Naiara Lima Pereira, Fabiane Vinente dos Santos, Evelyne Marie Therese Mainbourg
{"title":"Saberes e práticas alimentares de gestantes e lactantes ribeirinhas amazônicas","authors":"Naiara Lima Pereira, Fabiane Vinente dos Santos, Evelyne Marie Therese Mainbourg","doi":"10.5007/2175-8034.2022.e83684","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-8034.2022.e83684","url":null,"abstract":"\u0000\u0000\u0000A dieta alimentar dos ribeirinhos amazônicos sofreu profundas mudanças decorrentes da desorganização do seu modo de vida. Essas mudanças repercutem no nível das subjetividades e mais ainda no que diz respeito à gravidez, puerpério e amamentação. O objetivo visa explorar os saberes e práticas alimentares de doze mulheres ribeirinhas gestantes ou lactantes em duas comunidades amazônicas. A abordagem foi a etnográfica combinada com entrevistas semiestruturadas das mulheres, suas mães e parteiras. Além de identificar um complexo quadro em que condicionantes de ordem econômica e ambiental caminham lado a lado às representações, concepções e saberes relacionados à alimentação, os dados dão conta das profundas transformações nos padrões alimentares destas populações, da constituição de redes de apoio formadas por familiares e comunidade que se mobilizam para garantir gestação, parto e puerpério saudáveis. Destacam-se os impactos das políticas públicas de renda mínima e de proteção ambiental na questão alimentar. \u0000\u0000\u0000","PeriodicalId":265208,"journal":{"name":"Ilha Revista de Antropologia","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123661150","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Entre a Palavra-Pensamento e a Palavra-Ação Zapatista: a busca pela autonomia","authors":"Iago Porfírio","doi":"10.5007/2175-8034.2022.e86620","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-8034.2022.e86620","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":265208,"journal":{"name":"Ilha Revista de Antropologia","volume":"127 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128229374","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Produzindo a folia: o carnaval como estilização de sociabilidade","authors":"Yuri Tomaz dos Santos","doi":"10.5007/2175-8034.2022.e90129","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-8034.2022.e90129","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":265208,"journal":{"name":"Ilha Revista de Antropologia","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122749718","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Sentido na dança: sobre os movimentos no Arete Guasu dos Guarani do Chaco Boreal Paraguaio","authors":"María Eugenia Domínguez","doi":"10.5007/2175-8034.2022.e71290","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-8034.2022.e71290","url":null,"abstract":"\u0000\u0000\u0000O artigo descreve a dança e os movimentos no principal ritual dos guarani do Chaco boreal paraguaio: o arete guasu. Por meio de uma descrição detalhada da festa, se analisam os sentidos performativos da dança, dos movimentos e do rito como um todo. Por sentido performativo refere-se a aos efeitos da forma e da estética particular do rito nesse contexto histórico e social. Desse modo, e em diálogo com a antropologia e a etnomusicologia que tratam das artes e rituais dos povos guarani falantes, se pontuam algumas características que definem as especificidades culturais dos guarani chaquenhos. \u0000\u0000\u0000","PeriodicalId":265208,"journal":{"name":"Ilha Revista de Antropologia","volume":"19 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130015572","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Entre Cérebros, Psychés e Culturas: notas para o debate sobre a epistemologia que embasa serviços de saúde mental para imigrantes-refugiadas em São Paulo","authors":"Alexandre Branco-Pereira","doi":"10.5007/2175-8034.2022.e80387","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-8034.2022.e80387","url":null,"abstract":"\u0000\u0000\u0000Este ensaio pretende debater os pressupostos téorico-epistemológicos dos serviços de saúde mental denominados culturalmente sensíveis no Brasil. Abordando autores da etnopsiquiatria francesa, da psiquiatria transcultural estadunidense e da psiquiatria social e cultural canadense, todas vertentes suscitadas pela interlocução empreendida com médicas psiquiatras, psicanalistas e psicólogas durante pesquisa etnográfica, procuro fazer o diálogo dessas correntes com determinadas elaborações feitas a partir da antropologia de Lévi-Strauss e Roy Wagner. Aponto, por fim, para como é possível resistir às reificações simplistas comuns ao debate proposto desde o campo psi, complexificando as abordagens que costumam condicionar a atribuição da condição de sujeito mediante o compartilhamento de estruturas universalmente distribuídas, como cérebros, culturas e psychés. \u0000\u0000\u0000","PeriodicalId":265208,"journal":{"name":"Ilha Revista de Antropologia","volume":"149 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127264485","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Religião e Economia Moral","authors":"Webb Keane, Bruno Reinhardt, Lucas Baumgarten","doi":"10.5007/2175-8034.2022.e86473","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-8034.2022.e86473","url":null,"abstract":"\u0000\u0000\u0000As posições religiosas em relação à economia moral há muito tempo têm fornecido recursos importantes para a reflexão crítica sobre a vida econômica. Quando as instituições religiosas procuram construir alternativas aos sistemas econômicos e às práticas financeiras existentes, no entanto, elas também encontram uma série de problemas. Em contraste com muitas críticas seculares à economia, as críticas religiosas tendem a ser explícitas sobre as suas diretrizes morais e os pressupostos ontológicos em que se baseiam, dando origem a hábitos econômicos e instituições financeiras distintas. Por isso, o seu estudo etnográfico ilumina uma série de questões antropológicas mais gerais sobre as fontes do valor, os limites do cálculo racional, a moralidade da dívida, o significado da desigualdade, a justiça econômica e os objetivos legítimos de uma economia. \u0000\u0000\u0000","PeriodicalId":265208,"journal":{"name":"Ilha Revista de Antropologia","volume":"153 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131336484","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Por uma Imunidade contra o Banquete Diabólico: reflexões sobre roubo, religião e mineração nos Andes do Norte do Peru","authors":"Adriana Paola Paredes Peñafiel","doi":"10.5007/2175-8034.2022.e79175","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-8034.2022.e79175","url":null,"abstract":"\u0000\u0000\u0000Neste artigo, discuto como, em um contexto de luta por água, os ronderos pentecostais do caserío El Tambo, região de Cajamarca, mobilizaram uma frente de resistência contra as intenções de uma empresa de mineração que assumiu o direito de destruir as fontes de água naturais tão importantes para os moradores locais. A proposta dessa empresa era criar reservatórios como compensação. A guerra contra o mal (a mineração) estende, com diferenças, a noção de roubo que aparece nos relatos da organização autogestionária contra o abigeato (roubo de gado) a partir de 1970 e nas reflexões sobre as citações bíblicas. O texto se fundamenta em uma pesquisa de campo em El Tambo, distrito de Bambamarca, província de Hualgayoc, em Cajamarca, Norte andino peruano. Mostro que a conversão potencializa a percepção das pessoas para reconhecer aquele que rouba e evita o fim desta humanidade que se alimenta das batatas nutridas por Mamacocha (Mãe Lagoa). \u0000\u0000\u0000","PeriodicalId":265208,"journal":{"name":"Ilha Revista de Antropologia","volume":"107 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131087100","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A política dos lados: produção da alteridade na TI São Jerônimo.","authors":"Roberta de Queiroz Hesse, M. Amoroso","doi":"10.5007/2175-8034.2022.e70652","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-8034.2022.e70652","url":null,"abstract":"\u0000\u0000\u0000Este artigo, escrito a quatro mãos, se debruça sobre processos contemporâneos e históricos das políticas de alteridade dos Kaingang, Xetá, Guarani Mbyá, Ñandeva e Kaiowá, habitantes da Terra Indígena São Jerônimo (Paraná). Buscamos construir uma aproximação entre as dinâmicas da política atual da Terra Indígena São Jerônimo (TI), marcada pela divisão em dois lados distintos e os processos intertribais descritos no contexto dos aldeamentos indígenas do período do II Reinado (1844-1889), análise que leva em conta o teor das políticas indigenistas do Império e da República. Atualmente, existe na Terra Indígena São Jerônimo o lado kaingang e o lado guarani, sendo que a dinâmica entre os lados na gestão do território nos revela aspectos importantes das relações ali estabelecidas. Apesar das numerosas descontinuidades impostas pelas políticas indigenistas, pensamos que a dinâmica dos lados é um procedimento de construção do parentesco, que envolve a reclassificação do dualismo jê, assim como outros processos de produção da alteridade local. \u0000\u0000\u0000","PeriodicalId":265208,"journal":{"name":"Ilha Revista de Antropologia","volume":"14 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127931409","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Etnografia e tempo nos estudos educacionais","authors":"Luiz Alberto Alves Couceiro, Rodrigo Rosistolato","doi":"10.5007/2175-8034.2022.e82327","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-8034.2022.e82327","url":null,"abstract":"\u0000\u0000\u0000O debate sobre etnografia em estudos educacionais no Brasil é bifurcado. Há uma argumentação preponderante, principalmente no campo educacional, sobre a impossibilidade de realização de estudos etnográficos em educação. Haveria, nessa linha argumentativa, apenas estudos do “tipo etnográfico” ou de “inspiração etnográfica”. Em oposição, há estudos etnográficos sobre escolas e sistemas educacionais, que argumentam em via diametralmente oposta, não apenas justificando a legitimidade dos estudos etnográficos em educação, mas principalmente realizando-os. Nesse embate, um conceito ganha o cenário e induz um conjunto de discussões em ambas as vias da bifurcação. Trata-se do tempo. Apresentaremos as perspectivas de ambas as correntes analíticas sobre o tempo nos estudos etnográficos, e argumentaremos que o tempo extrapola seus elementos cronológicos quando pensado em uma etnografia, o que necessariamente torna a justificativa da falta de tempo para a realização de etnografias em estudos educacionais um falso dilema. \u0000\u0000\u0000","PeriodicalId":265208,"journal":{"name":"Ilha Revista de Antropologia","volume":"40 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116673774","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Parentesco cosmológico e morfológica Mbya Guarani","authors":"Paulo Roberto Nunes de Goes","doi":"10.5007/2175-8034.2022.e70621","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-8034.2022.e70621","url":null,"abstract":"\u0000\u0000\u0000O presente artigo busca problematizar alguns dos modos pelos quais os Mbya Guarani (Tupi-Guarani) constituem seus territórios de forma ao mesmo tempo tão dispersa geograficamente e tão homogênea linguística e culturalmente. Entre os povos Guarani, são os Mbya aqueles que produzem uma dinâmica intercomunitária mais vigorosa e uma endogamia étnica mais marcada. Neste artigo, busco compreender de que modo essa morfologia se constitui, prescindindo de estratificações políticas no nível interaldeão e, para tanto, mobilizo dados etnográficos, demográficos e genealógicos. Conforme será analisado, a organização social mbya se assenta na vida ritual (uma pedagogia xamânica), a qual está diretamente relacionada à categoria de idade dos tuja, dos velhos. Esse modelo gerontocrático, por sua vez, replica modos de relação estabelecidos nos planos celestes, onde habitam os nhanderukuery, origem e destino mbya. \u0000\u0000\u0000","PeriodicalId":265208,"journal":{"name":"Ilha Revista de Antropologia","volume":"164 5","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132905327","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}