{"title":"Ideais estéticos e políticos em disputa pelos artistas figurativos e abstratos no Brasil dos anos 1950 e 1960","authors":"Graziela Naclério Forte","doi":"10.36311/0102-5864.2018.V55N2.10.P139","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Após uma década e meia de visibilidade (1930-1945), a arte social figurativa perdia espaço para a arte abstrata que contava com o apoio da Associação Internacional de Críticos de Arte (Aica) e profissionais associados à instituição, como Mário Pedrosa. Durante os anos 1950 e início dos 1960, várias foram as divergências e o debate se intensificou entre essas duas tendências. Foi nesse contexto que seis artistas assinaram, na cidade do Rio de Janeiro, o “Manifesto dos Artistas Modernos Independentes” (1960), em uma evidente referência ao “Manifesto por uma Arte Revolucionária Independente” (1938). Reivindicavam a permanência deles e da arte figurativa no mundo das artes, e portanto, tinham como propósito chamar a atenção dos críticos, jurados dos salões e contratantes de um modo geral. Tal fato evidencia um período de disputas internas pela adoção da estética ideal, além da legitimação e consagração dos artistas, em uma época de grandes mudanças dos referenciais artísticos.","PeriodicalId":30832,"journal":{"name":"Revista Novos Rumos Sociologicos","volume":"13 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Novos Rumos Sociologicos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.36311/0102-5864.2018.V55N2.10.P139","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Após uma década e meia de visibilidade (1930-1945), a arte social figurativa perdia espaço para a arte abstrata que contava com o apoio da Associação Internacional de Críticos de Arte (Aica) e profissionais associados à instituição, como Mário Pedrosa. Durante os anos 1950 e início dos 1960, várias foram as divergências e o debate se intensificou entre essas duas tendências. Foi nesse contexto que seis artistas assinaram, na cidade do Rio de Janeiro, o “Manifesto dos Artistas Modernos Independentes” (1960), em uma evidente referência ao “Manifesto por uma Arte Revolucionária Independente” (1938). Reivindicavam a permanência deles e da arte figurativa no mundo das artes, e portanto, tinham como propósito chamar a atenção dos críticos, jurados dos salões e contratantes de um modo geral. Tal fato evidencia um período de disputas internas pela adoção da estética ideal, além da legitimação e consagração dos artistas, em uma época de grandes mudanças dos referenciais artísticos.