{"title":"expression of happiness in the plautine comedy","authors":"Fellipe Duarte da Silva Alves de Souza","doi":"10.25187/codex.v11i2.62406","DOIUrl":"https://doi.org/10.25187/codex.v11i2.62406","url":null,"abstract":"Neste artigo, intentamos analisar como a expressão de felicidade se mostra nas falas do drama plautino, em cenas variadas, como recurso que promove a manutenção da face positiva das personagens-tipo. Interessa-nos, sobretudo, analisar o uso plautino explícito de gaudere ora na assertiva empática de Sosia em Amphitruo (vv. 957-961), ora na saudação malsucedida entre os senes de Trinummus (v. 51-54), ora na comunicação in absentia de Dordalus para Toxilus em Persa (v. 501-502), dentre outros exemplos. Levando em consideração o contexto cênico e as perlocuções que provoca, concluímos que as funções desempenhadas por gaudere reduzem a distância social entre os interlocutores e aludem à comensalidade social e religiosa da Vrbs.","PeriodicalId":188835,"journal":{"name":"CODEX - Revista de Estudos Clássicos","volume":"195 S560","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-03-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140256408","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Onphale, a satyr play by Ion of Chios","authors":"Wilson Alves Ribeiro Jr.","doi":"10.25187/codex.v11i2.61407","DOIUrl":"https://doi.org/10.25187/codex.v11i2.61407","url":null,"abstract":"O drama satírico Ônfale, de Íon de Quios (c. 484-422 aC), é uma representação dramática do mito de Héracles e da rainha lídia Ônfale. Uma discussão do mito e tradução dos fragmentos foram já publicados; nesta segunda parte do artigo, o contexto dos fragmentos e sua posição na estrutura dramática são brevemente comentados. Evidências textuais sugerem que o transvestismo de Héracles, mencionado com frequência do final do Período Helenístico em diante, estava já presente neste drama satírico do Período Clássico.","PeriodicalId":188835,"journal":{"name":"CODEX - Revista de Estudos Clássicos","volume":"147 3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-03-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140256507","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Natália Miranda Fernandes da Silva, Waldir Beividas
{"title":"Ethos e persuasão","authors":"Natália Miranda Fernandes da Silva, Waldir Beividas","doi":"10.25187/codex.v11i2.56441","DOIUrl":"https://doi.org/10.25187/codex.v11i2.56441","url":null,"abstract":"O presente artigo se propõe a identificar elementos da Retórica de Aristóteles no embate entre Édipo e Creonte, da tragédia Édipo Rei de Sófocles, destacando a maneira com que os personagens mobilizam competências retóricas, em especial o ethos, para conquistar a adesão do povo tebano aos seus respectivos pontos de vista. Demonstrar-se-á a associação entre o poder da palavra e a manutenção da justiça e da boa governança: diante das acusações de Édipo, que se vê desesperado em busca de uma resposta que explique os males que acometem a cidade, cabe a Creonte construir um discurso de defesa que convença o coro acerca de sua inocência. Para tanto, ele se autoapresenta como alguém equânime e prudente, virtudes altamente valorizadas em um contexto marcado pelo desequilíbrio. Édipo, em contrapartida, vê sua reputação enquanto decifrador de enigmas perder força: se antes destacava-se como uma autoridade de saber, apresenta-se agora como uma autoridade de poder, apelando ao exagero e ao absurdo para mascarar a própria ignorância.","PeriodicalId":188835,"journal":{"name":"CODEX - Revista de Estudos Clássicos","volume":"180 S450","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-03-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140256216","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Espanto ou maravilhamento (thauma) na Ifigênia em Táuris de Eurípides","authors":"Christian Werner","doi":"10.25187/codex.v11i1.59280","DOIUrl":"https://doi.org/10.25187/codex.v11i1.59280","url":null,"abstract":"Este artigo investiga como Eurípides, em Ifigênia em Táuris, utiliza uma afecção estética que, em grego, desde os testemunhos supérstites mais antigos, foi sobretudo identificada pelo termo thauma e que abrange o que se concebe como “admiração”, “espanto” e “maravilhamento”. Partindo-se do tratamento da estrutura desse afeto em Pseudo-Longino, ele próprio ancorado em poetas e teóricos gregos do período clássico e arcaico, o foco aqui é discutir, de um lado, como já em Eurípides a estrutura dessa afecção é explorada por meio de certos termos e fenômenos (ekplēxis, apistos, muthos, reconhecimento) que foram sendo definidos como centrais em discussões epistemológicas, estéticas e poéticas em autores como Platão e Aristóteles, e, de outro lado, como essa tragédia configura a ambiguidade da afecção, em particular, em sua relação com a matéria mesma do espetáculo trágico, o muthos.","PeriodicalId":188835,"journal":{"name":"CODEX - Revista de Estudos Clássicos","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121507355","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Odorico Mendes por ele mesmo: traduzindo a Ilíada","authors":"T. Chanoca","doi":"10.25187/codex.v11i1.56946","DOIUrl":"https://doi.org/10.25187/codex.v11i1.56946","url":null,"abstract":"Este artigo busca apresentar e refletir a respeito da proposta tradutória de Odorico Mendes ao verter a Ilíada para a língua portuguesa. O estudo será guiado principalmente por textos do próprio tradutor a respeito de seu trabalho, com o objetivo de encontrar os motivos para a escolha da Ilíada, a visão que o tradutor tinha de Homero (e da própria Ilíada), como foi o processo tradutório e o que ele pretendia com a tradução.","PeriodicalId":188835,"journal":{"name":"CODEX - Revista de Estudos Clássicos","volume":"54 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128549498","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Uma Medeia afro-brasileira “rainha, preta e orixá”: recepção da antiguidade na peça Além do Rio de Agostinho Olavo","authors":"Mateus Dagios","doi":"10.25187/codex.v11i1.56647","DOIUrl":"https://doi.org/10.25187/codex.v11i1.56647","url":null,"abstract":"Partindo do objetivo de rastrear recepções do mito grego que não as privilegiadas pelo eurocentrismo, o artigo desenvolve uma investigação sobre a recepção da antiguidade no texto Além do Rio (1961) de Agostinho Olavo. A peça é uma recriação de Medeia de Eurípides a partir da proposta do Teatro Experimental do Negro (TEN), grupo fundado por intelectuais negros como Abdias do Nascimento que desejavam propor uma discussão sobre o lugar do negro na sociedade brasileira. O artigo analisa como temas do mito grego de Medeia foram revisitados para problematizar situações de tensão racial, mostrando a trajetória da heroína Jinga, que se transforma em Medeia, do apagamento à redescoberta das próprias raízes africanas. A peça problematiza temas da identidade e da exclusão dos negros na sociedade brasileira. O mito de Medeia e seu trágico desfecho é um ponto de reflexão para abordar temas como a ilusão da democracia racial, o problema da integração social, o preconceito e o apagamento da escravidão como experiência originária das tensões sociais no país.","PeriodicalId":188835,"journal":{"name":"CODEX - Revista de Estudos Clássicos","volume":"1989 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130684615","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Letícia Rodrigues Ferreira Panisset, Paulo Martins
{"title":"Medeias Propercianas: uma recolha","authors":"Letícia Rodrigues Ferreira Panisset, Paulo Martins","doi":"10.25187/codex.v11i1.55885","DOIUrl":"https://doi.org/10.25187/codex.v11i1.55885","url":null,"abstract":"A Mitografia, isto é, o escrever sobre os mitos, aparenta ter sido escrita comum entre os antigos. Esse gênero, no entanto, parece apresentar duas vertentes: uma que coleta e outra que interpreta as narrativas míticas. No primeiro grupo, destacam-se autores como Higino e Pseudo-Apolodoro. Por outro lado, entre os poetas, também se utilizou dessas narrativas, no que se destaca a poesia de Propércio, poeta augustano. Em sua produção, pode-se salientar a presença das histórias de Medeia, que são, segundo a tradição, várias e variadas, desde sua vida na Cólquida – passando pela tragédia em Corinto – até a fuga para Atenas. Na elegia properciana, por sua vez, vê-se o poeta utilizar os diferentes episódios desse mito na construção de seu discurso.","PeriodicalId":188835,"journal":{"name":"CODEX - Revista de Estudos Clássicos","volume":"34 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121964165","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O Coro e o Povo na Oresteia, de Ésquilo: o coro de Agamêmnon","authors":"Tiago Irigaray","doi":"10.25187/codex.v11i1.55675","DOIUrl":"https://doi.org/10.25187/codex.v11i1.55675","url":null,"abstract":"O coro de Agamêmnon, constituído por anciãos, homens livres que circulam livremente no espaço público e estão às voltas com os acontecimentos políticos de Argos, aproxima-se do modo de viver dos cidadãos atenienses. O coro inclusive profere ferrenhas críticas a Agamêmnon, embora de forma velada. Detentor de um destino coletivo e de uma ligação indireta com os deuses e também agindo como interlocutor do presente democrático ateniense com seu glorioso passado mítico aristocrático, há uma inegável aproximação do coro com o povo. O povo, contudo, não é uma coletividade coesa como o coro, é muito diverso e a relação entre o coro e o povo é indireta e parcial. Dito isso, Agamêmnon é uma das tragédias nas quais o coro mais se aproxima do povo ateniense em suas críticas, seu zelo pela cidade, sua insubordinação contra tiranos, e demais ações.","PeriodicalId":188835,"journal":{"name":"CODEX - Revista de Estudos Clássicos","volume":"130 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115965823","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Desprezo e Desonra: a ira de Medeia","authors":"Maria Cristina Rodrigues da Silva Franciscato","doi":"10.25187/codex.v11i1.59277","DOIUrl":"https://doi.org/10.25187/codex.v11i1.59277","url":null,"abstract":"A ira (ὀργή, orgé), segundo Aristóteles, pressupõe um desejo de vingança explícita, devido a alguma desonra sofrida e só pode existir onde a vingança for possível. O sentimento da ira requer poder e parece inadequado ao feminino, geralmente retratado como impotente na Grécia antiga. Não é o caso de Medeia que, repleta de ira, perpetra terrível vingança contra seu marido, Jasão, que a desonrou. Das tragédias áticas sobreviventes, Medeia é a que possui maior número de ocorrências dos termos orgé e khólos (χόλος), ambos com significados semelhantes, indicando ira, cólera. Medeia pode deixar irromper esses sentimentos por ser poderosa e não meramente humana.","PeriodicalId":188835,"journal":{"name":"CODEX - Revista de Estudos Clássicos","volume":"21 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116378645","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"“Amedrontado, acordei do sono”: o medo trágico na Exagoge de Ezequiel","authors":"Milton Torres","doi":"10.25187/codex.v11i1.59281","DOIUrl":"https://doi.org/10.25187/codex.v11i1.59281","url":null,"abstract":"O medo é uma emoção universal que funciona como síntese das atividades mentais que levam a reações de terror, pânico e angústia. O objetivo deste estudo é fazer uma leitura dos fragmentos da Exagoge, de Ezequiel Trágico, dramaturgo judaico que escrevia em grego, a fim de identificar como o drama helenístico trata a experiência estética do medo. Em cada um dos conjecturados cinco atos da Exagoge, o medo se faz presente com uma mesma marca de imponderabilidade. A tese do artigo é a de que a Exagoge demonstra que o medo é também uma reação a um perigo “imponderável” ou ponderável a partir não de experiências pessoais anteriores, mas de elementos externos que interagem com o estado emocional interior. Assim, o artigo pretende caracterizar a emoção do medo, em suas manifestações de caráter negativo e dissociadas do elemento estereotípico e cognitivo de experiências anteriores, a partir do exame da Exagoge, com base em cinco efeitos de amedrontamento: diante do desconhecido, o medo do imponderável; diante das divindades, o medo do sobrenatural; diante da exibição de força bruta, o medo do poderoso; diante da exibição de superioridade numérica, o medo do numeroso; e, diante do desproporcional, o medo do monstruoso.","PeriodicalId":188835,"journal":{"name":"CODEX - Revista de Estudos Clássicos","volume":"26 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129897752","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}