{"title":"Franklin Joaquim Cascaes","authors":"Maria Bernardete Ramos Flores","doi":"10.22478/ufpb.2317-6725.2021v26n44.55829","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2021v26n44.55829","url":null,"abstract":"Franklin Cascaes, nascido em 1908, ressentia-se a cada novo impacto destruidor do antigo ambiente natural e cultural provocado pela modernização da Ilha de Santa Catarina. Como folclorista, percorreu as comunidades de lavradores e pescadores, registrando o que sobrava da tradição em práticas sobreviventes ou na memória. Como artista autodidata, verteu em formas de arte suas investigações, misturadas à sua própria imaginação, suas fantasias e vivências de homem do lugar. O artigo trata de abordar dois escopos de imagens criadas pelo artista folclorista: esculturas para representar atividades do cotidiano; desenhos pelos quais inventava iconografias para entes fantásticos. Nessa seleção de imagens, tomadas em sua dinâmica performática, mostra-se que Cascaes, afetado por uma consciência histórica moderna, criou representações para seu mundo perdido, movido pelo sonho de que elas pudessem substituir as coisas de outrora. Por fim, com base nas reflexões do historiador e filósofo neerlandês Frank Ankersmit, mostram-se aproximações entre a prática desse artista folclorista com a história. As imagens produzidas pela arte de Franklin Cascaes, com a pretensão de ser “presença”, de se “apresentar”, no lugar daquilo queé representado, cria um parentesco com uma discussão historiográfica atual: deseja-se uma escrita da história que produza uma sensação de proximidade com o passado, que produza efeitos de presença, de encontro sinestésico do historiador e do seu leitor com as coisas de outrora.","PeriodicalId":214426,"journal":{"name":"Sæculum – Revista de História","volume":"51 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131371057","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Registros de Fundações, Ereções e Posses de Vilas","authors":"S. Dornelles","doi":"10.22478/ufpb.2317-6725.2021v26n44.58882","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2021v26n44.58882","url":null,"abstract":"Este artigo tem por tema a formação das Vilas de Índios da capitania do Maranhão durante o regime do Diretório pombalino, que transformou antigos aldeamentos jesuítas e fazendas da região em vilas e lugares. O objetivo é discutir os múltiplos sentidos da formação das vilas e lugares indígenas a partir deuma abordagem conjunta das informações contidas no Livro deRegistros de Fundações, Ereções e Posses de Vilas(1757-1767) e outros documentos produzidos no período, procurando analisar o modus operandido governador Gonçalo Pereira Lobato e Sousa quanto aforma de aplicar os dispositivos do Diretório na capitania do Maranhão. Além disso, busco problematizar a participação política dos indígenas nas câmaras. Por fim, faço reflexões sobre o dinamismo econômico nas vilas e lugares indígenas.","PeriodicalId":214426,"journal":{"name":"Sæculum – Revista de História","volume":"40 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124042569","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"De aldeias a vilas de índios","authors":"P. Souza","doi":"10.22478/ufpb.2317-6725.2021v26n44.57783","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2021v26n44.57783","url":null,"abstract":"Este trabalho discute a atuação do tribunal especial do Conselho Ultramarino instalado na Bahia, em 1758, que tinha como um dos objetivos proceder à execução do alvará de 8 de maio de 1758 e, consequentemente, à nova política indigenista do governo de D. José I. Dá-se atenção especial às deliberações que tiveram impactos sobre o processo de escolarização e letramento indígenas, na medida em que apontam indícios para uma maior compreensão da história social linguística da Bahia na segunda metade do século XVIII e limiares do século XIX. A discussão fundamenta-se em fontes documentais do Arquivo Histórico Ultramarino (AHU) e do Arquivo Público do Estado da Bahia (APEB). Inscrevendo-se no campo da História Social da Cultura Escrita (HSCE), uma forma particular de História Cultural, a análise das deliberações e encaminhamentos do tribunal especial do Conselho Ultramarino traz à tona os impactos na reconfiguração linguística da Capitania da Bahia na direçãode expansão da língua portuguesa nas vilas de índios erigidas nesse espaço político-administrativo, reconfigurado na segunda metade do século XVIII, embora a documentação também testemunhe a persistência dos usos das línguas indígenas. As dinâmicas dessasvilas, caracterizadas como multilíngues, ainda demonstram que a suposta hegemonia do português envolveu tensões e conflitos comuns aos contextos de contatos linguísticos em situações assimétricas. Por conta disso, a atuação do referido tribunal especial, inclusive quanto à tradução que faz do Diretório dos índios e sua aplicação ao Estado do Brasil, aponta caminhos para uma discussão sobre a política linguística implementada pelo governo josefino nas vilas de índios da Bahia setecentista.","PeriodicalId":214426,"journal":{"name":"Sæculum – Revista de História","volume":"52 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124346909","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"“Com amor às terras que habitam”","authors":"Ana Lunara da Silva Morais","doi":"10.22478/ufpb.2317-6725.2021v26n44.57339","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2021v26n44.57339","url":null,"abstract":"Este artigo tem por objetivo analisar a imposição de uma mentalidade proprietária familiar aos indígenas, operada por meio das obrigações do Diretório dos Índios (1758). Esse determinou que as terras comunais indígenas, as quais foram frequentemente usurpadas por colonizadores, fossem divididas em lotes, isto é, como residências familiares individuais. Ao longo desta pesquisa verificou-se que os índios da missão de Guajiru, capitania do Rio Grande do Norte, tiveram, desde a década de vinte do Setecentos, parte de suas terras apropriadas por membros da família Carneiro da Cunha, não lhes sendo restituídas mesmo após o conhecimento de sua usurpação mediante as averiguações realizadas para a implementação do Diretório dos Índios. Constatou-se que os índios de Guajiru apenas receberam terras de qualidade inferior, vizinhas ao antigo aldeamento, para, segundo as autoridades responsáveis, fomentar o projeto colonial do Diretório. Dessa forma, a pesquisa evidencia que os índios de Guajiru, além de terem parte de suas terras tomadas, sofreram, através da divisão de sua terra em pequenas propriedades, uma intensa mudança na cultura indígena no que diz respeito à sua relação com a terra. Para tanto, nesta pesquisa, inserida no campo da história social da propriedade, realizou-se o cruzamento e análise de diversas fontes, como cartas e requerimentos, de variados arquivos, especialmente do Arquivo Histórico Ultramarino, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, dos Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro e do Arquivo Público do Estado de Pernambuco. Esta pesquisa apresenta resultados parciais de uma investigação realizada para uma dissertação de mestrado.","PeriodicalId":214426,"journal":{"name":"Sæculum – Revista de História","volume":"40 6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125909354","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"\"Operação Crusp\"","authors":"D. Silva","doi":"10.22478/ufpb.2317-6725.2021v26n44.56461","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2021v26n44.56461","url":null,"abstract":"É fato que, apesar das continuidades na articulação estudantil ao longo da ditadura militar brasileira, muitas das atividades realizadas pela categoria e dos espaços marcados por sua presença seriam desarticulados pela repressão. Temos por finalidade, através deste artigo, lançar luz ao processo coercitivo empreendido pelo aparato repressivo ditatorial brasileiro sobre a categoria estudantil universitária, evidenciando seus reflexos nos âmbitos coletivo e individual. Para atendermos a tal intuito, nos debruçaremos sobre a investida repressiva lançada sobre o Conjunto Residencial da USP (Crusp) em dezembro de 1968, bem como seus efeitos subsequentes, sem ignorar, porém, a importância histórica do local para a articulação da oposição e para a vivência universitária. Para tanto, optamos pelo uso de quatro tipologias documentais distintas: documentos produzidos pelos órgãos repressivos do Estado, documentos de imprensa, documentos produzidos no meio estudantil e relatos de ex-residentes do local. Com efeito, através do caso selecionado, beneficiados pela contraposição documental, buscamos contribuir para com a discussão em torno da violência institucional praticada ao longo da Ditadura, assim como levantar pontos para traçarmos algumas reflexões acerca da autonomia universitária, questão ainda em aberto em nossa atualidade.","PeriodicalId":214426,"journal":{"name":"Sæculum – Revista de História","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130828687","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"“Que fique a dita vila na mesma tranquila posse”","authors":"J. Costa","doi":"10.22478/ufpb.2317-6725.2021v26n44.57207","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2021v26n44.57207","url":null,"abstract":"As câmaras municipais das vilas de índios no Ceará chegaram ao século XIX como instituições financeiramente insustentáveis. Responsáveis por gerir territórios municipais diminutos, uma população paupérrima e ainda sob a vigência da lei setecentista do Diretório dos Índios que limitava suas atividades comerciais, os conselhos eram ocupados por indígenas e outros não-índios frequentemente acusados de incapazes. Ainda assim, diante de tantas adversidades, seus componentes atuavam como podiam para mantê-las de pé, enfrentar eventuais abusos de representantes da justiça metropolitana e expor suas visões de si e de como conduzir seus próprios espaços. Pela análise de um ofício do governador Manuel Ignácio de Sampaio, de 1814, e de 7 anexos, documentos produzidospelas câmaras das vilas de índios de Arronches, Soure e Messejana, o presente artigo pretende confrontar as perspectivas da liderança da capitania e dos membros dos senados indígenas acerca de sua viabilidade política e financeira.","PeriodicalId":214426,"journal":{"name":"Sæculum – Revista de História","volume":"11 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122179476","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"“Miséria e pobreza” nas vilas de índios sob o Diretório Pombalino","authors":"Fátima Martins Lopes","doi":"10.22478/ufpb.2317-6725.2021v26n44.57909","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2021v26n44.57909","url":null,"abstract":"As dificuldades de produção e acesso a alimentos básicos no período colonial são circunstâncias sempre noticiadas na documentação coeva. Nas vilas de índios, mandadas criar pelo Marquês de Pombal, através do Diretório dos Índios, essa realidade era aindamais devastadora ao final do século XVIII. A situação econômica dos índios vilados era afetada pela periodicidade das estiagens; pelas demandas dos colonos e autoridades luso-brasileiros em razão do mercado regional e internacional; pela estrutura da divisão das terras em pequenos lotes que acelerava o processo de empobrecimento da terra; e pela imposição aos índios da prestação de serviços aos colonos. A consequente baixa produtividade causada por esse conjunto de circunstâncias pode ser verificada através da avaliação dos dízimos pagos pelos índios vilados e registrados nas listas nominais elaboradas pelos diretores de índios, conforme a ordenação do Diretório. Os valores apurados indicam uma pobreza em níveis inferiores às necessidades de sobrevivência, indicando que a vida econômica desses índios no Rio Grande era, em grande medida, voltada à subsistência, inserida nos limites da miséria, vulnerável às instabilidades do clima e submetida às exigências coloniais por terras e trabalhadores. Por outro lado,não se pode deixar de considerar a insistente resistência indígena em assumir as regras econômicas que o Diretório queria impor. Mesmo não sendo explícita na documentação consultada, essa resistência pode ser percebida quando se considera que a subsistência era o objetivo econômico da tradição agrícola indígena, assim, continuar plantando apenas o que se comia pode ser considerado como uma forma de se opor à dominação e exploração coloniais.","PeriodicalId":214426,"journal":{"name":"Sæculum – Revista de História","volume":"11 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125443266","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"“boa imprensa católica” na divulgação das visões acusatórias sobre a maçonaria na década de 1930","authors":"A. Silva","doi":"10.22478/ufpb.2317-6725.2021v26n44.57376","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2021v26n44.57376","url":null,"abstract":"Partindo da concepção de Boa Imprensa, que ganhou espaço no cenário intelectual católico nos anos iniciais do século XX, trabalharemos com a análise de dois periódicos produzidos pela Arquidiocese de Olinda e Recife: a Tribuna Religiosae o Boletimda Arquidiocese, espaços centrais de difusão do ideário católico na década de 1930. O nosso objetivo é apresentar as formas como a maçonaria era representada nesses órgãos de imprensa. A partir de tal perspectiva, observaremos como surgiram as visões e representações negativas que, em muitos momentos, desdobravam-se em versões acusatórias sobre os maçons e a maçonaria. A utilização desse recurso tinha como objetivo demonstrar as supostas estratégias de controle político que seriam utilizadas pela maçonaria –na visão destes órgãos de imprensa –para a criação de uma sociedade orientada pela “falta de fé e ordem”. Dessa maneira, destacar o caráter perigoso e nefasto da maçonaria era algo importante a ser exposto pela “boa imprensa”. Seguindo a construção de tal cenário, neste procuramos explorar como se estruturou a ação desses espaços de comunicação patrocinados pela Igreja Católica e a atuação dos seus intelectuais, procurando também analisar as formas como a maçonaria era apresentada em tais periódicos, elemento que nos ajuda a compreender o processo de construção e circulação dessas imagens –com forte apelo acusatório –sobre a maçonaria, ao mesmo tempo que ilumina as possibilidades de compreendermos como as visões negativas a respeito da instituição foram forjadas no interior das culturas políticas e históricas da sociedade brasileira.","PeriodicalId":214426,"journal":{"name":"Sæculum – Revista de História","volume":"74 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127184128","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Expediente","authors":"Comissão Editorial","doi":"10.22478/ufpb.2317-6725.2020v25n43.56427","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2020v25n43.56427","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":214426,"journal":{"name":"Sæculum – Revista de História","volume":"3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130351183","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A modéstia e a ostentação no vestuário das mulheres alforriadas na Vila de Pitangui (1750-1820)","authors":"Ana Cláudia Carvalho de Miranda","doi":"10.22478/ufpb.2317-6725.2020v25n43.52665","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2020v25n43.52665","url":null,"abstract":"O presente artigo tem como objetivo analisar de forma qualitativa o vestuário das mulheres alforriadas da vila de Pitangui, Capitania de Minas Gerais, Brasil, no período de 1750 a 1820. Através dos inventários post mortem, testamentárias e testamentos, verificamos o valor material e social dos trajes destas mulheres. Devido à representatividade e valor monetário de algumas peças deixadas, constituiu-se, em alguns casos, como herança no momento anterior à morte, doadas às outras forras, às filhas e comadres, como demonstração de afeto e gratidão. Através da investigação, notamos a valorização simbólica que as indumentárias carregavam, os valores culturais e o poderio socioeconômico de quem às vestia. Tratava-se de uma sociedade de Antigo Regime, onde as aparências tinham grande importância e atuavam como marcadores sociais. Desta forma, para as egressas do cativeiro, os trajes poderiam significar uma importante forma de afirmação da liberdade, distanciamento do passado escravista e, ainda, importante diferenciador entre cativos, libertos e livres.","PeriodicalId":214426,"journal":{"name":"Sæculum – Revista de História","volume":"20 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-11-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116642391","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}