{"title":"Contribuições dos estudos sociais da ciência e tecnologia para pensar as paisagens multiespécies em tempos de pandemia","authors":"Luis Miguel Barboza-Arias","doi":"10.20396/tematicas.v30i60.16041","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente artigo apresenta uma reflexão crítica no contexto de emergência do novo coronavírus (SARS-Cov-2). Espera-se contribuir com uma discussão que permita aos investigadores dos estudos sociais da ciência e tecnologia (ESCT) aprofundarem seu conhecimento das paisagens multiespécie e sua relação com as crises socioambientais e sanitárias atuais. Embora a pandemia da Covid-19 possa ser vista por alguns grupos como a máxima manifestação de um modelo civilizatório em crise, ou como um ponto de inflexão na trajetória linear e acrítica impulsionada pelos regimes tecnocientíficos modernos, neste artigo, enfatiza-se a importância de pensar a conjuntura a partir das possíveis alianças, colaborações e arranjos para-além-do-humano, que podem ter emergido e se potencializado nesse período. As ideias expostas no texto convidam a prestar mais atenção às formas em que alguns relacionamentos multiespécie ocorridos nos meses do confinamento social possibilitam a descoberta de novas sensibilidades afetivas, que tensionam os imaginários de securitização e biossegurança. Neste sentido, a ficção literária, como o romance Desonra, escrito por J. M. Coetzee, representam meios poderosos para ajudar-nos na compreensão desses fenômenos empíricos","PeriodicalId":55846,"journal":{"name":"Tematicas","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-07-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Tematicas","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20396/tematicas.v30i60.16041","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O presente artigo apresenta uma reflexão crítica no contexto de emergência do novo coronavírus (SARS-Cov-2). Espera-se contribuir com uma discussão que permita aos investigadores dos estudos sociais da ciência e tecnologia (ESCT) aprofundarem seu conhecimento das paisagens multiespécie e sua relação com as crises socioambientais e sanitárias atuais. Embora a pandemia da Covid-19 possa ser vista por alguns grupos como a máxima manifestação de um modelo civilizatório em crise, ou como um ponto de inflexão na trajetória linear e acrítica impulsionada pelos regimes tecnocientíficos modernos, neste artigo, enfatiza-se a importância de pensar a conjuntura a partir das possíveis alianças, colaborações e arranjos para-além-do-humano, que podem ter emergido e se potencializado nesse período. As ideias expostas no texto convidam a prestar mais atenção às formas em que alguns relacionamentos multiespécie ocorridos nos meses do confinamento social possibilitam a descoberta de novas sensibilidades afetivas, que tensionam os imaginários de securitização e biossegurança. Neste sentido, a ficção literária, como o romance Desonra, escrito por J. M. Coetzee, representam meios poderosos para ajudar-nos na compreensão desses fenômenos empíricos