{"title":"Entre as “ditaduras” do patriarcado e do feminismo:","authors":"Diogo de Moraes Silva","doi":"10.9771/pcr.v15i1.47380","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/pcr.v15i1.47380","url":null,"abstract":"Este texto se propõem acompanhar, descrever e analisar as controvérsias culturais pautadas por integrantes do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira frente ao projeto artístico Espacio para abortar (2014), do coletivo boliviano Mujeres Creando, integrante da 31ª Bienal de São Paulo. Para isso, se vale do conceito de “guerras culturais”, oriundo dos estudos do sociólogo James Hunter, mobilizando-o como instrumento propício a uma abordagem de natureza compreensiva do fenômeno enfocado – que tem na formação educacional e moral das novas gerações um aspecto-chave. Descritivo-analítico, o presente exercício se vale de um arco de registros produzidos e veiculados pelos atores em desacordo, buscando detalhar suas visões de mundo, assim como as estratégias de atuação que desenvolvem para intervir no debate público sobre a problemática do aborto.","PeriodicalId":263264,"journal":{"name":"Políticas Culturais em Revista","volume":"305 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132397125","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Leandro de Paula, Caroline Dumas, Fernanda Pimenta
{"title":"Políticas e Guerras da cultura: filtros de investimento público como \"pós-censura\"","authors":"Leandro de Paula, Caroline Dumas, Fernanda Pimenta","doi":"10.9771/pcr.v15i1.47398","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/pcr.v15i1.47398","url":null,"abstract":"Este artigo investiga a relação entre o ambiente de \"guerra cultural\" no Brasil e o regime de moderação de liberdades expressivas conhecido como \"pós-censura\", analisando como os dois fenômenos se interligam na gestão de fundos públicos de incentivo à cultura pelo governo Bolsonaro. Reconstituímos os desdobramentos jurídicos e políticos de três medidas da Secretaria Especial de Cultura entre 2019 e 2021: a suspensão de um edital para TVs públicas; a inabilitação do Instituto Vladimir Herzog para captação de recursos; e a paralisação da análise de projetos previstos para cidades que adotassem ações de lockdown . Decisões judiciais, notas de órgãos de governo, material de imprensa e de redes sociais compõem o corpus, examinado sob as premissas da análise de controvérsias públicas.","PeriodicalId":263264,"journal":{"name":"Políticas Culturais em Revista","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123757760","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Kulturkämpfe neoconservadora","authors":"Andrew Hartman, Cayo Honorato","doi":"10.9771/pcr.v15i1.47384","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/pcr.v15i1.47384","url":null,"abstract":"Apresentação do texto\u0000Andrew Hartman é professor de história na Illinois State University, onde ministra cursos de história intelectual, cultural e política dos Estados Unidos. O texto aqui traduzido integra o seu livro A War for the Soul of America – A History of the Culture Wars, na condição de segundo capítulo. Como indicado pelo título, seu estudo se debruça sobre a história das “guerras culturais” nos Estados Unidos, tendo nas décadas de 1950 e 60 períodos-chave para a compreensão do advento do fenômeno. Se os anos cinquenta podem ser tidos como majoritariamente conservadores nos EUA, o mesmo não pode ser dito dos sessenta, quando a contracultura deflagra transformações liberalizantes e emancipatórias, com segmentos sociais minorizados (negros, femininos e gays) desempenhando papel decisivo nas mudanças nas formas de sociabilidade. Aglutinados pelo emblema da Nova Esquerda, esses movimentos geram sentimentos de ameaça e perigo para aqueles que viam as ideias de “América” e “americanismo” sendo desmanteladas. As “guerras culturais” corresponderiam, em uma de suas faces, à aliança entre intelectuais neoconservadores e a direita cristã que, sensíveis à necessidade de se organizarem politicamente para combater os avanços progressistas, se insurgem como “contrarrevolucionários culturais”.\u0000Resumo do texto\u0000Se os Novos Esquerdistas deram forma a um lado das guerras culturais, aqueles que passaram a ser chamados de neoconservadores foram extremamente influentes na formação do outro. O neoconservadorismo – um rótulo aplicado a um grupo de intelectuais liberais proeminentes que se moveram para a direita do espectro político estadunidense durante os anos 60 – tomou forma precisamente em oposição à Nova Esquerda. Em sua reação à Nova Esquerda, em sua defesa vigorosa das instituições estadunidenses tradicionais e ataque total aos intelectuais que, nas palavras de Lionel Trilling, compunham uma \"cultura adversária\", os neoconservadores ajudaram a redigir os próprios termos das guerras culturais.\u0000 ","PeriodicalId":263264,"journal":{"name":"Políticas Culturais em Revista","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123166311","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Producción teatral e intervención estatal en la Ciudad de Buenos Aires","authors":"Larisa Rivarola","doi":"10.9771/pcr.v15i1.43928","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/pcr.v15i1.43928","url":null,"abstract":"ResumenEste artículo estudia las relaciones que los teatristas entablan con las políticas públicas de fomento de la actividad teatral, analizando las formas de producción en el circuito teatral alternativo de la Ciudad de Buenos Aires, en relación con los supuestos y paradigmas establecidos en la Ley Nacional de Teatro, promulgada en 1997 en Argentina. Para ello, se sigue la propuesta del filósofo Eduardo Rinesi, quien utiliza elementos de la tragedia como herramienta de análisis.Palabras clave: Producción. Políticas. Teatro. Ley.\u0000AbstractThis article studies the relationships that theater performers establish with public policies to promote theatrical activity, analyzing the forms of production in the alternative theater circuit of the City of Buenos Aires, in relation to the assumptions and paradigms established in the National Law Theater, enacted in 1997 in Argentina. For this, the proposal of the philosopher Eduardo Rinesi is followed, who uses elements of the tragedy as a tool for analysis.Keywords: Production. Politics. Theater. Law","PeriodicalId":263264,"journal":{"name":"Políticas Culturais em Revista","volume":"115 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126844466","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"escola, o gênero e os embates com o neoconservadorismo “restaurador”","authors":"Assis Felipe Menin, Joana Maria Pedro","doi":"10.9771/pcr.v15i1.47401","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/pcr.v15i1.47401","url":null,"abstract":"Resumo: O presente texto procura discutir como as mobilizações antigênero em contexto escolar, tanto em nível global quanto local, movimentaram um ímpeto “restaurador” de valores morais na sociedade, por parte de fundamentalistas religiosos e políticos. Para esse intento, vale-se de textos do Vaticano e de projetos de lei de políticos brasileiros, nos quais esses discursos explicitam a autoridade familiar na educação dos seus filhos, conforme suas convicções morais e religiosas. Evidencia-se também o receio mobilizado por um ressentimento em relação à uma ideologia que “destruiria a família heterossexual”. O dispositivo da “ideologia de gênero” nas escolas seria essa ameaça e provoca, como reação, uma tentativa de “restauração” de um homem ocidental.","PeriodicalId":263264,"journal":{"name":"Políticas Culturais em Revista","volume":"97 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130329741","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"que querem os libertários e por que deram um giro à extrema direita?","authors":"Pablo Stefanoni, Luiz Foltran","doi":"10.9771/pcr.v15i1.48454","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/pcr.v15i1.48454","url":null,"abstract":"“O que querem os libertários e por que deram um giro à direita?” é um capítulo do livro ¿La rebeldia se volvió de derecha? (Buenos Aires: Siglo Ventiuno, 2021) do historiador argentino Pablo Stefanoni. O livro de Stefanoni tenta entender como a nova direita conseguiu ressurgir como portadora de uma rebeldia antissistêmica e o capítulo traduzido aqui conta a trajetória de Javier Milei, o economista ultraliberal que se converteu em ponta de lança das guerras culturais no país. Ao resgatar a trajetória política e intelectual de Milei, Stefanoni mostra como os temas morais que caracterizam as guerras culturais se conectam e se entrelaçam com o ultraliberalismo econômico. Depois de publicado o livro, a coalizão liderada por Milei conseguiu 17% dos votos na região de Buenos Aires, consagrando-se como a terceira força política da região. O capítulo se publica aqui com autorização do autor e a tradução é de Luiza Foltran.","PeriodicalId":263264,"journal":{"name":"Políticas Culturais em Revista","volume":"3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132413690","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"construção de Paulo Freire como inimigo nacional","authors":"Rodolfo Godoi, Eduardo Dimitrov","doi":"10.9771/pcr.v15i1.47378","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/pcr.v15i1.47378","url":null,"abstract":"O artigo percorre os caminhos discursivos que tentaram deslegitimar o educador Paulo Freire no Brasil nos últimos anos. Evidenciam-se como determinados argumentos foram importados e disseminados pelo escritor Olavo de Carvalho, e instrumentalizados na Câmara dos Deputados Federais, especialmente no ano de 2019. Foi realizada análise textual das produções de Olavo de Carvalho e de proposições legislativas vinculadas, pensadas ao lado das perspectivas teóricas de James Hunter para enquadramento do fenômeno nas guerras culturais. Encontra-se distorção e fraude nos caminhos argumentativos, bem como posicionamentos políticos específicos apresentados como posições neutras. Conclui-se que os agentes analisados engajaram-se tanto pela transformação de Paulo Freire como inimigo nacional, como também pelo esvaziamento da política na escola.","PeriodicalId":263264,"journal":{"name":"Políticas Culturais em Revista","volume":"58 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124814217","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"guerra cultural contínua","authors":"James Davison Hunter, Cássia Zanon","doi":"10.9771/pcr.v15i1.48385","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/pcr.v15i1.48385","url":null,"abstract":"“A guerra cultural contínua” é um artigo do sociólogo James Davidson Hunter publicado em um volume (Is there a culture war? A dialogue on values and American public life. Washington: Pew Research Center, 2006) que faz um balanço do debate sobre as guerras culturais nos Estados Unidos. Hunter é um sociólogo da religião na Universidade da Virginia e foi quem cunhou, em seu livro Culture Wars (Nova Iorque: Basic Books, 1991), a expressão “guerras culturais” para descrever os conflitos políticos em torno de temas morais que caracterizavam os Estados Unidos do final dos anos 1980 e início dos anos 1990. Como o livro de Hunter segue ainda sem tradução ao português, incluímos no dossiê este artigo que resgata a tese original de 1991, relata como o fenômeno das guerras culturais foi originalmente percebido e responde e comenta algumas das controvérsias que o conceito despertou. O artigo é reproduzido com autorização da editora e a tradução é de Cássia Zanon.","PeriodicalId":263264,"journal":{"name":"Políticas Culturais em Revista","volume":"15 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128918473","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"nova idade das trevas: a Escola de Frankfurt e o “politicamente correto”","authors":"Michael Miniccino, Cássia Zanon","doi":"10.9771/pcr.v15i1.48384","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/pcr.v15i1.48384","url":null,"abstract":"“A nova idade das trevas” é um artigo de Michael Minnicino de 1992 originalmente publicado na revista “Fidelio” ligada ao movimento LaRouche. Ele é frequentemente considerado pelos estudiosos como a fonte original da ideia de “marxismo cultural” —ainda que a expressão não apareça no texto. Publicamos o artigo na sessão “documentos” como um registro histórico do nascimento de um conceito duradouro que vai orientar as guerras culturais contra o progressismo “politicamente correto”. Segundo a tese, a nova esquerda teria se organizado a partir da escola de Frankfurt (os filósofos e cientistas sociais que se reuniam em torno do Instituto de Pesquisa Social) substituindo a luta política por uma luta cultural. Embora tenha nascido no movimento LaRouche –uma corrente política liderada por Lyndon LaRouche, que tinha uma pequena penetração no Partido Democrata americano –a tese logo é adotada pela nova direita e se dissemina rapidamente, sendo reproduzida com muitas variantes no discurso dos conservadores. Em 2011, o ativista norueguês de extrema-direita Anders Breivik mata 58 jovens do Partido dos Trabalhadores que acampavam na ilha de Utøya. Ele deixa um manifesto chamado “Uma declaração europeia de independência” que, logo na introdução, cita o artigo de Minnicino. Michael Mninicino –que, neste momento tinha se afastado do movimento LaRouche –publica então a seguinte declaração: “A organização LaRouche é um culto completamente dominado pela personalidade profundamente paranóica e mesquinha do Sr. LaRouche e por suas teorias de conspiração mal informadas sobre a ciência, a filosofia e a história. Houve (e provavelmente ainda há) membros dessa organização que buscam a verdade. Infelizmente, a livre investigação real é impossível dentro da organização: muitas conclusões ou linhas de pesquisa possíveis devem ser descartadas consciente ou inconscientemente por causa de \"pensamentos\" anteriores de LaRouche sobre o assunto. O mesmo acontece com o meu trabalho sobre a Escola de Frankfurt enquanto estive na organização. Ainda gosto de pensar que algumas de minhas pesquisas foram validamente conduzidas e úteis. No entanto, vejo muito claramente que todo o empreendimento –e especialmente as conclusões –foi irremediavelmente deformado pela autocensura e pelo desejo de apoiar de alguma forma a visão de mundo lunática do Sr. LaRouche. Então, nesse sentido, não mantenho o que escrevi, e acho lamentável que ainda seja lembrado. Também devo observar que, ao longo dos anos, meus escritos publicados sobre cultura foram citados, bem como descaradamente plagiados, por um amplo e estranho grupo de autores, desde ditadores comunistas (o próprio Fidel Castro!), passando por conspiracionistas de esquerda e direita, chegando aos neonazistas. Breivik é a mais trágica e recente adição a esta lista. Sinto algum consolo pelo fato de que, com Jefferson e Gandhi, sou apenas uma das centenas de citações que ele usou para apoiar sua tese monstruosa.” O artigo é publicado aqui com autor","PeriodicalId":263264,"journal":{"name":"Políticas Culturais em Revista","volume":"11 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124592622","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Da rejeição à arte contemporânea para a guerra cultural (Nathalie Heinich)","authors":"Nathalie Heinich, Diogo de Moraes Silva","doi":"10.9771/pcr.v15i1.47381","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/pcr.v15i1.47381","url":null,"abstract":"Apresentação do texto\u0000Nathalie Heinich é uma socióloga francesa com extensa trajetória nos estudos da recepção em arte, com especial interesse pelas situações de desacordo na avaliação das obras pelos públicos. Sua atuação profissional inclui a direção de pesquisas no CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique) e na EHESS (École des Hautes Etudes en Sciences Sociales), ambas instituições referenciais na França. As investigações da autora abrangem a sociologia da arte, a epistemologia das ciências sociais e a sociologia dos valores, com notáveis incursões pela instância receptiva das artes visuais e, em especial, pelos conflitos axiológicos emergidos da relação das audiências não especializadas com a produção artística contemporânea, em contextos nacionais como a França e os Estados Unidos. O texto aqui traduzido resulta de um trabalho de campo realizado por ela, em 1996, na Costa Leste dos EUA, tendo sido originalmente publicado no volume Rethinking Comparative Cultural Sociology: Repertoires of Evaluation in France and the United States (2000), organizado por Michèle Lamont e Laurent Thévenot. Destacam-se, nas análises de Heinich, as especificidades das formas de rejeição à arte contemporânea nesses dois países, com a significativa coincidência, no caso norte-americano, entre as reações de repúdio à arte e as agendas morais e cívicas próprias às “guerras culturais”. \u0000Resumo do texto\u0000Estudo comparativo entre os ambientes culturais francês e norte-americano, o texto adota como viés analítico as várias formas de rejeição às artes visuais contemporâneas. O cotejo testado revela, todavia, diferenças inconciliáveis tanto no que se refere aos instrumentos de aferição usados nesses países como no que diz respeito à natureza dos valores mobilizados por públicos contrariados. Focado nos valores movimentados por audiências leigas, o estudo evidencia os contrastes entre os modos mais discretos e subjetivos das refutações na França, além da raridade de sua figuração na arena pública, e as controvérsias midiatizadas e politicamente informadas das “guerras culturais” norte-americanas. Apesar das discrepâncias, uma tipologia de matriz axiológica derivada de casos registrados nesses países permite a confrontação das realidades. \u0000 ","PeriodicalId":263264,"journal":{"name":"Políticas Culturais em Revista","volume":"127 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115616360","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}