Angelina Germana Jones, Kaio Givanilson Marques de Oliveira, Antonio Aglailton Oliveira Silva, Francisca Alenda de Oliveira Almeida, Zulmira Marques de Sousa Bezerra, Lívia Moreira Barros
{"title":"Determinantes sociais de saúde associados à qualidade de vida em pessoas com doenças cardiometabólicas","authors":"Angelina Germana Jones, Kaio Givanilson Marques de Oliveira, Antonio Aglailton Oliveira Silva, Francisca Alenda de Oliveira Almeida, Zulmira Marques de Sousa Bezerra, Lívia Moreira Barros","doi":"10.51126/revsalus.v5isupii.752","DOIUrl":"https://doi.org/10.51126/revsalus.v5isupii.752","url":null,"abstract":"Introdução: Os Determinantes Sociais de Saúde (DSS) constitui uma rede complexa de fatores, capazes de promoverem interferência na Qualidade de Vida (QV) da coletividade. Dessa forma, compreender as correlações entre DSS e a QV em pessoas com doenças cardiometabólicas (DCM) é indispensável para conduzir políticas públicas e estratégias de saúde. Objetivos: Correlacionar os Determinantes Sociais de Saúde e a Qualidade de Vida em pessoas com DCM. Material e Métodos: Pesquisa transversal e quantitativa, realizada nos municípios de Fortaleza, Acarape, Redenção e Sobral, no Estado do Ceará, entre novembro de 2021 a dezembro de 2022. Obtiveram-se 282 indivíduos na amostra por conveniência. Incluíram-se: idade > a 18 anos com diagnóstico de DCM. Realizou-se entrevista semiestruturada sobre informações sociodemográficas e instrumento EQ-5D, que avalia a QV nas dimensões: Mobilidade, Autocuidado, Atividades Habituais, Dor/Mal-estar, Ansiedade/Depressão. Dados organizados no Microsoft Office Excel® e analisados no software IBM® SPSS® Statistics, versão 22.0. Utilizou-se Coeficiente de correlação de Spearman e foi estabelecido significância estatística de 5%. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (CAAE 37047620.1.0000.5576). Resultados: Dos 282 indivíduos, predominou-se o sexo feminino com 59,9% (169), com média de idade 48,2. Observou-se que 29,8% (84) cursaram ensino médio completo, 53,2% (150) estavam com ocupação inativa e 54,3% (153) residiam na capital do estado. A renda familiar prevaleceu entre 1 a 2 salários mínimos (53,2%; 150). Nas correlações entre DSS e QV, houve significância do sexo e dor/mal-estar (p = 0,003). Entre idade e mobilidade (p = <0,001), atividades habituais (p = <0,001), dor/mal-estar (p = <0,001). Na escolaridade e atividades habituais (p = 0,001). Houve significância entre renda familiar e dor/mal-estar (p = 0,019). A procedência obteve associações com autocuidado (p = 0,001), atividades habituais (p = 0,003), dor/mal-estar (p = <0,001) ansiedade (p = <0,001). Conclusões: É possível inferir que os DSS podem influenciar na QV de pessoas com DCM. Com isso percebe-se que o sexo, idade, escolaridade, renda familiar e a procedência são determinantes de impacto na vida desses indivíduos.","PeriodicalId":506230,"journal":{"name":"RevSALUS - Revista Científica da Rede Académica das Ciências da Saúde da Lusofonia","volume":"102 3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139530239","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Carla Leão, Maria Ana Neves, A. Ribeiro, A. Lopes, M. Pedro, J. L. Sousa, Ângela Pereira, Maria Graça, Sônia Vicente, Carlos Tavares, Vanusa Pina, Elisabete Martins, Flávia Rocha, Thiago Urgai, M. Albuquerque, João Venâncio, Cláudia Silva, M. Castro, Sandra Gaulic, Ana Couto, A. Martins, Aldina Lucena, José Daitone Tomás, Firmino de Lima Valente
{"title":"Projeto Pontes Atlânticas: uma ponte entre os estudantes de Fisioterapia da Lusofonia","authors":"Carla Leão, Maria Ana Neves, A. Ribeiro, A. Lopes, M. Pedro, J. L. Sousa, Ângela Pereira, Maria Graça, Sônia Vicente, Carlos Tavares, Vanusa Pina, Elisabete Martins, Flávia Rocha, Thiago Urgai, M. Albuquerque, João Venâncio, Cláudia Silva, M. Castro, Sandra Gaulic, Ana Couto, A. Martins, Aldina Lucena, José Daitone Tomás, Firmino de Lima Valente","doi":"10.51126/revsalus.v5isupii.716","DOIUrl":"https://doi.org/10.51126/revsalus.v5isupii.716","url":null,"abstract":"Introdução: A Etapa I do projeto de internacionalização Pontes Atlânticas, do Núcleo Académico de Fisioterapia (NAFisio) da Rede Académica das Ciências da Saúde da Lusofonia (RACS), iniciado no ano letivo 21/22, com segunda edição em 22/23, promove a partilha de perspetivas sobre o contexto educativo e profissional da Fisioterapia entre estudantes de diferentes instituições de ensino superior (IES) membros da RACS. Através da criação de equipas de estudantes de diferentes IES, são realizadas reuniões on-line para partilha das suas realidades, considerando a sua experiência enquanto alunos e futuros profissionais. Objetivos: Identificar o grau de satisfação e impacto da atividade Pontes Atlânticas – Etapa 1 nos alunos participantes no projeto no ano letivo 22/23 e comparar com os resultados do ano letivo 21/22. Material e Métodos: Estudo observacional, descritivo e comparativo, por questionário on-line, disponibilizado por email, no final da atividade dos anos letivos 21/22 e 22/23. A amostra no ano letivo 21/22 foi constituída por 86 estudantes dos 103 participantes iniciais (Portugal, Brasil, Moçambique, Cabo Verde, Angola e São Tomé e Príncipe) e em 22/23 por 41 estudantes de 76 participantes (Portugal, Cabo Verde, Angola e Brasil). Resultados: Considerando e comparando, respetivamente, os resultados obtidos em 21/22 e 22/23: 93% e 83% dos alunos afirmaram que os objetivos eram claros e atingíveis, e que os materiais de suporte foram suficientes; 70% e 51% reportaram que o contacto com os pares e o planeamento foi fácil; 94% e 71% referiu que a atividade ajudou a compreender o contexto nacional/internacional do ensino e da prática da Fisioterapia; e 89% e 80% dos estudantes afirmaram que atividade foi importante para o desenvolvimento de competências pessoais e profissionais, e que deve continuar a ser realizada. Conclusões: Com os resultados obtidos, concluímos que no ano letivo 22/23 a participação diminuiu e algumas das dimensões também sofreram um decréscimo, assumindo-se como um desafio a ser analisado pelo NAFisio, por forma a encontrar estratégias para o ultrapassar. No entanto, consideramos que é um projeto a ter continuidade, uma vez que 80% dos alunos afirmaram que a atividade foi importante para o desenvolvimento de competências pessoais e profissionais.","PeriodicalId":506230,"journal":{"name":"RevSALUS - Revista Científica da Rede Académica das Ciências da Saúde da Lusofonia","volume":" 80","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139621352","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O papel das práticas e estilos parentais no estado nutricional das crianças: revisão sistemática da literatura","authors":"F. Pereira, Ana Maria Franco Pereira","doi":"10.51126/revsalus.v5isupii.663","DOIUrl":"https://doi.org/10.51126/revsalus.v5isupii.663","url":null,"abstract":"Introdução: A obesidade infantil é um dos problemas de saúde pública mais preocupante. Estima-se que na Europa, quase 1 em cada 3 crianças vivam com excesso de peso/obesidade. Os hábitos e comportamentos alimentares das crianças e jovens é amplamente influenciado pelo meio familiar onde estão inseridos porque as figuras parentais servem como modelos principais, criam o ambiente físico e social, são responsáveis pela alimentação, estabelecem regras alimentares, encorajam e/ou desencorajam o consumo de determinados alimentos influenciando direta/indiretamente os hábitos alimentares e a composição corporal das crianças/jovens. Objetivo: Avaliar e resumir as evidências científicas sobre o papel das práticas e estilos parentais no estado nutricional das crianças. Métodos: Revisão da literatura segundo a metodologia PRISMA. A colheita de dados foi realizada entre Janeiro e Maio de 2023, para tal utilizaram-se as bases de dados eletrónicas: Pubmed, Scientific Eletronic Library On-Line (Scielo), B-ON, Medline, Scopus. Para integrar a revisão da literatura foram selecionados 23 artigos publicados entre 2000 a 2023, em humanos e que respeitassem os seguintes critérios de inclusão: estudos originais que avaliassem o papel das práticas parentais e a sua relação com a composição corporal das crianças. Resultados: Estudos apontam que ingestão de fruta, vegetais e leite pelas crianças aumenta após observarem os modelos parentais a consumirem esses alimentos. Práticas parentais coercivas (em que se restringe ou se recompensa a criança com alimentos) e práticas permissivas (como alimentar a criança para proporcionar conforto) estão associadas com o aumento da ingestão energética/calórica, ingestão de alimentos menos saudáveis e aumento do peso da criança, enquanto a educação alimentar positiva favorece a estrutura (tais como a rotinas, disponibilidade de alimentos) e apoia a autonomia impactando de modo positivo a criação de hábitos alimentares saudáveis e pratica regular de atividade física influenciando positivamente a composição corporal da criança/jovem. Conclusão: É de extrema importância de aumentar a literacia alimentar e nutricional não apenas no meio escolar mas, também envolver ativamente as entidades parentais no que concerne à adoção de estratégias educacionais tendo em vista não só o combate da obesidade infantil mas também a melhoria da qualidade de vida das populações futuras.","PeriodicalId":506230,"journal":{"name":"RevSALUS - Revista Científica da Rede Académica das Ciências da Saúde da Lusofonia","volume":" 3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139622063","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Efetividade da fisioterapia na doença de Parkinson na melhoria do risco de queda e da independência: um estudo de caso","authors":"I. Nascimento, R. Custódio, B. Minghelli","doi":"10.51126/revsalus.v5isupii.762","DOIUrl":"https://doi.org/10.51126/revsalus.v5isupii.762","url":null,"abstract":"Introdução: A doença de Parkinson (DP) é uma doença crónica progressiva que causa incapacidade e comprometimento da qualidade de vida, sendo o distúrbio do movimento mais comum do sistema nervoso central. Os sintomas motores da DP podem ser minimizados com a Fisioterapia, que têm como objetivos melhorar a qualidade de vida, mantendo ou aumentando a independência, segurança e bem-estar do utente. Objetivo: Verificar a efetividade da fisioterapia na melhoria do risco de queda e da independência em um utente diagnosticado com DP. Material e Métodos: Estudo de caso de um utente de 89 anos do sexo masculino diagnosticado com DP idiopática estádio II, Tetraparesia acinética com predomínio crural distal. Apresentava alterações do padrão de marcha, controlo postural e coordenação motora e diminuição da funcionalidade. Iniciou sessões de fisioterapia individuais, 2 vezes por semana, com uma duração de 1 hora. Foram realizados os seguintes testes: Time up and go, escala de Berg e de Barthel. A intervenção teve a duração de 7 semanas, sendo composta por um aquecimento, treino funcional e alongamentos. O aquecimento foi composto por 10 minutos de treino aeróbio, realizado na passadeira. Para o treino funcional foram realizados: exercícios de mobilidade, de controlo motor e equilíbrio, um circuito funcional composto por 6 estações com o propósito de trabalhar todas as componentes em défice como o equilíbrio, coordenação e dissociação de cinturas, marcha de diversos tipos como em plano inclinado, lateral e com obstáculos. Resultados: Os valores iniciais e finais das escalas de Berg (40/56 - risco de queda moderado) e de Barthel (95/100 - dependência leve) se mantiveram. Relativamente aos valores do Time up and go na avaliação o tempo foi de 32 segundos, indicando um alto risco de queda. Na reavaliação, o tempo foi de 28 segundos, indicando um moderado risco de queda. Conclusões: Os resultados obtidos revelaram que o plano de intervenção foi efetivo na melhoria do risco de queda e, apesar de ter mantido o mesmo score na escala de Barthel, o utente referiu que realizava as tarefas da vida diária, como o calçar e a colocação da ortótese, com maior facilidade.","PeriodicalId":506230,"journal":{"name":"RevSALUS - Revista Científica da Rede Académica das Ciências da Saúde da Lusofonia","volume":" 9","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139622145","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Sofia Lopes, Ana Coelho, Paula Rocha, G. Brochado, Simão Nogueira, A. Carneiro, T. Oliveira, Á. Vieira
{"title":"Influência de ações educativas na postura em trabalhadores administrativos do Grupo CESPU: estudo piloto","authors":"Sofia Lopes, Ana Coelho, Paula Rocha, G. Brochado, Simão Nogueira, A. Carneiro, T. Oliveira, Á. Vieira","doi":"10.51126/revsalus.v5isupii.692","DOIUrl":"https://doi.org/10.51126/revsalus.v5isupii.692","url":null,"abstract":"Introdução: As lesões músculo-esqueléticas relacionadas com o trabalho correspondem a uma das causas de incapacidade mais frequentemente relatada pelos trabalhadores de escritório. Movimentos repetitivos e posturas prevalentes constituem os principais fatores de risco associados ao desenvolvimento destas lesões. Objetivo: Verificar a influência de ações educativas na postura dos trabalhadores administrativos da CESPU. Metodologia: Foi realizado um estudo quase-experimental em 23 trabalhadores do grupo CESPU, tendo sido efetuadas 3 ações educativas teóricas e 1 ação educativa prática, durante 4 semanas. Os trabalhadores administrativos que assistiram às ações educativas foram alocados no grupo experimental (n=12) e os que não demonstraram interesse em participar, no grupo controlo (n=11). Procedeu-se à recolha das imagens, através da gravação do ciclo de trabalho de cada trabalhador, analisadas através do instrumento Rapid Upper Limb Assessment (RULA), nos dois momentos de avaliação. Os dados foram analisados através do programa IBM SPSS 28.0, com um nível de significância de 0,05. Resultados: Apesar de em ambos os grupos termos verificado uma diminuição no score da RULA de 1 ponto, esta apenas se revelou significativa no grupo controlo (p<0,009). Contudo, em M1, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre grupo experimental e grupo controlo (p=0,077). Conclusões: Na presente amostra, não se verificou influência das ações educativas na postura dos trabalhadores administrativos.","PeriodicalId":506230,"journal":{"name":"RevSALUS - Revista Científica da Rede Académica das Ciências da Saúde da Lusofonia","volume":" 42","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139622287","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A cultura de segurança nos cuidados de medicina dentária: um estudo cross-sectional","authors":"Catarina Figueira, Fátima Bizarra, Margarida Eiras","doi":"10.51126/revsalus.v5isupii.776","DOIUrl":"https://doi.org/10.51126/revsalus.v5isupii.776","url":null,"abstract":"Introdução: Os cuidados de saúde são vulneráveis ao erro, e por isso a cultura de segurança (CS) tem sido cada vez mais uma preocupação mundial (Institute of Medicine, 2000). A notificação do erro numa cultura de aprendizagem não-punitiva, a comunicação aberta e o forte compromisso da gestão/liderança com a CS são alguns preditores de uma CS positiva (El-Jardali et al., 2011). A prática em medicina dentária desenvolve-se numa sinergia entre o meio e a ação humana, e está inerente a riscos que podem resultar em dano para o doente e profissional de saúde oral (Choi et al., 2019). Objetivos: Avaliar a cultura de segurança em clínicas dentárias e identificar pontos fortes e áreas de melhoria. Material e métodos: A amostra deste estudo cross-sectional foi obtida por bola de neve e incluiu dentistas, higienistas orais, assistentes dentárias, gestores, gestores de pacientes e rececionistas de clínicas dentárias em Portugal. A versão portuguesa do Medical Office Survey on Patient Safety Culture (MOSPSC) foi adaptado para a medicina dentária. Após a validação e análise de fiabilidade, o questionário para a avaliação da Cultura de Segurança do Doente nos Cuidados de Medicina Dentária (CSDMD) foi inicialmente divulgado a vinte dentistas e higienistas orais e com a Associação Portuguesa de Higienistas Orais (APHO) que fizeram a partilha entre pares e com outras clínicas dentárias. Resultados: A amostra consistiu em 237 respondentes. O maior grupo eram higienistas orais (32,48%). Das dimensões da cultura de segurança do questionário, o “trabalho em equipa” (80.1%) e “seguimento do doente” (75.0%) obtiveram as pontuações mais elevadas, enquanto o “ritmo e pressão de trabalho” (47.9%) e a “abertura da comunicação” entre profissionais e staff (49.0%) as mais reduzidas. Dos respondentes que não tomam decisões financeiras, 45.4% considera que os gestores da clínica não investem em recursos necessários para a melhoria da qualidade em saúde. Conclusões: A maioria dos profissionais de saúde oral e staff partilham um espírito de trabalho em equipa e atmosfera de respeito e entreajuda, no entanto consideram que a pressão que sentem no tratamento dos pacientes e o desencorajamento em expressar diferentes pontos de vistas constituem pontos a melhorar.","PeriodicalId":506230,"journal":{"name":"RevSALUS - Revista Científica da Rede Académica das Ciências da Saúde da Lusofonia","volume":" 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139622389","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Efeito da Fisioterapia na diminuição da sintomatologia de um prolapso pélvico grau III: um estudo de caso","authors":"S. Graça, Patrícia Almeida","doi":"10.51126/revsalus.v5isupii.694","DOIUrl":"https://doi.org/10.51126/revsalus.v5isupii.694","url":null,"abstract":"Introdução: Os prolapsos dos órgãos pélvicos (POP) afetam 40% das mulheres com mais de 45 anos, embora apenas 12% apresente sintomas. As opções de tratamento incluem cirurgia para casos mais graves (grau III e IV) e tratamentos conservadores para casos mais ligeiros. Os POP mais graves e/ou de recorrência, como é o caso desta utente, têm normalmente histórico de cirurgia e são mais sintomáticos. A Fisioterapia, nestes casos, tem mostrado resultados na melhoria da função e qualidade de vida, havendo, no entanto, pouca evidência na redução do POP. Objetivo: analisar o efeito da Fisioterapia na diminuição da sintomatologia de um POP grau III. Descrição do caso: Utente do sexo feminino, 60 anos, com histórico de POP e sujeita a duas cirurgias. Tem sintomas de POP-III, má postura, fraqueza dos MPP, obesidade, obstipação e fraca consciência corporal. Recorre à Fisioterapia por autorreferência com o objetivo de minimizar os sintomas e prevenir uma terceira cirurgia. Foram realizados dois momentos de avaliação: primeira consulta e ao fim de 10 sessões de intervenção, em que se utilizaram os seguintes métodos e instrumentos: Escala de Oxford Modificada; observação da postura, estruturas vaginais e padrão respiratório; palpação dos MPP; POP-Q; diário miccional; P-QOL, ICIQ-VS e FSFI. A intervenção compreendeu as seguintes estratégias: exercícios de consciencialização e contração voluntária dos MPP, fortalecimento dos MPP, mobilidade lombopélvica e torácica e reeducação do padrão respiratório e literacia em saúde lombopélvica. Resultados: são atingidos os objetivos definidos a curto prazo, aumentando a consciência corporal e modificando o padrão respiratório, a mobilidade lombopélvica e dos MPP; melhora a contração dos MPP e a excursão dos diafragmas; a sensação subjetiva de peso diminui bem como os episódios de obstipação; os scores do P-QOL e ICIQ-VS melhoram principalmente na dimensão dos sintomas prolapso/vaginais respetivamente. Conclusão: o estudo permitiu perceber que a Fisioterapia, utilizando estratégias de exercício terapêutico e educação, teve influência positiva nos sinais e sintomas desta utente. Os resultados encontrados nesta utente de 60 anos, não diferem muito dos resultados encontrados em populações mais jovens, trazendo uma boa expectativa para as pessoas nesta faixa etária e com problemas semelhantes ao desta utente.","PeriodicalId":506230,"journal":{"name":"RevSALUS - Revista Científica da Rede Académica das Ciências da Saúde da Lusofonia","volume":" 7","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139621264","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
André Alves, M. Silva, A. Nascimento, Lucimere Bohn, L. Miranda
{"title":"Dor musculosquelética lombar e qualidade de vida em praticantes de musculação","authors":"André Alves, M. Silva, A. Nascimento, Lucimere Bohn, L. Miranda","doi":"10.51126/revsalus.v5isupii.786","DOIUrl":"https://doi.org/10.51126/revsalus.v5isupii.786","url":null,"abstract":"Introdução: A prática de musculação aparece ligada a benefícios para a saúde e bem-estar, mas também surge associada a queixas de dor musculoesquelética lombar (Scriven et al., 2004), podendo estas ter impacto na participação ocupacional e na qualidade de vida (QdV). A terapia ocupacional, tanto numa perspetiva de prevenção como de intervenção, visa a promoção da participação ocupacional e da qualidade de vida (Gomes et al., 2004). Objetivos: Comparar a Qualidade de vida (QdV) entre adultos praticantes de musculação com e sem queixas de dor lombar e, ainda, verificar se as variáveis, idade, IMC, sexo, duração do sono, hábitos tabágicos, bebidas alcoólicas e intensidade da dor lombar podem predizer o Domínio Físico da QdV, em praticantes de musculação. Material e Métodos: Estudo quantitativo analítico observacional transversal; a recolha de dados ocorreu através de um questionário online: WHOQOL-BREF e Questionário Nórdico-Musculoesquelético (QNM). Análise estatística com teste t student; Mann-Whitney; Qui-Quadrado ; regressão linear múltipla (stepwise). Resultados: A amostra (n = 80) é constituída principalmente pelo sexo feminino (80%), com idades compreendidas entre os 18 e os 40 anos. Verificou-se um número elevado de participantes com queixas de dor lombar e horas de sono abaixo do recomendado. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os scores da QdV dos participantes com e sem dores lombares (p > 0,05). A duração do sono (B=3,372; p = <,001) e a idade (B=0,341; p = 0,032) são preditores significativos do Domínio Físico da QdV (R² ajustado = 0,183). Conclusões: Não foram encontradas diferenças na QdV entre praticantes de musculação com e sem queixas de dores lombares. Verificou-se que a duração do sono e a idade contribuem significativamente para predizer o Domínio Físico da QdV em praticantes de musculação. Este estudo poderá chamar a atenção para o papel da terapia ocupacional na prevenção da dor lombar e higiene do sono em praticantes de musculação.","PeriodicalId":506230,"journal":{"name":"RevSALUS - Revista Científica da Rede Académica das Ciências da Saúde da Lusofonia","volume":" 38","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139620629","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Distúrbios do processamento auditivo central em crianças com epilepsia: uma revisão sistemática","authors":"Mónica Sousa Oliveira, David Tomé","doi":"10.51126/revsalus.v5isupii.726","DOIUrl":"https://doi.org/10.51126/revsalus.v5isupii.726","url":null,"abstract":"Introdução: O Distúrbio do Processamento Auditivo Central (DPAC) é definido como um déficit no processamento neural da informação auditiva no Sistema Nervoso Auditivo Central (SNAC) e está associado a dificuldades nas funções da linguagem, aprendizagem e comunicação de ordem superior (ASHA, 2010). A epilepsia, é uma doença cerebral não transmissível e estima-se que afete cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo (World Health Organization, 2022). Na infância, a epilepsia benigna da infância com pontas centrotemporais e a epilepsia do lobo temporal são as duas formas de epilepsia mais relatadas (Boscariol et al., 2015). Objetivo: Verificar se existem evidências científicas que comprovem DPAC em crianças com epilepsia sugerindo o método mais adequado, melhorando assim a resposta clínica que existe atualmente em crianças com epilepsia. Metodologia: Foi realizada uma revisão de artigos científicos recorrendo à pesquisa nas bases de dados PubMed e ScienceDirect. Foi utilizado o operador booleano “AND” na equação booleana relacionando os termos “Epilepsy”, “Auditory Processing” e “Children”. Resultados: Num total foram retirados 194 artigos das bases de dados, foram excluídos artigos de acordo com os critérios de exclusão, sendo que no final para análise restaram 17 artigos. Conclusão: As crianças apresentaram resultados anormais na bateria de testes comportamentais do PAC. As avaliações eletrofisiológicas tiveram também precedência na pesquisa e diagnóstico de DPAC, tendo sido observadas alterações nas latências e amplitudes no P300, N1, N2 e no Mismatch Negativity. Estes dados, permitem confirmar a existência de DPAC em crianças com epilepsia. É necessário implementar uma abordagem multidisciplinar, sendo neste projeto elaborado uma sugestão de um protocolo de avaliação realçando assim a importância da avaliação e intervenção adaptado a esta população. O protocolo é dividido em 2 fases: a primeira inclui a avaliação comportamental periférica e a segunda fase inclui a avaliação comportamental (bateria de testes para a avaliação do PAC) e a avaliação eletrofisiológica. Sendo posteriormente realizadas sessões de reabilitação de PAC.","PeriodicalId":506230,"journal":{"name":"RevSALUS - Revista Científica da Rede Académica das Ciências da Saúde da Lusofonia","volume":" 6","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139620859","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Influência da funcionalidade corporal no risco de queda em idosos institucionalizados","authors":"Sandra Gagulic, B. Soares","doi":"10.51126/revsalus.v5isupii.706","DOIUrl":"https://doi.org/10.51126/revsalus.v5isupii.706","url":null,"abstract":"Introdução: O desenvolvimento de uma imagem corporal negativa ou positiva depende de vários fatores. Investigações recentes defendem que é importante a aceitação do corpo para além da aparência e devem ser aprofundadas outras dimensões como a funcionalidade corporal. A funcionalidade corporal envolve um foco nas cognições e sentimentos positivos em relação às capacidades corporais. Objetivos: verificar a relação entre a funcionalidade corporal e o risco de queda em idosos institucionalizados. Material e Métodos: Estudo realizado com idosos institucionalizados na cidade de Viseu. Critérios de inclusão: score > 20 pontos no Mini Mental State Examination; consentimento livre e informado; capacidade de deambular com e sem auxiliar de marcha. Instrumentos de recolha de dados: Questionário sociodemográfico e clínico; escala Functionality Appreciation Scale (funcionalidade corporal); teste Timed Up&Go (risco de queda). Estatística descritiva e inferencial não paramétrica com nível de significância < 0.05. Resultados: 31 participantes com idades entre 63 e 95 anos, a média de 82,81±7,93 anos. 56,3% referem que têm uma saúde Razoável, 28,1% consideram que têm uma saúde Boa. 40,6% referiu que já caiu, com um mínimo e um máximo a oscilarem entre 1 a 6 quedas (1,95±143). Nas escalas FAS: “Valorizo o meu corpo por aquilo que ele é capaz de fazer (3.5±1.27); “Sou grato/a pela saúde do meu corpo (3.72±0.99); “Valorizo o facto de o meu corpo me permitir comunicar e interagir com os outros” (4±1.16); “Reconheço e aprecio quando o meu corpo se sente bem e/ou relaxado” (3.38±0.9); “Sou grato/a pelo facto de o meu corpo me permitir participar em atividades que eu aprecio ou considero importantes” (3.56±1.01); (3.34±1,06)“Sinto que o meu corpo faz tanto por mim” (3.34±1,06); “Respeito o meu corpo pelas funções que ele desempenha” (3.53±0.91). Na correlação entre o risco de queda e o score total da FAS existe uma correlação estatisticamente significativa (-0.982). Conclusões. A avaliação da funcionalidade corporal é uma variável importante na avaliação do fisioterapeuta, de forma a implementar diferentes estratégias em termos de intervenção ao nível do risco de quedas. Recomenda-se que o estudo seja realizado numa amostra de maior dimensão e em diferentes contextos geográficos.","PeriodicalId":506230,"journal":{"name":"RevSALUS - Revista Científica da Rede Académica das Ciências da Saúde da Lusofonia","volume":"24 24","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139528817","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}