F. R. Tortato, C. Ribas, Henrique Villas Boas Concone, Rafael Hoogesteijn
{"title":"Turismo de observação de mamíferos no Pantanal","authors":"F. R. Tortato, C. Ribas, Henrique Villas Boas Concone, Rafael Hoogesteijn","doi":"10.46357/bcnaturais.v16i3.814","DOIUrl":"https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v16i3.814","url":null,"abstract":"O turismo de observação de fauna é uma atividade que vem aumentando gradativamente em diversas regiões no mundo, principalmente em países com alta diversidade, como o Brasil. Essa atividade busca a observação em vida livre de espécies carismáticas, entre as quais se enquadram muitos mamíferos. No Brasil, a atividade ainda é pouco desenvolvida, contudo o Pantanal é o bioma com o maior potencial para a expansão e a consolidação desse tipo de turismo. O Pantanal é considerado uma savana brasileira, com abundância de fauna, havendo facilidade para observação de grandes vertebrados, como porcos-do-mato, capivaras, ariranhas e até mesmo onças-pintadas. O turismo de observação de fauna tem aumentado nos últimos anos neste bioma, principalmente na região norte, no Pantanal de Cuiabá, e ao sul, no Pantanal de Miranda e Aquidauana. Neste artigo, discutimos as características da atividade de observação de fauna no Pantanal, as principais espécies observadas, as leis e regras já estabelecidas, os problemas existentes, abordando também a importância do turismo como atividade econômica para o desenvolvimento sustentável desta região.","PeriodicalId":34868,"journal":{"name":"Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi Ciencias Naturais","volume":"28 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"84613736","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pâmela Castro Antunes, Cleuton Lima Miranda, Welling Hannibal, Mônica Aragona, Maurício Neves Godoi, Vitor Rademaker, H. B. Mozerle, Manoel Santos-Filho, Viviane M. G. Layme, R. Rossi, M. Brandão, T. Semedo
{"title":"Marsupiais da Bacia do Alto Paraguai: uma revisão do conhecimento do planalto à planície pantaneira","authors":"Pâmela Castro Antunes, Cleuton Lima Miranda, Welling Hannibal, Mônica Aragona, Maurício Neves Godoi, Vitor Rademaker, H. B. Mozerle, Manoel Santos-Filho, Viviane M. G. Layme, R. Rossi, M. Brandão, T. Semedo","doi":"10.46357/bcnaturais.v16i3.813","DOIUrl":"https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v16i3.813","url":null,"abstract":"A ordem Didelphimorphia é composta somente pela família Didelphidae, exclusiva do continente americano. Esta família é amplamente distribuída na região Neotropical, ocupando grande variedade de hábitats. A literatura registra 68 espécies de didelfídeos no Brasil, das quais 24 delas têm ocorrência confirmada para a Bacia do Alto Paraguai (BAP). As espécies presentes nessa região pertencem a três subfamílias – Glironiinae (1 gênero, 1 espécie), Caluromyinae (1, 2) e Didelphinae (11, 21) – e, dentre elas, inclui-se Monodelphis saci, espécie há pouco descrita, bem como outras três, recentemente validadas em nível de espécie, Gracilinanus peruanus, Philander canus e Marmosa rapposa, e duas espécies ameaçadas de extinção, Thylamys karimii e T. macrurus. A proposta deste artigo foi fazer um levantamento de todas as espécies de marsupiais registradas na BAP até o presente momento, trazendo, na medida da disponibilidade de dados, uma breve descrição morfológica de cada uma das 24 espécies, bem como a comparação com espécies congêneres ou assemelhadas, a revisão dos dados de ecologia e de história natural e informações específicas de suas populações e de seus graus de ameaça. Por fim, este estudo traz informações inéditas que podem ser utilizadas para a tomada de decisões em políticas públicas e para o norteamento de pesquisas básicas para esse grupo zoológico nessa região tão pouco conhecida e fortemente ameaçada.","PeriodicalId":34868,"journal":{"name":"Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi Ciencias Naturais","volume":"47 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"91135205","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Felipe Pedrosa, Alexine Keuroghlian, L. G. R. Oliveira-Santos, A. Desbiez
{"title":"O porco-monteiro do Pantanal","authors":"Felipe Pedrosa, Alexine Keuroghlian, L. G. R. Oliveira-Santos, A. Desbiez","doi":"10.46357/bcnaturais.v16i3.808","DOIUrl":"https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v16i3.808","url":null,"abstract":"O porco-monteiro do Pantanal é uma espécie icônica. Introduzido nesta área pelos primeiros colonizadores da região, tornou-se asselvajado a partir do fim do século 19. Desde então, ampliou gradativamente suas distribuição e abundância, ocupando hoje praticamente todo o Pantanal. Ao longo desses mais de 120 anos de ocupação pantaneira, o porcomonteiro vem demonstrando diversos papéis e impactos ecológicos e socioambientais. Se, por um lado, eles funcionam como presas para a onça-pintada, são frugívoros e dispersores de sementes, aliviam a pressão de caça sobre espécies nativas e são uma importante fonte de proteína animal ao povo pantaneiro, por outro lado, competem com a fauna nativa por recursos alimentares, são reservatórios de doenças de importância econômica e humana, destroem plantações de subsistência e predam bezerros e cordeiros das fazendas.","PeriodicalId":34868,"journal":{"name":"Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi Ciencias Naturais","volume":"62 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"73406375","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Fátima Aparecida Sonoda, Priscilla Aparecida Bastos da Silva, Laura Rodrigues Ribeiro, Nely Tocantins, Sylvia Torrecilha
{"title":"A efetividade das áreas protegidas na conservação das espécies de mamíferos do bioma Pantanal","authors":"Fátima Aparecida Sonoda, Priscilla Aparecida Bastos da Silva, Laura Rodrigues Ribeiro, Nely Tocantins, Sylvia Torrecilha","doi":"10.46357/bcnaturais.v16i3.815","DOIUrl":"https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v16i3.815","url":null,"abstract":"As áreas protegidas são reconhecidas como principal estratégia na conservação in situ da biodiversidade, sendo utilizadas como um indicador válido e mensurável do progresso na conservação da biodiversidade remanescente na esfera mundial. O objetivo deste artigo foi estruturar uma base de informações de ocorrência de mamíferos nas unidades de conservação (UC) do Pantanal e avaliar a efetividade das mesmas quanto à proteção da mastofauna presente no bioma. No levantamento de dados de mamíferos presentes nas UC de proteção integral do bioma, foram registradas 112 espécies. Somando-se os registros das UC de uso sustentável, obteve-se o total de 125 espécies. As UC de proteção integral apresentaram registro de aproximadamente 68% das espécies listadas para o bioma pantaneiro. Acrescidos dos registros das UC de uso sustentável, totalizou-se aproximadamente 76% das espécies. Quanto às espécies ameaçadas, foram contabilizadas 22 espécies presentes com pelo menos um registro na rede de UC de proteção integral do bioma. Uma abordagem voltada à construção de uma rede de UC com amplos objetivos de manejo e de conservação é a principal estratégia para garantir a sustentabilidade do bioma, ainda pouco representado no sistema nacional (4,65% de seu território protegido).","PeriodicalId":34868,"journal":{"name":"Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi Ciencias Naturais","volume":"192 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79672400","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Gabriel Carvalho de Macedo, Heitor Miraglia Herrera, A. M. Jansen, Carina Elisei De Oliveira, Fabiana Lopes Rocha, G. Porfírio
{"title":"Saúde e conservação dos animais silvestres na natureza","authors":"Gabriel Carvalho de Macedo, Heitor Miraglia Herrera, A. M. Jansen, Carina Elisei De Oliveira, Fabiana Lopes Rocha, G. Porfírio","doi":"10.46357/bcnaturais.v16i3.806","DOIUrl":"https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v16i3.806","url":null,"abstract":"As populações silvestres são constantemente ameaçadas devido ao aumento global da população humana e à consequente perda dos habitats originais, bem como à poluição, ao aumento do trânsito de pessoas e animais e à introdução de espécies exóticas. Estudos hematológicos, bioquímicos, toxicológicos e parasitológicos vêm sendo utilizados para o entendimento do estado de saúde de muitas espécies silvestres. Especialmente em relação à avaliação de parâmetros fisiológicos, existe dificuldade na interpretação dos valores observados, visto que fatores condizentes ao indivíduo e ao ambiente, bem como ao aprisionamento dos animais e à utilização de drogas para sedação, influenciam na hematimetria e nas dosagens bioquímicas. Neste contexto, dados sobre parasitismo e saúde dos mamíferos silvestres do Pantanal foram compilados por meio de bibliometria e discutidos em termos de resiliência e sustentabilidade de suas populações. A conclusão deste artigo é de que a comunidade científica deveria trabalhar em conjunto com a sociedade organizada, a fim de incentivar a criação e a aplicação de políticas públicas de conservação, no sentido de manter a biodiversidade e a continuidade dos seus processos ecológicos.","PeriodicalId":34868,"journal":{"name":"Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi Ciencias Naturais","volume":"90 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"80467133","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
F. A. Pinto, A. Bager, R. Cerqueira, Adriana Pereira Milagres, Bianca Cruz Morais, Priscilla Aparecida Bastos da Silva, É. Castro, Emília Patrícia Medici, A. Desbiez, F. R. Tortato, Henrique Villas Boas Concone
{"title":"Diagnóstico do atropelamento de mamíferos silvestres em estradas na bacia do alto Paraguai","authors":"F. A. Pinto, A. Bager, R. Cerqueira, Adriana Pereira Milagres, Bianca Cruz Morais, Priscilla Aparecida Bastos da Silva, É. Castro, Emília Patrícia Medici, A. Desbiez, F. R. Tortato, Henrique Villas Boas Concone","doi":"10.46357/bcnaturais.v16i3.812","DOIUrl":"https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v16i3.812","url":null,"abstract":"O atropelamento de fauna silvestre em estradas é responsável pela perda direta de milhões de indivíduos anualmente no Brasil, sendo importante acessar, compreender e mitigar seus impactos. Apresentamos um diagnóstico sobre o atropelamento de mamíferos na bacia hidrográfica do alto Paraguai (BAP), com o objetivo de acessar o atual estado de conhecimento, identificar lacunas e propor medidas de conservação e mitigação. Os dados foram coletados através de uma revisão sistemática da literatura científica, posteriormente caracterizados de acordo com tipo de estudo, localidade na BAP, riqueza e status de conservação de espécies e taxas de atropelamento. Identificamos 15 estudos que realizaram monitoramentos sistemáticos de atropelamento, a maioria em estradas do Mato Grosso do Sul. Entre eles, 93% dos monitoramentos foram realizados por carro, com uma duração média de 14 meses. Compilamos 5.241 indivíduos atropelados, distribuídos em dez ordens e 47 espécies, sendo a ordem Carnivora a mais representativa. Doze espécies apresentaram o status de ameaçada de extinção em nível nacional; destas, o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) possui as maiores médias de taxas de atropelamento. Nosso diagnóstico se mostrou importante para identificar espécies vulneráveis aos efeitos dos atropelamentos, nortear novas pesquisas e auxiliar nas estratégias em políticas públicas e mitigação de impactos.","PeriodicalId":34868,"journal":{"name":"Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi Ciencias Naturais","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"90290487","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pâmela Castro Antunes, Cleuton Lima Miranda, Welling Hannibal, Maurício Neves Godoi, Mônica Aragona, H. B. Mozerle, Vitor Rademaker, Manoel Santos-Filho, Viviane G. M. Layme, M. Brandão, Thiago B. F. Semedo
{"title":"Roedores da Bacia do Alto Paraguai: uma revisão do conhecimento do planalto à planície pantaneira","authors":"Pâmela Castro Antunes, Cleuton Lima Miranda, Welling Hannibal, Maurício Neves Godoi, Mônica Aragona, H. B. Mozerle, Vitor Rademaker, Manoel Santos-Filho, Viviane G. M. Layme, M. Brandão, Thiago B. F. Semedo","doi":"10.46357/bcnaturais.v16i3.811","DOIUrl":"https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v16i3.811","url":null,"abstract":"A ordem Rodentia representa aproximadamente 39% da diversidade mundial de mamíferos, sendo que para o Brasil são reconhecidos atualmente 76 gêneros e 263 espécies. Para a Bacia do Alto Paraguai (BAP), foi registrada a ocorrência de 42 espécies, distribuídas em oito famílias: Sciuridae (2 gêneros, 2 espécies), Cricetidae (15, 27), Caviidae (3, 3), Ctenomyidae (1, 1), Cuniculidae (1, 1), Dasyproctidae (1, 1), Erethizontidae (1, 1) e Echimyidae (5, 6). Dentre as espécies registradas na BAP, duas foram recentemente descritas, Akodon kadiweu e Oecomys matogrossensis, uma revalidada em nível de espécie, Coendou boliviensis, e três são alvo de caça, Cuniculus paca, Dasyprocta azarae e Hydrochoerus hydrochaeris. A proposta deste artigo foi fazer um levantamento de todas as espécies de roedores registradas na BAP até o presente momento, trazendo, na medida da disponibilidade de dados, a descrição morfológica de cada uma das 42 espécies, bem como a comparação com espécies congêneres ou assemelhadas, a revisão dos dados de ecologia e de história natural e informações específicas de suas populações e de seus graus de ameaça. Por fim, este estudo traz informações inéditas, que podem ser utilizadas para a tomada de decisões em políticas públicas e para o norteamento de pesquisas básicas para esse grupo zoológico nessa região tão pouco conhecida e fortemente ameaçada.","PeriodicalId":34868,"journal":{"name":"Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi Ciencias Naturais","volume":"77 5 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"88703962","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
S. Cavalcanti, Peter Gransden Crawshaw Jr., Silvio Marchini
{"title":"Predação de gado por onças no Pantanal: características, dinâmica e o conflito com fazendeiros","authors":"S. Cavalcanti, Peter Gransden Crawshaw Jr., Silvio Marchini","doi":"10.46357/bcnaturais.v16i3.810","DOIUrl":"https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v16i3.810","url":null,"abstract":"O Pantanal é uma área importante para a conservação da onça-pintada (Panthera onca) e da onça-parda (Puma concolor). No entanto, o bioma possui peculiaridades que tornam a conservação de grandes felinos complexa e desafiadora. A predação do gado gera conflitos entre onças e fazendeiros, que tradicionalmente resultam na eliminação oportunista, porém sistemática, dos predadores. Por outro lado, é crescente entre os fazendeiros o reconhecimento da necessidade de conservar as onças, desde que seja resolvido, ou pelo menos diminuído em níveis toleráveis, o prejuízo que elas causam. Nesse contexto, é importante entender a dinâmica da predação, a fim de identificar ações que possam diminuir efetivamente o seu impacto econômico. Aspectos culturais também têm grande importância, influenciando diretamente na decisão de abater uma onça ou tolerar sua presença. Neste artigo, apresentamos e discutimos as características e a dinâmica da predação de espécies nativas e do gado doméstico por onças no Pantanal, em particular a onça-pintada. Além disso, descrevemos aspectos pessoais, sociais e culturais do conflito, e discutimos suas implicações para a conservação das onças, destacando a importância de entender e envolver os diferentes atores ligados à conservação dessas espécies.","PeriodicalId":34868,"journal":{"name":"Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi Ciencias Naturais","volume":"73 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79650449","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Edson Junior Ferreira Stefani, J. Tamashiro, C. A. Joly
{"title":"Estrutura, composição florística e similaridade na Floresta Ombrófila Densa Atlântica, em áreas do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Caraguatatuba","authors":"Edson Junior Ferreira Stefani, J. Tamashiro, C. A. Joly","doi":"10.46357/bcnaturais.v16i2.297","DOIUrl":"https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v16i2.297","url":null,"abstract":"É necessário compreender a diversidade da Mata Atlântica para monitorar possíveis impactos das mudanças climáticas e mitigar o desaparecimento deste hotspot de biodiversidade. Apresentamos dados do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Caraguatatuba (NCR), com objetivo principal do conhecimento florístico, fitossociológico e similaridade das áreas florestais. Os dados foram coletados em parcelas permanentes de 1 ha, incluindo espécies com diâmetro ≥ 15 cm (PAP; 1,30 m de altura do solo), para conhecimento das áreas e para testes de similaridade entre as parcelas dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia, de mesma cota altitudinal. São apresentados tabelas florísticas das áreas, análise de UPGMA e teste de Mantel, para verificar o agrupamento das áreas. As famílias com maior índice de valor de importância foram Euphorbiaceae, Myrtaceae, Rubiaceae, Lauraceae, Arecaceae e Fabaceae, na parcela do NCR Submontana 1, e Myrtaceae, Sapotaceae, Monimiaceae, Nyctaginaceae, Lauraceae, Arecaceae e Rubiaceae, na parcela do NCR Montana 1. Através dos testes, foi possível verificar similaridades entre as áreas. Em alguns casos, ocorreu dissimilaridade, que estaria ligada a possíveis fatores ambientais e antrópicos, os quais não foram testados para afirmação, sugerindo estudos futuros a médio e longo prazo.","PeriodicalId":34868,"journal":{"name":"Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi Ciencias Naturais","volume":"26 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"77859873","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Geodiversidade da Folha Nossa Senhora da Penha, município de João Pessoa, Paraíba, Brasil","authors":"Luciano Schaefer Pereira, Thiago da Silva Farias","doi":"10.46357/bcnaturais.v16i2.337","DOIUrl":"https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v16i2.337","url":null,"abstract":"Este artigo apresenta a geodiversidade presente na Folha Nossa Senhora da Penha (SB.25-Y-C-III-1-SE), escala 1: 25.000, no município de João Pessoa, Paraíba, de modo a inserir locais de interesse em rotas geoturísticas costeiras. Para tanto, um mapeamento desta geodiversidade e de seu geopatrimônio foi executado através do inventário de locais com relevantes valores. É pertinente, assim, interconectar o patrimônio costeiro ao turismo da área, de modo a incrementar o interesse dos turistas, agora sob o viés da litosfera e da hidrosfera. Geomorfologicamente, o relevo apresenta-se fragmentado em três unidades morfoesculturais: planícies costeiras, planícies aluviais e baixos planaltos, além das vertentes que articulam os baixos planaltos às planícies. Enquanto percurso metodológico, foi necessário um estudo detalhado da literatura quanto às informações geocientíficas e históricas da área e um minucioso trabalho de campo. Foram inventariados e avaliados qualitativamente sete sítios: Foz Primitiva do Rio Jaguaribe, Falésia Inativa Urbana, Terraços Marinhos Holocênicos Urbanos, Falésia do Cabo Branco, Paleodunas do Altiplano, Arenitos Ferruginosos do Jacarapé e Barra do Gramame. A área mapeada possui potencial para o geoturismo, com conexão à história geológica da Bacia da Paraíba, a última a se separar da África durante a fragmentação do Gondwana, apresentando valiosas feições geológicas, geomorfológicas e hidrológicas.","PeriodicalId":34868,"journal":{"name":"Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi Ciencias Naturais","volume":"3 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"88485095","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}