Mário Vinicius Teles Costa, Samanta Cunha Mesquita, Wallerya Silva Roque Viana, L. Sousa, P. Brito, L. Pascoal
{"title":"INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS ASSOCIADOS À PRESSÃO ARTERIAL ALTERADA EM ADOLESCENTES ESCOLARES","authors":"Mário Vinicius Teles Costa, Samanta Cunha Mesquita, Wallerya Silva Roque Viana, L. Sousa, P. Brito, L. Pascoal","doi":"10.51161/csmc/17","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/csmc/17","url":null,"abstract":"INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição crônica associada a altos índices de mortalidade, morbidade e gastos nos serviços de saúde. A HAS é mais prevalente em faixas etárias mais tardias, como adultos e idosos, entretanto, devido principalmente às alterações nos padrões dietéticos e de atividade física, associados com aumento de peso observadas nas últimas décadas, alterações da pressão arterial tem se tornado um problema cada vez mais precoce, com aumento da prevalência em crianças e adolescentes. OBJETIVO: Investigar a associação entre indicadores antropométricos e a presença de pressão arterial alterada em adolescentes escolares. METODOLOGIA: Estudo observacional, transversal e quantitativo realizado entre setembro de 2019 e fevereiro de 2020 em uma escola pública estadual em Imperatriz, Maranhão, Brasil. Foram incluídos alunos com idade entre 13 e 19 anos, cujos responsáveis consentiram com a participação, e excluídos aqueles com diagnóstico confirmado de HAS ou Diabetes Mellitus. A pressão arterial (PA) foi aferida três vezes em intervalos de um minuto e considerada como a média das duas últimas medições. Considerou-se como pressão arterial alterada quando PA sistólica ≥ 120 mmHg ou PA diastólica ≥ 80 mmHg. Os dados antropométricos foram obtidos com auxílio de fita métrica inelástica e balança automática. Utilizou-se os testes de Qui-quadrado e Mann-Whitney para análise estatística e foram considerados estatisticamente significativos valores de p < 0,05. RESULTADOS: A amostra foi composta por 130 adolescentes, com idade média de 15,68 anos (DP 0,95; mínimo 14 e máximo 19), sendo 99 (76,2%) do sexo feminino e 31 (23,8%) do sexo masculino. Foi observada PA alterada em 41 alunos (31,4%) e esta foi estatisticamente associada ao sexo masculino (RP 1,84; IC 95% 1,12 - 3,01; p = 0,021). Quanto às variáveis antropométricas, verificou-se associação entre PA alterada e maior peso (p < 0,001), índice de massa corpórea (p = 0,001), razão cintura-estatura (p = 0,010) e circunferências da cintura (p = 0,001), quadril (p = 0,001) e abdominal (p = 0,006). CONCLUSÃO: A PA alterada foi identificada em 31,4% dos adolescentes escolares e observou-se que características antropométricas relacionadas a sobrepeso estiveram associadas com a ocorrência de PA alterada.","PeriodicalId":321814,"journal":{"name":"Anais do 1° Congresso Sul Maranhense de Cardiologia","volume":"76 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129046573","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Francilene Nunes Oliveira Melo, ;. L. O. D. S. Leite, Nathália Braga Mota, Mayara Viana de Oliveira Ramos, Rogério Verderosi
{"title":"INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM PACIENTE JOVEM - RELATO DE CASO","authors":"Francilene Nunes Oliveira Melo, ;. L. O. D. S. Leite, Nathália Braga Mota, Mayara Viana de Oliveira Ramos, Rogério Verderosi","doi":"10.51161/csmc/18","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/csmc/18","url":null,"abstract":"INTRODUÇÃO: O infarto agudo do miocárdio (IAM) em pacientes jovens, manifesta-se comumente como angina típica e supradesnivelamento do segmento ST. Entre os fatores de risco destacam-se tabagismo, dislipidemias, história familiar de doença arterial coronariana precoce e uso de cocaína. A prevalência de doenças reumatológicas e trombofilias é maior neste grupo, devendo ser investigadas. Este relato torna-se relevante ao apresentar caso de IAM com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) em paciente com menos de 30 anos, com diagnóstico tardio e complicações. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de prontuário, seguida de entrevista com acompanhante/cuidador por meio de termo de consentimento livre esclarecido e uma revisão bibliográfica. DESCRIÇÃO: Paciente S.S.M., sexo masculino, 24 anos, com histórico de crise de ausência, procurou atendimento em 17/02/2022, queixando-se de precordialgia irradiando para braço esquerdo e epigastralgia, sendo diagnosticado com refluxo gastroesofágico. Evoluiu com cefaleia, distúrbios visuais e perda súbita da força muscular em membro superior direito. Consultou-se com neurologista e cardiologista no dia 22/02/2022, sendo evidenciado acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico e IAMCSST. Foi encaminhado ao hospital. Encontrava-se consciente, taquicárdico, afásico, com déficit motor grau V de hemicorpo direito. Na TC de crânio de crânio apresentou área hipodensa parenquimatosa cerebral têmporo-occipital esquerda com discreto efeito expansivo local à efeito de insulto isquêmico, e ecodopplercardiografia revelou hipocinesia importante ântero-médio-apical, com achinesada do ápice do ventrículo esquerdo. Iniciou-se antiagregação plaquetária, anticoagulação, betabloqueador, inibidor da ECA, estariam sintomáticos e controle da diurese. No dia 11/03/2022 foi encaminhado ao cateterismo cardíaco com evidência de lesão em 95% do terço proximal da artéria descendente anterior (ADA) e fluxo distal TIMI II. O exame prosseguiu com angioplastia coronariana da ADA, com implante de 01 stent farmacológico. Recebeu alta hospitalar e após 30 dias do evento, segue sem rehospitalizações e novas complicações. CONCLUSÃO: O caso relatado enfatiza a importância da investigação e descarte de IAM em pacientes jovens, em situações de dor torácica típica, mesmo sem fatores de risco clássicos. O diagnóstico, instituição do tratamento, prevenção de complicações, investigação etiológica e descarte de trombofilias devem ser realizados de forma ágil.","PeriodicalId":321814,"journal":{"name":"Anais do 1° Congresso Sul Maranhense de Cardiologia","volume":"29 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"120896611","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"EVENTOS TROMBÓTICOS EM PACIENTES ACOMETIDOS PELA COVID-19:UMA REVISÃO SISTEMÁTICA COM ÊNFASE NO SISTEMA ABO","authors":"Ester Lima Costa, Cianny Ximenes Rodrigues Silva, Márcia Guelma Santos Belfort","doi":"10.51161/csmc/15","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/csmc/15","url":null,"abstract":"INTRODUÇÃO: Os antígenos do sistema ABO humano são constituídos geneticamente pela associação de estruturas glicoconjugadas na superfície das células sanguíneas,apresentando fenótipos distintos que desempenham papel ativo na fisiologia e patologia dessa estrutura. Estudos realizados desde a década de 90 apontam relação entre a tipagem sanguínea e o risco de desenvolver desordem hematológica,visto que a atuação dessas estruturas no organismo é feita por meio da interação bioquímica dos glicoconjugados com as células circundantes e a presença,ou ausência de um antígeno,confere ao indivíduo características alternativas de maior ou menor vulnerabilidade a esses distúrbios. OBJETIVOS: Investigar a associação entre o sistema ABO e o risco de trombose. METODOLOGIA: Utilizou-se artigos científicos dos últimos 5 anos das plataformas PUBMED e MEDLINE com os (ABO Blood-Group System) OR (COVID-19) AND (Coagulopathy) e (COVID 19) AND (ABO Blood-Group System),respectivamente. Os critérios adotados foram a língua inglesa e estudos clínicos randomizados e a exclusão foi feita por título e resumo.Foi utilizado a metodologia PRISMA e a seleção de todos os campos na busca avançada. RESULTADOS: A linha de pesquisa do PUBMED gerou 2002 artigos,dentre os quais 6 atendiam as exigências e 1 foi selecionado para leitura na íntegra.Já na MEDLINE,havia 136 artigos no total,10 remanescentes após os filtros e 5 para leitura completa.A literatura mostra que o tipo sanguíneo A possui maior risco de desenvolver coagulopatias,sendo o O menos vulnerável,pelo fato de possuir altos níveis de IL-6.Essa citocina atua aumentando os níveis de proteína C reativa,a qual regula a enzima conversora de angiotensina dos tipos 1(ACE), relacionada à vasoconstrição, e 2(ACE2),vasodilatadora e com ação anti inflamatória. Apesar da utilização da ACE2 pelo COVID-19 em sua transmissão,seus efeitos benéficos podem retardar os sintomas,atenuando a evolução rápida da doença. CONCLUSÃO: Muitos estudos apontam a associação entre os fenótipos do sistema ABO e os eventos trombóticos.Contudo,novas pesquisas devem ser realizadas para melhor entendimento e aproveitamento desse efeito no manejo dos pacientes,a fim de conferir maior tempo de sobrevida aos mesmos.","PeriodicalId":321814,"journal":{"name":"Anais do 1° Congresso Sul Maranhense de Cardiologia","volume":"27 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121902872","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Karem Stephany Assunção Folgado, Ellen Larissa Santos da Rocha Maciel, Eduardo Ribeiro Silva, Lorena da Silva Viana, Júlio França
{"title":"AVALIAÇÃO DAS INTERNAÇÕES POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA EM UMA CIDADE DO SUL DO MARANHÃO","authors":"Karem Stephany Assunção Folgado, Ellen Larissa Santos da Rocha Maciel, Eduardo Ribeiro Silva, Lorena da Silva Viana, Júlio França","doi":"10.51161/csmc/01","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/csmc/01","url":null,"abstract":"INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares são o principal fator de óbito no mundo. Dentro desse grupo destaca-se a insuficiência cardíaca (IC), cuja prevalência cresce cada vez mais, e estima-se que metade dos indivíduos falece por IC depois de cinco anos do diagnóstico. OBJETIVOS: Identificar o perfil dos óbitos e internações por insuficiência cardíaca em Imperatriz, bem como analisar a tendência temporal da taxa de mortalidade hospitalar entre os anos de 2017 e 2021. METODOLOGIA: Realizou-se um estudo ecológico descritivo-analítico usando dados do Sistema de Informações Hospitalares do DATASUS. As informações foram organizadas em gráficos e tabelas e a mudança percentual média anual (AAPC) da taxa de mortalidade hospitalar foi analisada por meio do modelo de regressão log-linear segmentada, com p<0,05 considerado para significância estatística. RESULTADOS: Foram registradas 908 internações e 113 mortes em Imperatriz entre 2017 e janeiro de 2022. Os idosos obtiveram a maior porcentagem de internações e óbitos (70% e 68,13%, respectivamente), bem como as pessoas da cor amarela (54,36% e 55,22%, respectivamente). A proporção de mortes entre homens e mulheres não variou muito, apesar dos primeiros apresentarem uma maior quantidade de hospitalizações (1,48 homens para cada mulher internada). As taxas de mortalidade hospitalar por IC em Imperatriz tiveram um aumento entre 2017 e 2021, porém não significativo (AAPC= 1.87; Intervalo de confiança de 95%: -32,7 a 54,7; p=0,896). CONCLUSÃO: Os idosos devem receber atenção especial nos cuidados para a insuficiência cardíaca, com diagnóstico precoce e manutenção do tratamento dessa condição. O estudo da tendência temporal da taxa de mortalidade dessa síndrome cardiovascular é fundamental, e sugere-se que trabalhos futuros abordem quantitativa e qualitativamente as mortes por insuficiência cardíaca no estado do Maranhão, bem como sua associação com fatores de risco para essa cardiopatia.","PeriodicalId":321814,"journal":{"name":"Anais do 1° Congresso Sul Maranhense de Cardiologia","volume":"8 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128858871","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
João Antonio Silva de Morais, Marcio Santos Carvalho, Sarah Paiva de Noronha, Sara Emily Muniz Barreto de Oliveira, P. Lima
{"title":"PREVALÊNCIA E MORTALIDADE DE RECÉM-NASCIDOS COM MALFORMAÇÃO CONGÊNITA DOS SEPTOS CARDÍACOS: UM ESTUDO BRASILEIRO DE 2010 A 2019","authors":"João Antonio Silva de Morais, Marcio Santos Carvalho, Sarah Paiva de Noronha, Sara Emily Muniz Barreto de Oliveira, P. Lima","doi":"10.51161/csmc/27","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/csmc/27","url":null,"abstract":"INTRODUÇÃO: As Malformações Congênitas dos Septos Cardíacos (MCSP) consistem em anormalidades na formação embrionária do coração, ocorrendo comprometimento do sistema cardiovascular do recém-nascido(RN). OBJETIVOS: Analisar taxas de incidência e mortalidade de bebês com MCSP, nascidos de 2010 a 2019 no Brasil, assim como traçar o perfil físico e sociodemográfico dos pacientes. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo e quantitativo de recém-nascidos no Brasil com MCSP. Os dados foram coletados através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e analisados por meio da Excel da Microsoft. A população foi composta pelos casos notificados no DATASUS (n= 8.812), sendo avaliado a incidência de novas ocorrências e o número de óbitos, através das variáveis: sexo, etnia, peso ao nascer, tempo de vida, idade da mãe, grau de escolaridade, tipo de gravidez e de parto. RESULTADOS: Observou-se que houve um crescimento de 11, 6% por ano de bebês com MCSP, sendo esse aumento também confirmado pela crescente taxa de incidência, a qual teve maior pico de crescimento no ano de 2013 (94%) e 2016-2017 (52%). Apesar da evolução no manejo desses pacientes, também houve aumento da taxa de mortalidade(Cerca de 38% de 2010 para 2019), tendo apenas o ano de 2017 registrado pequena queda. Ademais, a partir da análise clínica dos casos, observou-se que cerca de 70% dos óbitos se concentraram no período de 28 a 364 dias de vida, sendo a hipótese mais aceita o fato de que nesse período ocorre intenso crescimento corporal do lactente, o qual acaba por sobrecarregar o coração malformado. Além disso, encontrou-se que a taxa de mortalidade era maior para os RN de raça branca, com peso adequado ao nascer, tendo a mãe idade entre 30 e 55 anos. As demais variáveis não apresentaram dados relevantes. CONCLUSÃO: Houve significativo aumento dos casos de recém-nascidos com malformação dos septos cardíacos no Brasil, assim como crescimento da taxa de mortalidade desde o ano de 2010. Além disso, percebeu-se que os RN acometidos por essa anomalia possuem um perfil sociodemográfico semelhante, tornando-se essencial novos estudos a fim de correlacionar tal predomínio com a fisiopatologia desta malformação.","PeriodicalId":321814,"journal":{"name":"Anais do 1° Congresso Sul Maranhense de Cardiologia","volume":"74 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"117120035","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"MORTALIDADE POR TRANSTORNOS DE CONDUÇÃO E ARRITMIAS CARDÍACAS ENTRE JOVENS NO MARANHÃO: ANÁLISE DE TENDÊNCIA TEMPORAL, 2012 A 2021","authors":"Karem Stephany Assunção Folgado, Iara Lis Silva Coelho, Mariana Nogueira Vasco, Iraciane Rodrigues Nascimento Oliveira","doi":"10.51161/csmc/20","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/csmc/20","url":null,"abstract":"INTRODUÇÃO: As arritmias cardíacas possuem alta incidência no Brasil e são responsáveis pela morte súbita de aproximadamente 300 mil brasileiros por ano. Apesar dessas alterações na condução e no ritmo do coração estarem mais presentes em idosos, elas também podem acometer jovens. OBJETIVOS: Analisar a tendência temporal das taxas de mortalidade hospitalar por transtornos de condução e arritmias cardíacas entre jovens no Maranhão de 2012 a 2021, e descrever o perfil epidemiológico das hospitalizações por essas condições. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo ecológico, realizado mediante regressão log-linear segmentada para análise da tendência temporal. Os dados foram coletados no Sistema de Informações Hospitalares (SIH/DATASUS). A população de interesse constituiu-se de jovens (15 a 24 anos), e utilizou-se as variáveis sexo, cor, faixa etária e regime e caráter de atendimento. Os óbitos e as internações foram utilizados para o cálculo da taxa de mortalidade hospitalar. RESULTADOS: No período de 2012 a 2021, foram registradas 204 internações por transtornos de condução e arritmias cardíacas no Maranhão, com uma média de 25,5 por ano; desvio-padrão (DP) de 5,47. Com relação aos óbitos, observaram-se 27 (média: 3,375; DP: 1,4). A proporção de homens internados por mulheres foi de 1,08, e para cada óbito feminino ocorreram 2,375 óbitos masculinos. Verificou-se que a maioria dos óbitos e internações foi de caráter de urgência (96,3% e 62,255%, respectivamente) e 88,3% (n=68) ocorreu no regime público. A mudança percentual média anual (AAPC) das taxas de mortalidade hospitalar do Maranhão foi positiva (AAPC= 9,15; Intervalo de confiança (IC) a 95%: -0,59 a 19,85; p = 0,06), representando uma tendência de aumento, apesar de não significativa. O Nordeste apresentou uma tendência de crescimento significativa do número de óbitos por internações durante o período analisado (AAPC= 14,8; IC95: 6,9 a 23,3; p = 0,02). CONCLUSÕES: Há uma tendência de aumento das taxas de mortalidade hospitalar por transtornos de condução e arritmias cardíacas entre jovens. Portanto, é fundamental que ações para prevenção de doenças cardiovasculares, como a atividade física, sejam incentivadas nesse grupo.","PeriodicalId":321814,"journal":{"name":"Anais do 1° Congresso Sul Maranhense de Cardiologia","volume":"92 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132850138","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Lorena da Silva Viana, Ellen Larissa Santos da Rocha Maciel, Karem Stephany Assunção Folgado, Juliene do Nascimento Sousa da Silva, Júlio França
{"title":"BLOQUEIO DE RAMO ALTERNANTE ASSOCIADO À OCORRÊNCIA DE SÍNCOPE: UMA RARA CONDIÇÃO CLÍNICA","authors":"Lorena da Silva Viana, Ellen Larissa Santos da Rocha Maciel, Karem Stephany Assunção Folgado, Juliene do Nascimento Sousa da Silva, Júlio França","doi":"10.51161/csmc/02","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/csmc/02","url":null,"abstract":"INTRODUÇÃO: O transtorno de condução no feixe de His caracteriza o bloqueio deramo, normalmente relacionado a apenas um dos ramos, direito ou esquerdo. Entretanto, existe uma condição incomum chamada de bloqueio de ramo alternante (BRA), em que há uma alternância entre bloqueio de ramo direito (BRD) e bloqueio de ramo esquerdo (BRE) em um mesmo eletrocardiograma (ECG). A associação dessa condição com síncopes, pré-síncopes ou tonturas recorrentes apresenta maiores chances de fatalidade. METODOLOGIA: A coleta de dados foi realizada por anamnese e análise de prontuário do paciente no dia 15/04/2022. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi assinado pelo paciente. RELATO: Paciente, 47 anos, masculino, foi internado com história de alteração de marcha, tontura, náuseas e episódio de síncope. Nega histórico pessoal ou familiar de doenças cardiovasculares, tabagismo e etilismo. Relata alimentação adequada e prática regular de atividade física. Ao exame físico apresentava pressão arterial 110X80mmHg e semiologia cardiovascular e respiratória normais. Foi encaminhado para realização de ECG e RNM de crânio, essa sem alterações. Ao primeiro ECG, foi evidenciado BRD. Três dias depois foi realizado um novo ECG que evidenciou BRE. Paciente evoluiu bem e foi encaminhado para realização de um ecocardiograma transtorácico, que constatou ausência de disfunção ventricular. Ademais, efetuou-se um cateterismo cardíaco que mostrou ausência de coronariopatia e/ou disfunção ventricular esquerda. Além disso, a sorologia para Doença de Chagas veio negativa e o paciente não apresentava distúrbio hidroeletrolítico. Após quinze dias de internação, durante outro episódio de pré-síncope, um novo ECG foi realizado, apontando novamente um BRD. Foi solicitado Holter ECG de 24h que constatou BRE fixo nas 24 horas. Diante do distúrbio de condução grave e a ocorrência de síncope, foi realizado um implante de marcapasso definitivo, que ocorreu 17 dias após a internação. Após 30 dias, o paciente retornou ao ambulatório assintomático e sem alterações no funcionamento do dispositivo. CONCLUSÃO: O bloqueio de ramo alternante é raro e com diversas etiologias, incluindo idiopática. Para o diagnóstico, foi essencial a realização do ECG e Holter ECG de 24 horas. Diante do potencial mau prognóstico do quadro, sobretudo pela associação com síncope, a implantação de marca-passo definitivo foi necessária.","PeriodicalId":321814,"journal":{"name":"Anais do 1° Congresso Sul Maranhense de Cardiologia","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129260650","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Hanna dos Santos Ferreira, João Cláudio Miranda Sodré, Gabrielle Silva Santos, Joseana Melo Assunção, Júlio França
{"title":"INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO POR DISSECÇÃO ESPONTÂNEA DO RAMO MARGINAL ESQUERDO: RELATO DE CASO","authors":"Hanna dos Santos Ferreira, João Cláudio Miranda Sodré, Gabrielle Silva Santos, Joseana Melo Assunção, Júlio França","doi":"10.51161/csmc/07","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/csmc/07","url":null,"abstract":"INTRODUÇÃO: Dissecção Espontânea de Artéria Coronária (DEAC) é a separação de camadas da parede da artéria coronária epicárdica, com ou sem rompimento interno, não traumática e não iatrogênica. A DEAC, pouco estudada, emerge como etiologia de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), especialmente entre mulheres jovens. Essa incidência e a associação com o período pós-parto sugere uma correlação fisiopatológica entre hormônios sexuais e DEAC, de modo que contraceptivos combinados não são recomendados para pacientes em risco. Porém, seu uso entre mulheres com DEAC não é notavelmente diferente de mulheres sem a condição e a alta prevalência do uso dos hormônios sexuais exógenos na população impede a verificação de uma relação causal. A farmacoterapia é controversa, com dupla antiagregação; anticoagulação em casos agudos durante revascularização; inibidores da enzima conversora de angiotensina (ou bloqueador de receptores de angiotensina e beta-bloqueador) com antagonista de receptor de mineralocorticóide em pacientes com alteração na função sistólica ventricular esquerda; e vasodilatadores para tratamento de angina aguda. METODOLOGIA: Realizou-se no dia 10/03/2022 a coleta de dados por anamnese e prontuário da paciente, que assinou o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. DESCRIÇÃO DO CASO: Mulher, 31 anos, casada, 2 filhos nascidos de parto normal (G2 P2 A0), parda. Procurou atendimento médico com dor torácica anginosa retroesternal em aperto iniciados há 15 minutos, dor inicialmente classificada 7 em 10, progredindo para 10 em 10, sem irradiação. Apresentou parestesia e rigidez em membros superiores, nega vômito e desmaio. Nos antecedentes, relata uso de anticoncepcionais. Sinais vitais: 100X60 mmHg FC: 65 bpm DX: 92mg/dL, saturação: 99%. Eletrocardiograma demonstrou infradesnivelamento do segmento ST em parede lateral. À cineangiocoronariografia, evidenciou-se imagem sugestiva de DEAC em ramo marginal esquerdo. Apresentou elevação da troponina I - alta sensibilidade a 1.623,00 ng/L (valor normal < 34 ng/L). Respondeu ao tratamento medicamentoso padrão. CONCLUSÕES: A DEAC culminando em IAM é uma condição rara, que geralmente acomete mulheres jovens, na gestação ou puerpério. Assim, há necessidade de alerta na conduta médica em relação à dor retroesternal.","PeriodicalId":321814,"journal":{"name":"Anais do 1° Congresso Sul Maranhense de Cardiologia","volume":"32 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134633959","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Mateus Maia Palheta, Gabriely Almeida Sousa, Beatriz Andrade Vasconcelos, ;. L. T. R. Santos, Renata Vasques Palheta Avancini
{"title":"PERFIL EPIDEMIOLÓGICO EM PACIENTES INTERNADOS COM DOENÇA REUMÁTICA CRÔNICA DO CORAÇÃO ENTRE 2011 A 2020 NO ESTADO DO MARANHÃO","authors":"Mateus Maia Palheta, Gabriely Almeida Sousa, Beatriz Andrade Vasconcelos, ;. L. T. R. Santos, Renata Vasques Palheta Avancini","doi":"10.51161/csmc/26","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/csmc/26","url":null,"abstract":"INTRODUÇÃO: A febre reumática (FR) é uma doença inflamatória de caráter sistêmico, desencadeada pelo Streptococcus hemolítico do grupo A. A manifestação mais importante e grave da FR é a cardite, pois é a única que pode deixar sequelas, podendo ocasionar dano valvar irreversível, evoluindo para a cardiopatia reumática crônica (CRC) e também para o óbito. OBJETIVO: O objetivo desse trabalho é descrever as características epidemiológicas dos pacientes internados com CRC no Estado do Maranhão entre 2011 a 2020. Metodologia: Estudo epidemiológico, descritivo, retrospectivo com uma população 1.295 pacientes admitidos, cujos dados foram obtidos por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN, sendo analisados as características epidemiológicas como sexo, raça/cor, faixa etária. RESULTADO: No período de 2011 a 2020, o Estado do Maranhão registrou 1.295 internações, sendo mais prevalente pacientes do sexo feminino (n:720; 21,7 para cada 100.000 habitantes); entre a 50 a 59 anos (n:222; 46,9 a cada 100.000 habitantes); e da raça parda (n:213). No presente estudo, é perceptível o maior predomínio do sexo feminino nas internações, no entanto, embora não exista evidencias cientificas que expliquem essa prevalência, deve-se ressaltar que as mulheres possuem uma maior predisposição à produção de autoanticorpos em relação aos homens, por conta de diferenças hormonais. Já a faixa etária encontrada concorda com a história natural da doença, ocorrendo na idade adulta, porém alguns estudos trazem a prevalência acima dos 60 anos, fato que se explica pelas melhores condições dos sistemas de saúde em certas regiões. Além disso, embora a raça parda seja a mais frequente e tal realidade vai ao encontro com outros estudos, a falta de especificação é presente (n:1018), mostrando uma falha na caracterização do paciente. Por fim, limitações encontradas foram a pouca produção científica acerca dessa temática e a escassez dos dados disponíveis na plataforma. CONCLUSÃO: Diante das complicações que a FR pode causar para os pacientes, sobretudo a CRC, é preciso que a comunidade médica esteja mais atenta a essa doença, executando um diagnóstico e uma intervenção precoce, fato que impedirá a ocorrência das complicações. Além disso, é preciso aprofundar o conhecimento médico sobre essa enfermidade através da realização de mais pesquisas.","PeriodicalId":321814,"journal":{"name":"Anais do 1° Congresso Sul Maranhense de Cardiologia","volume":"117 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128437065","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}