{"title":"Salette Tavares: musicalidade e visualidade das palavras no espaço-tempo","authors":"Maria de Fátima Lambert, F. Monteiro","doi":"10.21814/2i.4868","DOIUrl":"https://doi.org/10.21814/2i.4868","url":null,"abstract":"Na continuidade de estudos versando entre palavras, sons e imagens nos anos 1960 e 1970 e sobre experimentalismos no panorama musical português, propõe-se uma leitura de obras específicas de Salette Tavares em diálogo com outros ‘experimentadores artísticos’: Jorge Peixinho, Ana Hatherly ou Anna Maria Maiolino. Vai-se, pois, ao encontro do conceito formulado por José Ernesto de Sousa de ‘operadores estéticos’ (1969) e pensando as afinidades entre linguagens demonstrativas de solidez identitária. Salette Tavares participou no Concerto e Audição Pictórica (1965) ação determinante no panorama português. A articulação entre as imagens dos sons/escrita das palavras propagou atos que se repercutem nos públicos. As palavras são imagens que são sons que são atos coreográficos. E o reverso é permutável, pois a Arte é um jogo – Schiller e Gadamer dixit. No universo estético da poeta-visual-esteta identificam-se propostas notações/sons, sugerem-se composições verbivocovisuais, reflete-se acerca da configuração viso-sígnica destas escritas/sonoridades/movimentações reificadas, potencialmente música intuitiva, dinamismos mentais e admitindo a dimensão háptica que as perpassa. Olhar/ler/ouvir proporciona vivências de completude, convoca presenças e fruições. A obra de Salette Tavares propicia experiências estéticas de desocultamento, evidenciando sinais de plenitude, contribuindo para vivências estéticas educacionais, quiçá ‘desinteressadas’, parafraseando Kant.","PeriodicalId":162512,"journal":{"name":"Revista 2i: Estudos de Identidade e Intermedialidade","volume":"81 8","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138604608","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"\"Decantar sabiamente todos os pontos luminosos a brilhar na sombra onde penetra um raio de sol\"","authors":"Catherine Dumas","doi":"10.21814/2i.4846","DOIUrl":"https://doi.org/10.21814/2i.4846","url":null,"abstract":"A arte poética de Salette Tavares vem declinada pela artista na sua produção poética e ficcional tanto como ensaística. Neste artigo, cotejam-se um ensaio na sua maior parte inédito, A Dialética das Formas, e a obra poética recém reunida no volume da Imprensa Nacional, Obra Poética 1957-1994. Abre-se a reflexão a dois romances recém-editados, Outro Outro e Irrar. Na obra poética, faz-se o vai e vem entre a poesia textual e a poesia visual e espacial para conseguir um apanhado dos “pontos luminosos” duma obra multifacetada. A análise da obra de Salette Tavares parte da reflexão de Haroldo de Campos que entrevista Ezra Pound, alicerçando-se em certas teorias de Barthes, Meschonnic e Jean-Claude Pinson, através dos “pontos” e das “galáxias”, dos “fulgores” e do “espaço e movimento” assim como das questões de ritmo consequentes.","PeriodicalId":162512,"journal":{"name":"Revista 2i: Estudos de Identidade e Intermedialidade","volume":"11 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138602105","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"\"Redispor os pertences da casa\"","authors":"Lúcia Liberato Evangelista","doi":"10.21814/2i.4866","DOIUrl":"https://doi.org/10.21814/2i.4866","url":null,"abstract":"Partindo de uma muito conhecida e bastante controversa recensão crítica de João Gaspar Simões, buscarei redimensionar questões que envolvem a tradição lírica portuguesa e sua relação com a identidade nacional. Minha questão é: em que ponto uma poética como a de Salette Tavares trai essa tradição e subverte essa identidade?","PeriodicalId":162512,"journal":{"name":"Revista 2i: Estudos de Identidade e Intermedialidade","volume":"80 4","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138604443","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Salette Tavares. Obra Poética 1957-1994","authors":"Inẽs Cardoso","doi":"10.21814/2i.5252","DOIUrl":"https://doi.org/10.21814/2i.5252","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":162512,"journal":{"name":"Revista 2i: Estudos de Identidade e Intermedialidade","volume":"6 4","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138603951","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"\"O corpo é um objeto inteiramente desejável\"","authors":"Sandra Guerreiro Dias","doi":"10.21814/2i.5213","DOIUrl":"https://doi.org/10.21814/2i.5213","url":null,"abstract":"11 de novembro de 1974: Salette Tavares, conhecida poeta experimental, professora, performer e artista, leva a cabo, no centro Ar.Co, em Lisboa, uma das aulas-intervenção de Sou Toura Petra. Desta, restam-nos fotografias, manuscritos contendo apontamentos de alunos e uma carta endereçada a sua filha. Partindo da análise desta performance emblemática na obra da autora, discorre-se, neste texto, acerca da sua faceta pedagógica-interventiva. Conclui-se que o pensamento desta poeta é didático, por excelência, promovendo uma ação estética pela poesia.","PeriodicalId":162512,"journal":{"name":"Revista 2i: Estudos de Identidade e Intermedialidade","volume":"18 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138601846","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"(em)arranhaço","authors":"Patrícia Reina","doi":"10.21814/2i.4858","DOIUrl":"https://doi.org/10.21814/2i.4858","url":null,"abstract":"Este breve estudo tem como foco a exploração da figura da aranha, utilizada por Salette Tavares em “Aranha” (1963), e posteriormente em “Aranhão” (1978) e “Borboleta de Aranhas” (1979), como um modelo especulativo para compreender aspetos de espacialização na poética da autora. Estas três obras são analisadas como três momentos de uma mesma imagem, numa espécie de aproximação progressiva da figura de “Aranha”, tal como é sugerido pelos processos acumulativos de reprodução destas obras, e pela redimensionalização/multiplicação da imagem tipográfica do poema de 1963. Ainda, por meio desse mesmo modelo especulativo, este trabalho dedica-se aos poemas espaciais “Maquinin” (1963-2010, 1965) e “Porta das Maravilhas” (1979), utilizando-se da lógica da tessitura aracnídea como base para explorar os efeitos poéticos dos materiais escolhidos e dos arranjos tridimensionais destas obras. Em todas as leituras são destacados os fenómenos de consubstanciação, através dos quais Salette Tavares ratifica sua visão a respeito da indissociabilidade entre forma e conteúdo de forma irremissível.","PeriodicalId":162512,"journal":{"name":"Revista 2i: Estudos de Identidade e Intermedialidade","volume":"54 4","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138602061","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Quadrada Quaderna","authors":"Rafaela Cardeal","doi":"10.21814/2i.4857","DOIUrl":"https://doi.org/10.21814/2i.4857","url":null,"abstract":"No prefácio à Obra Poética 1957-1971 (1992), de Salette Tavares, Luciana Stegagno Picchio destacou que os contatos, ou, se quisermos, as afinidades eletivas com a poesia de João Cabral de Melo Neto ainda não tinham sido salientados como mereciam. Desde então, o preciso diagnóstico feito pela crítica literária italiana, especialista em estudos portugueses e brasileiros, parece continuar vigente, sem quase nenhum avanço. Passados trinta anos, seguindo o caminho apontado, enveredamos por terreno inexplorado à procura de indícios biográficos e literários que aproximam – e naturalmente distanciam – as poéticas da autora de Quadrada (1967) e do autor de Quaderna (1960).","PeriodicalId":162512,"journal":{"name":"Revista 2i: Estudos de Identidade e Intermedialidade","volume":"7 10","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138603000","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"\"It isn't magic, but it really does seems magical\"","authors":"Tânia Ardito","doi":"10.21814/2i.5258","DOIUrl":"https://doi.org/10.21814/2i.5258","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":162512,"journal":{"name":"Revista 2i: Estudos de Identidade e Intermedialidade","volume":"59 10","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138605021","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Salette Tavares. Sintra no Jardim da Esmeralda","authors":"Diogo Marques","doi":"10.21814/2i.5216","DOIUrl":"https://doi.org/10.21814/2i.5216","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":162512,"journal":{"name":"Revista 2i: Estudos de Identidade e Intermedialidade","volume":"36 44","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138601376","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A reinvenção do poema em Salette Tavares","authors":"Rogério Barbosa da Silva","doi":"10.21814/2i.4863","DOIUrl":"https://doi.org/10.21814/2i.4863","url":null,"abstract":"Neste artigo, busca-se discutir a poesia de Salette Tavares sob o signo da invenção e do jogo. Através do jogo, em que a linguagem é exercitada nos planos verbal e não verbal, Tavares renova a matéria que gravita imersa na memória da infância ou na experiência livre com as linguagens e os objetos que nos cercam, conduzindo-nos por novas experiências estéticas. A poeta reinventa o poema, ele próprio tornado um objeto crítico em diálogo com as demais coisas do mundo. Em sua poesia e em seus textos, parece-nos imperativa a necessidade de re-situar a escrita no contexto de uma “sociedade de objetos”. Há uma fricção entre o gesto de desfazer e reconstruir o objeto enquanto escrita crítica. Refletir sobre a escrita é parte desse processo, como em \"Brincade iras\", ou em Lex Icon. Em poemas deste último, é possível vislumbrarmos a descoberta das coisas pelas palavras, e vice-versa. Traremos outros exemplos e leitura de outras obras ao longo do texto. No entanto, é relevante observarmos a conexão entre o seu fazer e a experienciação das coisas. Por esse viés, pretendemos demonstrar que sua poética se faz através da problematização da linguagem e sua ressignificação.","PeriodicalId":162512,"journal":{"name":"Revista 2i: Estudos de Identidade e Intermedialidade","volume":"72 18","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138604638","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}