Luís Alexandre Lemos Costa, Caio Marques da Silva, Fernanda Fônseca Monteiro Freire, Juliana Minervina De Souza Freire
{"title":"RELAÇÃO ENTRE O SARS-COV-2 E A SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ","authors":"Luís Alexandre Lemos Costa, Caio Marques da Silva, Fernanda Fônseca Monteiro Freire, Juliana Minervina De Souza Freire","doi":"10.51161/conbesp/23","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbesp/23","url":null,"abstract":"Introdução: A síndrome de Guillain-Barré (SGB), conhecida como polirradiculoneurite aguda, é uma patologia que é a maior causa de paralisia flácida generalizada no mundo, sendo uma doença autoimune. Cerca de 70% dos pacientes que desenvolvem essa síndrome apresentam uma doença aguda precedente, sendo as infecções virais as mais prevalentes. Diante disso, em relação à atual pandemia viral do SARS-COV-2 existem relatos sobre a relação do surgimento da SGB após uma infecção por COVID-19. Portanto, exames complementares são necessários para confirmar a hipótese diagnosticada e excluir outras causas de paraparesia flácida. Objetivos: Compreender a relação entre a infecção por SARS-COV-2 e o aparecimento da neuropatia conhecida por Síndrome de Guillain-Barré. Material e métodos: Foi realizado uma revisão de literatura integrativa, utilizado os bancos de dados a PubMed, livros acadêmicos online, incluindo artigos do idioma Português (Brasil) e Inglês. Aplicado o operador booleano \"AND\" para os descritores \"Síndrome de Guillain-Barré\", \"COVID-19\" e \"SARS-COV-2\". Usou-se os critérios de inclusão para todos os artigos relacionados a infecção por COVID-19 e a SGB, nos critérios de exclusão aos artigos sobre o coronavírus publicados até 2019. Resultados: Em relação aos pacientes que tiveram COVID-19 e logo em seguida apresentaram a SGB, isso vem acontecendo como uma complicação secundária ao COVID-19. Por se tratar de uma doença autoimune, a fisiopatologia da SGB está associada veementemente ao sistema de defesa do corpo, no qual irá atacar as células do próprio organismo. Devido ao fato de a membrana plasmática dos neurônios possuir grandes quantidades de gangliosideos, os autoanticorpos terão tropismo por esse sistema do organismo. A natureza desse ataque do sistema imune aos neurônios pode ocorrer de formas diferentes, sendo que o subtipo da síndrome irá mudar conforme essa reação. Conclusão: Vale ressaltar a importância da boa conduta clinica aos pacientes acometidos pelo SARS-CoV-2, e relacionar com a SGB é de suma importância, por apresentar quadros de paralisia flácida ascendentes, com a possibilidade tornar-se irreversível se não diagnosticado com antecedência. Portanto, os profissionais devem seguir o Protocolo Clinico e Diretrizes Terapêuticas da SGB elaborada pelo Ministério de Saúde com critérios diagnostico com base na inclusão e exclusão do paciente.","PeriodicalId":246732,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Patológicos On-line","volume":"10 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129453293","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"TRATAMENTO DE HEMANGIOMA EM MUCOSA BUCAL POR ESCLEROTERAPIA: REVISÃO DE LITERATURA","authors":"Enya Laissah Freire Ribeiro","doi":"10.51161/conbesp/38","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbesp/38","url":null,"abstract":"Introdução: O hemangioma é definido como uma neoplasia benigna considerada uma das alterações vasculares mais frequentemente localizadas em cabeça e pescoço, sendo caracterizada pelo crescimento anormal de vasos sanguíneos em um determinado local. O manejo dessa alteração pode ser realizado por meio de diversas formas, dentre elas a escleroterapia, que representa um método atrativo por possuir características favoráveis como eficácia e baixo custo, e ainda por ser um procedimento minimamente invasivo. Seu funcionamento baseia-se na aplicação de agentes esclerosantes que, seu mecanismo de ação se fundamenta em causar injúria às células endoteliais presentes no local aplicado. Objetivos: O presente trabalho tem como objetivo expor o tratamento de hemangioma através da escleroterapia explicando seu funcionamento, suas vantagens, indicações e agentes farmacológicos mais utilizados. Material e métodos: Revisão de literatura do tipo narrativa realizada através de uma vasta revisão dos artigos científicos dos últimos 5 anos nas bases de dados LILACS, SciELO e Google Acadêmico no modo “pesquisa avançada”, utilizando os seguintes descritores na língua portuguesa e inglesa: Hemangioma, Escleroterapia e Mucosa bucal. Resultados: A literatura denota que a escleroterapia como tratamento de hemangioma, apresenta-se como um método de fácil realização, principalmente quando aplicado em hemangiomas de diâmetros menores. Conclusão: O tratamento de hemangioma visa não só o retorno da estética, como também o retorno da função, assim evitando possíveis intercorrências como ulcerações, sangramentos e infecções. Utilizando a aplicação de manobras semi-técnicas e um exame clínico criterioso para obtenção de um diagnóstico conclusivo, que se mostram como meios indispensáveis para definir um plano de tratamento adequado.","PeriodicalId":246732,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Patológicos On-line","volume":"86 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114564913","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
L. Mendes, Lucas Carvalho Mendes, Sarah Brito de Siqueira, Lucas Arruda Lino
{"title":"EPIDEMIOLOGIA DOS CASOS DE MENINGITE DO BRASIL NOS ÚLTIMOS 10 ANOS","authors":"L. Mendes, Lucas Carvalho Mendes, Sarah Brito de Siqueira, Lucas Arruda Lino","doi":"10.51161/conbesp/39","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbesp/39","url":null,"abstract":"Introdução: A Meningite é uma doença causada pela inflamação das meninges — membranas que revestem o encéfalo e medula espinhal. Possui diversos agentes etiológicos, como vírus ou bactérias. A etiologia viral é mais comum, mas a de origem bacteriana possui maior taxa de mortalidade. Essa patologia apresenta dados epidemiológicos relevantes para o âmbito nacional, considerando mais de 167 mil casos diagnosticados na última década. Dentre as anormalidades, o quadro clínico é grave, manifestando, por exemplo, febre, cefaleia intensa, rigidez de nuca, confusão mental e alterações do líquido cefalorraquidiano, podendo evoluir para episódios de convulsões, paralisias, tremores e transtornos pupilares. Ademais, embora tenha tratamento, possui dados significativos de mortalidade sob ótica nacional. Objetivo: Analisar a quantidade e variáveis dos pacientes com diagnóstico, nos centros de atendimento, sendo hospitais e unidades básicas de saúde do Brasil, no período de 2011 a 2021. Material e métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, quantitativo e retrospectivo com coleta de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde - DATASUS. A pesquisa foi realizada mediante informações epidemiológicas e morbidade no grupo de Morbidade Hospitalar do SUS (SIH/SUS). Foram analisados os dados disponíveis pelo CID 10 de ambos os sexos, faixas etárias, raças e números de óbitos no Brasil. Resultados: Foram constatados no período estudado, 167.317 casos de meningite no Brasil. No tocante ao sexo, 59,01% dos casos é do sexo masculino e 40,99% do sexo feminino. Das faixas etárias, a maior prevalência se dá entre o nascimento até o 9º ano de vida com 46,74% e também entre 20 e 39 anos de idade com 19,44% dos casos totais da doença. Quanto às raças, observa-se que 56,35% dos acometidos são brancos, 37,48% são pardos, 5,16% são pretos e 1,01% outros. Além disso, no período de 2009 até 2019, ocorreram 11.179 óbitos por meningite no país, destacando-se a região sudeste com 50,71% dos casos totais da enfermidade. Conclusão: Depreende-se, portanto, que essa patologia é mais prevalente no sexo masculino, sobretudo na faixa etária de pessoas mais novas de até 9 anos de idade com presença marcante em indivíduos da raça branca.","PeriodicalId":246732,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Patológicos On-line","volume":"20 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129302033","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Maria Eduarda Scapin De Moura, Letícia Ganem Rillo Paz Barateiro, Jacqueline Zanone, J. C. Rinaldi
{"title":"AVALIAÇÃO DA POPULAÇÃO DE MASTÓCITOS DA PRÓSTATA DORSOLATERAL DE RATOS WISTAR","authors":"Maria Eduarda Scapin De Moura, Letícia Ganem Rillo Paz Barateiro, Jacqueline Zanone, J. C. Rinaldi","doi":"10.51161/conbesp/19","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbesp/19","url":null,"abstract":"Introdução: Terapias convencionais para o câncer podem causar diversos efeitos colaterais, logo, uma alternativa são os suplementos nutricionais imunomoduladores como os simbióticos. Enquanto o probiótico Bifidobacterium animalis tem potencial antiinflamatório e protege a microbiota intestinal, o prebiótico quercetina destaca-se pela atividade antioxidante. Embora a maioria dos estudos avaliem impactos desses compostos individualmente e no sistema digestório, são escassos aqueles que os unem e investigam seus efeitos em órgãos como os reprodutores. Como a próstata, que se alterada, pode afetar a nutrição espermática e sucesso reprodutivo, também, a qualidade de vida do paciente. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi avaliar impactos do uso B. animalis e quercetina na resposta imune, quantificando os mastócitos totais da próstata dorsolateral de ratos com câncer colorretal. Material e métodos: vinte-e-cinco ratos Wistar machos foram divididos em 5 grupos (n=5): Controle (C), com câncer colorretal (CCR), CCR e tratados com quercetina (CCRQ), CCR e tratados com probiótico (CCRP) e CCR tratados com ambos os compostos (CCRPQ). O câncer colorretal foi incitado com a administração de 1,2-dimetilhidrazina (DMH) duas vezes por semana, durante 14 dias (40 mg/kg). Os tratamentos envolvendo quercetina foram na dose de 10mg/kg diariamente e B. animalis em solução com 5x107UFC no volume adequado ao peso de cada animal. Após eutanásia, a próstata foi dissecada, pesada, fixada em methacarn e emblocada em parafina. Cortes de 5 µm de espessura foram corados com azul de toluidina, para quantificação de mastócitos com auxílio da microscopia de luz. Os dados foram submetidos à análise de variância ANOVA, sendo estatístico o p<=0,05. Resultado: Foi observado diminuição na quantidade de mastócitos totais de animais do grupo CCRPQ (média=55 mastócitos/animal) quando comparados ao CCR (média=139,75 mastócitos/animal). Análises comparativas entre todos os grupos, mostraram valor de p significativo somente entre CCR e CCRPQ (p=0,0441). Conclusão: A atividade simbiótica de B. animalis e quercetina alterou a população total de mastócitos na próstata dorsolateral em comparação aos animais induzidos com câncer. Embora estes resultados sejam promissores, são parciais, sendo que mais análises estão em andamento para compreensão dos mecanismos envolvidos","PeriodicalId":246732,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Patológicos On-line","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129279500","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Larissa Gabriela Ezequiel Roza, Iandra de Freitas Oliveira, André Luís Canuto, Gustavo Souza Gontijo Garcia
{"title":"IMPACTOS DE TRATAMENTOS ONCOLÓGICOS SOBRE A GESTAÇÃO E A FERTILIDADE DA MULHER","authors":"Larissa Gabriela Ezequiel Roza, Iandra de Freitas Oliveira, André Luís Canuto, Gustavo Souza Gontijo Garcia","doi":"10.51161/conbesp/33","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbesp/33","url":null,"abstract":"Introdução: O câncer associado à gravidez corresponde a toda neoplasia diagnosticada durante a gestação ou até 12 meses após o parto, e configura um evento raro. O câncer de colo uterino (CCU) é o tumor que mais se associa com a gravidez, e a quimioterapia é a abordagem terapêutica mais empregada no manejo da doença oncológica. Os agentes platinantes, sobretudo a cisplatina, principal quimioterápico utilizado na abordagem do CCU, possuem características nefrotóxicas e ototóxicas, além de interferir na fertilidade e apresentar potencial teratogênico. A radioterapia está estritamente relacionada com prejuízos à vascularização e consequente aumento da incidência de aborto. Objetivo: Analisar os efeitos adversos de tratamentos oncológicos na gestação e na fertilidade da mulher. Material e métodos: Revisão narrativa da literatura, com buscas nas bases PubMed, SciELO, Cochrane, e Google Scholar, incluindo-se, publicações em português e inglês. Foram excluídos artigos que não se relacionavam com o tema e os publicados há mais de 10 anos, sendo selecionados 7 artigos para o estudo. Resultados: Cerca de 2% dos casos de CCU ocorrem em gestantes, sendo a abordagem quimioterápica voltada para regressão ou estabilização tumoral enquanto se aguarda a viabilidade fetal. A cisplatina é o quimioterápico mais utilizado, visto que menos de um terço da dose atravessa a placenta, sendo associada à vincristina ou paclitaxel mediante doença metastática. A radioterapia propicia falência ovariana transitória ou permanente (de acordo com a dose empregada), interfere na vascularização e no desenvolvimento uterino, favorecendo aborto, perda gestacional de segundo trimestre, parto pré-termo e baixo peso ao nascimento. Radioterapia pélvica em dosagens entre 5 e 10 Gy é tóxica devido à radiossensibilidade ovariana, mas os efeitos sobre o feto dependem da idade gestacional e da dose empregada. Doses inferiores a 10cGy não causam prejuízos ao feto, no entanto, a dose habitual empregada enquanto terapêutica oncológico é de 4.000cGy a 8.000cGy. Conclusão: É relativamente seguro administrar agentes antineoplásicos durante o segundo e o terceiro trimestres de gestação, mas no primeiro, pode ocasionar aborto espontâneo e maior risco de malformações fetais. E além dos possíveis riscos teratogênicos, a fertilidade também pode ser afetada pelos tratamentos oncológicos locais ou sistêmicos.","PeriodicalId":246732,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Patológicos On-line","volume":"130 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132314381","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"IMUNOPATOGÊNESE ENVOLVIDA NA INFECÇÃO POR SARS-COV-2: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA","authors":"Matheus Menezes Luciano, Adriano da Silva Santos","doi":"10.51161/conbesp/12","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbesp/12","url":null,"abstract":"Introdução: Em dezembro de 2019, detectou-se um novo β-coronavírus, denominado, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como SARS-CoV-2. Dessa forma, no primeiro trimestre de 2020, essa nova doença, nomeada de Coronavírus Disease 2019 (COVID-19), se alastrou pelos continentes rapidamente. Tendo em vista a complexidade envolvida no desenvolvimento da COVID-19, faz-se necessário conhecer a imunopatogênese do SARSCoV-2. Objetivo: O trabalho possui como principal objetivo analisar as evidências científicas disponíveis sobre a imunopatogênese do SARS-CoV-2 e sua relação com o sistema imune do hospedeiro. Material e métodos: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada a partir de uma abordagem qualitativa, realizada em cinco fases, sendo elas elaboração da pergunta norteadora, busca na literatura, coleta de dados, análise crítica dos estudos incluídos e discussão dos resultados. Utilizou-se as seguintes bases de dados: Literatura Internacional em Ciências da Saúde (Medline) e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Resultados: Os estudos retratam que a resposta imunológica antiviral é de suma importância no combate ao patógeno. Há a produção de citocinas próinflamatórias e mediadores químicos, buscando uma melhor resposta antiviral que seja efetiva, no entanto, essa resposta pode ser exacerbada. Macrófagos, monócitos, linfócitos e neutrófilos tendem a migrar para o tecido pulmonar como recurso de contenção ao patógeno. Assim, a hipercitocinemia promovida por essa tentativa de defesa promove dano tecidual ao pulmão e, a posteriori, a cascata de danos associados a hipercitocinemia pode acometer e danificar a barreira epitelial e disseminar o vírus pelo organismo. Como resultado desse dano ao tecido alveolar, há uma maior dificuldade para a realização da hematose. Sobre a tempestade de citocinas, as citocinas pró-inflamatórias mais abundantes são IFN-γ, TNF-α, IP-10, IL-1, IL-6 e IL-18, sendo IL-6, IL-10 e IP-10 a tríade considerada de mais gravidade. Conclusão: Reações imunológicas desencadeadas por vírus são essenciais para a contenção de uma infecção viral. Essa resposta imune é composta por vários fatores que atuam conjuntamente com a secreção de citocinas, que por sua vez, ativam diversas vias de sinalização para a eliminação de patógenos. Em contrapartida, essa resposta, quando desregulada, pode causar o agravamento da doença e, por conseguinte, do quadro clínico.","PeriodicalId":246732,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Patológicos On-line","volume":"19 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115168368","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"ANÁLISE FISIOTERAPÊUTICA: PACIENTES COM ATAXIA CEREBELAR SOMADA ÀS DISFUNÇÕES NEUROLÓGICAS PÓS COVID-19. UMA REVISÃO DE LITERATURA","authors":"Renata Camille Gonçalves de Albuquerque, H. Souza","doi":"10.51161/conbesp/24","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbesp/24","url":null,"abstract":"Introdução: Em 1863 uma síndrome foi descrita, caracterizada e reconhecida clinicamente e patologicamente como sendo a primeira forma de ataxia hereditária, pelo médico e professor anatomista Nicolaus Friedreirich. Mais adiante em 1893, o neurologista francês Pierre Marie designou o termo heredo-ataxia cerebelar, a qual apresentava manifestações específicas e padrões sujestivos característicos de herança autossomica dominante. Atualmente a hérédo-ataxie cérébelleuse, termo em Francês, é conhecida como ataxia cerebelar de Pierre Marie ou de Marie. Assim, as heredoataxias sendo um grupo de doenças neurodegenerativas do cerebelo e das vias cerebelares, são aportadas pelos avanços nos estudos. Mais atualmente, ocorreu uma pandemia disseminada em 2019 do novo vírus respiratório “Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-coV-2) causador da doença COVID-19. Notando-se, nos quadros clínicos acarretados pelo COVID-19 a presença de casos de ataxia cerebelar pós infecciosa e parainfecciosa. Haja vista as pesquisas aprofundadas e tecnológicas de biogenética, têmse a fisioterapia com seu enfoque protocolar de tratamento funcional abordando desde a reabilitação hospitalar intensiva durante internação do paciente até a fisioterapia convencional de treinamento da marcha associado a acessório de apoio no início do tratamento visando uma melhor qualidade de vida no cotidiano do indivíduo acometido. Objetivos: Analisar a efetividade da fisioterapia no paciente acometido por ataxia cerebelar somada às disfunções acarretadas pela COVID-19. Material e métodos: É uma revisão da literatura utilizando a base de dados eletrônica Scientific Electronic Library Online (SciELO), Pubmed MEDLINE. Resultados: Foi observado que havendo conhecimento prévio dos genes influentes causadores atáxicos cerebelares concomitante a abordagem fisioterapêutica desde os estágios iniciais da doença COVID-19, seja no cenário de internação seja no pós COVID, as discrepâncias nos resultados podem ser diminuídos. Conclusão: Nota-se, que as características da patologia sendo a ausência de coordenação ao deambular, instabilidade postural estática e dinâmica, fraqueza e fadiga muscular seguidos de alterações oftálmicas, alterações motoras, desequilíbrio e dentre suas maiores limitações está o risco de quedas, aos idosos pode ser fatal. Sendo assim, o profissional fisioterapeuta aplicando técnicas de fortalecimento e alongamento muscular, treinos de marcha e coordenação motora, aliando-se a realidade virtual como fator lúdico, moderno e efetivo em se tratando das disfunções da marcha.","PeriodicalId":246732,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Patológicos On-line","volume":"36 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115784275","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Diego Nogueira de Souza, Kátia Zeny Assumpção Pedroso, Nicolas Cardoso Gonçalves, S. D. L. E. S. Gomes
{"title":"DESENVOLVIMENTO CANCERÍGENO EM FUMANTES ATIVOS: UM OLHAR SOBRE A REALIDADE NO BRASIL","authors":"Diego Nogueira de Souza, Kátia Zeny Assumpção Pedroso, Nicolas Cardoso Gonçalves, S. D. L. E. S. Gomes","doi":"10.51161/conbesp/16","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbesp/16","url":null,"abstract":"Introdução: A dependência da nicotina é uma doença crônica reconhecida como tabagismo, sendo grave fator de risco ao desenvolvimento de patologias, tais como cânceres. A exposição ao tabaco pode ocorrer de forma ativa ou passiva, quando associada a um indivíduo não fumante, que convive em um ambiente onde há fumo ativo. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) indicam que em 2020 morreram 25.683 pessoas por cânceres variados, causados pelo tabagismo e mais 24.443 mortes relacionadas somente ao câncer de pulmão. Dessa maneira, é necessário um olhar cauteloso para a população fumante. Objetivo: Destacar a incidência de cânceres em fumantes ativos nas capitais brasileiras. Metodologia: Revisão de literatura na base SciELO, dados do INCA e no sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) Brasil 2020. Foram seguidos os seguintes critérios: uso de descritores em saúde, publicações entre 2016 e 2021, em português. Foram selecionados 9 artigos. Resultados: O tabagismo é responsável por 90% dos tumores de pulmão, sendo considerado a principal causa de câncer no mundo. Portanto, campanhas de restrição ao seu uso foram implementadas no Brasil a partir do ano de 1989. Resultados do Vigitel expõem que a maior parte da população fumante possui entre 25 a 34 anos, o predomínio de escolaridade entre os tabagistas, sem considerar idade, é de menos de 8 anos, sendo que homens têm maior frequência de fumo (11,7%) do que mulheres (7,6%). As maiores porcentagens de tabagismo ficam na região sul e sudeste, principalmente em São Paulo, Florianópolis e Porto Alegre. O Sistema único de Saúde (SUS) oferece o programa nacional de controle do tabagismo (PNCT) para todos que desejam um tratamento para abandonar o vício. Conclusão: É necessário olhar criteriosamente para o tabagismo, haja visto que a maior incidência do vício ocorre em países em desenvolvimento, acometendo a população socialmente vulnerável, deixando-os expostos a patologias que podem ser evitadas por prevenção. O PNCT precisa ser divulgado para a população, promovendo assim adesão, continuidade do tratamento e, de forma efetiva, contribuir para redução dos fumantes.","PeriodicalId":246732,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Patológicos On-line","volume":"13 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133591690","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Jéssica Paola Salame, Lucas Loss Cantele, Gabriela Gavasso, Beliza Loss, Karla Patrícia Casemiro
{"title":"LINFOMA DIFUSO DE GRANDES CÉLULAS B CUTÂNEO SECUNDÁRIO À DOENÇA TESTICULAR PRÉVIA, COM 4 ANOS DE INTERVALO - RELATO DE CASO","authors":"Jéssica Paola Salame, Lucas Loss Cantele, Gabriela Gavasso, Beliza Loss, Karla Patrícia Casemiro","doi":"10.51161/conbesp/18","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbesp/18","url":null,"abstract":"Introdução: Linfomas cutâneos podem ser primários ou secundários. Os primários são os mais frequentes linfomas extra-nodais, com incidência em torno de 10 casos por milhão de habitantes por ano, sendo que destes, 20-30% são Linfomas cutâneos primários de células B. Embora idênticos morfologicamente, podem mostrar cursos clínicos bem distintos, sendo os primários geralmente mais indolentes em comparação com os secundários, que apresentam maiores taxas de doença disseminada e estadiamento avançado ao diagnóstico. Em um estudo, disseminação cutânea foi notada entre 0 e 46 meses após a doença primária, com média de 11 meses. Objetivo: Relatar um caso de linfoma difuso de grandes células B cutâneo secundário à doença testicular, com 4 anos de intervalo. Material e métodos: Paciente masculino, 64 anos, exibindo lesões cutâneas enduradas, com bordos definidos, não-pruriginosas, eritemato-violáceas, em membro inferior direito. Recebidas biópsias incisionais das lesões que foram submetidas ao exame histopatológico e ao exame imuno-histoquímica. Resultados: As amostras histologicamente apresentavam preservação da epiderme, e infiltrado dérmico intersticial, com predomínio de células de médio a grande porte, com escasso citoplasma e núcleos hipercromáticos, com ocasionais nucléolos. Ao exame imuno-histoquímico revelou positividade para CD20, BCL6, BCL2, MUM1, CMYC e KI67 de 80%, fechando o diagnóstico de Linfoma Difuso de Grandes Células B (LDGCB), do tipo não-centro germinativo. Após liberação do laudo, recebemos a informação de histórico de LDGCB testicular há 4 anos anteriores ao aparecimento das lesões cutâneas. Foram pesquisadas ainda mutações de BCL2, BCL6 e CMYC por método FISH, sendo todas negativas. Conclusão: O paciente no caso em questão apresentou doença cutânea secundária após cerca de 48 meses, sendo um longo tempo de intervalo entre os dois eventos. Envolvimento cutâneo secundário à LDGCB sistêmico indica uma progressão de doença, e desfechos mais sombrios do que o LDGCB convencional sendo um caso incomum, com grande importância prognóstica e alta morbi-mortalidade, podendo ser de difícil diagnóstico e com amplo espectro de diferenciais ao exame clínico das lesões cutâneas. Além disso, ressalta-se a importância do recebimento de dados clínicos e história prévia do paciente para correlação clínico-patológica, que neste caso foram fundamentais para o diagnóstico, prognóstico e tratamento do paciente.","PeriodicalId":246732,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Patológicos On-line","volume":"68 2 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115674406","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
G. O. Nascimento, Kevin Gustavo dos Santos Silva, Lucas Aparecido Longhi de Andrade, Jésus Faria Rosa Júnior
{"title":"O PAPEL DA BIÓPSIA NO CONTEXTO DA EPILEPSIA","authors":"G. O. Nascimento, Kevin Gustavo dos Santos Silva, Lucas Aparecido Longhi de Andrade, Jésus Faria Rosa Júnior","doi":"10.51161/conbesp/25","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conbesp/25","url":null,"abstract":"Introdução: A epilepsia, doença que afeta aproximadamente 50 milhões de pessoas no mundo, é caracterizada pela ocorrência imprevisível de convulsões, geradas por disparos de neurônios. As crises ocorrem pela perda de neurônios gabaérgicos ou hiperexcitação dos glutamatérgicos, o que gera hiperexcitabilidade do sistema nervoso central, determinando manifestações clínicas espectrais. A doença é manifestação de diversas outras, como encefalite e malformação arteriovenosa. Na histopatologia, costuma-se encontrar: displasia cortical, com lesões microscópicas diversas; esclerose hipocampal, com perda segmentar de neurônios e gliose; e encefalite de Rasmussen, com inflamação crônica. Apesar de ser utilizada em poucos casos, é preciso esclarecer o papel da biópsia na epilepsia. Objetivo: Analisar o papel da biópsia na epilepsia por meio de uma revisão sistemática da literatura disponível. Material e métodos: No site Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) foram definidos os descritores \"Epilepsy\" e “Biopsy”. No PubMed e Scielo foi realizada uma pesquisa com tais descritores associados. Foram selecionados apenas ensaios clínicos randomizados, revisões sistemáticas e metaanálises. Não foi estabelecido critérios quanto ao ano de publicação. Os resultados foram analisados qualitativamente quanto às possíveis aplicações da biópsia no contexto da epilepsia. Resultados: Foram encontrados 11 artigos, dos quais 7 artigos foram elegíveis, sendo 3 ensaios clínicos, 3 revisões e 1 meta-análise. Dos excluídos, um era levantamento, outro estudo transversal, outro não randomizado e outro não detalhou metodologia. Apesar de correlacionarem biópsia e craniotomia e citarem biópsia para neoplasias do sistema nervoso central, nenhuma associou o procedimento à epilepsia. Um ensaio clínico citou biópsia como forma de diagnóstico de neurocisticercose, também sem associar à epilepsia. Outro ensaio avaliou o diagnóstico para lesões cerebrais por biópsia estereotáxica guiada por espectroscopia por Ressonância Nuclear Magnética, apesar de não associar esses meios de diagnóstico à epilepsia. A meta-análise indicou que três dos pacientes avaliados que possuíam glioma angiocêntrico foram submetidos à biópsia e não apresentaram recorrência de convulsões. Conclusão: Há poucos estudos sobre a aplicação da biópsia na epilepsia. Porém, a literatura disponível já demonstra a importância da biópsia para doenças que cursam com epilepsia, tais como lesões cerebrais e glioma angiocêntrico.","PeriodicalId":246732,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Patológicos On-line","volume":"14 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121888266","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}