João Felipe Santana Rasi, Paola Longo Mantovani, N. Figueiredo, Pedro Merlussi
{"title":"A Aparente Contraintuitividade do Funcionalismo Abrangente: Questões Sobre a Psicologia do Senso Comum e Intuições Sobre Estados Mentais","authors":"João Felipe Santana Rasi, Paola Longo Mantovani, N. Figueiredo, Pedro Merlussi","doi":"10.51359/2357-9986.2022.256757","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2022.256757","url":null,"abstract":"O funcionalismo sobre a natureza de estados mentais postula que um estado ou propriedade mental é um estado ou propriedade funcional. Isto é, estados funcionais existem apenas a partir de uma rede causal na qual executam uma função, e de acordo com o funcionalismo esta rede é composta por entradas sensoriais, saídas comportamentais e outros estados mentais. A teoria funcionalista abrangente oferece uma compreensão mais inclusiva sobre os estados mentais de modo a atribuir mentalidade a casos como movimentos sociais ou grupos de pessoas, o que pode ser considerado contraintuitivo. Neste contexto, (1) apresentamos a tese funcionalista abrangente, (2) defendemos que a noção de intuição subjacente às principais críticas ao funcionalismo não é suficiente para acusar a teoria de ser contraintuitiva e, por fim, (3) sugerimos que nossa resistência em atribuir estados mentais a casos de agência de grupos se deve principalmente a características da psicologia do senso comum, segundo a qual atribuímos mentalidade mais facilmente a entidades que possuam ou (i) traços antropomórficos ou (ii) proximidade afetiva conosco.","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"26 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125194272","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"The Epistemic Role of Emotions in Value Sensitivity: a Phenomenological Analysis","authors":"Søren Engelsen","doi":"10.51359/2357-9986.2022.256760","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2022.256760","url":null,"abstract":"This paper presents a phenomenological account of central epistemic roles that emotions can play in the context of value sensitivity. I specify significant ways emotions are given in lived experience as possible sources of value apprehension. Thereby, an explanandum or experienced framework for the ongoing debate on the relation between emotion and value awareness is explicated. Through a phenomenological analysis, the paper explicates and illustrates three central epistemic functions that emotions can have in being sources of evaluative information, as seen from the point of view of lived experience: A) Emotions are constitutively related to presentations of value; B) Emotions tend to prompt specific value attention; and C) Emotional openness can play a crucial role in directly grasping determinate value. Further, based on the analyses of A), B), and C), the phenomenological investigation makes intelligible what can go wrong when emotions distort our evaluative outlook and argues that it can be analyzed as a result of the central attention-shaping functions of emotions as they present themselves in lived experience.","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"74 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127368430","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Non-Human Animal Emotions: Homological or Functional Kinds?","authors":"Juan R. Loaiza","doi":"10.51359/2357-9986.2022.256754","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2022.256754","url":null,"abstract":"In our daily lives, we attribute emotions to non-human animals. However, the ontological commitments this implies are still in discussion. Particularly, philosophers still debate whether considerations about the mechanisms underlying emotions are necessary or not to attribute emotions to non-human animals. Here, I argue that such considerations are not sufficient, and that a functionalist perspective is more fruitful than its main contender, the homology thinking view. To do this, I consider findings from experimental psychology on emotion attribution to non-human animals and distinguish two questions concerning such emotions. I then discuss functionalism and homology thinking, claiming that homology thinking precludes promising empirical hypotheses from the outset, resulting in a more limited position than functionalism. Hence, functionalism inherits many benefits of homology thinking while providing more productive grounds","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"40 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127670432","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Robert Musil e a Nova Estética Para a (Pós)Modernidade","authors":"K. Rosenfield","doi":"10.51359/2357-9986.2022.256176","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2022.256176","url":null,"abstract":"Abordaremos nesse ensaio os inícios da reflexão sobre os rumos da estética do século XX. Colocamos a obra musiliana das primeiras décadas (1910-30) na perspectiva do seu ensaísmo que traça os objetivos da ficção experimental (peças como Os Entusiastas), a qual representa uma resposta crítica ao teatro convencional da época. A desmistificação do cunho comercial e conservador do teatro nas resenhas musilianas dos anos 1920 tem fortes elos com a critica cultural e a reflexão sobre as condições sociais e políticas da República que emergiu depois da queda do Império.","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"35 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121326339","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"“Como Eu Me Divirto!”: As Monotipias de Mira Schendel","authors":"T. Palhares","doi":"10.51359/2357-9986.2022.256178","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2022.256178","url":null,"abstract":"O objetivo desse ensaio é apontar como algumas questões tradicionalmente restritas ao âmbito da filosofia são pensadas de forma não menos significativa por meio da arte, particularmente a partir de uma série de desenhos da artista brasileira Mira Schendel (1919-1988) conhecida como Monotipias. Com isso, busca-se mostrar como é possível compreender uma forma específica de pensamento que se dá por meio da prática artística, sobretudo na arte contemporânea. No caso particular de Schendel, acredita-se que esse pensar é um elemento fundamental de sua poética, determinante para definição de sua atualidade. Dar ênfase ao fato de que a artista assumia seu trabalho como uma forma de pensar na e através da arte, é admitir que uma leitura temática da história da arte não dá conta dessa produção. E reflete o caráter interdisciplinar de boa parte da produção artística da segunda metade do século 20.","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"38 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130758785","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Editorial Perspectiva filosófica Arte e filosofia contemporânea","authors":"Revista Perspectiva Filosófica","doi":"10.51359/2357-9986.2022.256192","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2022.256192","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"17 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114377743","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O Valor Cambiante: Da Arte Urbana à Contemporânea","authors":"Pedro Moreira","doi":"10.51359/2357-9986.2022.256183","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2022.256183","url":null,"abstract":"Este artigo busca, através da análise de alguns artistas que tiveram a sua formação na matriz da arte urbana, identificar como se operou sua aceitação entre um público mais amplo e mais especificamente, sua inserção no mundo das artes contemporâneas. Sua educação não-formal ao mesmo tempo que os destaca pela novidade, pelo exotismo da alteridade, também os direciona por modos de valoração norteadores distintos dos de artistas que vieram da educação formal. Será levantada a noção dos “conjuntos valorativos” norteadores da produção de artistas formados em diferentes matrizes, como modelo para identificar tanto a sua produção quanto a recepção da mesma, e como aparentemente o cruzamentos de pontos em comum dos distintos conjuntos valorativos é o que dita no final das contas o maior ou menor sucesso e adequação entre diferentes esferas.","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"19 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116974517","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"More Real Than Reality? Heidegger and Cavell on Film's Powers of Absorption","authors":"Jonadas Techio","doi":"10.51359/2357-9986.2022.256179","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2022.256179","url":null,"abstract":"O poder das imagens (paradas e em movimento) de nos absorver às vezes as faz parecer mais reais do que a realidade. Seguindo os passos de Martin Heidegger e Stanley Cavell, este artigo tenta dar sentido histórico e filosófico a esse sentimento, remontando-o a mudanças de época em nossa experiência que começaram com o advento da modernidade. Depois de destacar as implicações e os custos dessas mudanças, aponto para formas alternativas de relação com a realidade que ainda estão disponíveis para nós, e argumento que (alguns) filmes podem ajudar a abri-las.","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"34 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134502245","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Inacabado e Outras Permanências: Considerações Sobre um X de Carmela Gross","authors":"Juliana Proenço de Oliveira","doi":"10.51359/2357-9986.2022.256182","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2022.256182","url":null,"abstract":"Propõe-se, neste artigo, apresentar o inacabado como elemento significativo da obra Um X de Carmela Gross. Nesse sentido, o texto oferece exemplos e reflexões em torno do que caracteriza uma obra de arte acabada ou inacabada ao longo da história da arte, destacando o reenquadramento da questão no contexto contemporâneo, sobretudo a partir dos anos 1960/70. Sustenta-se que a incompletude da proposta de Gross reverbera aspectos políticos e culturais dos períodos em que ocorreu, ou seja, 1968/69 (auge da ditadura militar no Brasil), data em que o trabalho foi projetado, e 2018, quando foi exposto, inconcluso, na mostra AI-5 50 anos: ainda não terminou de acabar (Instituto Tomie Ohtake, São Paulo). Tal argumento é desenvolvido mediante a aproximação entre Um X e um retrato que a pintora estadunidense Alice Neel não finalizou em razão da convocação de seu modelo à Guerra do Vietnã. A pintura de Neel, em seu estado incompleto, representa as vidas interrompidas pelo conflito; da mesma forma que a proposta inacabada de Gross invoca o contingente desconhecido de obras que não puderam existir em razão das insistentes e repetitivas repressões à criação artística no Brasil.","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"20 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122125312","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Arthur Danto e Seu Derradeiro Olhar Sobre a Definição de Arte","authors":"Anderson Bogéa","doi":"10.51359/2357-9986.2022.256185","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2022.256185","url":null,"abstract":"Resenha do livro de Arthur Danto \"O que é arte\" (2013), tradução de Rachel Cecília e Debora Pazetto publicada em 2020.","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"8 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130692936","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}