Luís Alexandre Lemos Costa, Caio Marques da Silva, Fernanda Fônseca Monteiro Freire, Juliana Minervina De Souza Freire
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Objetivos: Compreender a relação entre a infecção por SARS-COV-2 e o aparecimento da neuropatia conhecida por Síndrome de Guillain-Barré. Material e métodos: Foi realizado uma revisão de literatura integrativa, utilizado os bancos de dados a PubMed, livros acadêmicos online, incluindo artigos do idioma Português (Brasil) e Inglês. Aplicado o operador booleano \"AND\" para os descritores \"Síndrome de Guillain-Barré\", \"COVID-19\" e \"SARS-COV-2\". Usou-se os critérios de inclusão para todos os artigos relacionados a infecção por COVID-19 e a SGB, nos critérios de exclusão aos artigos sobre o coronavírus publicados até 2019. Resultados: Em relação aos pacientes que tiveram COVID-19 e logo em seguida apresentaram a SGB, isso vem acontecendo como uma complicação secundária ao COVID-19. Por se tratar de uma doença autoimune, a fisiopatologia da SGB está associada veementemente ao sistema de defesa do corpo, no qual irá atacar as células do próprio organismo. Devido ao fato de a membrana plasmática dos neurônios possuir grandes quantidades de gangliosideos, os autoanticorpos terão tropismo por esse sistema do organismo. A natureza desse ataque do sistema imune aos neurônios pode ocorrer de formas diferentes, sendo que o subtipo da síndrome irá mudar conforme essa reação. Conclusão: Vale ressaltar a importância da boa conduta clinica aos pacientes acometidos pelo SARS-CoV-2, e relacionar com a SGB é de suma importância, por apresentar quadros de paralisia flácida ascendentes, com a possibilidade tornar-se irreversível se não diagnosticado com antecedência. 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RELAÇÃO ENTRE O SARS-COV-2 E A SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ
Introdução: A síndrome de Guillain-Barré (SGB), conhecida como polirradiculoneurite aguda, é uma patologia que é a maior causa de paralisia flácida generalizada no mundo, sendo uma doença autoimune. Cerca de 70% dos pacientes que desenvolvem essa síndrome apresentam uma doença aguda precedente, sendo as infecções virais as mais prevalentes. Diante disso, em relação à atual pandemia viral do SARS-COV-2 existem relatos sobre a relação do surgimento da SGB após uma infecção por COVID-19. Portanto, exames complementares são necessários para confirmar a hipótese diagnosticada e excluir outras causas de paraparesia flácida. Objetivos: Compreender a relação entre a infecção por SARS-COV-2 e o aparecimento da neuropatia conhecida por Síndrome de Guillain-Barré. Material e métodos: Foi realizado uma revisão de literatura integrativa, utilizado os bancos de dados a PubMed, livros acadêmicos online, incluindo artigos do idioma Português (Brasil) e Inglês. Aplicado o operador booleano "AND" para os descritores "Síndrome de Guillain-Barré", "COVID-19" e "SARS-COV-2". Usou-se os critérios de inclusão para todos os artigos relacionados a infecção por COVID-19 e a SGB, nos critérios de exclusão aos artigos sobre o coronavírus publicados até 2019. Resultados: Em relação aos pacientes que tiveram COVID-19 e logo em seguida apresentaram a SGB, isso vem acontecendo como uma complicação secundária ao COVID-19. Por se tratar de uma doença autoimune, a fisiopatologia da SGB está associada veementemente ao sistema de defesa do corpo, no qual irá atacar as células do próprio organismo. Devido ao fato de a membrana plasmática dos neurônios possuir grandes quantidades de gangliosideos, os autoanticorpos terão tropismo por esse sistema do organismo. A natureza desse ataque do sistema imune aos neurônios pode ocorrer de formas diferentes, sendo que o subtipo da síndrome irá mudar conforme essa reação. Conclusão: Vale ressaltar a importância da boa conduta clinica aos pacientes acometidos pelo SARS-CoV-2, e relacionar com a SGB é de suma importância, por apresentar quadros de paralisia flácida ascendentes, com a possibilidade tornar-se irreversível se não diagnosticado com antecedência. Portanto, os profissionais devem seguir o Protocolo Clinico e Diretrizes Terapêuticas da SGB elaborada pelo Ministério de Saúde com critérios diagnostico com base na inclusão e exclusão do paciente.