{"title":"极权主义情感形态:孤立的感觉和语言[关于“宗派狂热”时代对自发性和行动的抑制]","authors":"J. Seixas","doi":"10.5380/his.v70i2.85775","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O tema das paixões políticas “gerais e dominantes”, como colocado por Tocqueville no século XIX, ou das múltiplas “estruturas socioafetivas”, como analisado por Pierre Ansart em seus livros A gestão das paixões políticas e Os clínicos das paixões políticas, é questão controversa no interior das ciências humanas. Ambos os autores buscaram identificá-las e distingui-las em variadas formações históricas, concedendo primazia à sua gestão e participação decisiva na consolidação de relações de poder, sua continuidade ou transformação. Escreveu Ansart: “... sabemos o quanto a vida política não se restringe aos fenômenos inteligíveis. Incessantemente, operam-se, no tecido social, intensificações e produzem-se manifestações de forte emotividade.” Nessa trilha, gostaria nesse artigo de ressaltar certos aspectos dos movimentos e regimes totalitários, em particular a condição social e psíquica de isolamento, para pensar, a contrapelo, a espontaneidade como sentimento e ação política e sua potência inovadora em tempos de “fervor sectário”. Interessa particularmente compreender a própria linguagem totalitária como um dispositivo de poder/submissão e surpreendê-la renovada em lugares que têm tomado conta dos modos de vida na atualidade, como as redes sociais digitais.","PeriodicalId":426542,"journal":{"name":"História: Questões & Debates","volume":"66 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Formações afetivas totalitárias: sentimentos e linguagens do isolamento [sobre a inibição da espontaneidade e a in-ação em tempos de “fervor sectário”]\",\"authors\":\"J. Seixas\",\"doi\":\"10.5380/his.v70i2.85775\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O tema das paixões políticas “gerais e dominantes”, como colocado por Tocqueville no século XIX, ou das múltiplas “estruturas socioafetivas”, como analisado por Pierre Ansart em seus livros A gestão das paixões políticas e Os clínicos das paixões políticas, é questão controversa no interior das ciências humanas. Ambos os autores buscaram identificá-las e distingui-las em variadas formações históricas, concedendo primazia à sua gestão e participação decisiva na consolidação de relações de poder, sua continuidade ou transformação. Escreveu Ansart: “... sabemos o quanto a vida política não se restringe aos fenômenos inteligíveis. Incessantemente, operam-se, no tecido social, intensificações e produzem-se manifestações de forte emotividade.” Nessa trilha, gostaria nesse artigo de ressaltar certos aspectos dos movimentos e regimes totalitários, em particular a condição social e psíquica de isolamento, para pensar, a contrapelo, a espontaneidade como sentimento e ação política e sua potência inovadora em tempos de “fervor sectário”. Interessa particularmente compreender a própria linguagem totalitária como um dispositivo de poder/submissão e surpreendê-la renovada em lugares que têm tomado conta dos modos de vida na atualidade, como as redes sociais digitais.\",\"PeriodicalId\":426542,\"journal\":{\"name\":\"História: Questões & Debates\",\"volume\":\"66 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-08-28\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"História: Questões & Debates\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.5380/his.v70i2.85775\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"História: Questões & Debates","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5380/his.v70i2.85775","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Formações afetivas totalitárias: sentimentos e linguagens do isolamento [sobre a inibição da espontaneidade e a in-ação em tempos de “fervor sectário”]
O tema das paixões políticas “gerais e dominantes”, como colocado por Tocqueville no século XIX, ou das múltiplas “estruturas socioafetivas”, como analisado por Pierre Ansart em seus livros A gestão das paixões políticas e Os clínicos das paixões políticas, é questão controversa no interior das ciências humanas. Ambos os autores buscaram identificá-las e distingui-las em variadas formações históricas, concedendo primazia à sua gestão e participação decisiva na consolidação de relações de poder, sua continuidade ou transformação. Escreveu Ansart: “... sabemos o quanto a vida política não se restringe aos fenômenos inteligíveis. Incessantemente, operam-se, no tecido social, intensificações e produzem-se manifestações de forte emotividade.” Nessa trilha, gostaria nesse artigo de ressaltar certos aspectos dos movimentos e regimes totalitários, em particular a condição social e psíquica de isolamento, para pensar, a contrapelo, a espontaneidade como sentimento e ação política e sua potência inovadora em tempos de “fervor sectário”. Interessa particularmente compreender a própria linguagem totalitária como um dispositivo de poder/submissão e surpreendê-la renovada em lugares que têm tomado conta dos modos de vida na atualidade, como as redes sociais digitais.