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Pretende-se, a partir de Uma menina está perdida no seu século à procura do pai, de Gonçalo M. Tavares, aprofundar a compreensão sobre a noção de inefável e confirmar, a partir da leitura desse romance, a possibilidade de um dizer sem palavras capaz de expressá-lo. Assumindo que o inefável é um sentido (in)exprimível ao infinito e que fica por dizer (e significar) e por redizer (e ressignificar) de modo interminável (JANKÉLÉVITCH, 2018), não é possível convertê-lo em palavras. Por isso, começa-se por considerar o vazio inefável desse romance tavariano como uma forma decisiva para dar sentido aos sentidos que extrapolam à lógica da palavra escrita. Ao considerá-lo como forma determinante para a justa expressão do inefável, torna-se imprescindível deter-se sobre ele, pois à medida que é interpretado, amplia-se a compreensão do inefável verificado na obra. Para fundamentar essa discussão, faz-se referência aos estudos de Vladmir Jankélévitch (2018), Santiago Kovadloff (2003, 2014), Michele Frederico Sciacca (1967), George Steiner (1988), Gilberto Mendonça Teles (1979), Luzia Aparecida Berloffa Tofalini (2020), entre outros.