TematicasPub Date : 2023-07-28DOI: 10.20396/tematicas.v30i60.16201
L. Farias, D. Pinheiro, Marina Fontolan
{"title":"Discussões sobre expertise e o papel dos experts em decisões","authors":"L. Farias, D. Pinheiro, Marina Fontolan","doi":"10.20396/tematicas.v30i60.16201","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/tematicas.v30i60.16201","url":null,"abstract":"O objetivo do artigo é trazer os principais pontos da discussão sobre expertise e o papel dos experts em tomadas de decisões com base em duas autoras em específico: Dorothy Nelkin e Helga Nowotny. Por meio de revisão bibliográfica, apresentamos brevemente um histórico dos Estudos Sociais da Ciência e da Tecnologia (ESCT). Em seguida, exploramos o tema da expertise e do papel dos experts como objeto de estudo e adentramos nas implicações do aumento do envolvimento dos cientistas em áreas controversas, discutidas por Dorothy Nelkin em “The Political Impact of Technical Expertise”, de 1975, e Helga Nowotny em “Democratising expertise and socially robust knowledge”, de 2003. Concluímos que a relação entre expertise-conhecimento-tomada de decisão é um tema que vem sendo explorado pelos ESCT há décadas e que ainda está em discussão. A contribuição dos estudos abordados é reconhecer que a mobilização do conhecimento científico como expertise em questões controversas é inerentemente conflituosa e permeada por incertezas, e identificar e informar sobre tais incertezas deve fazer parte da solução de tais controvérsias, superando a ideia de que o papel da ciência é reduzir as incertezas a zero.","PeriodicalId":55846,"journal":{"name":"Tematicas","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48726150","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
TematicasPub Date : 2023-07-28DOI: 10.20396/tematicas.v30i60.16175
Lígia Amoroso Galbiati, Leticia da Costa Santos, N. W. Weins
{"title":"Representação, consenso e a institucionalização excludente do conhecimento","authors":"Lígia Amoroso Galbiati, Leticia da Costa Santos, N. W. Weins","doi":"10.20396/tematicas.v30i60.16175","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/tematicas.v30i60.16175","url":null,"abstract":"Questões climáticas e da biodiversidade têm mobilizado um corpo científico e institucional de conhecimento ambiental. Ambos, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e a Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES), embora venham reconhecendo a importância de diálogos interdisciplinares e abertos para a participação diversa - como em relação a gênero - foram desenhados como painéis neutros de experts. A configuração desses espaços dificulta a representatividade, inclusão e efetiva participação de diferentes interesses e visões nos espaços decisórios. Destacamos a importância de questionar essa neutralidade e discutir relações de poder que permeiam a questão ambiental e os campos das ciências, mediante perspectivas da Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) e da Ecologia Política. O objetivo é avaliar a inclusão de gênero no âmbito dos painéis, analisando semelhanças e diferenças, a partir dos Estudos de Gênero-CTS e Ecologia Política Feminista (EPF). A participação de mulheres é analisada quantitativa e qualitativamente em relação à composição dos painéis, seu posicionamento nas estruturas hierárquicas e políticas específicas para equidade de gênero. Também são observadas as relações desiguais entre membras do Norte e Sul Global. Destacam-se limitações da participação e imposição de consensos, desvalorização e instrumentalização de saberes, e limitações do desenho dos painéis como ferramentas de tutela ou promoção da autonomia. Espera-se um avanço na identificação de sobreposições e complementaridades entre EPF e Estudo de Gênero em CTS, destacando que as perspectivas feministas viabilizam outros enquadramentos de problemas, que superem a visão essencialista do outro e reconhecendo possibilidades para além do determinismo tecnocientífico.","PeriodicalId":55846,"journal":{"name":"Tematicas","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47542536","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
TematicasPub Date : 2023-07-28DOI: 10.20396/tematicas.v30i60.16639
Iago Porfírio
{"title":"Brasil é o que mata","authors":"Iago Porfírio","doi":"10.20396/tematicas.v30i60.16639","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/tematicas.v30i60.16639","url":null,"abstract":"Publicado pela coleção Encruzilhada, da editora Cobogó, que procura pautar o antirracismo, os feminismos e o anticolonialismo no bojo de uma teoria crítica, Não vão nos matar agora reúne textos, cartas e artigos da artista e pesquisadora da imagem, da poesia, da teoria crítica e da performance Jota Mombaça. O livro surge em um contexto de intensa mobilização política dos debates em torno da cisgeneridade, do racismo e da branquitude, mas também de levantes antirracistas como forma de criar “barricadas”, para usar o termo da autora, contra o fascismo e a política de extermínio dos corpos dissidentes de gênero e raça que impera nos dias de hoje. Assim, apresento neste texto alguns dos elementos trazidos por Mombaça em seus textos-pistas-para-a-fuga.","PeriodicalId":55846,"journal":{"name":"Tematicas","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135601747","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
TematicasPub Date : 2023-07-28DOI: 10.20396/tematicas.v30i60.16041
Luis Miguel Barboza-Arias
{"title":"Contribuições dos estudos sociais da ciência e tecnologia para pensar as paisagens multiespécies em tempos de pandemia","authors":"Luis Miguel Barboza-Arias","doi":"10.20396/tematicas.v30i60.16041","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/tematicas.v30i60.16041","url":null,"abstract":"O presente artigo apresenta uma reflexão crítica no contexto de emergência do novo coronavírus (SARS-Cov-2). Espera-se contribuir com uma discussão que permita aos investigadores dos estudos sociais da ciência e tecnologia (ESCT) aprofundarem seu conhecimento das paisagens multiespécie e sua relação com as crises socioambientais e sanitárias atuais. Embora a pandemia da Covid-19 possa ser vista por alguns grupos como a máxima manifestação de um modelo civilizatório em crise, ou como um ponto de inflexão na trajetória linear e acrítica impulsionada pelos regimes tecnocientíficos modernos, neste artigo, enfatiza-se a importância de pensar a conjuntura a partir das possíveis alianças, colaborações e arranjos para-além-do-humano, que podem ter emergido e se potencializado nesse período. As ideias expostas no texto convidam a prestar mais atenção às formas em que alguns relacionamentos multiespécie ocorridos nos meses do confinamento social possibilitam a descoberta de novas sensibilidades afetivas, que tensionam os imaginários de securitização e biossegurança. Neste sentido, a ficção literária, como o romance Desonra, escrito por J. M. Coetzee, representam meios poderosos para ajudar-nos na compreensão desses fenômenos empíricos","PeriodicalId":55846,"journal":{"name":"Tematicas","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47821315","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
TematicasPub Date : 2022-06-10DOI: 10.20396/tematicas.v30i59.16203
Maria Caroline Marmerolli Tresoldi, Camila Teixeira Lima, Fernanda Folster de Paula, A. Pismel, J. Sacramento, K. Camargo
{"title":"O ciclo da pandemia e o trabalho de editoração científica","authors":"Maria Caroline Marmerolli Tresoldi, Camila Teixeira Lima, Fernanda Folster de Paula, A. Pismel, J. Sacramento, K. Camargo","doi":"10.20396/tematicas.v30i59.16203","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/tematicas.v30i59.16203","url":null,"abstract":"Durante esses anos da pandemia da covid-19, apesar de todas as dificuldades que enfrentamos na vida acadêmica em geral e no trabalho de editoração científica em particular, conseguimos continuar publicando a revista Temáticas regularmente, afirmando nosso compromisso assumido na primeira carta editorial escrita durante este duro período, de buscar contribuir com a circulação do conhecimento científico engajado e de qualidade produzido por jovens pesquisadores/as brasileiros/as e latinoamericanos/as (cf. SACRAMENTO et al., 2020).","PeriodicalId":55846,"journal":{"name":"Tematicas","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47527273","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
TematicasPub Date : 2022-06-10DOI: 10.20396/tematicas.v30i59.15885
Amanda Moura Souto, Matheus Silva Freitas
{"title":"Uma narrativa do Brasil nas memórias e temporalidades das experiências negras no \"Diário de Bitita\" (1986)","authors":"Amanda Moura Souto, Matheus Silva Freitas","doi":"10.20396/tematicas.v30i59.15885","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/tematicas.v30i59.15885","url":null,"abstract":"O presente artigo traz uma reflexão crítica das memórias e temporalidades das experiências negras brasileiras que se apresentam na obra Diário de Bitita, publicação póstuma em 1986 da escritora Carolina Maria de Jesus [1914-1977]. Buscamos explorar os contextos de sujeição e resistência presentes na obra que possibilitam discutir, por um lado, a temporalidade e as maneiras de contar sobre si e sobre o mundo que não se encerra em narrativas de dor e sofrimento e, por outro lado, o conjunto de memórias do cotidiano que é capaz de conceber uma narrativa sobre/do Brasil. A articulação temporal do passado escravocrata às experiências de opressão e desigualdades sociais e raciais encenadas em Diário de Bitita, elaboram uma narrativa que tensiona imaginários nacionais hegemônicos, entre eles a ideia de democracia racial. Ademais, a denúncia e crítica social constitutiva da obra é pavimentada por um estilo estético e poético composto de ironias, lembranças, sonhos e desejos. ","PeriodicalId":55846,"journal":{"name":"Tematicas","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49172163","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Entrevista com Mariana Chaguri (IFCH/UNICAMP)","authors":"Arilda Arboleya, Camila Carolina Hildebrand Galetti, Caroline Aparecida Guebert, Emilly Gabriela Menezes Franco, Hilton Costa","doi":"10.20396/tematicas.v30i59.16107","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/tematicas.v30i59.16107","url":null,"abstract":"O tempo sócio-histórico mais recente empunhou, pela força da ação e protagonismo de alguns grupos, o debate sobre a diferença e sobre as desigualdades rotineiramente estruturadas a partir dela. Nesse mesmo movimento, impôs também ao campo intelectual pensar-se criticamente, reflexionando sobre o lugar da diferença e sobre desigualdades reiteradas e naturalizadas internamente. Assim, se os arranjos de poder que organizam a vida social ampla a partir da normalização de formas de pensamento, como o patriarcalismo e o racismo, foram também acriticamente fluentes por muito tempo na organização da arena intelectual, em ambos os casos tais arranjos organizados não se fizeram isentos de disputas e tensionamentos. Ascende, então, no meio intelectual, pari passu ao enfrentamento promovido por grupos negros e feministas, a necessidade de pensar a diferença no espaço da produção acadêmica. Ao passo em que a ampla maioria dos livros que inventariam as “grandes obras” de interpretação nacional, os “grandes ensaios” elucidadores do Brasil, elencam quase que exclusivamente figuras masculinas, impõe-se indagar: onde estavam as intelectuais brasileiras, cuja massiva presença nas cadeiras das ciências humanas sempre foi marcante no século XX? Do que se ocupavam? Elas não produziram “interpretações nacionais” ou essa ausência no elenco rotineiro de intérpretes do Brasil expressa um apagamento ou um sublugar atribuído a suas produções e suas formas de explicar? Afinal, quais os lugares e possibilidades de alcançarmos a interpretação nacional produzida por mulheres? Tais problematizações são aprofundadas nesta entrevista com a professora Mariana Miggiolaro Chaguri (IFCH/UNICAMP).","PeriodicalId":55846,"journal":{"name":"Tematicas","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48749131","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
TematicasPub Date : 2022-06-10DOI: 10.20396/tematicas.v30i59.15894
Josefa Lieuza Leite, M. E. D. Costa
{"title":"Rachel de Queiroz, egrégia escritora, na aridez do solo textual sertanejo","authors":"Josefa Lieuza Leite, M. E. D. Costa","doi":"10.20396/tematicas.v30i59.15894","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/tematicas.v30i59.15894","url":null,"abstract":"Este trabalho versa sobre a exímia escritora da literatura brasileira, Rachel de Queiroz e a crítica literária relativa a ela e ao romance O Quinze, publicado na década de 30, evidenciando a seca de 1915. Na obra literária, destaca-se a seguinte conjuntura: a seca, fenômeno natural; e, as consequências desse, tanto para o Vaqueiro Chico Bento e sua família como para Vicente e Conceição, moça culta da capital. A narrativa O Quinze destacou a autora na literatura brasileira, dado que ela foi a primeira mulher a integrar a Academia Brasileira de Letras (ABL), com isso, objetivamos analisar alguns pontos da crítica no que tange à obra, expressando o mérito desta e da escritora na literatura brasileira. Para isso, utiliza-se como abordagem, a pesquisa qualitativa; quanto à técnica, a bibliográfica. Para fundamentar este estudo, perscrutamos os teóricos: Monteiro (1977), Filho (1977), Moisés (1975), Cândido (2006), dentre outros.","PeriodicalId":55846,"journal":{"name":"Tematicas","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48239987","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
TematicasPub Date : 2022-06-10DOI: 10.20396/tematicas.v30i59.15923
Edinei Santos da Silva
{"title":"O marginal como sujeito histórico","authors":"Edinei Santos da Silva","doi":"10.20396/tematicas.v30i59.15923","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/tematicas.v30i59.15923","url":null,"abstract":"O presente trabalho tem como objetivo apresentar o Marginal como sujeito histórico. Para tanto, trago o pensamento da escritora Carolina Maria de Jesus e seu livro Quarto de Despejo: diário de uma favelada, como uma das fontes para o presente estudo, de forma a historicizar os espaços praticados na cidade de São Paulo, que àquela altura vivia uma intensa dinamização na estrutura de sua paisagem urbana, o que resultou no afastamento de muitas pessoas para as bordas dessa megalópole. Nesse caso, os sujeitos “indesejados” foram empurrados para as margens do rio Tietê, formando assim a primeira favela da região: o Canindé. Como aporte teórico-metodológico para este estudo de caso, utilizei tanto algumas obras correlatas a essa temática, como os jornais da época, que também são fontes históricas de primeira grandeza.","PeriodicalId":55846,"journal":{"name":"Tematicas","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46496242","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
TematicasPub Date : 2022-06-10DOI: 10.20396/tematicas.v30i59.15831
Luciana Costa Normandia
{"title":"Cativeiro estrutural na era da covid-19","authors":"Luciana Costa Normandia","doi":"10.20396/tematicas.v30i59.15831","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/tematicas.v30i59.15831","url":null,"abstract":"O presente artigo apresenta uma breve reflexão sobre a mulher negra, trabalhadora e doméstica no Brasil, em meio a pandemia do novo coronavírus. Analisamos esta situação por meio de dois exemplos atuais, tendo como fio condutor as obras da autora Carolina Maria de Jesus. Para desenvolver a análise, utilizamos reportagens jornalísticas e uma entrevista individual, com o intuito de traçarmos um paralelo entre dois estudos de caso: um trabalho doméstico realizado em condições análogas à escravidão X um trabalho doméstico “legalizado”, ambos balizados por uma estrutura de desigualdade social que nos permitiu concluir que cativeiro, enquanto entendido como um fenômeno social, possui raízes bem mais profundas e de caráter multifacetado.","PeriodicalId":55846,"journal":{"name":"Tematicas","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47897759","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}