{"title":"论革命、想象与政治情感:皮埃尔·安萨特与普劳东、马克思与当代历史的对话。","authors":"I. A. Marson","doi":"10.5380/his.v70i2.84908","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Pierre Ansart (1922-2016) integra uma geração de intelectuais das ciências humanas que lapidaram sua percepção crítica em sensível sintonia com acontecimentos políticos impactantes do século XX. Após a libertação de Paris (junho de 1944), ao sair da Resistência ao nazismo, finalizou o curso de filosofia, ensinou na Indochina (1950-1958), na Sorbonne (1970-1990) e em várias universidades fora da França. Sua carreira se definiu em meio aos grandes conflitos - a segunda guerra, a guerra fria, as lutas pela descolonização, a crise dos regimes comunistas e das democracias -, e às discussões renovadoras da filosofia e das ciências sociais sobre existencialismos, marxismos, anarquismos, psicanálise e estruturalismos. Em seus estudos da política, Ansart ampliou a compreensão das fragilidades dos regimes comunistas e das democracias liberais explorando problemáticas já colocadas no debate travado entre fundadores do socialismo no século XIX - Saint-Simon, Proudhon e Marx. Também esclareceu práticas recorrentes nas nações europeias do século XX – suas revoluções, imaginários, afetividades políticas e imprevisibilidades históricas. Apoiado em depoimentos e obras, este artigo aborda o diálogo de Ansart com suas fontes, reiterando suas premissas: apresenta-o não como “monumento”, objeto de culto, mas como intelectual crítico com quem podemos debater metodologias e questões que se (re)põem e (re)novam na atualidade - as ameaças às democracias de antigos e “novos” fascismos, “guerras frias” e nacionalismos.","PeriodicalId":426542,"journal":{"name":"História: Questões & Debates","volume":"73 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Sobre revoluções, imaginários e afetividades políticas: diálogos de Pierre Ansart com Proudhon, Marx e com a história contemporânea.\",\"authors\":\"I. A. Marson\",\"doi\":\"10.5380/his.v70i2.84908\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Pierre Ansart (1922-2016) integra uma geração de intelectuais das ciências humanas que lapidaram sua percepção crítica em sensível sintonia com acontecimentos políticos impactantes do século XX. Após a libertação de Paris (junho de 1944), ao sair da Resistência ao nazismo, finalizou o curso de filosofia, ensinou na Indochina (1950-1958), na Sorbonne (1970-1990) e em várias universidades fora da França. Sua carreira se definiu em meio aos grandes conflitos - a segunda guerra, a guerra fria, as lutas pela descolonização, a crise dos regimes comunistas e das democracias -, e às discussões renovadoras da filosofia e das ciências sociais sobre existencialismos, marxismos, anarquismos, psicanálise e estruturalismos. Em seus estudos da política, Ansart ampliou a compreensão das fragilidades dos regimes comunistas e das democracias liberais explorando problemáticas já colocadas no debate travado entre fundadores do socialismo no século XIX - Saint-Simon, Proudhon e Marx. Também esclareceu práticas recorrentes nas nações europeias do século XX – suas revoluções, imaginários, afetividades políticas e imprevisibilidades históricas. Apoiado em depoimentos e obras, este artigo aborda o diálogo de Ansart com suas fontes, reiterando suas premissas: apresenta-o não como “monumento”, objeto de culto, mas como intelectual crítico com quem podemos debater metodologias e questões que se (re)põem e (re)novam na atualidade - as ameaças às democracias de antigos e “novos” fascismos, “guerras frias” e nacionalismos.\",\"PeriodicalId\":426542,\"journal\":{\"name\":\"História: Questões & Debates\",\"volume\":\"73 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-08-28\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"História: Questões & Debates\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.5380/his.v70i2.84908\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"História: Questões & Debates","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5380/his.v70i2.84908","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Sobre revoluções, imaginários e afetividades políticas: diálogos de Pierre Ansart com Proudhon, Marx e com a história contemporânea.
Pierre Ansart (1922-2016) integra uma geração de intelectuais das ciências humanas que lapidaram sua percepção crítica em sensível sintonia com acontecimentos políticos impactantes do século XX. Após a libertação de Paris (junho de 1944), ao sair da Resistência ao nazismo, finalizou o curso de filosofia, ensinou na Indochina (1950-1958), na Sorbonne (1970-1990) e em várias universidades fora da França. Sua carreira se definiu em meio aos grandes conflitos - a segunda guerra, a guerra fria, as lutas pela descolonização, a crise dos regimes comunistas e das democracias -, e às discussões renovadoras da filosofia e das ciências sociais sobre existencialismos, marxismos, anarquismos, psicanálise e estruturalismos. Em seus estudos da política, Ansart ampliou a compreensão das fragilidades dos regimes comunistas e das democracias liberais explorando problemáticas já colocadas no debate travado entre fundadores do socialismo no século XIX - Saint-Simon, Proudhon e Marx. Também esclareceu práticas recorrentes nas nações europeias do século XX – suas revoluções, imaginários, afetividades políticas e imprevisibilidades históricas. Apoiado em depoimentos e obras, este artigo aborda o diálogo de Ansart com suas fontes, reiterando suas premissas: apresenta-o não como “monumento”, objeto de culto, mas como intelectual crítico com quem podemos debater metodologias e questões que se (re)põem e (re)novam na atualidade - as ameaças às democracias de antigos e “novos” fascismos, “guerras frias” e nacionalismos.