{"title":"Desplazamiento forzado, movilidad y papeles de género en el conflicto armado colombiano","authors":"Edwin Diego Salcedo Ávila, Eduardo Paes-Machado","doi":"10.1590/3811017/2023","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/3811017/2023","url":null,"abstract":"Resumen Este artículo busca comprender las diferentes formas y trayectos que adquiere el desplazamiento forzado en Colombia, las estrategias usadas durante dicho desplazamiento y sus consecuencias en los papeles de género. Se utilizaron datos obtenidos mediante entrevistas semiestructuradas a mujeres y hombres víctimas del conflicto armado y que experimentaron el desplazamiento forzado. La investigación muestra tres patrones de desplazamiento que se entrecruzan y relacionan debido a las contingencias que el conflicto armado plantea, así como a la historia de desplazamientos en el país y la manera cómo los individuos afrontan este fenómeno. Tanto hombres como mujeres generan estrategias y modifican sus roles en un desplazamiento que resulta desgastante y costoso en términos psicológicos, económicos y sociales.","PeriodicalId":35414,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Ciencias Sociais","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67150505","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"POR que há menos pretas/os e pardas/os eleitas/os?","authors":"Viviane Gonçalves","doi":"10.1590/3811013/2023","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/3811013/2023","url":null,"abstract":"Recebido em: 29/10/2022 | Aprovado em: 25/05/2023 O que escrevemos e falamos carrega em si a marca do momento de sua emissão, estando intrinsecamente vinculado a crenças, perspectivas e valores de quem participa dessa ação comunicativa, dialógica por excelência. Assim sendo, preciso registrar que redijo esta resenha no dia 29 de outubro de 2022, exatamente na véspera do 2o turno das eleições brasileiras, em que disputam a Presidência da República os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Messias Bolsonaro (PL). No 1o turno, realizado em 2 de outubro, das/os 513 parlamentares eleitas/os para a 57a Legislatura (2023-2027) da Câmara dos Deputados, 26% autodeclaram-se pretas/os e pardas/os e 18% são mulheres. Além disso, é importante frisar outro ponto: devido à fluidez racial da sociedade brasileira,1 pode ser que haja mais parlamentares lidas/os socialmente como brancas/os e que, no momento do registro das candidaturas junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tenham se autodeclarado como pardas/os. Dessa forma, portanto, a casa legislativa seria ainda mais branca do que aparenta ser (Campos e Machado, 2022). É neste contexto de manutenção do perfil predominantemente masculino e branco da Câmara dos Deputados e de expectativa para a definição da corrida presidencial que a obra de Luiz Augusto Campos e Carlos Machado (2020), mesmo lançada dois anos antes, apresenta-se como fundamental para se compreender as dinâmicas que marcam as eleições e os mandatos brasileiros. Torna-se imprescindível nessa discussão ter como basilares as reflexões que os autores trazem nas últimas páginas do livro: a inclusão de grupos historicamente alijados da representação política, como mulheres e pessoas negras, “não visa apenas reduzir os problemas sociais que lhes são específicos”, mas, “sobretudo, tornar nossa sociedade mais democrática” (Campos e Machado, 2020, p. 150-151).","PeriodicalId":35414,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Ciencias Sociais","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67150452","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Sobre a Mentalidade Africana: A Antropologia Colonial na África Portuguesa (1950-1960) e a Antropologia do Negro no Brasil","authors":"O. Pinho","doi":"10.1590/3811009/2023","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/3811009/2023","url":null,"abstract":"Resumo Nesse artigo proponho uma abordagem sobre a antropologia colonial portuguesa que leve em conta o debate sobre a mentalidade africana, como um capítulo do debate mais amplo sobre a “mentalidade primitiva”, central nas primeiras décadas do século XX para a antropologia social, inclusive para a antropologia do negro no Brasil. A pretensão, definida, a partir da leitura de fragmentos da produção antropológica da fase final do colonialismo português é interrogar essa determinação recíproca na fábrica ideológica colonial e no tecido da teoria antropológica para a ideia de uma mentalidade africana. Dito de outra forma, interroga-se como a prática antropológica no contexto colonial dos anos 1950 e 1960 articula-se com a teoria antropológica sobre a diferença cultural africana, entendida como possível de ser descrita como “primitiva”. Discuto, nesse sentido, material encontrado em fontes coloniais dos anos 50 e 60 do século XX, para discutir a própria ideia de “mentalidade africana” e o modo como está presente na teoria antropológica, nas políticas coloniais na África, e também na formação do interesse antropológico sobre o negro no Brasil .","PeriodicalId":35414,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Ciencias Sociais","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67150241","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Disputas, alianças e políticas de resistência: os direitos LGBTI+ no Brasil atual","authors":"Bruna Andrade Irineu","doi":"10.1590/3811014/2023","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/3811014/2023","url":null,"abstract":" Bruna Andrade Irineu Bolsista Produtividade CNPq 2 Departamento de Serviço Social, no Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT – Cuiabá, MT, Brasil. Programa de Pós-Graduação em Política Social da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT – Cuiabá, MT, Brasil. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT – Cuiabá, MT, Brasil. bruna.irineu@ufmt.br","PeriodicalId":35414,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Ciencias Sociais","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67150461","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Weber e Tolstói: aproximações","authors":"Lucas Cid Gigante","doi":"10.1590/3811010/2023","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/3811010/2023","url":null,"abstract":"Resumo A produção literária de Goethe, Dostoiévski e Tolstói, para citar apenas alguns nomes, está presente na elaboração intelectual de vários pensadores da passagem do século XIX para o século XX, como Freud e Marx. Para Weber não é diferente. Neste trabalho, pretendemos explorar algumas obras de Tolstói para reunir pontos de notável convergência com o pensamento weberiano. Mais do que fornecedor de metáforas ou ilustrações, Tolstói nos permite uma ampliação do campo de visão em que Weber expõe alguns de seus importantes momentos conceituais, como o desencantamento do mundo, ou reflexões teóricas de fundo, como a irracionalidade ética do mundo e os conceitos de racionalidade e racionalização, bem como as relações entre a ação humana e a história. Buscamos aproximar esses momentos teóricos de Weber com a obra ficcional de Tolstói, indicando pontualmente uma triangulação com Goethe e Dostoiévski. Tal aproximação faz da literatura um local de grande importância para a consideração teórica ou, pelo menos, permite um aprofundamento da elaboração e da exposição desta em seus conceitos.","PeriodicalId":35414,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Ciencias Sociais","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67150401","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"DOLCE FARMEME: a retórica da brincadeira política","authors":"Viktor Chagas","doi":"10.1590/3811008/2023","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/3811008/2023","url":null,"abstract":"Resumo Este artigo se propõe a discutir como a brincadeira política pode ser lida como uma estratégia retórica, apresentada em defesa de posições reacionárias expressadas publicamente por atores políticos do campo conservador. O texto divide-se em três momentos: no primeiro deles, relativiza-se a posição de alguns autores, segundo a qual a brincadeira seria um repertório tipicamente empreendido por grupos reprimidos. A seguir, recupera-se o debate do campo de estudos críticos do humor, a respeito de piadas racistas e misóginas. Por fim, propõe-se a brincadeira como uma tese adicional às retóricas da intransigência, conforme formuladas por Hirschman.","PeriodicalId":35414,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Ciencias Sociais","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67150220","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"As reformas previdenciárias no Brasil e a expansão da previdência complementar","authors":"Arnaldo Provasi Lanzara, Bruno Salgado Silva","doi":"10.1590/3811011/2023","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/3811011/2023","url":null,"abstract":"Resumo Este artigo destaca como as reformas previdenciárias produzidas no Brasil desde o final da década de 1990 contribuíram para a expansão dos esquemas privados de previdência complementar. Medidas restritivas e de caráter ambíguo, adotadas por diferentes coalizões de governo no curso dessas reformas, tornaram a previdência pública no Brasil menos atrativa por fixarem limites para o recebimento das aposentadorias dos servidores públicos. Isto promoveu significativas reduções nas taxas de reposição de renda dos benefícios vinculados ao sistema público de repartição. Apoiando-se na literatura sobre mudança institucional e contrariando argumentos path dependence mais rígidos, a análise proposta busca demonstrar empiricamente como essas medidas ajudaram a difundir os fundos de pensão e os planos privados de previdência no Brasil, particularmente entre os grupos com maiores rendimentos, resultando no fortalecimento do pilar privado do sistema previdenciário.","PeriodicalId":35414,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Ciencias Sociais","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67150447","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Cops, Teachers and Counselors, 2ª edição: narrativas sobre a linha de frente dos serviços públicos","authors":"G. Lotta, Marina Meira de Oliveira","doi":"10.1590/3811016/2023","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/3811016/2023","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":35414,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Ciencias Sociais","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67150501","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Guerra urbana e expansão de mercados no Rio de Janeiro","authors":"D. Hirata, Carolina Christoph Grillo, V. Telles","doi":"10.1590/3811003/2023","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/3811003/2023","url":null,"abstract":"Resumo O objetivo deste artigo é discutir os nexos entre violência e mercados, entre violência como tecnologia de poder e de expansão dos mercados nos limiares entre legalidade e ilegalidade. Esta é questão que nos parece ser o ponto cego dos debates correntes acerca das relações entre (neo)liberalismo e autoritarismo, e a “crise da democracia”. Trata-se de uma questão que se explicita desde a guinada à direita na constelação política do país e que se cristaliza no governo Bolsonaro, mas diz respeito a uma racionalidade neoliberal em curso desde meados dos anos 2000 e que ganha forma sob a lógica militarizada de gestão da ordem urbana. Tomamos como referência dois momentos que marcaram a história recente do Rio de Janeiro: primeiro, a montagem dos dispositivos político-institucionais voltados aos preparativos e realização da Copa do Mundo (2014) e dos Jogos Olímpicos (2016); segundo, a intervenção militar-financeira em um contexto de crise econômica e falência fiscal do estado (2018).","PeriodicalId":35414,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Ciencias Sociais","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67150040","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Luiz Augusto Campos, Marcelle Felix, João Feres Júnior
{"title":"A Família Margarina Recebe Visitas: Branquitude e publicidade em cinco décadas (1968-2017)","authors":"Luiz Augusto Campos, Marcelle Felix, João Feres Júnior","doi":"10.1590/3811005/2023","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/3811005/2023","url":null,"abstract":"Resumo Vários trabalhos qualitativos apontam para o modo limitado com que negros, mulheres e, sobretudo, mulheres negras, têm sido representados na publicidade brasileira. Entretanto, ainda são poucos os estudos que buscam avaliar quantitativamente o tratamento dispensado a personagens brancas na publicidade mainstream das últimas décadas em comparação àquele dado a negros e mulheres. Para ajudar a preencher essa lacuna, este artigo examina o espaço de modelos brancos e negros na publicidade brasileira ao longo de cinco décadas. A partir de uma amostra temporalmente estratificada de anúncios estampados em edições do semanário noticioso brasileiro de maior circulação, codificamos as imagens dos anúncios, focando os personagens humanos retratados. Os resultados apontam para uma manutenção das desigualdades raciais na publicidade e para mecanismos específicos de representação que naturalizam o predomínio sistemático de brancos nas peças publicitárias.","PeriodicalId":35414,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Ciencias Sociais","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67150104","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}