{"title":"Kulturkämpfe neoconservadora","authors":"Andrew Hartman, Cayo Honorato","doi":"10.9771/pcr.v15i1.47384","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Apresentação do texto\nAndrew Hartman é professor de história na Illinois State University, onde ministra cursos de história intelectual, cultural e política dos Estados Unidos. O texto aqui traduzido integra o seu livro A War for the Soul of America – A History of the Culture Wars, na condição de segundo capítulo. Como indicado pelo título, seu estudo se debruça sobre a história das “guerras culturais” nos Estados Unidos, tendo nas décadas de 1950 e 60 períodos-chave para a compreensão do advento do fenômeno. Se os anos cinquenta podem ser tidos como majoritariamente conservadores nos EUA, o mesmo não pode ser dito dos sessenta, quando a contracultura deflagra transformações liberalizantes e emancipatórias, com segmentos sociais minorizados (negros, femininos e gays) desempenhando papel decisivo nas mudanças nas formas de sociabilidade. Aglutinados pelo emblema da Nova Esquerda, esses movimentos geram sentimentos de ameaça e perigo para aqueles que viam as ideias de “América” e “americanismo” sendo desmanteladas. As “guerras culturais” corresponderiam, em uma de suas faces, à aliança entre intelectuais neoconservadores e a direita cristã que, sensíveis à necessidade de se organizarem politicamente para combater os avanços progressistas, se insurgem como “contrarrevolucionários culturais”.\nResumo do texto\nSe os Novos Esquerdistas deram forma a um lado das guerras culturais, aqueles que passaram a ser chamados de neoconservadores foram extremamente influentes na formação do outro. O neoconservadorismo – um rótulo aplicado a um grupo de intelectuais liberais proeminentes que se moveram para a direita do espectro político estadunidense durante os anos 60 – tomou forma precisamente em oposição à Nova Esquerda. Em sua reação à Nova Esquerda, em sua defesa vigorosa das instituições estadunidenses tradicionais e ataque total aos intelectuais que, nas palavras de Lionel Trilling, compunham uma \"cultura adversária\", os neoconservadores ajudaram a redigir os próprios termos das guerras culturais.\n ","PeriodicalId":263264,"journal":{"name":"Políticas Culturais em Revista","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Políticas Culturais em Revista","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.9771/pcr.v15i1.47384","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Apresentação do texto
Andrew Hartman é professor de história na Illinois State University, onde ministra cursos de história intelectual, cultural e política dos Estados Unidos. O texto aqui traduzido integra o seu livro A War for the Soul of America – A History of the Culture Wars, na condição de segundo capítulo. Como indicado pelo título, seu estudo se debruça sobre a história das “guerras culturais” nos Estados Unidos, tendo nas décadas de 1950 e 60 períodos-chave para a compreensão do advento do fenômeno. Se os anos cinquenta podem ser tidos como majoritariamente conservadores nos EUA, o mesmo não pode ser dito dos sessenta, quando a contracultura deflagra transformações liberalizantes e emancipatórias, com segmentos sociais minorizados (negros, femininos e gays) desempenhando papel decisivo nas mudanças nas formas de sociabilidade. Aglutinados pelo emblema da Nova Esquerda, esses movimentos geram sentimentos de ameaça e perigo para aqueles que viam as ideias de “América” e “americanismo” sendo desmanteladas. As “guerras culturais” corresponderiam, em uma de suas faces, à aliança entre intelectuais neoconservadores e a direita cristã que, sensíveis à necessidade de se organizarem politicamente para combater os avanços progressistas, se insurgem como “contrarrevolucionários culturais”.
Resumo do texto
Se os Novos Esquerdistas deram forma a um lado das guerras culturais, aqueles que passaram a ser chamados de neoconservadores foram extremamente influentes na formação do outro. O neoconservadorismo – um rótulo aplicado a um grupo de intelectuais liberais proeminentes que se moveram para a direita do espectro político estadunidense durante os anos 60 – tomou forma precisamente em oposição à Nova Esquerda. Em sua reação à Nova Esquerda, em sua defesa vigorosa das instituições estadunidenses tradicionais e ataque total aos intelectuais que, nas palavras de Lionel Trilling, compunham uma "cultura adversária", os neoconservadores ajudaram a redigir os próprios termos das guerras culturais.
安德鲁·哈特曼(andrew Hartman)是伊利诺斯州立大学(Illinois State University)的历史学教授,他在那里教授美国知识、文化和政治史课程。这里翻译的文本是他的书《美国灵魂的战争——文化战争的历史》的第二章。正如题目所示,他的研究重点是美国“文化战争”的历史,在20世纪50年代和60年代是理解这一现象出现的关键时期。可以采取像50年代主要是保守的美国,同样不能说的年代,当反自由化和emancipatórias开始转变,和社会阶层minorizados(黑人女性和同性恋)和社会性模式变化中的决定性作用。在新左派的旗帜下,这些运动给那些看到“美国”和“美国主义”思想被瓦解的人带来了威胁和危险的感觉。“文化战争”的一个方面是新保守主义知识分子和基督教右翼之间的联盟,他们意识到需要在政治上组织起来反对进步进步,以“文化反革命分子”的身份起义。新左派在文化战争的一边形成了,而那些被称为新保守主义者的人在另一边形成了巨大的影响。新保守主义——指的是20世纪60年代在美国政治光谱中转向右翼的一群杰出的自由主义知识分子——正是在反对新左派的情况下形成的。在他们对新左派的反应中,他们积极捍卫美国传统制度,并全面攻击知识分子,用莱昂内尔·特里林的话来说,知识分子构成了一种“敌对文化”,新保守主义者帮助起草了文化战争的条款。