha para abordar a forma como os elementos não nomeados e não representados que residem na parte psicótica da mente do paciente mantêm uma área da mente inacessível ao processo analítico, potenciando assim a eclosão de uma rutura psíquica grave. Tais ruturas são, por vezes, tão surpreendentes quanto inesperadas e colocam dificuldades incontornáveis na vivência e manejo do processo analítico. Sublinha-se então a importância do setting interno do analista enquanto película contentora suficientemente capaz de transformar e integrar os diferentes fenómenos que ocorrem na sessão analítica.","PeriodicalId":210156,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Psicanálise","volume":"23 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121434845","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Estados primitivos da mente. O trabalho onírico no encontro analítico","authors":"Conceição Melo Almeida","doi":"10.51356/rpp.411a2","DOIUrl":"https://doi.org/10.51356/rpp.411a2","url":null,"abstract":"A autora desenvolve uma reflexão teórico-clínica acerca dos estados primitivos da mente, definindo o conceito em diálogo com outros conceitos clássicos em psicanálise. Seguindo uma linha conceptual que vai de Freud, aos contributos de Klein, Winnicott, Bion e Green, procura demonstrar a presença dos estados primitivos da mente no processo psicanalítico. Coloca, ainda, em evidência o trabalho onírico como instrumento que veicula o acesso e a transformação dos estados não representados, hipótese que ilustra clinicamente a partir da apresentação e discussão do material psíquico da análise de uma criança.","PeriodicalId":210156,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Psicanálise","volume":"121 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126020537","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Filipe Matthes Saramago, Maria João Abrantes, Inês Lobo Madureira, A. Alexandre, M. Lencastre
{"title":"Mantendo vivo o que já está morto","authors":"Filipe Matthes Saramago, Maria João Abrantes, Inês Lobo Madureira, A. Alexandre, M. Lencastre","doi":"10.51356/rpp.402a4","DOIUrl":"https://doi.org/10.51356/rpp.402a4","url":null,"abstract":"A transgeracionalidade psíquica do trauma remete-nos para o irrepresentável de uma história familiar impensada. Trauma vergonhoso ou secreto que insere o sujeito numa cadeia genealógica e o faz transportar um sofrimento que não é somente o seu. Revisitando o pensamento de diversos autores, este artigo procura entender o impacto da herança psíquica alienante e a forma como os fragmentos traumáticos inconscientes se transmitem através das gerações. Padrões de vinculação desregulados, sofrimentos inconscientes nos pais e avós e a dificuldade de mentalizar os conteúdos traumáticos que daí advêm perpetuam a existência de vazios de representação que se inscrevem inclusivamente na assinatura epigenética do indivíduo.","PeriodicalId":210156,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Psicanálise","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126457329","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}