{"title":"《惊异或惊奇》(thauma)在欧里庇德斯的《陶瑞斯》(auris)中","authors":"Christian Werner","doi":"10.25187/codex.v11i1.59280","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo investiga como Eurípides, em Ifigênia em Táuris, utiliza uma afecção estética que, em grego, desde os testemunhos supérstites mais antigos, foi sobretudo identificada pelo termo thauma e que abrange o que se concebe como “admiração”, “espanto” e “maravilhamento”. Partindo-se do tratamento da estrutura desse afeto em Pseudo-Longino, ele próprio ancorado em poetas e teóricos gregos do período clássico e arcaico, o foco aqui é discutir, de um lado, como já em Eurípides a estrutura dessa afecção é explorada por meio de certos termos e fenômenos (ekplēxis, apistos, muthos, reconhecimento) que foram sendo definidos como centrais em discussões epistemológicas, estéticas e poéticas em autores como Platão e Aristóteles, e, de outro lado, como essa tragédia configura a ambiguidade da afecção, em particular, em sua relação com a matéria mesma do espetáculo trágico, o muthos.","PeriodicalId":188835,"journal":{"name":"CODEX - Revista de Estudos Clássicos","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-07-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Espanto ou maravilhamento (thauma) na Ifigênia em Táuris de Eurípides\",\"authors\":\"Christian Werner\",\"doi\":\"10.25187/codex.v11i1.59280\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este artigo investiga como Eurípides, em Ifigênia em Táuris, utiliza uma afecção estética que, em grego, desde os testemunhos supérstites mais antigos, foi sobretudo identificada pelo termo thauma e que abrange o que se concebe como “admiração”, “espanto” e “maravilhamento”. Partindo-se do tratamento da estrutura desse afeto em Pseudo-Longino, ele próprio ancorado em poetas e teóricos gregos do período clássico e arcaico, o foco aqui é discutir, de um lado, como já em Eurípides a estrutura dessa afecção é explorada por meio de certos termos e fenômenos (ekplēxis, apistos, muthos, reconhecimento) que foram sendo definidos como centrais em discussões epistemológicas, estéticas e poéticas em autores como Platão e Aristóteles, e, de outro lado, como essa tragédia configura a ambiguidade da afecção, em particular, em sua relação com a matéria mesma do espetáculo trágico, o muthos.\",\"PeriodicalId\":188835,\"journal\":{\"name\":\"CODEX - Revista de Estudos Clássicos\",\"volume\":\"1 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-07-14\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"CODEX - Revista de Estudos Clássicos\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.25187/codex.v11i1.59280\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"CODEX - Revista de Estudos Clássicos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.25187/codex.v11i1.59280","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Espanto ou maravilhamento (thauma) na Ifigênia em Táuris de Eurípides
Este artigo investiga como Eurípides, em Ifigênia em Táuris, utiliza uma afecção estética que, em grego, desde os testemunhos supérstites mais antigos, foi sobretudo identificada pelo termo thauma e que abrange o que se concebe como “admiração”, “espanto” e “maravilhamento”. Partindo-se do tratamento da estrutura desse afeto em Pseudo-Longino, ele próprio ancorado em poetas e teóricos gregos do período clássico e arcaico, o foco aqui é discutir, de um lado, como já em Eurípides a estrutura dessa afecção é explorada por meio de certos termos e fenômenos (ekplēxis, apistos, muthos, reconhecimento) que foram sendo definidos como centrais em discussões epistemológicas, estéticas e poéticas em autores como Platão e Aristóteles, e, de outro lado, como essa tragédia configura a ambiguidade da afecção, em particular, em sua relação com a matéria mesma do espetáculo trágico, o muthos.