{"title":"A escuta silenciosa da língua de neve que ressoa em “Argéman”– acenos, estrelas por vir","authors":"Elena Santi, Júlia Bellei Xavier","doi":"10.11606/issn.2238-8281.i45p37-51","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2238-8281.i45p37-51","url":null,"abstract":"Este artigo tem por objetivo evidenciar não somente as características do poema “Argéman”, composto pelo poeta suíço de língua italiana Fabio Pusterla, mas, também, o produto dialógico correspondente à sua tradução pela poeta Prisca Agustoni. Nesse sentido, visamos investigar não só a tarefa heurística desempenhada pelo autor, em sua busca incessante pelos resquícios vitais intrínsecos a diferentes eras e formas de ser, mas, também, o trabalho desenvolvido pela tradutora, que, perscrutando as palavras em sua esfera de partida, procura sondar suas reverberações na esfera de chegada. Assim sendo, tencionamos enfatizar os caminhos pelos quais Agustoni enveredou a fim de “recomeçar a luta da escritura para transformá-la novamente em dança” (PERRONE-MOISÉS, 2013, p. 32), caminhos esses que apostam na escuta dos fragmentos de natureza evocados pelo poema em análise, bem como na irrefutável sensibilidade que o atravessa. Dessa maneira, pretendemos salientar também os efeitos gerados pelo encontro de díspares lentes poéticas e linguageiras, ecoando os silêncios, as entregas e os inúmeros atos de fé àquelas inerentes.","PeriodicalId":31355,"journal":{"name":"Revista de Italianistica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49157675","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
J. Cabral, Paula Garcia de Freitas, Adriana Mendes Porcellato
{"title":"Editorial","authors":"J. Cabral, Paula Garcia de Freitas, Adriana Mendes Porcellato","doi":"10.11606/issn.2238-8281.i44p1-4","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2238-8281.i44p1-4","url":null,"abstract":"Editorial do Volume 25 (2022)","PeriodicalId":31355,"journal":{"name":"Revista de Italianistica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45997913","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Reflexões a respeito do ensino-aprendizagem de LE em uma turma da terceira idade: memória e migração na literatura afro-italiana e brasileira","authors":"Agnes Ghisi, Daniela Bunn","doi":"10.11606/issn.2238-8281.i44p22-37","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2238-8281.i44p22-37","url":null,"abstract":"Ensinar LE no Brasil, hoje, é desafiador, mas também peculiar. Iniciativa como a realizada no Núcleo de Estudos da Terceira Idade (NETI), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), vinculada ao estágio supervisionado do curso de Letras Italiano, teve como objetivo o ensino do italiano com temáticas sensíveis e engajadas, visando ao bem-estar e à participação ativa da pessoa idosa (BELLA, 2008). Pensar a pessoa idosa como alguém que continua se desenvolvendo e que é capaz de aprender e expandir o próprio universo a partir da leitura como um prazer (BALBONI, 1994) foi também um dos objetivos e motivação do estágio. Procurou-se trazer para o debate questões socialmente relevantes que estimulassem um olhar sensibilizado e plural a partir da literatura. Em particular, com La mia casa è dove sono (2010), de Igiaba Scego, propuseram-se discussões que abordassem o tema da memória, da imigração e do reconhecimento de questões interculturais (MENDES, 2015). Isso permitiu um diálogo em que tensões do cotidiano brasileiro puderam ser encaradas a partir do (con)texto italiano. Neste artigo, pretende-se refletir sobre as questões que surgiram e que foram promovidas por essa experiência de estágio, sobre como as temáticas propostas foram recebidas pelo grupo, e sobre como o ensino de língua apresentou certa emancipatoriedade, quebra de estereótipos e revisão de (pre)conceitos.","PeriodicalId":31355,"journal":{"name":"Revista de Italianistica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48722152","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O corpo do poema, fendas na poesia de Alda Merini","authors":"Agnes Ghisi, Patricia Peterle","doi":"10.11606/issn.2238-8281.i45p64-75","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2238-8281.i45p64-75","url":null,"abstract":"A poética de Alda Merini (1931-2009) é marcada pela íntima relação que estabelece com o vivido, podendo ser encarada até mesmo como uma escrita autobiográfica, uma escrita de si (FOUCAULT, 2004). O poeta e crítico literário Giovanni Raboni sugere (2005) que a trajetória poética de Merini se divide em dois momentos, marcados por um evento biográfico: o internamento manicomial, que durou de 1965 a 1979. Nesse sentido, se delineia uma poética pré- e outra pós-manicomial. No presente artigo, a partir da leitura da fortuna crítica da autora e de seus poemas de antes e depois do manicômio, buscamos investigar essa divisão por meio da leitura de alguns poemas selecionados da primeira edição de La Terra Santa (1984), considerada a obra mais importante desse período (CORTI, 1998). A partir disso, propomos um percurso em que a análise de elementos estéticos e poéticos enfatiza e privilegia o deslocamento do verso na página.","PeriodicalId":31355,"journal":{"name":"Revista de Italianistica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43482663","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"\"Oito escritores\" de Michele Mari: dos fios da imaginação à agulha da sintaxe","authors":"Victor Gonçalves, Andrea Santurbano","doi":"10.11606/issn.2238-8281.i45p76-86","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2238-8281.i45p76-86","url":null,"abstract":"O presente artigo pretende apresentar características singulares da literatura do autor milanês Michele Mari através do conto traduzido ao português Oito escritores (2019 [1997]), incluso na coletânea de contos Tu, sanguinosa infanzia (2009), ainda sem tradução. Mari é um autor que ao mesmo tempo que dialoga com algumas ideias da pós-modernidade, dela se afasta, recorrendo aos clássicos e estilos literários do Settecento e Ottocento, por exemplo. Sua obra reflete o experimentalismo das formas literárias, passeando pelo gótico, fantástico e pelos livros de aventura. Em Mari, a ideia de escrita está ligada à infância e suas perdas, ao mundo privado, mas também coletivo, ao fragmento (episódico) mas também às narrativas longas. Otto scrittori é um conto que contém essas características. Há nele um trabalho intenso de linguagem e intertextualidade, recuperando obras e autores como Poe, Stevenson e Salgari, para citar três de oito. O objetivo do artigo é ler e analisar os elementos literários que constituem a narrativa marinheiresca e fantástica do conto Otto scrittori, evidenciando, simultaneamente, aspectos linguísticos característicos da escrita de Mari que o filólogo Luca Serianni (2021) chamou de “hiperliterários”.","PeriodicalId":31355,"journal":{"name":"Revista de Italianistica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46351758","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Dai nonni ai nipoti: práticas familiares em língua de herança","authors":"F. Ortale, Gabrielle Cristina Baumann Salvatto","doi":"10.11606/issn.2238-8281.i44p162-176","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2238-8281.i44p162-176","url":null,"abstract":"Este trabalho apresenta resultados preliminares de uma pesquisa cujo foco é identificar as práticas em língua de herança presentes em um núcleo familiar de imigrantes italianos, constituído em 1958, que possui uma característica peculiar: os membros da primeira e da segunda gerações nascidos no Brasil utilizam apenas o italiano como meio de comunicação entre si. Os dados da pesquisa foram gerados a partir dos pressupostos da Metodologia da História Oral e a análise de dados tem como base os estudos sobre línguas de herança, bilinguismo e translinguagem. O artigo está dividido em três partes: apresentação da história e constituição da família Conci-Maggio; base teórica e breve análise das narrativas autobiográficas para identificar ações que contribuíram para a manutenção da língua de herança no espaço familiar e, finalmente, uma reflexão sobre o processo de revitalização de línguas de herança e as contribuições da presente pesquisa para os estudos sobre políticas linguísticas em espaços familiares.","PeriodicalId":31355,"journal":{"name":"Revista de Italianistica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47561728","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Ensinar em tempos de pandemia: relato de uma professora substituta de língua e literatura italianas em ambiente universitário","authors":"Sabrina de Cássia Martins","doi":"10.11606/issn.2238-8281.i44p85-104","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2238-8281.i44p85-104","url":null,"abstract":"O presente artigo relata uma experiência de ensino de língua e literatura italianas para os alunos em ambiente universitário no contexto pandêmico. Para tanto, aborda primeiramente a concepção de língua (KUMARAVADIVELU, 2012), uma vez que se entende aqui o processo de ensino-aprendizagem como um ato comunicativo; em segundo lugar, discute a comunicação mediada pelo computador e os instrumentos que permitem a interação no contexto de ensinoaprendizado virtual (BONAIUTI et al., 2016), sendo enfatizado o papel da interação na aula de língua estrangeira (DIADORI, 2011; BALBONI, 2006); em terceiro, enfatiza a relação entre necessidade e motivação (SCHÜTZ, 2003; HALL, 2011; KUMARAVADIVELU, 2012). A experiência descrita expõe os conflitos do ensino remoto durante a pandemia, portanto, em uma situação de incerteza extrema, em uma universidade pública e para alunos que em sua maioria são de baixa renda.","PeriodicalId":31355,"journal":{"name":"Revista de Italianistica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41582683","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"“Eclipse da palavra”: travessias no “Canto de Ulisses” de Primo Levi","authors":"Helena Bressan Carminati, Patricia Peterle","doi":"10.11606/issn.2238-8281.i45p24-36","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2238-8281.i45p24-36","url":null,"abstract":"“Hoje é Primo quem vai comigo buscar a sopa” (LEVI, 1988, p. 163). A frase, aparentemente simples, simboliza o convite para uma troca pouco possível. O espaço concentracionário, onde a linguagem sofre aquilo que, sabiamente, o escritor italiano Primo Levi (1919-1987) define como “eclipse da palavra”, abre-se nesse momento, mais especificamente no capítulo “O canto de Ulisses” de É isto um homem? (1947), para uma outra possibilidade. A palavra que pouco a pouco vai perdendo vida encontra no diálogo entre os dois personagens, Primo Levi e Pikolo, um reencontro com suas subjetividades e não só. É pensando nesse capítulo, e sobretudo, no gesto tradutório como um ato de amorosidade, que este ensaio se inscreve. Nesse sentido, enquanto encontro, a tradução será parte de movimentos que não necessariamente precisam ser binários, isto é, uma cisão entre um dentro e um fora, entre o eu e o outro. De fato, em Tradução como cultura, Gayatri Spivak se refere à tradução como um ato não apenas de leitura íntima, mas também como ato amoroso, de entrega e solidariedade. É a escuta de Pikolo que torna possível o ato tradutório de Levi que recita os versos da Divina Comédia. E se “Nenhuma fala é fala enquanto não é ouvida” (SPIVAK, 2015, p. 58), pretende-se pensar de que forma a tradução acontece em “O canto de Ulisses” e quais caminhos ela torna possíveis dentro de um ambiente tão cerceado quanto o Campo.","PeriodicalId":31355,"journal":{"name":"Revista de Italianistica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42339577","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A. P. Caramori, Marlon da Fonseca Misceno de Araujo, Suélen Najara de Mello
{"title":"Além da tela: a Itália através do cinema na sala de aula remota da Rede Andifes - ISF","authors":"A. P. Caramori, Marlon da Fonseca Misceno de Araujo, Suélen Najara de Mello","doi":"10.11606/issn.2238-8281.i44p6-21","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2238-8281.i44p6-21","url":null,"abstract":"Em tempos pandêmicos e de ensino remoto, fomos chamados a unir forças para enfrentar incertezas e assim (res)surgem nas Universidades Federal de Santa Maria (UFSM) e Federal de Viçosa (UFV), fomentadas pela Embaixada Italiana e integrantes da Rede Andifes - IsF, os cursos Pomeriggio al cinema e Serata al cinema, buscando olhares plurais para o contexto de aprendizado da língua italiana. Ao revisitar temas como o fascismo, a guerra, a máfia, as eleições, as minorias e as políticas linguísticas, oportunizou-se aos alunos um espaço para reflexão sobre temas sociais não somente nos filmes, mas também em sua própria realidade. Para a realização dessas aulas on-line, ao longo de 2020 e 2021, foram escolhidas produções cinematográficas que mobilizassem diferentes reflexões; dentre essas, destacam-se as selecionadas para o Ciclo 4, em que foram abordadas questões históricas, políticas e sociais do contexto italiano ao trabalhar os filmes Parenti Serpenti (1992), Metti la nonna in freezer (2018), Rosso come il cielo (2006) e Nuovo Cinema Paradiso (1988). Como pudemos observar ao final das atividades, as discussões sobre temas sociais suscitadas a partir das temáticas abordadas em cada filme aplicavam-se tanto à realidade e contexto italiano, quanto ao brasileiro. Partindo do pressuposto de que o professor é um importante agente colaborador e formador do pensamento crítico, social e político, este artigo relata experiências de reflexão suscitadas a partir de temas sociais recortados de alguns filmes italianos e as contribuições para favorecer a criticidade no ensinoaprendizagem de línguas.","PeriodicalId":31355,"journal":{"name":"Revista de Italianistica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49049794","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Il libro tradotto come libro-corpo","authors":"Alessandra Rondini","doi":"10.11606/issn.2238-8281.i45p4-23","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2238-8281.i45p4-23","url":null,"abstract":"Il testo si presenta come un corpo, che viene plasmato dall’ambiente culturale di cui è espressione e che porta su di sé l’impronta di chi lo genera. La traduzione è un viaggio, tra mondi, esperienze di significato, interpretazioni, diversi. Nel momento in cui vive questa esperienza, una sorta di migrazione verso un altro universo di significato, il libro-corpo si trova a dover vivere un processo di inclusione, in un nuovo mondo, che può anche non accettarlo per quello che è e segnarlo, cercare di renderlo più simile a ciò che è conosciuto e, quindi, rassicurante. Interventi sul libro-corpo paragonabili a certi segni rituali, che testimoniano un passaggio, tatuaggi che possono aggiungere un qualcosa di interessante, ma che talvolta sono vere e proprie cicatrici, che lo feriscono profondamente. Si potrebbe parlare di manipolazione del libro-corpo, di cui i vari paratesti fanno parte a pieno titolo, di riletture e riscritture che alcune volte possono portare a esiti soddisfacenti, altre deludenti. I romanzi degli anni Trenta di Jorge Amado, Graciliano Ramos e José Lins do Rego sono passati attraverso questo rito di passaggio nel momento in cui sono stati tradotti in italiano. Alcuni segni sono più nascosti e risulta più difficile individuarli a prima vista, può essere necessario un rapporto di maggiore intimità tra l’osservatore e il corpo che ne è portatore; altri invece possono essere colti a un primo sguardo.","PeriodicalId":31355,"journal":{"name":"Revista de Italianistica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44516620","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}