Mariana Chaguri访谈(IFCH/UNICAMP)

Arilda Arboleya, Camila Carolina Hildebrand Galetti, Caroline Aparecida Guebert, Emilly Gabriela Menezes Franco, Hilton Costa
{"title":"Mariana Chaguri访谈(IFCH/UNICAMP)","authors":"Arilda Arboleya, Camila Carolina Hildebrand Galetti, Caroline Aparecida Guebert, Emilly Gabriela Menezes Franco, Hilton Costa","doi":"10.20396/tematicas.v30i59.16107","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O tempo sócio-histórico mais recente empunhou, pela força da ação e protagonismo de alguns grupos, o debate sobre a diferença e sobre as desigualdades rotineiramente estruturadas a partir dela. Nesse mesmo movimento, impôs também ao campo intelectual pensar-se criticamente, reflexionando sobre o lugar da diferença e sobre desigualdades reiteradas e naturalizadas internamente. Assim, se os arranjos de poder que organizam a vida social ampla a partir da normalização de formas de pensamento, como o patriarcalismo e o racismo, foram também acriticamente fluentes por muito tempo na organização da arena intelectual, em ambos os casos tais arranjos organizados não se fizeram isentos de disputas e tensionamentos. Ascende, então, no meio intelectual, pari passu ao enfrentamento promovido por grupos negros e feministas, a necessidade de pensar a diferença no espaço da produção acadêmica. Ao passo em que a ampla maioria dos livros que inventariam as “grandes obras” de interpretação nacional, os “grandes ensaios” elucidadores do Brasil, elencam quase que exclusivamente figuras masculinas, impõe-se indagar: onde estavam as intelectuais brasileiras, cuja massiva presença nas cadeiras das ciências humanas sempre foi marcante no século XX? Do que se ocupavam? Elas não produziram “interpretações nacionais” ou essa ausência no elenco rotineiro de intérpretes do Brasil expressa um apagamento ou um sublugar atribuído a suas produções e suas formas de explicar? Afinal, quais os lugares e possibilidades de alcançarmos a interpretação nacional produzida por mulheres? Tais problematizações são aprofundadas nesta entrevista com a professora Mariana Miggiolaro Chaguri (IFCH/UNICAMP).","PeriodicalId":55846,"journal":{"name":"Tematicas","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-06-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Entrevista com Mariana Chaguri (IFCH/UNICAMP)\",\"authors\":\"Arilda Arboleya, Camila Carolina Hildebrand Galetti, Caroline Aparecida Guebert, Emilly Gabriela Menezes Franco, Hilton Costa\",\"doi\":\"10.20396/tematicas.v30i59.16107\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O tempo sócio-histórico mais recente empunhou, pela força da ação e protagonismo de alguns grupos, o debate sobre a diferença e sobre as desigualdades rotineiramente estruturadas a partir dela. Nesse mesmo movimento, impôs também ao campo intelectual pensar-se criticamente, reflexionando sobre o lugar da diferença e sobre desigualdades reiteradas e naturalizadas internamente. Assim, se os arranjos de poder que organizam a vida social ampla a partir da normalização de formas de pensamento, como o patriarcalismo e o racismo, foram também acriticamente fluentes por muito tempo na organização da arena intelectual, em ambos os casos tais arranjos organizados não se fizeram isentos de disputas e tensionamentos. Ascende, então, no meio intelectual, pari passu ao enfrentamento promovido por grupos negros e feministas, a necessidade de pensar a diferença no espaço da produção acadêmica. Ao passo em que a ampla maioria dos livros que inventariam as “grandes obras” de interpretação nacional, os “grandes ensaios” elucidadores do Brasil, elencam quase que exclusivamente figuras masculinas, impõe-se indagar: onde estavam as intelectuais brasileiras, cuja massiva presença nas cadeiras das ciências humanas sempre foi marcante no século XX? Do que se ocupavam? Elas não produziram “interpretações nacionais” ou essa ausência no elenco rotineiro de intérpretes do Brasil expressa um apagamento ou um sublugar atribuído a suas produções e suas formas de explicar? Afinal, quais os lugares e possibilidades de alcançarmos a interpretação nacional produzida por mulheres? Tais problematizações são aprofundadas nesta entrevista com a professora Mariana Miggiolaro Chaguri (IFCH/UNICAMP).\",\"PeriodicalId\":55846,\"journal\":{\"name\":\"Tematicas\",\"volume\":\" \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-06-10\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Tematicas\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.20396/tematicas.v30i59.16107\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Tematicas","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20396/tematicas.v30i59.16107","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0

摘要

最近的社会历史时期,由于一些群体的行动力和积极性,引发了关于差异和不平等的辩论。在这场运动中,它还要求知识领域进行批判性思考,反思差异的位置以及内部重申和自然化的不平等。因此,如果从思想形式的正常化中组织广泛社会生活的权力安排,如父权制和种族主义,在很长一段时间内也在知识领域的组织中不加批判地流畅,那么在这两种情况下,这种有组织的安排都不能免受争议和紧张局势的影响。因此,在知识环境中,与黑人和女权主义团体推动的对抗平起平坐,思考学术生产空间差异的必要性上升了。虽然绝大多数将发明国家解释的“伟大著作”,即阐明巴西的“伟大论文”,几乎都列出了男性人物,但有必要问:巴西知识分子在哪里?他们在20世纪的人文学科中的巨大地位一直很突出?他们在干什么?他们是否没有制作“国家解释”,或者巴西口译员的日常阵容中的这种缺席是否表达了他们的制作和解释方式所带来的抹杀或次要情节?毕竟,实现妇女产生的民族阐释的地方和可能性是什么?Mariana Miggiolaro Chaguri教授(IFCH/UNICAMP)的采访加深了这种问题。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
Entrevista com Mariana Chaguri (IFCH/UNICAMP)
O tempo sócio-histórico mais recente empunhou, pela força da ação e protagonismo de alguns grupos, o debate sobre a diferença e sobre as desigualdades rotineiramente estruturadas a partir dela. Nesse mesmo movimento, impôs também ao campo intelectual pensar-se criticamente, reflexionando sobre o lugar da diferença e sobre desigualdades reiteradas e naturalizadas internamente. Assim, se os arranjos de poder que organizam a vida social ampla a partir da normalização de formas de pensamento, como o patriarcalismo e o racismo, foram também acriticamente fluentes por muito tempo na organização da arena intelectual, em ambos os casos tais arranjos organizados não se fizeram isentos de disputas e tensionamentos. Ascende, então, no meio intelectual, pari passu ao enfrentamento promovido por grupos negros e feministas, a necessidade de pensar a diferença no espaço da produção acadêmica. Ao passo em que a ampla maioria dos livros que inventariam as “grandes obras” de interpretação nacional, os “grandes ensaios” elucidadores do Brasil, elencam quase que exclusivamente figuras masculinas, impõe-se indagar: onde estavam as intelectuais brasileiras, cuja massiva presença nas cadeiras das ciências humanas sempre foi marcante no século XX? Do que se ocupavam? Elas não produziram “interpretações nacionais” ou essa ausência no elenco rotineiro de intérpretes do Brasil expressa um apagamento ou um sublugar atribuído a suas produções e suas formas de explicar? Afinal, quais os lugares e possibilidades de alcançarmos a interpretação nacional produzida por mulheres? Tais problematizações são aprofundadas nesta entrevista com a professora Mariana Miggiolaro Chaguri (IFCH/UNICAMP).
求助全文
通过发布文献求助,成功后即可免费获取论文全文。 去求助
来源期刊
自引率
0.00%
发文量
14
审稿时长
20 weeks
×
引用
GB/T 7714-2015
复制
MLA
复制
APA
复制
导出至
BibTeX EndNote RefMan NoteFirst NoteExpress
×
提示
您的信息不完整,为了账户安全,请先补充。
现在去补充
×
提示
您因"违规操作"
具体请查看互助需知
我知道了
×
提示
确定
请完成安全验证×
copy
已复制链接
快去分享给好友吧!
我知道了
右上角分享
点击右上角分享
0
联系我们:info@booksci.cn Book学术提供免费学术资源搜索服务,方便国内外学者检索中英文文献。致力于提供最便捷和优质的服务体验。 Copyright © 2023 布克学术 All rights reserved.
京ICP备2023020795号-1
ghs 京公网安备 11010802042870号
Book学术文献互助
Book学术文献互助群
群 号:604180095
Book学术官方微信