{"title":"O INESPECÍFICO EM PAUTA NA POESIA CONTEMPORÂNEA PRODUZIDA POR MULHERES","authors":"Brunna Pszdzimirski, Nilcéia Valdati","doi":"10.13102/lm.v14i1.8180","DOIUrl":"https://doi.org/10.13102/lm.v14i1.8180","url":null,"abstract":"O presente estudo centra-se na poética de Assionara Souza (1969-2018), que publicou, até seu precoce falecimento, quatro livros de contos e apenas um de poesia, incluindo uma organização póstuma de seus poemas. Em vida, a preferência da escritora era apresentar seu trabalho no ciberespaço, utilizando de várias plataformas, dentre elas o blog pessoal Cecília não é um cachimbo. É neste espaço que publica “Sonha Hito Steyerl com ovelhas eletrônicas?”, poema que será analisado neste artigo. Assim, pretende-se observar como os gestos poéticos de Assionara apontam para o transbordamento do poema, que encontrará forças em outras artes para colocar em evidência questões políticas, sociais e estéticas. Constatar enfim que a inespecificidade aparente do objeto poema é carregada de referencialidades e atravessada por afetos. Para desenvolvimento de tais questões, serão tomadas as discussões propostas por Florencia Garramuño (2014) e Ana Kiffer (2014) sobre inespecificidade; Josefina Ludmer (2010), e a noção de pós-autonomia; Giorgio Agamben (2007), Marcos Siscar (2016) e Alberto Pucheu (2014), sobre os caminhos da poesia.","PeriodicalId":346819,"journal":{"name":"Revista Légua & Meia","volume":"36 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123694485","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"“COM LICENÇA POÉTICA”:","authors":"Mônica Gomes da Silva","doi":"10.13102/lm.v14i1.8182","DOIUrl":"https://doi.org/10.13102/lm.v14i1.8182","url":null,"abstract":"Este trabalho propõe a leitura comparativa entre as poesias de Adélia Prado, Ana Cristina César e Hilda Hilst, destacando como as escritoras dialogam com a tradição literária brasileira, especificamente, o legado poético de Carlos Drummond de Andrade. Conforme a constatação provocadora da poeta mineira — “Todos fazem um poema a Carlos Drummond de Andrade” (PRADO, 2014, p. 56) — explicita-se a primazia da poética drummondiana na literatura brasileira do século XX, fundando, com sua inquietude gauche, uma forte marca temática e estilística. Ressaltamos, na análise do corpus, os significados atribuídos, pela escrita feminina, à poética pétrea drummondiana, com o auxílio da clave interpretativa de Gaston Bachelard (2008), cujos estudos abordam os arquétipos sublimados nas imagens literárias da terra. Dentre as imagens psíquicas abordadas por Bachelard, voltamo-nos para os valores carreados pela representação da pedra no imaginário literário. Para o percurso de leitura desenvolvido são utilizados, ademais, os estudos de Antonio Candido (2011), Maria Lúcia de Barros Camargo (1990), Marlene de Castro Correia (2012), Nelly Novaes Coelho (1999) e Paulo Franchetti (2007). Desse modo, selecionamos um corpus poético em que a incontornável pedra drummondiana é ressignificada pelas escritoras que, tensionando com a máquina poética do poeta itabirano e se utilizando de distintas estratégias, desde a emulação, o pastiche até a paródia, buscam instaurar suas vozes autorais, contemplando as questões do feminino e da própria criação artística na literatura brasileira. \u0000Palavras-chave: Autoria feminina; Pedra; Poética; Intertextualidade.","PeriodicalId":346819,"journal":{"name":"Revista Légua & Meia","volume":"28 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121541837","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"POESIA INSUBMISSA IMERSA NO JARDIM FECHADO DE RAQUEL NAVEIRA","authors":"M. Leitão, Elizabeth Dias Martins","doi":"10.13102/lm.v14i1.7842","DOIUrl":"https://doi.org/10.13102/lm.v14i1.7842","url":null,"abstract":"A obra poética de Raquel Naveira, desde a primeira publicação em 1989, apresenta traços de uma produção literária insubmissa. Misturando temas religiosos, históricos, literários e filosóficos, a autora sul-mato-grossense vem se destacando na literatura brasileira por apresentar um novo olhar acerca das narrativas tradicionalmente difundidas segundo uma perspectiva dominante. Apresentamos a leitura de poemas de três de suas obras: Guerra entre irmãos (1993), Caraguatá (1996) e Stella Maia (2001). Os textos eleitos foram publicados em Jardim Fechado (2015), fato destacado por se tratar de uma seleção feita pela própria poeta. No intuito de demonstrar o modo como a autora delineia uma perspectiva diferenciada dos momentos históricos que tematizam as obras, ao analisar os versos, realizamos um resgate dos fatos históricos, bem como identificamos os aspectos que ilustram uma poesia insubmissa, segundo a perspectiva de Roberto Pontes (1999), em Poesia insubmissa afrobrasilusa. É intrínseca a relação entre literatura e história, construindo um percurso que se encontra no âmbito dos estudos da literatura comparada. A partir das referidas leituras, observamos o constructo de uma identidade literária híbrida que deixa transparecer as diversas influências e os inúmeros resíduos com os quais se edificam, na poética de Raquel Naveira, os traços da literatura brasileira contemporânea. Trata-se de uma voz que nasce individual e cresce coletiva, comprovando a superação do ensimesmamento e o alcance de um modo de ser insubmisso.","PeriodicalId":346819,"journal":{"name":"Revista Légua & Meia","volume":"112 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126126220","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Taise Teles Santana Macedo, Evelina de Carvalho Sá Hoisel
{"title":"EXPANSÃO DA LINGUAGEM NA POESIA DE ALBERTO PUCHEU","authors":"Taise Teles Santana Macedo, Evelina de Carvalho Sá Hoisel","doi":"10.13102/lm.v14i1.8264","DOIUrl":"https://doi.org/10.13102/lm.v14i1.8264","url":null,"abstract":"Em tempos coevos, a poesia brasileira contemporânea mostra-se em plena produtividade, ampliando tanto o corpus de escritores e escritoras que desejam deixar suas intervenções no/para nosso tempo quanto a inclusão de novos meios e suportes que permitem a circulação e a disseminação dos textos poéticos. Um desses poetas em atividade é o professor Alberto Pucheu. No conjunto de suas obras – de 1993 até o presente instante – Pucheu tem se preocupado, principalmente, em mostrar a potência do pensamento da poesia e a sua dimensão filosófico-política. Pela leitura dos escritos de Pucheu, compreende-se que o poeta é o sujeito que mantém relação com o outro - seres, objetos, pessoas – no intuito de convocá-los para estabelecer contatos, esbarros, alianças. Parte-se do seguinte entendimento: a linguagem poética abre-se, nesse vir a ser, para o impróprio, para a possibilidade de novos sensíveis, novas proposições do existir. Para tal análise, o presente estudo toma como ponto de partida textos poéticos-literários, direcionados pelo eixo temático proposto. Nessa perspectiva, este trabalho problematiza, a partir de poemas de Pucheu, a linguagem enquanto instauradora de vidas que são planejadas para serem extintas, esquecidas, apagadas. Cabe, ainda, destacar que o estímulo que movimenta o desenvolvimento desta investigação se deve à oportunidade de percorrer escolhas, estratégias poéticas e procedimentos de escrita da poesia, bem como da apreensão de que a poesia sempre está em processo de feitura. Nesse bojo, a poesia condiciona-se a negar-se, recusar-se ou suprimir-se para se situar como tal. Sendo assim, a própria noção de poesia se pluraliza.","PeriodicalId":346819,"journal":{"name":"Revista Légua & Meia","volume":"27 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114067268","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"ARÍETE","authors":"Bruno Lima","doi":"10.13102/lm.v14i1.8750","DOIUrl":"https://doi.org/10.13102/lm.v14i1.8750","url":null,"abstract":"O texto é uma resenha do livro de poemas Aríete: poemas escolhidos 1990-2020.","PeriodicalId":346819,"journal":{"name":"Revista Légua & Meia","volume":"5 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125492608","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"MARIA VILANI","authors":"Adenilson Barros Albuquerque","doi":"10.13102/lm.v14i1.8270","DOIUrl":"https://doi.org/10.13102/lm.v14i1.8270","url":null,"abstract":"Este artigo está dedicado à parte da produção literária de uma escritora nascida no Ceará e há muitos anos residente no extremo sul de São Paulo. Apresentamos, inicialmente, as obras Cinco contos sem desconto e de quebra dois poemas (1991) e O Reino de Roselândia (1998), publicadas por Vitória Régia, então pseudônimo de Maria Vilani – ativista, apreciada por sua atuação frente ao CAPS e presença consistente no meio literário – que, nos últimos anos, publicou os livros de poemas Varal (2012) – base da última seção do presente estudo –, Penteando a vida (2016), A lágrima e o riso (2017) e Abscesso (2019), além do romance Memórias de Maria e um pouquinho de mim (2022). Nossa leitura tem o objetivo de lançar apontamentos e trazer a público alguns dos traços temáticos e formais da escrita dessa artista brasileira.","PeriodicalId":346819,"journal":{"name":"Revista Légua & Meia","volume":"39 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"117008612","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Fernando Guimarães Saves, Aguinaldo José Gonçalves
{"title":"POÉTICA HILSTIANA COMO EXORTAÇÃO","authors":"Fernando Guimarães Saves, Aguinaldo José Gonçalves","doi":"10.13102/lm.v14i1.8183","DOIUrl":"https://doi.org/10.13102/lm.v14i1.8183","url":null,"abstract":"Compreender a poética de Hilda Hilst é adentrar o universo inquietante do eu lírico que, à semelhança do filósofo grego, questiona a si mesmo, ao mundo e à realidade. A temporalidade na poesia hilstiana é sempre marcado, motivo de reflexões e veículo através do qual o eu lírico trafega de um espaço a outro, de um tempo a outro, revisitando momentos memoráveis, ideias e formas de pensamento. A existência na obra de Hilst é também apresentada ao leitor como um objeto de reflexão. Existência própria, existências outras, personagens fictícios ou reais que deixaram seus registros históricos no tempo. Hilst, muitas vezes classificada como expressão da metapoesia no Brasil, entretanto, não se deixa prender a rótulos, utilizando sua poética no confronto mesmo das tentativas, quaisquer que sejam elas, de solapar as asas de seu imaginário poético. Recorre a estratégias variadas de expressão linguística, traduzindo o seu fazer poético em ato político contra a opressão do homem político. Em Júbilo, memória, noviciado da paixão, a poeta traz o cenário mítico dos heróis e deuses da antiguidade, conjugando-o à cantiga lírica medieval galego-portuguesa do século XIII. Este trabalho é o resultado de uma tentativa de se abordar a poesia de Hilda Hilst a partir de uma perspectiva mítico-histórica, perspectiva esta que é proposta pela própria autora na forma pela qual desenvolveu sua poética na obra referida.","PeriodicalId":346819,"journal":{"name":"Revista Légua & Meia","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126101994","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"FRAGMENTO: UM CORPO SEM ÓRGÃOS DE FOTOPOEMADANÇA","authors":"Josicléia Gomes de Souza","doi":"10.13102/lm.v14i1.7749","DOIUrl":"https://doi.org/10.13102/lm.v14i1.7749","url":null,"abstract":"A mistura de gêneros literários é uma realidade na literatura desde o século XIX. Essas experiências de mistura aconteceram entre linguagens artísticas. O presente trabalho se inscreve no campo dos estudos interartes e faz uma análise do fotolivropoema Fragmento (2003), de João de Jesus Paes Loureiro, resultado de um agenciamento com a dançarina Ana Unger e o fotógrafo Luiz Braga, percebendo o referido livro como um Corpo sem Órgãos (CsO), a partir de Deleuze e Guattari, pelo fato de o livro representar uma quebra nas barreiras que separaram a linguagem da poesia e da dança, sendo estas aproximadas e recriadas a partir da linguagem fotográfica. Em termos de poesia o livro recupera experimentações visuais e propõe outras novas, em diálogo com o corpo dançante. O olhar e o registro do fotógrafo é fundamente na mediação e costura desse diálogo. O resultado é corpo poético que escapa às estratificações da hiperexposição da era digital, fazendo com que o corpo entre em um devir dançante com a poesia a fotografia. Além de Deleuze e Guattari, também é trabalhado neste estudo o conceito de corpo narcísico na hiperexposição digital a partir de Byung-Chul Han, e também os estudos de Walter Benjamin sobre a arte na modernidade.","PeriodicalId":346819,"journal":{"name":"Revista Légua & Meia","volume":"8 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114521574","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"SENTIR-SE VIVO NUM POEMA: SOBRE O LIVRO PÁTIO, DE JORGE REIS-SÁ","authors":"André Carneiro Ramos","doi":"10.13102/lm.v14i1.8347","DOIUrl":"https://doi.org/10.13102/lm.v14i1.8347","url":null,"abstract":"A poesia de Jorge Reis-Sá, inquieta representante de uma profícua geração de novíssimos poetas portugueses, convida-nos a um passeio por um sítio ao mesmo tempo inusitado e reconhecível. Em Pátio, livro do autor publicado no Brasil pela primeira vez, o que se vislumbra é uma sedutora entrada, com portões escancarados ao desafio do rememoramento, exercício que aos leitores se expande, do mero olhar para trás a um mergulho existencial em algumas de nossas esvoaçantes raízes; o reconhecimento, ou melhor, o enfrentamento proposto por este lugar poético – de neblina, sonho, morte e memória –, torna-se tão urgente quanto um respiro.","PeriodicalId":346819,"journal":{"name":"Revista Légua & Meia","volume":"2016 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127470455","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Paulo Antônio Vieira Júnior, Mônica Pereira do Nascimento
{"title":"SACRALIZAÇÃO DO CORPO, DA POESIA E DO EROTISMO EM ADÉLIA PRADO","authors":"Paulo Antônio Vieira Júnior, Mônica Pereira do Nascimento","doi":"10.13102/lm.v14i1.8179","DOIUrl":"https://doi.org/10.13102/lm.v14i1.8179","url":null,"abstract":"Este estudo desenvolve leitura de cinco poemas de Adélia Prado constantes em sua Poesia reunida: “Do amor”, “Enredo para um tema”, “Rute no campo”, “A maçã no escuro” e “Gregoriano”. Tais composições servem para evidenciar como a poesia adeliana elabora formulações constradiscursivas ao (re)estabelecer a harmonia entre corpo e alma, erótico e sagrado, logo, investiga-se o seu fazer poético na combinação do erotismo, da religiosidade e da sacralidade do corpo envolvido no rito de celebração do erotismo sagrado. Em Adélia Prado, o erótico emerge numa combinação crítica com o religioso, elucidado a partir da mística cristã, em confluente presença de elementos bíblicos e teológicos. A reconfiguração das visões tradicionais sobre o corpo feminino surge na obra da autora através da sacralização desse corpo. A reconciliação é uma estratégia revolucionária nas composições de Adélia, porque evita a violência que se situa como a característica central da ideologia patriarcal. O suporte teórico que orienta nossas leituras consiste nas obras de Octavio Paz (1982, 1994), Georges Bataille (1987), Elizabeth Grosz (2000), Michelle Perrot (2003) e Elódia Xavier (2021). No decorrer das análise recorremos, ainda, à fortuna crítica que explorou as categorias corpo, erotismo e sagrado, a exemplo de Angélica Soares (1999), Nelly Novaes Coelho (1993) e Rita de Cássia Olivieri (1994).","PeriodicalId":346819,"journal":{"name":"Revista Légua & Meia","volume":"55 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132805324","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}