{"title":"Arqueologia de ecos: as relações Pessoa-Campos-Whitman em “Saudação a Álvaro de Campos”, de Raquel Nobre Guerra","authors":"Jorge Antônio Miranda de Souza","doi":"10.37508/rcl.2024.n52a1295","DOIUrl":"https://doi.org/10.37508/rcl.2024.n52a1295","url":null,"abstract":"Este artigo analisa o poema “Saudação a Álvaro de Campos”, da poeta portuguesa Raquel Nobre Guerra, com o objetivo de identificar e discutir os diálogos estabelecidos entre essa poeta e o binômio Fernando Pessoa-Álvaro de Campos, e entre esses e o poeta modernista estadunidense Walt Whitman. A leitura sobre as relações poéticas entre Pessoa, Campos e Whitman conduz Raquel Nobre Guerra a uma reflexão acerca de qual é o seu próprio lugar, na contemporaneidade, dentro desse panorama atravessado por diferentes concepções de tradição, legado e filiação. Nesse âmbito, além do poema, são incluídas, nesta análise, anotações feitas por Fernando Pessoa, hoje dotadas de valor arquivístico e documental, evidenciando seu percurso de contato, afastamento e redirecionamento da poética de Walt Whitman dentro de suas obras ortônima e heterônima.","PeriodicalId":500160,"journal":{"name":"Convergência Lusíada","volume":" 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141673779","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"As masculinidades na encruzilhada histórica de Luanda, Lisboa, Paraíso","authors":"Rodolpho Amaral","doi":"10.37508/rcl.2024.n52a1308","DOIUrl":"https://doi.org/10.37508/rcl.2024.n52a1308","url":null,"abstract":"Este ensaio busca contextualizar a ebulição histórica da década de 1980, recorte temporal em que se passa a maior parte da narrativa de Djaimilia Pereira de Almeida, Luanda, Lisboa, Paraíso (2019). Considerando a ocorrência concomitante de alguns eventos históricos – a colonização, o regime salazarista português e as guerras coloniais de libertação dos países africanos –, intenta-se traçar algumas observações acerca das masculinidades vigentes nesse período, bem como dos seus paradigmas e subversões, alocando as personagens do romance, nomeadamente Cartola e Aquiles. Para tanto, recorre-se aos estudos de Rosas (2001), a fim de perspectivar o Estado Novo português; de Lugarinho (2017), que traça a aparição das masculinidades em algumas produções literárias dos PALOPs; e de Stanley (2019), cujo trabalho permite estabelecer parâmetros entre os regimes fascistas globais e a ditadura de Salazar, em Portugal. Evocam-se outros estudos para a elaboração deste trabalho, mas os já citados são basilares porquanto permitem colocar em perspectiva a construção das personagens principais do romance de Djaimilia Pereira de Almeida.","PeriodicalId":500160,"journal":{"name":"Convergência Lusíada","volume":" 12","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141674873","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Delcyanne Kathlen Silva Lima, Gabriel De Jesus dos Anjos Costa, Márcia Manir Miguel Feitosa
{"title":"“Senhor Ulme, encontrarei o seu caroço e dar-lhe-ei um motivo para ser cuspido”: uma leitura da memória em Flores, de Afonso Cruz","authors":"Delcyanne Kathlen Silva Lima, Gabriel De Jesus dos Anjos Costa, Márcia Manir Miguel Feitosa","doi":"10.37508/rcl.2024.n52a1304","DOIUrl":"https://doi.org/10.37508/rcl.2024.n52a1304","url":null,"abstract":"A memória é um fenômeno que envolve a evocação das experiências vividas no passado que se manifestam por meio das lembranças. Como tal processo faz parte do “ser” humano, há uma tentativa humana de entender toda a complexidade envolvida no processo de rememoração. Tendo como base tais ideias, objetiva-se, no presente artigo, analisar as manifestações do fenômeno da memória no romance Flores (2016), de Afonso Cruz, a fim de expor de que forma os personagens se relacionam com tal processo. Do ponto de vista metodológico, o artigo configura-se como qualitativo de cunho bibliográfico. Publicado em 2015, Flores faz parte de uma tendência da Novíssima Literatura Portuguesa de tocar em temas universais. A análise de Flores (2016) demonstrou explicitamente como, na falta de uma memória individual, é na coletividade que o homem alimenta sua necessidade de conhecer o próprio passado. Além disso, o resgate do passado, tal como aconteceu com o senhor Ulme, ocorre sobretudo numa busca pela identidade perdida, fragmentada ou desconhecida. A análise sobre Kevin comprova como as memórias podem atuar na identidade presente do homem, uma vez que muitas de suas ações atuais são ecos dos ensinamentos do seu pai. Pode-se afirmar, portanto, que Afonso Cruz criou uma narrativa que se situa no tripé da memória individual, da memória coletiva e da identidade. Servirão de aporte teórico para esse estudo as reflexões de Paul Ricoeur (2007), Michael Pollak (1992), Maurice Halbwachs (1990), Yi-Fu Tuan (2013), Joël Candau (2011), Gabriela Silva (2016) e Miguel Real (2012).","PeriodicalId":500160,"journal":{"name":"Convergência Lusíada","volume":" 2","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141674727","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Pescar pérolas no Tejo: um mergulho nas águas de Maremoto, de Djaimilia Pereira de Almeida","authors":"Clarisse Dias Pessôa","doi":"10.37508/rcl.2024.n52a1305","DOIUrl":"https://doi.org/10.37508/rcl.2024.n52a1305","url":null,"abstract":"O presente artigo se debruça na obra Maremoto, de Djaimilia Pereira de Almeida, com o intuito de analisar de que maneira suas personagens transitam entre memória e esquecimento a partir de suas relações com a cidade de Lisboa. A análise se direciona para refletir de que forma a escrita de Djaimilia Pereira de Almeida busca a inserção dessas personagens na cidade por meio dos trânsitos. É na busca desses trânsitos na cidade descrita na obra que esse artigo ganha corpo. A partir da figura do flâneur de Benjamin, esta pesquisa busca analisar como a obra lança seus olhares sobre as ruínas de Lisboa e colabora para inserir outras memórias que fazem parte da história de Portugal, mas que foram sistematicamente silenciadas por uma matriz de pensamento colonial que ainda perdura na gestão do lembrar e esquecer na capital do país. Além de Walter Benjamin, os estudos de Julia Kristeva, Stephen Small, Stuart Hall, Roberto Vecchi e Margarida Calafate Ribeiro trarão suporte teórico.","PeriodicalId":500160,"journal":{"name":"Convergência Lusíada","volume":" 7","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141676660","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O viés feminino da lenda de Olisipo na escrita de Natália Correia e Dulce Maria Cardoso","authors":"Larissa Fonseca e Silva","doi":"10.37508/rcl.2024.n52a1302","DOIUrl":"https://doi.org/10.37508/rcl.2024.n52a1302","url":null,"abstract":"Associar o nome de Ulisses à fundação de Lisboa, forçando etimologias que ligariam a personagem homérica (já com o nome latinizado) a Portugal, tem sido, desde há muito tempo, uma forma de dignificar a nação, dando-lhe um patriarca famoso – como as outras figuras masculinas que aparecem, por exemplo, em Os Lusíadas. Não importa que a personagem seja mítica; afinal, “[o] mytho é o nada que é tudo”, como escreve Fernando Pessoa. Se a Olisipo (Lisboa) mítica torna-se, então, parte da história de Portugal, torna-se, também, mais recentemente, fonte para reflexões que partem de uma perspectiva feminina. Isso se observa em contos como “A Ilha de Circe”, de Natália Correia, homônimo ao livro publicado em 1983, e “Tudo são histórias de amor”, de Dulce Maria Cardoso, também homônimo ao volume em que se insere, publicado em 2014. Em ambos os contos, a lenda de que o périplo de Ulisses teve em terras portuguesas uma parada fundadora é retomada para que se dê destaque, porém, às deusas que estariam ligadas a essa fundação: Circe, no conto de Natália, e Ophiusa, no conto de Dulce Cardoso. Os dois contos também têm em comum o fato de que trazem a figura masculina não pelo viés da glória colonizatória e da autoridade, e sim, para se utilizar um termo bastante contemporâneo, da irresponsabilidade afetiva. Daremos foco a esses pontos neste ensaio, ligando Olisipo a outras possíveis gêneses míticas, femininas, de Portugal.","PeriodicalId":500160,"journal":{"name":"Convergência Lusíada","volume":" 18","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141675543","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O narrar e o lembrar em “Um cinturão”, de Graciliano Ramos, e “As cartas deitadas”, de Teolinda Gersão","authors":"Suelio Geraldo Pereira","doi":"10.37508/rcl.2024.n52a1160","DOIUrl":"https://doi.org/10.37508/rcl.2024.n52a1160","url":null,"abstract":"Selecionamos como corpus desta pesquisa os contos “Um cinturão”, do escritor alagoano Graciliano Ramos, e “As cartas deitadas”, da conimbricense Teolinda Gersão, interpelando-os às noções de: narração e narrador; lembranças e memória. Para subsidiar a análise, recorremos aos conceitos de memória, lembranças e reminiscências a partir dos textos de Candau (2016), Le Goff (1990), Pollak (1989; 1992) e Ricoeur (2007); e, também, nas reflexões sobre a instância do narrador e a ação de narrar, a partir das produções de Genette (2017) e Benjamin (2012). Analisando os dois contos, com foco nas suas estruturas estético-narrativas, constatamos que, em ambos, as noções de narração e narrador, bem como as de lembranças e memória, estão presentes na tessitura textual, promovendo um processo de recuperação e de manipulação, isto é, de “iluminação” de alguns acontecimentos, lugares, pessoas e objetos relevantes aos sujeitos narrativos, como formadores da sua memorável existência.","PeriodicalId":500160,"journal":{"name":"Convergência Lusíada","volume":" 8","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141675150","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O retorno do épico: sobre a escrita de (em) Portugal","authors":"Nefatalin Gonçalves Neto","doi":"10.37508/rcl.2024.n52a1311","DOIUrl":"https://doi.org/10.37508/rcl.2024.n52a1311","url":null,"abstract":"Livro resenhado: \u0000SILVEIRA, Jorge Fernandes da. O retorno do épico e outras voltas. Rio de Janeiro: Oficina Raquel, 2023.","PeriodicalId":500160,"journal":{"name":"Convergência Lusíada","volume":" 6","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141676181","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Ruínas da história brasileira num poema de António Botto","authors":"Oscar José De Paula Neto","doi":"10.37508/rcl.2024.n52a1297","DOIUrl":"https://doi.org/10.37508/rcl.2024.n52a1297","url":null,"abstract":"A partir da paisagem e dos monumentos do Largo da Liberdade, em São Paulo, como a Igreja Santa Cruz das Almas dos Enforcados e a estátua do Regente Diogo António Feijó, António Botto reflete sobre a história brasileira, destacando as violências e as injustiças que ficaram inscritas naquele espaço público. Assim, as três versões de um mesmo poema, reescrito durante a primeira metade da década de 1950, publicadas primeiro na imprensa e, finalmente, na versão final em Fátima – Poema do Mundo (1955), com o título de “Cântico da Alma Brasileira”, remetem ao passado do Brasil, bem como apontam caminhos para a compreensão do presente e a possibilidade otimista e ufanista do futuro do país. É importante destacar que as versões do poema afirmam os recentes interesses literários que o escritor buscava juntar à sua produção poética desde a década anterior, sobretudo os interesses sociais, políticos e religiosos, entrelaçados nos três textos de maneira exemplar, como em parte considerável de sua produção tardia. Desse modo, de acordo com a noção de “lugares de memória” do historiador francês Pierre Nora (1993), analisamos como Botto, mediante seu olhar de poeta estrangeiro, avalia alguns dos processos de construção da memória social coletiva do Brasil, ao buscar representar acontecimentos históricos relegados ao esquecimento.","PeriodicalId":500160,"journal":{"name":"Convergência Lusíada","volume":" 8","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141675773","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Ana Margarida de Carvalho: a palavra que não teve fim","authors":"C. H. Fonseca","doi":"10.37508/rcl.2024.n52a1300","DOIUrl":"https://doi.org/10.37508/rcl.2024.n52a1300","url":null,"abstract":"Ana Margarida de Carvalho é um dos nomes da ficção portuguesa contemporânea que mais se tem destacado, sendo galardoada com o Grande Prémio de Romance e Novela APE em 2013 e 2016 e com o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco em 2017. Tomando como corpus privilegiado o seu primeiro romance, Que importa a fúria do mar (2019b), o presente trabalho tem o objetivo de analisar como a relação entre Literatura, História e Memória propõe um constante rigor crítico ao longo da narrativa. Partindo do apoio teórico-crítico de Didi-Huberman (2011; 2019), Walter Benjamin (2012), Márcio Seligmann-Silva (2022), Aleida Assmann (2011), além de outros teóricos e ensaístas, pretende-se refletir, principalmente, sobre os seguintes aspectos: como a ficção recupera, pelo discurso de Joaquim, uma galeria de memórias que foram silenciadas pela violência do Estado Novo português e como a experiência amorosa do personagem pode ser uma via de resistência contra a barbárie de um esquecimento imposto por tentativas de apagamento, promovendo uma outra forma de se compor e experienciar a memória cultural em nosso devir histórico-social.","PeriodicalId":500160,"journal":{"name":"Convergência Lusíada","volume":" 24","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141677158","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}