{"title":"A escrita e a oralidade em estudos críticos sobre as literaturas africanas de língua portuguesa","authors":"Terezinha Taborda Moreira","doi":"10.5007/2175-7917.2023.e93057","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-7917.2023.e93057","url":null,"abstract":"A abordagem da relação entre escrita e oralidade em vários estudos acadêmicos sobre as literaturas africanas de língua portuguesa produzidos no país nos mostrou a constância de algumas noções conceituais que, parece-nos, articulam essa relação reiterando uma perspectiva disjuntiva. Esses estudos se organizam a partir de ideias e noções conceituais que reiteram a hierarquização de diferentes modos de representar, ancorados ainda em dicotomias como escrita e oralidade, tradicional e moderno, racionalidade e animismo, realismo e antifiguratividade, etc. Ao fazê-lo, circunscrevem a produção e a recepção das escritas literárias africanas a um enquadramento que modela e afirma sua dependência da literatura europeia, seja para confrontá-la com o discurso canônico ou para reiterar seus fundamentos. Com isso, a literatura europeia permanece ocupando um lugar central em torno do qual gravitam as escritas produzidas nos países africanos de língua portuguesa, já que se constroem como efeito de modos de ler estabelecidos de acordo com normas pré-estabelecidas, as quais funcionam como mecanismos de controle que, por serem exaustivamente repetidos, produzem e deslocam os termos por meio dos quais essas escritas poderiam, de fato, ampliar sua visibilidade. Em função disso, reflete-se, neste texto, sobre alguns questionamentos que envolvem a abordagem disjuntiva dos termos dessa relação, destacando que seu estudo nos aponta a necessidade de revisitar conceitos como os de oralidade, escrita, tradição, modernidade, dentre outros, a fim de tentar fazer avançar um pouco mais as reflexões acadêmicas que se realizam nesta área de estudos.","PeriodicalId":30964,"journal":{"name":"Anuario de Literatura","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44624739","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Cartografias do feminicídio em Cometerra, de Dolores Reyes","authors":"Anna Carolina Deodato","doi":"10.5007/2175-7917.2023.e92432","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-7917.2023.e92432","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":30964,"journal":{"name":"Anuario de Literatura","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41605409","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Poderão os bichos falar? A biologia do linguajear em “Conversa de Bois\", de Guimarães Rosa","authors":"Victor Hermann","doi":"10.5007/2175-7917.2023.e92604","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-7917.2023.e92604","url":null,"abstract":"Haveria linguagem possível entre o homem e o animal? Podem as espécies conversar? O presente ensaio visa contribuir aos estudos da linguagem animal e da zooliteratura. Vamos examinar como Guimarães Rosa, no conto “Conversa de Bois” do livro Sagarana, apresenta a questão da linguagem interespécie. Vamos propor uma análise interdisciplinar da obra à luz dos recentes avanços científicos nos campos da linguagem e subjetividade animal– com destaque para a teoria da linguagem pragmática de Vinciane Despret, as comunidades híbridas de Dominique Lestel, e a biologia do conhecer, de Humberto Maturana. Nossa hipótese é de que Rosa, consoante a esses pesquisadores, considera o amor como fundamento tanto da linguagem humana quanto de um devir-linguajear – com potencial revolucionário – entre animais e homens.","PeriodicalId":30964,"journal":{"name":"Anuario de Literatura","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42760766","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Boom latino-americano: por que os escritores brasileiros foram “esquecidos” durante esse período?","authors":"Laís Gerotto de Freitas Valentim, F. Rocha","doi":"10.5007/2175-7917.2023.e92541","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-7917.2023.e92541","url":null,"abstract":"Este trabalho tem por objetivo averiguar a ausência dos escritores brasileiros Clarice Lispector, João Guimarães Rosa, Jorge Amado e Érico Veríssimo, este último incluído por nós, no período do Boom latino-americano, propondo uma reflexão à questão. Sabemos que esta foi uma era muito importante para a América Latina, por meio da qual os escritores latino-americanos passaram a ser conhecidos no mundo inteiro e adquiriram respeito e notoriedade principalmente na Europa e nos EUA, porém, o Brasil não foi incluído na lista; por tal motivo, levantaremos uma discussão, também, sobre os fatores que levaram a esse “esquecimento”, propondo reflexões importantes. Para tal estudo, utilizamos como corpus de análise teses, dissertações, ensaios, artigos e matérias jornalísticas e consultas a alguns sites importantes; sendo todos estes materiais listados ao longo da discussão aqui proposta.","PeriodicalId":30964,"journal":{"name":"Anuario de Literatura","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45021035","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"leitura e a formação de leitores: um estudo bibliográfico sobre a leitura e a hora do conto","authors":"Adrielly Rocateli Marestone, Sandra Aparecida Pires Franco","doi":"10.5007/2175-7917.2023.e92551","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-7917.2023.e92551","url":null,"abstract":"Esta pesquisa objetiva apresentar a contribuição da leitura literária para a formação de leitores, voltada para a prática da Hora do Conto, alicerçados no Materialismo Histórico-Dialético e na Teoria Histórico-Cultural. A metodologia utilizada foi um estudo bibliográfico sobre leitura literária e Hora do Conto, com levantamento do estado da arte utilizando-se de descritores. É necessário que o professor acredite que a literatura infantil está presente na escola para ir além da informação, que forneça condições para que seu aluno se interesse pela leitura literária, que consiga selecionar as leituras que mais lhe agrade, que o professor crie a necessidade pela leitura nesse leitor iniciante, que tenha claro que ler é bom, e que não é preciso atribuir tarefas monótonas após essa leitura. Na seleção dos trabalhos selecionados percebemos que a Hora do Conto se mantém como um momento de promoção de cultura, pois durante a sua realização não há preocupação com atividades em papéis, com leitura para pretexto, mas sim como leitura deleite, pois sabe que estão aprendendo pelo ato de ler, de ouvir e imaginar.","PeriodicalId":30964,"journal":{"name":"Anuario de Literatura","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45022619","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Deusas, santas e o pentagrama mágico em A lenda do cavaleiro verde (2021)","authors":"Gabriela Carlos Luz","doi":"10.5007/2175-7917.2023.e93053","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-7917.2023.e93053","url":null,"abstract":"O poema medieval Sir Gawain e o Cavaleiro Verde teve sua adaptação cinematográfica intitulada A Lenda do Cavaleiro Verde lançada em 2021 com direção de David Lowery com Dev Patel no papel de Gawain. Tanto o poema quanto o filme apresentam uma quantidade significativa de personagens femininas que possuem algum contato com o sobrenatural e que agem como guias e mediadoras de testes na jornada de Gawain. Este trabalho pretende abordar como estas personagens femininas foram adaptadas para o longa-metragem pensando em como a conjunção com magia e o simbolismo do pentagrama foi utilizado de maneira a relacionar tais personagens como arquitetas da aventura e consequentemente como representações divinas de lendas pagãs que foram sincretizadas com o universo religioso cristão. O trabalho também foca em referências da literatura medieval para adaptações para o cinema moderno discutindo como dada a dificuldade em adequar personagens complexas como Morgana le Fay e símbolos como o pentagrama, o diretor utilizou representações estratégicas para que audiências modernas tivessem uma melhor compreensão da aventura do cavaleiro de Arthur. O estudo é baseado em análises de feminismo e literatura arturiana como expressado por Larissa Tracy e Geraldine Heng; de textos críticos acerca de adaptações arturianas como o de Maureen Fries, além de autores especializados no poema original como J. A. Burrow e utiliza a tradução mais recente em língua portuguesa do poema medieval feito por Artur Avelar em 2020.","PeriodicalId":30964,"journal":{"name":"Anuario de Literatura","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49029090","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Reading the Harlem Renaissance one hundred years later: context, names, and influence","authors":"Giovane Alves de Souza","doi":"10.5007/2175-7917.2023.e92563","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-7917.2023.e92563","url":null,"abstract":"The Harlem Renaissance was a modernist movement of self-affirmation of black identity in the arts that, in dialogue with anticolonial articulations, reached its peak in the 1920s, in the United States. Many of its authors, such as Langston Hughes (1901-1964), Zora Neale Hurston (1891-1960), Richard Bruce Nugent (1906-1987) and Nella Larsen (1891-1964) currently have their names linked to the movement, but, despite this, they took different paths, marked by the intersections between class, race, gender and sexuality, present in their lives and works. It is our goal, therefore, to study some of these authors main works, and we do so by paying attention to the dialogues and idiosyncrasies between the works of these authors who are fundamental to the movement. In order to do so, we take support on the contributions of Walker (1975), Neal (1985), Gates and Lemke (1995), Hutchinson (2007), among others. We observed, with this study, the way in which the perceptions about these authors and their respective literary works reverberated throughout the decades following the decline of the movement and until the present day.","PeriodicalId":30964,"journal":{"name":"Anuario de Literatura","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48482024","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O mito de Orfeu na poesia de Murilo Mendes","authors":"L. Cavalcanti","doi":"10.5007/2175-7917.2023.e92456","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-7917.2023.e92456","url":null,"abstract":"Nesse texto, pretendemos examinar a presença de Orfeu na poética de Murilo Mendes por meio da análise dos poemas que o poeta dedicou ao citaredo trácio. A figuração do mito de Orfeu ocupa um lugar central na obra de Murilo Mendes e, em seus múltiplos significados, dois sentidos são fundamentais para sua poética: o caráter fragmentário de sua poesia, que o liga à poética da modernidade e o desejo, por meio do canto órfico, de reorganizar o caos do mundo moderno em um cosmos revigorador.","PeriodicalId":30964,"journal":{"name":"Anuario de Literatura","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42316241","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"De Marielle para Conceição, de Conceição para Marielle: gestos que vingam e fazem vingar","authors":"Moama Lorena de Lacerda Marques","doi":"10.5007/2175-7917.2023.e92507","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-7917.2023.e92507","url":null,"abstract":"Considerando a (ins)urgência de assumir a expressão literária enquanto produção teórica, a exemplo do que nos provoca Heloísa Buarque de Hollanda (2020), partimos do título do segundo livro de poesia de Danielle Magalhães, Vingar (2021), para pensar nos gestos de rasura, acolhimento e reconhecimento articulados na relação afetiva, poética e política que aproxima Marielle Franco e Conceição Evaristo. Para tanto, analisamos os sentidos desses gestos na homenagem que a vereadora carioca prestou à escritora mineira na Câmara de vereadores do Rio, em 2017, e no poema (re)escrito por Evaristo que abre a antologia, publicada em 2018, Um girassol nos teus cabelos: poemas para Marielle Franco (SILVA; MARA; KUBOTA, 2018). A partir dessas análises, argumentamos que a articulação desses gestos é parâmetro para nos aproximarmos de uma parte importante da poesia de autoria feminina contemporânea: aquela interessada em vingar e fazer vingar corpos considerados não passíveis de serem enlutados pelo Estado. Como subsídio teórico, elegemos Butler (2020), Hollanda (2020), Magalhães (2021), Kiffer; Giorgi (2019), Piedade (2017), entre outras e outros.","PeriodicalId":30964,"journal":{"name":"Anuario de Literatura","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42462633","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O peso do inefável","authors":"Ibrahim Alisson Yamakawa","doi":"10.5007/2175-7917.2023.e92481","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-7917.2023.e92481","url":null,"abstract":"Pretende-se, a partir de Uma menina está perdida no seu século à procura do pai, de Gonçalo M. Tavares, aprofundar a compreensão sobre a noção de inefável e confirmar, a partir da leitura desse romance, a possibilidade de um dizer sem palavras capaz de expressá-lo. Assumindo que o inefável é um sentido (in)exprimível ao infinito e que fica por dizer (e significar) e por redizer (e ressignificar) de modo interminável (JANKÉLÉVITCH, 2018), não é possível convertê-lo em palavras. Por isso, começa-se por considerar o vazio inefável desse romance tavariano como uma forma decisiva para dar sentido aos sentidos que extrapolam à lógica da palavra escrita. Ao considerá-lo como forma determinante para a justa expressão do inefável, torna-se imprescindível deter-se sobre ele, pois à medida que é interpretado, amplia-se a compreensão do inefável verificado na obra. Para fundamentar essa discussão, faz-se referência aos estudos de Vladmir Jankélévitch (2018), Santiago Kovadloff (2003, 2014), Michele Frederico Sciacca (1967), George Steiner (1988), Gilberto Mendonça Teles (1979), Luzia Aparecida Berloffa Tofalini (2020), entre outros.","PeriodicalId":30964,"journal":{"name":"Anuario de Literatura","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44183169","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}