{"title":"Imprensa, modernidade e carnaval na belle époque tropical: a cidade do Rio de Janeiro e seus cordões carnavalescos pelo olhar do cronista João do Rio","authors":"Ynayan Lyra Souza","doi":"10.15448/21778-3748.2018.2.24603","DOIUrl":"https://doi.org/10.15448/21778-3748.2018.2.24603","url":null,"abstract":"As crônicas de João do Rio revelam a capacidade do escritor carioca em tecer verdadeiros “quadros urbanos” e captar o dinamismo e os múltiplos sentidos atribuídos a cidade do Rio de Janeiro no contexto efervescente da Belle Époque tropical. Sua narrativa literária/jornalística nos possibilita analisar e compreender aspectos importantes do momento histórico no qual está inserido, incluindo manifestações populares como os festejos carnavalescos da cidade. O presente artigo concentra-se na representação de dois aspectos característicos da vida moderna – as ruas e os cordões carnavalescos – em duas crônicas que compõem a obra A alma encantadora das ruas (1908) de João do Rio. Dessa forma, pretende-se examinar o “olhar” analítico do cronista-flâneuracerca da cidade e de seu carnaval, considerando, também, os aspectos de ordem histórico-cultural e estética com os quais os textos do cronista estão relacionados: a modernização urbanística do Rio de Janeiro na virada do século XX, a crônica como gênero mais afeito a dar conta dessas transformações, a rua como novo espaço de sociabilidade e o papel do escritor e da imprensa em sintonia com os novos tempos.","PeriodicalId":123255,"journal":{"name":"Oficina do Historiador","volume":"5 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116874280","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Vitrúvio: a escrita de um arquiteto antigo – século I a.c.","authors":"N. Leão","doi":"10.15448/21778-3748.2018.2.27055","DOIUrl":"https://doi.org/10.15448/21778-3748.2018.2.27055","url":null,"abstract":"Este estudo tem como objetivo analisar a obra do arquiteto antigo Vitrúvio dentro do contexto de um registro da escrita de si, que pode contribuir para o conhecimento da história do período ao revelar, através dos seus escritos, o pensamento do autor sobre sua profissão no século I a.C., momento de transição da República para o Império Romano e consequentemente das alterações fundamentais na arquitetura romana","PeriodicalId":123255,"journal":{"name":"Oficina do Historiador","volume":"6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114901305","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"História da violência e sociedade brasileira","authors":"Jóice Bernaski, Hélio Sochodolak","doi":"10.15448/2178-3748.2018.1.24181","DOIUrl":"https://doi.org/10.15448/2178-3748.2018.1.24181","url":null,"abstract":"Desenvolvemos, no presente artigo, a hipótese de que a violência humana é histórica. Ela é um elemento que constrói e transforma as estruturas, as conjunturas e os cotidianos de distintas formas em várias temporalidades. Nesta perspectiva, abordaremos as características que a violência se circunscreveu em alguns períodos históricos, como nas sociedades Antigas, de fins da Idade Média, Antigo Regime, Modernidade e Pós-Modernidade. No Brasil, a História foi marcada pelo constante uso da violência, tendo suas origens com o processo de colonização, primeiramente, na violenta política de subjugamento do indígena subsidiado pela ideologia da guerra justa, das jurisdições e dos aldeamentos. Com a prática da escravidão ocorrida durante séculos, que suprimiu a vida humana de maneira selvagem, e ainda de forma mais suave, com a política de subterfúgio empregada ao imigrante europeu, submetendo-o à escravidão simbólica. Essas práticas colonizatórias construíram um Brasil pautado na concentração de riquezas refletidas na desigualdade social que se proliferou no cotidiano, marcada, também, pelo uso constante da violência. Também abordaremos como os processos criminais são fontes profícuas para o entendimento da violência processada no Brasil. Essas discussões forçam a tese de que a violência é intrínseca à vida social, seja ela caracterizada de forma física ou simbólica.","PeriodicalId":123255,"journal":{"name":"Oficina do Historiador","volume":"31 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-07-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122386371","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Manoel Bomfim e as especificidades da formação brasileira: a conquista do território como elemento definidor da identidade nacional","authors":"L. C. Bento","doi":"10.15448/2178-3748.2018.1.24808","DOIUrl":"https://doi.org/10.15448/2178-3748.2018.1.24808","url":null,"abstract":"Ao longo deste texto, buscamos sistematizar o entendimento de Manoel Bomfim apresentado em seus ensaios América Latina: Males de Origem (1905) e O Brasil na América: caracterização da formação brasileira (1929) a respeito do processo de formação do Brasil e das demais nações neo-ibéricas, buscando realçar sua crítica ao caráter violento e exploratório desse processo que segundo o pensador sergipano era oriundo do sistema colonial e de seu aparato funcional, com especial ênfase para as influências negativas da escravidão. Esse enfoque na ocupação dos espaços e na inclusão dos indivíduos evidencia a importância atribuída por Manoel Bomfim à conquista e ocupação do território como elemento definidor das especificidades nacionais, tema que procuramos explorar por meio de uma reflexão sobre os dois ensaios supracitados.PALAVRAS CHAVES: Formação, identidade, nação. ","PeriodicalId":123255,"journal":{"name":"Oficina do Historiador","volume":"76 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-07-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132462379","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A liberdade para distribuir a «Bíblia Protestante» em Portugal no início do século XX: «o caso José Alexandre»","authors":"Timóteo A. J. Cavaco","doi":"10.15448/2178-3748.2018.1.26873","DOIUrl":"https://doi.org/10.15448/2178-3748.2018.1.26873","url":null,"abstract":"No acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa, datado de 19 de outubro de 1907, reconhecia-se pela primeira vez sem ambiguidade a legalidade da venda da chamada «Bíblia Protestante» e, mais do que isso, a permissão da religião protestante em Portugal, com base no texto da Carta Constitucional de 1826. Quase quatro anos antes da consagração da «igualdade civil e política de todos os cultos» na nova lei fundamental da República, a jurisprudência do Estado confessional da Monarquia Constitucional já apontava para o reconhecimento do pluralismo religioso que se tinha começado a afirmar na sociedade portuguesa a partir da segunda metade do séc. XIX. Na origem desta decisão judicial histórica esteve uma acusação do foro penal mas também eclesiástico contra o vendedor itinerante José Alexandre que atuava em nome da Sociedade Bíblica, organização que se dedicava à distribuição da Bíblia em territórios portugueses desde 1809. Neste artigo procura-se aprofundar a fundamentação jurídica utilizada pelos juízes desembargadores para arquivar o processo deduzido em primeira instância contra o colportor da Sociedade Bíblica, num contexto político e jurídico, mas fundamentalmente social e religioso, em que a religião católica continuava a deter o quase exclusivo da propagação e afirmação da fé, bem como da pertença religiosa dos portugueses.","PeriodicalId":123255,"journal":{"name":"Oficina do Historiador","volume":"3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-07-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132958232","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"“As potencialidades agrícolas de Porto Novo”: a modernização agrícola de Itapiranga (SC) com a cooperação da Alemanha Ocidental","authors":"Douglas Orestes Franzen","doi":"10.15448/2178-3748.2018.1.24587","DOIUrl":"https://doi.org/10.15448/2178-3748.2018.1.24587","url":null,"abstract":"O texto objetiva analisar o Relatório de Desenvolvimento Econômico de Itapiranga, produzido em 1962 através do engajamento da comunidade local e sob financiamento da instituição alemã Misereor. Pretende-se estabelecer relações conjecturais desse movimento que se caracterizou desenvolvimentista num cenário de modernização e integração da economia brasileira, principalmente em regiões agrícolas. Defende-se a ideia de que esse movimento, mesmo que de cunho local, esteve atrelado a uma conjuntura mais abrangente, fortalecendo a ideia de que os espaços regionais se vinculam e são condicionados por lógicas históricas conjunturais. ","PeriodicalId":123255,"journal":{"name":"Oficina do Historiador","volume":"238 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-07-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114553185","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Sheila Serafim da Silva, Felipe Eugênio de Leão Esteves
{"title":"Modernidade para quem?: o negro e a urbe paulistana","authors":"Sheila Serafim da Silva, Felipe Eugênio de Leão Esteves","doi":"10.15448/2178-3748.2018.1.23987","DOIUrl":"https://doi.org/10.15448/2178-3748.2018.1.23987","url":null,"abstract":"Resultado das discussões engendradas para a composição da dissertação de mestrado intitulada: “Negros em Guaianases: Cultura e Memória”, o presente artigo estabelece uma contextualização a partir dos processos migratórios do campo para o território urbano, tendo como atores grupos negros e imigrantes, sobretudo, italianos, para refletir sobre os processos de urbanização da cidade de São Paulo. Pautados numa modernidade elitista e de caráter eurocêntrica, impressa - na segunda metade do século XIX e nas primeiras décadas do século XX - nos territórios centrais da urbe, nos leva a identificar consequências sobre a presença dos grupos negros que habitavam as respectivas regiões. Em nome de um projeto civilizatório baseado na projeção europeia de embelezamento e de progresso, levado a frente por uma incipiente burguesia urbana, ações higiênicas de extrema violência expulsaram e segregaram tais populações. Logo, pergunta-se: Modernidade para quem? Mais do que uma cidade buscando um pseudo desenvolvimento, seu ideal era branco, europeu, não havia espaços para os negros. A modernidade buscada se fez seletiva e discriminatória, num movimento materializado no tecido urbano que destacou privilégios de uns a custa da invisibilidade de outros.","PeriodicalId":123255,"journal":{"name":"Oficina do Historiador","volume":"148 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-07-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123456625","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
M. Magalhães, Paulo Roberto Staudt Moreira, Rafael Eduardo Stelter
{"title":"Produção literária e contexto histórico no século XIX: O Mulato, de Aluísio Azevedo","authors":"M. Magalhães, Paulo Roberto Staudt Moreira, Rafael Eduardo Stelter","doi":"10.15448/2178-3748.2018.1.24502","DOIUrl":"https://doi.org/10.15448/2178-3748.2018.1.24502","url":null,"abstract":"Tomando o romance O Mulato, de Aluísio de Azevedo, como pretexto, o artigo pretende analisar as representações político-literárias que ele comporta, sobre a presença negra no Brasil, no final do oitocentos. A obra transita por entre as estruturas sociais que projetavam múltiplos discursos indicando as relações de poder inferiorizantes do negro, como clérigos, comerciantes e Estado. As representações de manutenção do modo de produção escravo em face do desenvolvimento econômico e construção identitária nacional, convergem na lógica de que a emancipação negra não apenas é uma ameaça ao status quo da elite como perpassa o atraso brasileiro apreendido pelo viés da degeneração racial advindo da mestiçagem. Publicado em 1881, período de grandes mudanças estruturais (processo abolicionista, campanha e proclamação republicana, crescimento da imigração europeia), o livro coincide com a recepção no Brasil de várias perspectivas analíticas, que estimularam e condicionaram o pensar das elites nacionais sobre a participação negra, vista principalmente como entrave a consolidação de uma nação civilizada.","PeriodicalId":123255,"journal":{"name":"Oficina do Historiador","volume":"6 1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-07-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124956582","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Movimentos ambientalistas no Rio Grande Do Sul (décadas 1970-80)","authors":"Elenita Malta Pereira","doi":"10.15448/2178-3748.2018.1.24308","DOIUrl":"https://doi.org/10.15448/2178-3748.2018.1.24308","url":null,"abstract":"Este artigo examina a trajetória dos movimentos ambientalistas no Rio Grande do Sul, na segunda metade do século XX. Representa um esforço inicial para começar a preencher a lacuna sobre a história das principais entidades surgidas na capital e nas cidades interioranas, nas décadas de 1970 e 1980, na tentativa de traçar um panorama, mesmo que parcial, dos movimentos ambientalistas no Rio Grande do Sul, a partir da perspectiva da história ambiental. Para isso, são utilizadas pesquisas acadêmicas, fontes bibliográficas, documentos de arquivos e da internet. ","PeriodicalId":123255,"journal":{"name":"Oficina do Historiador","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-07-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123077666","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}