{"title":"Devorando Shakespeare em um sonho brasileiro de uma noite de verão","authors":"C. A. Nóbrega, Genilda Azerêdo","doi":"10.11606/issn.1984-1124.v1i24p51-68","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v1i24p51-68","url":null,"abstract":"Neste artigo, objetivamos analisar o romance Sonho de uma noite de verão (2007), escrito por Adriana Falcão e publicado como parte da Coleção Devorando Shakespeare. Mais especificamente, pretendemos examinar como o próprio Shakespeare, através de um processo de releitura antropofágico e paródico, foi recriado como personagem dessa narrativa. Apesar de ser por vezes apontado como símbolo dos valores e ideologias ocidentais/modernos/colonialistas, Shakespeare pode também ser percebido e utilizado como um potente remédio ou antídoto criado no/pelo Sul. Através de uma desobediência epistêmica e da recuperação intercultural e ambivalente da figura de Shakespeare em meio às práticas e costumes do Carnaval de Salvador, defendemos que Falcão cria uma narrativa brasileira descolonial, capaz de antropofágica e parodicamente subverter discursos hegemônicos do Norte.","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"8 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-10-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130725775","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Inundação","authors":"Renan Kenji Sales Hayashi","doi":"10.11606/issn.1984-1124.v1i24p164-172","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v1i24p164-172","url":null,"abstract":"Este trabalho apresenta uma tradução do conto The Flood (Kouzui), escrito pelo autor japonês Kobo Abe. Feita em 1950, a obra expressa uma proposta de fim da humanidade a partir da liquefação da população. O texto, ainda inédito em português do Brasil, traz a manifestação literária de Abe em uma visão que opera entre a lógica do absurdo, a ficção científica e o pós-apocalipse, salientando criticamente a forma do homem de se relacionar com o trabalho, o espaço urbano e o poder econômico. ","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"87 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-10-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115728255","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"E quando o subalterno fala? Ideologia, tradução e ética","authors":"Pedro Henrique Trindade Kalil Auad","doi":"10.11606/issn.1984-1124.v1i24p115-130","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v1i24p115-130","url":null,"abstract":"Este artigo parte do seminal texto de Gayatri Chakravorty Spivak, Pode o Subalterno Falar? para refletir sobre as impossibilidade de fala, mas também de escuta. Para tal abordagem, retomamos as discussões sobre ideologia presentes na obra da teórica indiana e seus desdobramos sobre o problema do subalterno. Assim, sendo um problema que se inscreve na linguagem, acionamos teóricos com afinidade com a autora, notadamente Judith Butler e Jacques Derrida, para pensarmos sobre os paradoxos que nascem tanto em certa sujeição ideológica quanto na apropriação da linguagem. Nesse sentido, chegamos ao problema da tradução, entendida como um procedimento social e ético. A tradução, assim, se torna condição necessária para que o subalterno tenha alguma possibilidade de fala.","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-10-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128397754","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Quando um heterônimo se suicida","authors":"A. M. E. D. Medeiros, A. Júnior","doi":"10.11606/ISSN.1984-1124.V0I23P47-64","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/ISSN.1984-1124.V0I23P47-64","url":null,"abstract":"A escrita de morte, chamada tanatografia, mostra-se operante na conjugação de elementos que fazem da literatura espaço prodigioso para discussão da condição humana desassossegada perante o morrer. Neste artigo, analisa-se a relação entre escrita e suicídio a partir da obra de um autor fictício erigido por Fernando Pessoa, conhecido como Barão de Teive. Acessamos desse heterônimo seu único manuscrito,A educação do estoico (1928), que lega lições autorais, sepulcrais e vitais formuladas no esteio da filosofia estoica em diálogo necessário com o socratismo. Relacionando o fenômeno heteronímico pessoano ao processo dialógico de construção de alteridades ensejado pelo teórico Mikhail Bakhtin, perscrutamos novos modos de observar o auto-aniquilamento de um autor-criado que cria prosa artística e filosófica no seio de seu fim.","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-04-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124761883","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Sobre as responsabilidades e liberdades de se discutir o suicídio","authors":"F. Santos, G. Pinezi, Willian André","doi":"10.11606/ISSN.1984-1124.V0I23P7-11","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/ISSN.1984-1124.V0I23P7-11","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-04-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125867474","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"anda vivo, não morreu","authors":"R. Damasceno","doi":"10.11606/ISSN.1984-1124.V23I23P193-204","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/ISSN.1984-1124.V23I23P193-204","url":null,"abstract":"O ensaio procura realizar uma leitura da poesia de Torquato Neto a partir de uma relação entre vida e obra na qual o fato final da sua vida, o suicídio, complexifica a leitura da sua criação artística.","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-04-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129305490","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Sylvia Plath, Cláudia Roquette-Pinto e os limites da escrita: uma poética do autoaniquilamento.","authors":"A. Barbosa","doi":"10.11606/ISSN.1984-1124.V23I23P89-102","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/ISSN.1984-1124.V23I23P89-102","url":null,"abstract":"A partir da análise comparativa da poética de Sylvia Plath e de Claudia Roquette-Pinto, unidas aqui por relação referencial bem como por certo anacronismo, este artigo pretende pensar a construção de uma linguagem que atravessa o tema e a materialidade do corpo, do feminino e da morte. O suicídio, na vida e na poética de Sylvia Plath, serve como chave de análise, ora refutada ora apresentada, para se pensar essa escrita obscura, realizada numa espécie de “zona de sombra” entre o dizível e o indizível, no contato com as margens da vida, que vai recair sobre os extremos da linguagem. Nomes como Van Gogh, Antonin Artaud, Anne Sexton, Ana Cristina César, entre outros, são também evocados neste artigo como desagregadores de instituições, como a própria linguagem.","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"97 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-04-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123285669","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A questão do suicídio em O som e a fúria","authors":"Qui-Phiet Tran, Willian André","doi":"10.11606/ISSN.1984-1124.V0I23P177-189","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/ISSN.1984-1124.V0I23P177-189","url":null,"abstract":"Trata-se de uma tradução, e a versão original não possui resumo.","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"128 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-04-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127567584","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Você acaba se tornando você mesmo? O personagem David Foster Wallace","authors":"M. Beccari","doi":"10.11606/issn.1984-1124.v0i23p121-133","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v0i23p121-133","url":null,"abstract":"Este artigo propõe uma reflexão sobre o mito literário atrelado ao nome David Foster Wallace após o suicídio do autor. Tal reflexão elege como alvo a versão retratada em O fim da turnê (James Ponsoldt, 2015), filme repudiado por familiares e colegas próximos de Wallace. De início, justifico a escolha de encarar DFW como personagem. Na sequência, discuto sobre a noção-chave da dissimulação em DFW, que elucida o dilema entre quem ele dizia ser e o possível personagem de si mesmo. Por fim, reconstruo a querela em torno do filme ora elencado e defendo a dissimulação wallaceana enquanto potência fabuladora que enaltece a ambiguidade.","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"16 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-04-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130962066","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Para os não nascidos: a peça-suicídio de Sarah Kane","authors":"Lara Luiza Oliveira Amaral","doi":"10.11606/ISSN.1984-1124.V23I23P103-119","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/ISSN.1984-1124.V23I23P103-119","url":null,"abstract":"Virginia Woolf escreve uma carta antes de ir em direção ao rio com os bolsos cheios de pedras. Sylvia Plath anota o número do telefone de seu psiquiatra em cima da mesa próxima ao fogão. Sarah Kane escreve sua última peça antes de retirar os cadarços para se enforcar. 4.48 Psychosis se torna uma espécie de “bilhete suicida” deixado por Kane antes do seu ato final. Pretendemos, neste trabalho, analisar não somente a autoaniquilação, tema central da peça, como também a sua relação com as teorias do pós-drama e a influência do lirismo na escrita e a imersão na interioridade da personagem. Para tanto, utilizaremos teóricos como Lehmann (2007) e Sarrazac (2012) para a teoria do drama; Alvarez (1999) para o suicídio; Lang (2015) para os estudos sobre Kane e seu contexto de escrita; dentre outros.","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"34 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-04-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114158868","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}