{"title":"“Negro e branco pobre, tudo é escravo, mas tem tudo na mão”: discussões sobre raça e classe no romance Jubiabá de Jorge Amado","authors":"Geferson Santana","doi":"10.36311/0102-5864.2019.V56N1.12.P170","DOIUrl":"https://doi.org/10.36311/0102-5864.2019.V56N1.12.P170","url":null,"abstract":"O presente artigo analisa como Jorge Amado representou os problemas em torno da ideia de raça e classe, no Brasil, a partir do romance Jubiabá, publicado em 1935. Esta obra construiu o primeiro herói negro da literatura brasileira, Antônio Balduíno, inspirado na estética do realismo socialista da União Soviética (URSS), que nos incita a discutir sobre os elementos conceituais em torno desse movimento artístico-literário e como este influenciou na produção intelectual do escritor baiano. Esta análise nos permitiu entender como os tipos (personagens) e cenários foram criados numa relação dialógica com o contexto histórico da cidade de Salvador da primeira metade do século XX.","PeriodicalId":30832,"journal":{"name":"Revista Novos Rumos Sociologicos","volume":"6 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85117119","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Os sindicatos e a ditadura","authors":"A. Gramsci","doi":"10.36311/0102-5864.2019.V56N1.04.P9","DOIUrl":"https://doi.org/10.36311/0102-5864.2019.V56N1.04.P9","url":null,"abstract":"A luta de classe internacional culminou até agora na vitória de operários e camponeses de dois proletariados nacionais. Na Rússia e na Hungria os operários e camponeses instauraram a ditadura proletária e tanto na Rússia como na Hungria a ditadura teve que sustentar uma áspera batalha, não só contra a classe burguesa, mas também contra os sindicatos: o conflito entre a ditadura e os sindicatos foi mesmo uma das causas da queda do Soviet húngaro, pois que os sindicatos, mesmo que nunca tenham tentado abertamente derrubar a ditadura, operaram sempre como organismos “derrotistas” da revolução e incessantemente semearam o desconforto e a covardia entre os operários e os soldados vermelhos. Um exame, mesmo que rápido, sobre as razões e as condições desse conflito, pode ser útil á educação revolucionária das massas, as quais devem se convencer que o sindicato talvez seja o organismo mais importante da revolução comunista, pois a tarefa da socialização da indústria recai sobre ele e porque deve criar as condições para que a empresa privada desapareça e não possa mais surgir, devendo também convencer-se da necessidade de criar, antes da revolução, as condições psicológicas e objetivas que tornem impossíveis qualquer conflito e qualquer dualismo de poder entre os vários organismos que encarnam a luta da classe proletária contra o capitalismo.","PeriodicalId":30832,"journal":{"name":"Revista Novos Rumos Sociologicos","volume":"5 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89728958","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O fim da democracia burguesa","authors":"Ivo Tonet","doi":"10.36311/0102-5864.2018.V55N2.09.P119","DOIUrl":"https://doi.org/10.36311/0102-5864.2018.V55N2.09.P119","url":null,"abstract":"Democracia ou ditadura. Parece ser esse o dilema que predomina entre o pensamento de esquerda, atualmente. Sendo estas as opções, defender a democracia torna-se uma escolha óbvia. Porém, do ponto de vista dos interesses mais essenciais da classe trabalhadora, o dilema não é esse, mas: democracia/ditadura ou liberdade plena (comunista). No sistema capitalista, democracia ou ditadura são formas políticas de que o capital lança mão em momentos diferentes, mas sempre preservando os seus interesses. A própria crise atual que, pela dinâmica do capitão, se torna cada vez mais aguda, demonstra que os espaços democráticos são cada vez mais reduzidos. Deste modo, para os revolucionários, é imperativo deixar bem claro que a verdadeira liberdade humana está para além da democracia e, obviamente, para além do capital.","PeriodicalId":30832,"journal":{"name":"Revista Novos Rumos Sociologicos","volume":"114 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85567128","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Notas sobre quatro importantes interlocutores do Gramsci dos Cadernos do Cárcere: o marxista Labriola e os antimarxistas Croce, Gentile e Sorel","authors":"T. Fonseca","doi":"10.36311/0102-5864.2018.V55N2.06.P56","DOIUrl":"https://doi.org/10.36311/0102-5864.2018.V55N2.06.P56","url":null,"abstract":"Este artigo discute quatro importantes interlocutores do Gramsci dos Cadernos do Cárcere, a saber: Antonio Labriola (marxista) e Benedetto Croce, Giovanni Gentile e Georges Sorel (antimarxistas). O objetivo é tão somente divulgar algumas notas sobre esses quatro “interlocutores”, uma vez que a grande maioria dos textos desses autores não foi publicada no Brasil. Sem dúvida são vários os autores com os quais Gramsci “dialogou” na prisão. Não é nenhum descaso aqui não discutir, por exemplo, a fundamental influência de Lênin ou a recusa gramsciniana aos fundamentos positivistas-mecanicistas da obra de Bukhárin.","PeriodicalId":30832,"journal":{"name":"Revista Novos Rumos Sociologicos","volume":"9 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"86220603","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O Crepúsculo da dialética: Foucault contra Gramsci","authors":"Emiliano Alessandroni","doi":"10.36311/0102-5864.2018.V55N2.03.P15","DOIUrl":"https://doi.org/10.36311/0102-5864.2018.V55N2.03.P15","url":null,"abstract":"Qual é a relação entre o pensamento de Michel Foucault e aquele de Antonio Gramsci? As teorias do filósofo francês podem ser consideradas uma evolução ou uma involução cultural para aquele que tem em conta os processos de emancipação? O presente artigo analisa, de maneira comparada, as principais categorias dos dois intelectuais. A diferença maior entre eles, não diz respeito apenas ao modo de pensar a transformação da realidade, mas a ideia mesma de realidade. Se em Gramsci podemos observar o esforço de pensar de modo dialético, o juízo de Foucault, ao contrário, parece caracterizado por um modo pré-dialético de conceber o mundo e as suas estruturas. O pensamento de Foucault não corresponde àquela constelação de ideias que emerge após a Revolução de Outubro, parecendo frequentemente colocar-se em oposição a esta. Categorias como “imperialismo”, “capitalismo”, “luta de classe” desaparecem, na verdade, em sua perspectiva. Diversamente das teorias de Gramsci, aquelas esposadas por Michel Foucault mostram uma maior aproximação com o liberalismo e a revolução conservadora do que com o marxismo.","PeriodicalId":30832,"journal":{"name":"Revista Novos Rumos Sociologicos","volume":"36 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85497541","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Gramsci e a reforma intelectual e moral","authors":"Marcos Tadeu Del Roio","doi":"10.36311/0102-5864.2018.V55N2.05.P38","DOIUrl":"https://doi.org/10.36311/0102-5864.2018.V55N2.05.P38","url":null,"abstract":"O objetivo do texto é o de mostrar como a categoria teórica de reforma intelectual e moral tem uma trajetória tortuosa e significados variáveis. A ideia é a de resgatar a noção de reforma intelectual e moral conectada com a noção de senso comum, numa elaboração que começa com Vico. A hipótese, pouco abordada pela literatura, é que há uma incidência relativamente forte do historicismo de Vico na obra de Gramsci, mas com sensível mediação de Sorel.","PeriodicalId":30832,"journal":{"name":"Revista Novos Rumos Sociologicos","volume":"2 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85415125","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Revisitando o populismo: o caso argentino","authors":"Iuri Cavlak","doi":"10.36311/0102-5864.2018.V55N2.08.P100","DOIUrl":"https://doi.org/10.36311/0102-5864.2018.V55N2.08.P100","url":null,"abstract":"Este artigo visa discutir o populismo sob o viés da afirmação e conquista de direitos da classe trabalhadora, em desacordo com determinados estudos que ressaltam a manipulação e as insuficiências das lutas sociais no período em que o populismo clássico esteve em cena. Para isso, desenvolvo uma reflexão centrada no caso argentino, objetivando entendê-lo na sua complexidade e nos seus desdobramentos posteriores. Interessa-me destacar o caráter orgânico popular dos movimentos que foram, e ainda são pensados em torno dessa chave conceitual. Quando possível, intento comparações com a realidade brasileira.","PeriodicalId":30832,"journal":{"name":"Revista Novos Rumos Sociologicos","volume":"10 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"88630190","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Entre superação do parlamentarismo e lutas sociais: a função do direito e as dinâmicas do poder de análise gramsciana do fascismo e do comunismo soviético","authors":"F. Frosini","doi":"10.36311/0102-5864.2018.V55N2.04.P26","DOIUrl":"https://doi.org/10.36311/0102-5864.2018.V55N2.04.P26","url":null,"abstract":"O objetivo do artigo é analisar a questão de como Gramsci, analisando a realidade contemporânea a ele, pensa o nexo entre o parlamentarismo, a sua crise, e o conflito social. Serão analisados três aspectos: os acontecimentos contemporâneos de Gramsci; a relação recíproca entre as categorias de direito, poder e conflito; as grandes tendências que se desenham no espaço da “crise orgânica” do sistema hegemônico mundial.","PeriodicalId":30832,"journal":{"name":"Revista Novos Rumos Sociologicos","volume":"26 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"87261191","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Ideais estéticos e políticos em disputa pelos artistas figurativos e abstratos no Brasil dos anos 1950 e 1960","authors":"Graziela Naclério Forte","doi":"10.36311/0102-5864.2018.V55N2.10.P139","DOIUrl":"https://doi.org/10.36311/0102-5864.2018.V55N2.10.P139","url":null,"abstract":"Após uma década e meia de visibilidade (1930-1945), a arte social figurativa perdia espaço para a arte abstrata que contava com o apoio da Associação Internacional de Críticos de Arte (Aica) e profissionais associados à instituição, como Mário Pedrosa. Durante os anos 1950 e início dos 1960, várias foram as divergências e o debate se intensificou entre essas duas tendências. Foi nesse contexto que seis artistas assinaram, na cidade do Rio de Janeiro, o “Manifesto dos Artistas Modernos Independentes” (1960), em uma evidente referência ao “Manifesto por uma Arte Revolucionária Independente” (1938). Reivindicavam a permanência deles e da arte figurativa no mundo das artes, e portanto, tinham como propósito chamar a atenção dos críticos, jurados dos salões e contratantes de um modo geral. Tal fato evidencia um período de disputas internas pela adoção da estética ideal, além da legitimação e consagração dos artistas, em uma época de grandes mudanças dos referenciais artísticos.","PeriodicalId":30832,"journal":{"name":"Revista Novos Rumos Sociologicos","volume":"13 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"78496332","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Leituras marxistas de Caio Prado Junior: breves apontamentos","authors":"L. Pericás","doi":"10.36311/0102-5864.2018.V55N2.07.P85","DOIUrl":"https://doi.org/10.36311/0102-5864.2018.V55N2.07.P85","url":null,"abstract":"O artigo faz breves apontamentos sobre leituras marxistas da obra de Caio Prado Junior, reconstituindo historicamente a própria recepção do pensamento de Marx no Brasil, dado que cada autor marxista viveu e escreveu de acordo com o que se conhecia da obra do pensador alemão no Brasil – ou já publicada primeiramente na Europa – desde o início do século XX. ","PeriodicalId":30832,"journal":{"name":"Revista Novos Rumos Sociologicos","volume":"17 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"86968478","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}