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Abstract
Neste artigo, busca-se discutir a poesia de Salette Tavares sob o signo da invenção e do jogo. Através do jogo, em que a linguagem é exercitada nos planos verbal e não verbal, Tavares renova a matéria que gravita imersa na memória da infância ou na experiência livre com as linguagens e os objetos que nos cercam, conduzindo-nos por novas experiências estéticas. A poeta reinventa o poema, ele próprio tornado um objeto crítico em diálogo com as demais coisas do mundo. Em sua poesia e em seus textos, parece-nos imperativa a necessidade de re-situar a escrita no contexto de uma “sociedade de objetos”. Há uma fricção entre o gesto de desfazer e reconstruir o objeto enquanto escrita crítica. Refletir sobre a escrita é parte desse processo, como em "Brincade iras", ou em Lex Icon. Em poemas deste último, é possível vislumbrarmos a descoberta das coisas pelas palavras, e vice-versa. Traremos outros exemplos e leitura de outras obras ao longo do texto. No entanto, é relevante observarmos a conexão entre o seu fazer e a experienciação das coisas. Por esse viés, pretendemos demonstrar que sua poética se faz através da problematização da linguagem e sua ressignificação.