{"title":"As paixões políticas nos subterrâneos da vida punk: as est/éticas dos ressentimentos em revolta a partir de Pierre Ansart","authors":"J. Cerasoli, J. A. N. Pires","doi":"10.5380/his.v70i2.85900","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/his.v70i2.85900","url":null,"abstract":"Na Região Metropolitana de São Paulo, na década de 1980, como muitas outras cidades conectadas pelas veias abertas da globalização, corriam a cantar os/as bandos/as punks. Esse período, que corresponde ao contexto de efervescência dessas errâncias urbanas, coincide com a publicação de La gestion des passions politiques (1983), do sociólogo Pierre Ansart, refletindo sobre a participação de sentimentos e paixões na vida política. Apesar de não mencionar essas manifestações em Paris, suas contribuições teóricas e metodológicas possibilitam averiguar a maneira pela qual ressentimentos e revoltas mobilizaram essa produção est/ética. Para isso, nos serviremos de cartas, fanzines e fonogramas que compõem a Coleção Movimento Punk preservada no Centro de Informação e Documentação Científica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (CEDIC/PUC) e catalogada durante nossa pesquisa para o acervopunk.com.br. A partir do pressuposto de que as emoções da cólera revoltada compunham essas manifestações, pretendemos analisar as dinâmicas afetivas e suas ressonâncias nas performances punks e conurbações/conturbações de São Paulo. Acreditamos que as lentes de análise propostas por Ansart são fundamentais para averiguar as ambivalências afetivas na arte e nos jogos das paixões políticas intrínsecas ao circuito punk.","PeriodicalId":426542,"journal":{"name":"História: Questões & Debates","volume":"35 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126500636","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Identidade Operária e Associativismo Caixeiral: Manaus, 1880-1910","authors":"Luís Balkar Sá Peixoto Pinheiro","doi":"10.5380/his.v70i2.69321","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/his.v70i2.69321","url":null,"abstract":"Estudos sobre os caixeiros no Brasil têm ressaltado que a existência de proximidade desses trabalhadores com seus patrões teria sido a causa deles não conseguirem se identificar com o universo da classe operária brasileira, se mostrado refratários às lutas operárias e atuando em agremiações reformistas, que não questionavam a dominação de classe. Embora complexa e ambígua, a experiência associativa dos caixeiros amazonenses na virada do século XX, resultou numa percepção de que para além dos comprometimentos e limites impostos, a agencia humana se manifestou na luta por fazer valer os interesses de sujeitos que, ao fim e ao cabo, rejeitavam a ideia de submissão passiva e, em que pese terem assumido perspectivas identitárias complexas e posturas políticas identificadas como reformistas, demonstraram intenso poder de organização e mobilização para entabular um conjunto de ações e de lutas por direitos que, entre vitórias e derrotas, tentavam reescrever uma outra história.","PeriodicalId":426542,"journal":{"name":"História: Questões & Debates","volume":"207 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116510572","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Sensibilidades e paixões políticas democráticas: Ansart entre leitores de Tocqueville","authors":"M. S. Bresciani","doi":"10.5380/his.v70i2.84910","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/his.v70i2.84910","url":null,"abstract":"As instituições democráticas são, sem dúvida, um tema candente e atual. Tema controverso, perpassa os debates políticos em todas as mídias, acirra as controvérsias sobre seus fundamentos, faz com que os embates resvalem rapidamente dos argumentos racionais para os mecanismos da persuasão. Signos sensíveis e figuras de linguagem, em particular metáforas, acionam os imaginários políticos ao substituírem ideias por imagens e os argumentos por apelos emocionais. As reflexões de Pierre Ansart sobre as “paixões políticas democráticas”, presentes em Les cliniens des passions politiques, publicado em 1997, retomadas em Quatre leçons de Philosophie sur les passions politiques, artigo de 2002, me estimularam a reler De la Démocratie en Amérique, de Alexis de Tocqueville, publicado em dois tomos em 1835 e 1840. Neste ensaio, busco colocar as reflexões de Ansart entre as de contemporâneos seus, Lefort e Catoriadis, que frente ao desmonte da URSS, nos anos 1980 e 1990, buscaram responder a indagações comuns sobre os desafios colocados às democracias. Por ser Tocqueville em De la Démocratie en Amérique referência comum a eles penso ser importante indagar qual o legado intelectual deixado por Tocqueville, cujos escritos trazem como subtema as tensões de um período político bastante conturbado na França dos anos 1830? Pode Tocqueville ser definido como analista crítico das paixões políticas? Suas observações sobre as instituições republicanas dos Estados Unidos permitiram, certamente, compor um campo conceitual sobre o poder das paixões na política, mas teriam consistência para permitir indagações sobre nossos desafios atuais?","PeriodicalId":426542,"journal":{"name":"História: Questões & Debates","volume":"37 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131991805","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Sobre revoluções, imaginários e afetividades políticas: diálogos de Pierre Ansart com Proudhon, Marx e com a história contemporânea.","authors":"I. A. Marson","doi":"10.5380/his.v70i2.84908","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/his.v70i2.84908","url":null,"abstract":"Pierre Ansart (1922-2016) integra uma geração de intelectuais das ciências humanas que lapidaram sua percepção crítica em sensível sintonia com acontecimentos políticos impactantes do século XX. Após a libertação de Paris (junho de 1944), ao sair da Resistência ao nazismo, finalizou o curso de filosofia, ensinou na Indochina (1950-1958), na Sorbonne (1970-1990) e em várias universidades fora da França. Sua carreira se definiu em meio aos grandes conflitos - a segunda guerra, a guerra fria, as lutas pela descolonização, a crise dos regimes comunistas e das democracias -, e às discussões renovadoras da filosofia e das ciências sociais sobre existencialismos, marxismos, anarquismos, psicanálise e estruturalismos. Em seus estudos da política, Ansart ampliou a compreensão das fragilidades dos regimes comunistas e das democracias liberais explorando problemáticas já colocadas no debate travado entre fundadores do socialismo no século XIX - Saint-Simon, Proudhon e Marx. Também esclareceu práticas recorrentes nas nações europeias do século XX – suas revoluções, imaginários, afetividades políticas e imprevisibilidades históricas. Apoiado em depoimentos e obras, este artigo aborda o diálogo de Ansart com suas fontes, reiterando suas premissas: apresenta-o não como “monumento”, objeto de culto, mas como intelectual crítico com quem podemos debater metodologias e questões que se (re)põem e (re)novam na atualidade - as ameaças às democracias de antigos e “novos” fascismos, “guerras frias” e nacionalismos.","PeriodicalId":426542,"journal":{"name":"História: Questões & Debates","volume":"73 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116608330","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Formações afetivas totalitárias: sentimentos e linguagens do isolamento [sobre a inibição da espontaneidade e a in-ação em tempos de “fervor sectário”]","authors":"J. Seixas","doi":"10.5380/his.v70i2.85775","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/his.v70i2.85775","url":null,"abstract":"O tema das paixões políticas “gerais e dominantes”, como colocado por Tocqueville no século XIX, ou das múltiplas “estruturas socioafetivas”, como analisado por Pierre Ansart em seus livros A gestão das paixões políticas e Os clínicos das paixões políticas, é questão controversa no interior das ciências humanas. Ambos os autores buscaram identificá-las e distingui-las em variadas formações históricas, concedendo primazia à sua gestão e participação decisiva na consolidação de relações de poder, sua continuidade ou transformação. Escreveu Ansart: “... sabemos o quanto a vida política não se restringe aos fenômenos inteligíveis. Incessantemente, operam-se, no tecido social, intensificações e produzem-se manifestações de forte emotividade.” Nessa trilha, gostaria nesse artigo de ressaltar certos aspectos dos movimentos e regimes totalitários, em particular a condição social e psíquica de isolamento, para pensar, a contrapelo, a espontaneidade como sentimento e ação política e sua potência inovadora em tempos de “fervor sectário”. Interessa particularmente compreender a própria linguagem totalitária como um dispositivo de poder/submissão e surpreendê-la renovada em lugares que têm tomado conta dos modos de vida na atualidade, como as redes sociais digitais.","PeriodicalId":426542,"journal":{"name":"História: Questões & Debates","volume":"66 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115949843","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"La disparition progressive et programmée de la gestion des passions politiques","authors":"E. Enriquez","doi":"10.5380/his.v70i2.85698","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/his.v70i2.85698","url":null,"abstract":"In this article, we contextualize the theme of political passions in the field of Sociology, noting that they are currently undergoing a period of appeasement. First, because society has been overtaken by the fad of “political correctness”. Secondly, because emotions have been diverted elsewhere, that is, to social networks, whose verbal violence aims, consciously or not, to provoke another type of passion, of the sort that attempts to destroy specific individuals and communities.","PeriodicalId":426542,"journal":{"name":"História: Questões & Debates","volume":"54 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127552160","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Ansart e o fervor sectário; nacional socialistas e suas bandeiras","authors":"Marion Brepohl","doi":"10.5380/his.v70i2.85408","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/his.v70i2.85408","url":null,"abstract":"Estudo de um pequeno grupo de caráter sectário que formou um núcleo do partido nazista no Brasil e realizou intensa propaganda em favor do III Reich. A partir das orientações teóricas de Pierre Ansart, procuro compreender suas práticas e rituais elaboradas com o intuito de criar uma nova identidade em torno da “Nova Alemanha”. Tal grupo, não obstante sua pequenez, torna-se cada vez mais unido, realizando investimentos afetivos os mais intensos, passando a ser capaz de produzir e fazer circular imagens comoventes em favor do nacional socialismo, assim como de estranhamento à sociedade receptora.","PeriodicalId":426542,"journal":{"name":"História: Questões & Debates","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126124646","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Investigadores, Delegados e Chefes de Polícia: transição do Estado Novo e permanências autoritárias no período democrático (1946-1964)","authors":"Thiago da Silva Pacheco","doi":"10.5380/his.v70i2.68820","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/his.v70i2.68820","url":null,"abstract":"a transição da ditadura do Estado Novo (1937-1945) para um Estado Democrático de Direito em 1946 não estabeleceu punições aos crimes cometidos pelos agentes da repressão que atuaram durante a Era Vargas. Com isto, a Polícia Política, principal órgão de Segurança na década de 1930 e início dos anos 1940, manteve valores, perspectivas e práticas institucionais trazidas da Era Vargas mesmo após o fim do Estado Novo. Buscamos aqui demonstrar este processo a partir das carreiras de alguns dos componentes daquela instituição, bem como da permanência de práticas repressoras contínuas entre a ditadura do Estado Novo e a democracia que se seguiu.","PeriodicalId":426542,"journal":{"name":"História: Questões & Debates","volume":"19 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128896557","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Paisagens, práticas visuais e revistas de cinema: o debate cinematográfico italiano (1939 - 1944)","authors":"Francisco das Chagas Fernandes Santiago Júnior","doi":"10.5380/his.v70i1.82779","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/his.v70i1.82779","url":null,"abstract":"O texto almeja mostrar a formação das referências de paisagem no cinema italiano, na passagem dos anos 1930 aos 1940, construída entre práticas visuais e demandas pela italianidade na imprensa cinematográfica. A demanda por uma outra paisagem italiana conduziu à construção de noções e esboços de paisagens por meio de usos de imagens nas revistas de cinema e livros fotográficos, destacando-se a revista Cinema, publicada entre 1936 e 1943. Nesse sentido, o texto trabalha os agenciamentos da noção de paisagem e o papel da fotografia entre as práticas visuais na revista Cinema, na qual a paisagem desejada pelos agentes do campo cinematográfico fora elaborada originalmente. ","PeriodicalId":426542,"journal":{"name":"História: Questões & Debates","volume":"20 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124187687","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Carolina Amaral de Aguiar, F. Uchôa, P. P. Pinto, Rosane Kaminski
{"title":"Apresentação do Dossiê Cinema e História: Politicas de Representação","authors":"Carolina Amaral de Aguiar, F. Uchôa, P. P. Pinto, Rosane Kaminski","doi":"10.5380/his.v70i1.84848","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/his.v70i1.84848","url":null,"abstract":"Apresentação do dossiê","PeriodicalId":426542,"journal":{"name":"História: Questões & Debates","volume":"11 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125758131","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}