{"title":"O significado prático de termos modais na filosofia moral kantiana","authors":"Joãosinho Beckenkamp","doi":"10.5380/sk.v16i2.89792","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/sk.v16i2.89792","url":null,"abstract":"Na esteira de Leibniz e da escola wolffiana, Kant seguidamente emprega termos modais como \"possível\" e \"possibilidade\" num sentido prático ou moral (quer dizer, no sentido de \"lícito\" ou \"permitido\"). Como este significado prático dos termos cumpre uma função decisiva nos argumentos que Kant desenvolve em seus Princípios metafísicos da doutrina do direito, cabe explicitá-lo antes de se aventurar numa interpretação de sua doutrina do direito. No intuito de mostrar que uma semântica prática de termos modais está em uso pelo menos desde Leibniz, retoma-se sua ideia seminal e aponta-se introdutoriamente para seu desenvolvimento na lógica deôntica contemporânea. O objetivo principal deste artigo é tornar disponível a semântica envolvida para uma posterior análise dos argumentos desenvolvidos por Kant em sua doutrina do direito, em particular de sua dedução do direito de propriedade.","PeriodicalId":40123,"journal":{"name":"Studia Philosophica Kantiana","volume":"18 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135214993","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"\"O que me é permitido esperar?\": a questão da esperança no escrito sobre a religião de Kant","authors":"Leticia Machado Spinelli","doi":"10.5380/sk.v17i3.89964","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/sk.v17i3.89964","url":null,"abstract":"O artigo que segue pretende apresentar em que termos a questão da esperança aparece no escrito sobre a religião. Esse propósito se baseia na afirmação de Kant de que A religião nos limites da simples razão é o domínio no qual é respondida a questão \"O que me é permitido esperar?\". A partir do exame do discurso central dessa obra, conclui-se que Kant apresenta uma avaliação das condições de plausibilidade da questão \"O que me é permitido esperar?\", ou seja, investiga os fundamentos a partir dos quais a esperança é viabilizada","PeriodicalId":40123,"journal":{"name":"Studia Philosophica Kantiana","volume":"18 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135215723","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A possibilidade moral da ação e a vantagem das categorias da liberdade","authors":"Paulo Santana Borges Júnior","doi":"10.5380/sk.v19i2.90243","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/sk.v19i2.90243","url":null,"abstract":"Das distinções estabelecidas por Kant entre o âmbito prático e o teórico, aquela que apa- rece no segundo capítulo da KpV tem a peculiaridade apresentar um fundamento de de- terminação material cuja origem seria a mera forma da lei moral. A partir dessa mera forma, a razão prática pode extrair uma materialidade para os seus conceitos em relação à faculdade de desejar, ao passo que, em relação à faculdade de conhecer, toda materialidade dependeria da referência à intuição. Apesar de, nos últimos anos, o tema das categorias da liberdade ganhar mais importância para o comentário kantiano, a explicação de tal van- tagem, considerada evidente por Kant, parece-nos ainda um desafio. Por isso, enfatizando a articulação desse capítulo em especial, propomos compreender aquela vantagem tendo como ponto de partida o modo como o autor explica a materialização dos objetos da razão prática imediatamente pela possibilidade moral de uma ação.","PeriodicalId":40123,"journal":{"name":"Studia Philosophica Kantiana","volume":"54 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135364152","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Sobre os usos da razão: Um debate entre o uso público da razão de Kant e a razão pública de John Rawls","authors":"Lorenna Fyama Pereira Marques","doi":"10.5380/sk.v19i3.90252","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/sk.v19i3.90252","url":null,"abstract":"No presente artigo, apresenta-se uma explicação e exposição referente à razão pública de John Ralws – apresentada em dois momentos de sua obra, no Liberalismo Político (1993) e na Ideia de Razão Pública Revisitada (1997) – e o uso público da razão de Kant – encontrado no opúsculo Resposta À Pergunta: Que É Esclarecimento? (1784). Com base nesse diálogo entre ambos os filósofos, pretende-se sustentar que a perspectiva kantiana permite uma concepção de uso público da razão baseada em uma justificação normativa capaz de ser uma alternativa à proposta de razão pública de Rawls.","PeriodicalId":40123,"journal":{"name":"Studia Philosophica Kantiana","volume":"2 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135364153","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Projeto Crítico e o Romantismo de Novalis","authors":"Pedro Paulo Da Costa Corôa","doi":"10.5380/sk.v17i2.89931","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/sk.v17i2.89931","url":null,"abstract":"O objetivo do nosso artigo é estabelecer um vínculo necessário entre aquele que talvez tenha sido o mais filosófico representante do primeiro romantismo na Alemanha, Novalis, e o sistema kantiano, sobretudo graças a mediação promovida pela Crítica do Juízo, obra em que Kant reconhece, no juízo estético, um espaço tão radical para o exercício livre do pensamento que não há como deixar de identificar nele uma base comum à filosofia e à arte. Na busca de uma raiz originária para o criticismo e o primeiro romantismo, enfatizamos o profundo alcance dos elementos subjetivos na construção da filosofia transcendental, cuja culminância é, justamente, a última crítica.","PeriodicalId":40123,"journal":{"name":"Studia Philosophica Kantiana","volume":"30 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135364328","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Pensar por si mesmo e uso público da razão “Kant e a Universidade nos limites da razão","authors":"Ricardo Ribeiro Terra","doi":"10.5380/sk.v18i2.90173","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/sk.v18i2.90173","url":null,"abstract":"Este texto tem por objetivo revisitar a relação entre as reflexõees de Kant sobre o ensino da filosofia e a centralidade da liberdade plena no exercício da pesquisa. A primeira parte indica a maneira como Kant concebe o ensino como guia, como atividade e exercício que conduzem o aluno e, principalmente, o estudante universitário a pensarem por si mesmos. Também se procura seguir o caminho da noção de pensar por si mesmo desde os primeiros escritos dos anos 1760 até que se torne uma das máximas do entendimento comum. A segunda parte recupera a concepção kantiana de esfera pública, partindo da Crítica da razão pura até os textos da década de 1790, e conclui com a concepção de universidade cosmopolita centrada na Faculdade de Filosofia.","PeriodicalId":40123,"journal":{"name":"Studia Philosophica Kantiana","volume":"40 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135364531","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Vida e morte na filosofia prática de Kant: elementos para uma análise do aborto, a partir da Fundamentação e da Doutrina da virtude","authors":"Delamar José Volpato Dutra","doi":"10.5380/sk.v18i2.90174","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/sk.v18i2.90174","url":null,"abstract":"Kant não tratou diretamente da questão do aborto. Não obstante, vários autores analisam o aborto, a partir da filosofia prática kantiana. Hare e Gensler argumentaram que o aborto seria incompatível com o imperativo categórico, pois a sua máxima não poderia ser universalizada. Denis, por seu turno, movimenta o conceito de dever para consigo e conclui que o aborto é moralmente problemático, contudo, em alguns casos, ele seria não somente permissível como até mesmo requerido. O presente estudo pretende apresentar os limites do tratamento da questão do aborto, tendo como base a Fundamentação e a Doutrina da virtude, ao mesmo tempo em que pretende apontar para o caminho mais promissor de isso ser feito pelo viés da Doutrina do Direito","PeriodicalId":40123,"journal":{"name":"Studia Philosophica Kantiana","volume":"3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135364532","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"As condições do esclarecimento, o conflito entre filosofia e religião e a ideia kantiana de universidade","authors":"Bruno Nadai","doi":"10.5380/sk.v18i2.90175","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/sk.v18i2.90175","url":null,"abstract":"Na primeira seção deste artigo apresento brevemente o contexto político da publicação de O conflito das faculdades, especialmente as relações de Kant com a censura e a caça aos iluministas praticada no reinado de Frederico Guilherme II. Em seguida, na segunda seção, reconstruo o que chamo de \"condições do esclarecimento\" e sua garantia, tal qual formuladas e identificadas por Kant na década de 1780. Na terceira parte, descrevo sucintamente como estava estruturada o ensino universitário no tempo de Kant e então analiso a ideia ou projeto kantiano de Universidade, que passa a ser pensada como o espaço institucional que deve garantir o esclarecimento. Sugere-se que, nesse contexto, Kant transpõee seus conflitos com a censura governamental e o movimento de institucionalização do contra esclarecimento prussiano para o plano ideal das relações institucionais entre governo, funcionários da burocracia estatal e Universidade, rearticulando as categorias de uso público e uso privado da razão.","PeriodicalId":40123,"journal":{"name":"Studia Philosophica Kantiana","volume":"396 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135364533","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O advento da filosofia psicológica de Tetens na Dedução transcendental das categorias de Kant de 1781: pressuposto à concepção de sua interpretação psicológica","authors":"André Renato de Oliveira","doi":"10.5380/sk.v19i1.90219","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/sk.v19i1.90219","url":null,"abstract":"Ao tomarmos contato com a filosofia de Tetens (Versuche 1777), e observando, em paralelo, a Dedução transcendental das categorias, de Kant, na primeira edição da Crítica (1781), notamos certas semelhanças conceituais entre os filósofos. Partindo dessa similaridade, propomos demonstrar sua apropriação e como tais elementos oriundos da filosofia de Tetens (1777), com destaque às funções da faculdade da imaginação, se tornaram o fundamento de critérios interpretativos que sustentariam uma interpretação psicológica da Dedução de 1781.","PeriodicalId":40123,"journal":{"name":"Studia Philosophica Kantiana","volume":"38 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135364145","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Normativity as fact and procedural realism: Some observations on the prologue and 1st lecture of Ch. M. Korsgaard's The Sources of Normativity","authors":"Emanuele Tredanaro","doi":"10.5380/sk.v19i2.90239","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/sk.v19i2.90239","url":null,"abstract":"In this paper, we offer some observations on the mobilisation of categories and arguments that Christine Marion Korsgaard presents in her work The Sources of Normativity (SN). In particular, in the main thesis set out in the prologue, we will identify normativity as fact, a common thread for reading those philosophers of modernity, whose ethical-political theorisations are taken by Korsgaard, in the lecture part of SN, as illustrative references of two conceptions of normativity: the realist and the voluntarist. We thus propose to modulate Korsgaard’s interpretation, seeking to show some implications of her main thesis and notion of procedural realism, since the prologue and the first lecture of SN, generally underestimated by the interpreters.","PeriodicalId":40123,"journal":{"name":"Studia Philosophica Kantiana","volume":"5 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135364147","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}