{"title":"萨莱特-塔瓦雷斯对诗歌的再创造","authors":"Rogério Barbosa da Silva","doi":"10.21814/2i.4863","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste artigo, busca-se discutir a poesia de Salette Tavares sob o signo da invenção e do jogo. Através do jogo, em que a linguagem é exercitada nos planos verbal e não verbal, Tavares renova a matéria que gravita imersa na memória da infância ou na experiência livre com as linguagens e os objetos que nos cercam, conduzindo-nos por novas experiências estéticas. A poeta reinventa o poema, ele próprio tornado um objeto crítico em diálogo com as demais coisas do mundo. Em sua poesia e em seus textos, parece-nos imperativa a necessidade de re-situar a escrita no contexto de uma “sociedade de objetos”. Há uma fricção entre o gesto de desfazer e reconstruir o objeto enquanto escrita crítica. Refletir sobre a escrita é parte desse processo, como em \"Brincade iras\", ou em Lex Icon. Em poemas deste último, é possível vislumbrarmos a descoberta das coisas pelas palavras, e vice-versa. Traremos outros exemplos e leitura de outras obras ao longo do texto. No entanto, é relevante observarmos a conexão entre o seu fazer e a experienciação das coisas. Por esse viés, pretendemos demonstrar que sua poética se faz através da problematização da linguagem e sua ressignificação.","PeriodicalId":162512,"journal":{"name":"Revista 2i: Estudos de Identidade e Intermedialidade","volume":"72 18","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-12-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"A reinvenção do poema em Salette Tavares\",\"authors\":\"Rogério Barbosa da Silva\",\"doi\":\"10.21814/2i.4863\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Neste artigo, busca-se discutir a poesia de Salette Tavares sob o signo da invenção e do jogo. Através do jogo, em que a linguagem é exercitada nos planos verbal e não verbal, Tavares renova a matéria que gravita imersa na memória da infância ou na experiência livre com as linguagens e os objetos que nos cercam, conduzindo-nos por novas experiências estéticas. A poeta reinventa o poema, ele próprio tornado um objeto crítico em diálogo com as demais coisas do mundo. Em sua poesia e em seus textos, parece-nos imperativa a necessidade de re-situar a escrita no contexto de uma “sociedade de objetos”. Há uma fricção entre o gesto de desfazer e reconstruir o objeto enquanto escrita crítica. Refletir sobre a escrita é parte desse processo, como em \\\"Brincade iras\\\", ou em Lex Icon. Em poemas deste último, é possível vislumbrarmos a descoberta das coisas pelas palavras, e vice-versa. Traremos outros exemplos e leitura de outras obras ao longo do texto. No entanto, é relevante observarmos a conexão entre o seu fazer e a experienciação das coisas. Por esse viés, pretendemos demonstrar que sua poética se faz através da problematização da linguagem e sua ressignificação.\",\"PeriodicalId\":162512,\"journal\":{\"name\":\"Revista 2i: Estudos de Identidade e Intermedialidade\",\"volume\":\"72 18\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-12-04\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista 2i: Estudos de Identidade e Intermedialidade\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.21814/2i.4863\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista 2i: Estudos de Identidade e Intermedialidade","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21814/2i.4863","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Neste artigo, busca-se discutir a poesia de Salette Tavares sob o signo da invenção e do jogo. Através do jogo, em que a linguagem é exercitada nos planos verbal e não verbal, Tavares renova a matéria que gravita imersa na memória da infância ou na experiência livre com as linguagens e os objetos que nos cercam, conduzindo-nos por novas experiências estéticas. A poeta reinventa o poema, ele próprio tornado um objeto crítico em diálogo com as demais coisas do mundo. Em sua poesia e em seus textos, parece-nos imperativa a necessidade de re-situar a escrita no contexto de uma “sociedade de objetos”. Há uma fricção entre o gesto de desfazer e reconstruir o objeto enquanto escrita crítica. Refletir sobre a escrita é parte desse processo, como em "Brincade iras", ou em Lex Icon. Em poemas deste último, é possível vislumbrarmos a descoberta das coisas pelas palavras, e vice-versa. Traremos outros exemplos e leitura de outras obras ao longo do texto. No entanto, é relevante observarmos a conexão entre o seu fazer e a experienciação das coisas. Por esse viés, pretendemos demonstrar que sua poética se faz através da problematização da linguagem e sua ressignificação.