{"title":"“Para a boa segurança daquela fronteira”:","authors":"Leonardo Augusto Ramos Silva","doi":"10.17648/ihgp.v10i1.54","DOIUrl":"https://doi.org/10.17648/ihgp.v10i1.54","url":null,"abstract":"Este artigo volta-se para a organização e mobilização de soldados, da tropa paga, na capitania de São José do Rio Negro, durante o reinado de D. José I. A demarcação de limites, a vigilância das áreas de fronteiras externas e a manutenção da ordem interna implicaram no processo de ocupação e defesa da “fronteira ocidental” do Estado do Grão-Pará e Maranhão, o qual foi caracterizada pelo envio de homens, armas e outros apetrechos de guerra. Com o contingente militar destacado para esta fronteira, criou-se a “guarnição do Rio Negro” em 1754, da qual tornou-se a mais importante medida de defesa para a região durante o ministério de Sebastião José Carvalho de Melo. O trabalho busca compreender como estes homens foram organizados e para quais locais da capitania do Rio Negro foram destinados. Através desta abordagem, vislumbramos os significados que foram atribuídos à defesa dos sertões amazônicos no território da capitania do Rio Negro. Essa questão é possível por meio da análise histórico-documental de correspondências entre autoridades coloniais da capitania do Rio Negro e do Estado do Grão-Pará e Maranhão, as quais estão contidas no Arquivo Histórico Ultramarino e no Arquivo Público do Estado do Pará.","PeriodicalId":432018,"journal":{"name":"Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará","volume":"54 3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140505669","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"militar perante o Inquisidor:","authors":"Sarah dos Santos Araújo","doi":"10.17648/ihgp.v10i1.56","DOIUrl":"https://doi.org/10.17648/ihgp.v10i1.56","url":null,"abstract":"Em uma denúncia ao Santo Ofício durante uma visita ao Grão-Pará conhecemos o denunciado Antonio Ferreira Ribeiro, militar de patente do período colonial. A denúncia nos permite perceber as relações não apenas da Inquisição, mas toda uma estrutura de poder que buscava controlar e punir os desvios da fé. Sua história também pode ser rastreada em consulta à documentação do Arquivo Histórico Ultramarino (AHU) e essa documentação permite visualizar as relações existentes entre as estruturas de poder religioso e secular. Deste modo, vamos observar como se estabelecia a rede de relações construída pelo personagem e como este se envolveu em múltiplas denúncias, que levaram a conflitos com várias figuras importante da região.","PeriodicalId":432018,"journal":{"name":"Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará","volume":"16 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140506828","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Saberes em movimento:","authors":"Rafael Rogério Nascimento dos santos","doi":"10.17648/ihgp.v10i1.55","DOIUrl":"https://doi.org/10.17648/ihgp.v10i1.55","url":null,"abstract":"Este artigo trata da história de uma erva indígena, a Ayapana, natural do vale amazônico e aclimatada em outras regiões do planeta. A trajetória dessa planta, sua circulação no interior da capitania do Grão-Pará até os círculos científicos europeus no século XVIII e XIX, nos mostra, em grande parte, como ocorreu o processo de apropriação dos saberes indígenas e como foram integrados ao que se considerava, na época, um conhecimento científico, que ao ser posto em trânsito por uma anônima índia acabou tomando rumos globais. O trabalho analisa a história desta planta indígena a partir dos sujeitos que tiveram contato com ela e isso permitiu mostrar como estavam inseridos em um universo de construção e apropriação de saberes locais e de circulação de conhecimentos que, como veremos, deixa em evidência uma ampla rede de contato que faz a ligação entre o império ultramarino português e seus agentes.","PeriodicalId":432018,"journal":{"name":"Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará","volume":"50 9","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140506374","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"mobilidade e defesa entre o Estado do Grão-Pará e a capitania de Mato Grosso (1759-1772)","authors":"Otávio Vítor Vieira Ribeiro","doi":"10.17648/ihgp.v10i1.47","DOIUrl":"https://doi.org/10.17648/ihgp.v10i1.47","url":null,"abstract":"Na Amazônia Portuguesa, os rios constituíram-se nas únicas estradas disponíveis para o deslocamento regional. As canoas de transporte confeccionadas e conduzidas pelos povos indígenas eram o suporte material empregado na comunicação entre as suas fronteiras. O vencimento dos rios Madeira, Mamoré e Guaporé articulou o trânsito de governadores e de tropas entre o Estado do Grão-Pará e a capitania de Mato Grosso. Sendo assim, este artigo parte do circuito interno da comunicação política dos governadores e capitães-generais do Estado do Grão-Pará e da capitania de Mato Grosso, para discutir o papel desempenhado pelos povos indígenas na mobilidade destes oficiais e no trânsito de tropas entre as suas repartições, de 1759 a 1772.","PeriodicalId":432018,"journal":{"name":"Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará","volume":"14 2","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140506866","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"(Re)Produção dos atacarejos no Brasil e no Pará","authors":"W. Ribeiro, Jeanny Farias Costa","doi":"10.17648/ihgp.v9i2.64","DOIUrl":"https://doi.org/10.17648/ihgp.v9i2.64","url":null,"abstract":"As grandes superfícies comerciais denominadas supermercados, hipermercados e, mais recentemente, atacarejos resultam da expansão capitalista mundial. Esta última modalidade tem gerado transformações importantes nos espaços urbanos e na rede urbana, como evidencia a análise da realidade brasileira e paraense. O objetivo deste artigo é promover uma reflexão em torno da concepção e das características dos empreendimentos identificados como atacarejos, bem como analisar a expansão dessas redes no estado do Pará e as lógicas locacionais utilizadas pelos agentes no âmbito da rede urbana. A partir de estudos bibliográficos e documentais, verificou-se que os atacarejos se caracterizam por reunir características do varejo e do atacado, reduzindo preços mediante a diminuição de custos. No que se refere à expansão das redes Atacadão, Assaí e Mix Atacarejo, no estado do Pará, nota-se que todos esses agentes integrantes de redes nacionais e internacionais utilizam-se fortemente de informações sobre a estruturação da rede urbana, alocando suas unidades nos seus principais nós, todavia, o Mix Atacarejo, além disso, revela uma estratégia marcada pela proximidade e incorporação de cidades de estratos menos relevantes na rede urbana.","PeriodicalId":432018,"journal":{"name":"Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará","volume":"31 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125548689","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"padres liberais no Grão-Pará na época da Independência","authors":"Kelly Chaves Tavares","doi":"10.17648/ihgp.v9i2.71","DOIUrl":"https://doi.org/10.17648/ihgp.v9i2.71","url":null,"abstract":"A comunicação pretende erguer interpretações sobre a sócio gênese dos clérigos liberais na capitania do Grão-Pará e Rio Negro durante a transição da sociedade do Antigo Regime para o Liberalismo. Qual a participação deste grupo social nesse contexto marcado por revoluções e sedições? Entre 1789 e 1794, na Europa proliferaram-se as ideias burguesas e revolucionárias que subverteram essas estruturas de dominação, tornando a Europa e o Ultramar um barril de pólvora explodindo em 1789, na Revolução Francesa, e na revolução de escravos negros e mestiços no Caribe francês em 1791: a Revolução de São Domingos (Haiti). Essas duas revoluções liberais-burguesas abalaram a colônia portuguesa nas Américas, em 1808, depois da transferência da Corte portuguesa para o Brasil, após a fuga de Napoleão Bonaparte, ressoando nas fronteiras da Amazônia e a Guiana Francesa na Tomada de Caiena (1809). E como apresentou-se a Igreja Católica nessa situação? Foi o objetivo deste ensaio discutir a respeito da natureza ideológica do clero secular, mostrando como ele se mobilizou nessa época de revoluções liberais-burguesas e sedições que caracteriza o antes, durante e depois da ruptura com a Metrópole portuguesa, observando a participação de clérigos seculares e regulares liberais, muito deles ligados à Maçonaria, nas revoluções e sedições de tendência liberal-burguesa ocorridas no bojo do movimento pela independência.","PeriodicalId":432018,"journal":{"name":"Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará","volume":"92 8 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128838033","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"vagão da memória","authors":"R. Lopes","doi":"10.17648/ihgp.v9i2.60","DOIUrl":"https://doi.org/10.17648/ihgp.v9i2.60","url":null,"abstract":"Propõe aprofundar o conhecimento sobre João de Palma Muniz enquanto historiador que tematizou a Adesão do Pará à Independência do Brasil, buscando observar o conjunto de sua obra e delineando o contexto sócio-histórico que inspirou sua produção intelectual na década de 1920, em Belém do Pará. A elaboração do “retrato” do intelectual se baseou nos indícios das notas jornalísticas, encontrando nos vestígios de suas práticas elementos para a composição da personagem histórica, sempre atenta à tênue fronteira entre o discurso e a realidade. A metodologia para esta apresentação estruturou-se no tipo textual narrativo do conto enquanto gênero literário, desenvolvendo a trama no dia 7 de setembro de 1922, por ocasião do centenário da Independência do Brasil, no contexto da Primeira República. Memórias, ideias e opiniões foram parafraseadas às práticas do personagem. O engenheiro e historiador deu voz à história através de sua pena e de seu empenho entre arquivos e documentos, buscando demonstrar um nativismo regional, na composição da identidade de uma nação moderna, civilizada e evoluída.","PeriodicalId":432018,"journal":{"name":"Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará","volume":"3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126644194","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"margens da nação, ao centro do globo","authors":"Tarcisio Cardoso Moraes","doi":"10.17648/ihgp.v9i2.70","DOIUrl":"https://doi.org/10.17648/ihgp.v9i2.70","url":null,"abstract":"Na narrativa modernista da nação brasileira das primeiras décadas do século XX, a representação de Amazônia surge relacionada a uma projeção de espaço distante e marginal. Como lugar da natureza, do folclore, das lendas e das tradições em total descompasso com Brasil moderno. Neste artigo, procuro analisar essa imagem estigmatizada e consolidada por uma vertente do modernismo brasileiro, em perspectiva a interpretação do Brasil a partir do olhar amazônico defendida pelo engenheiro e historiador paraense Henrique Américo Santa Rosa (1860-1933).","PeriodicalId":432018,"journal":{"name":"Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará","volume":"28 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133985359","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Agruras das cifras","authors":"Daniel Souza Barroso","doi":"10.17648/ihgp.v9i2.69","DOIUrl":"https://doi.org/10.17648/ihgp.v9i2.69","url":null,"abstract":"O artigo tem como objetivo examinar as estatísticas e a dinâmica demográfica da escravidão no Grão-Pará na época da Independência, por meio da análise quantitativa de fontes censitárias produzidas nos séculos XVIII e XIX. Investiga também os ritmos de crescimento da população paraense, procurando evidenciar, a partir da distribuição e das práticas heterogêneas dos cativos em variadas regiões do Pará, ao longo do século XIX, os efeitos de distintos processos econômicos nas suas (re)configurações.","PeriodicalId":432018,"journal":{"name":"Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará","volume":"33 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125739886","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Um monarca no panteão republicano","authors":"Sílvio Ferreira Rodrigues","doi":"10.17648/ihgp.v9i2.72","DOIUrl":"https://doi.org/10.17648/ihgp.v9i2.72","url":null,"abstract":"Este artigo analisa o momento de mudança no eixo interpretativo da história da Amazônia e os usos do passado pelos intelectuais paraenses no início do século XX. Impulsionados pela celebração das principais datas cívicas da época, como o centenário da Independência do Brasil em 1922, eles revisariam a história para construir uma nova identidade nacional. Atendendo a esse propósito, até mesmo a memória da monarquia seria reabilitada, cujo sinal mais evidente foi a encomenda de um retrato do imperador D. Pedro I para figurar na efeméride.","PeriodicalId":432018,"journal":{"name":"Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará","volume":"23 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122470952","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}