{"title":"INFECÇÃO CUTÂNEA ASSOCIADA A MYCOBACTERIUM PEREGRINUM","authors":"Gabrielle Everton Sousa, Larissa Dimas Barbosa Arthuzo, Matheus Pains Soares Santana, Aércio Sebastião Borges, Marcelo Simão Ferreira","doi":"10.1016/j.bjid.2023.103631","DOIUrl":"https://doi.org/10.1016/j.bjid.2023.103631","url":null,"abstract":"O Mycobacterium peregrinum pertence ao grupo das micobactérias não tuberculosas (MNT) de crescimento rápido, que raramente tem sido associado à infecções de sítio cirúrgico, dispositivos cardíacos, cateteres centrais, pulmonares e partes moles. Imunodeprimidos e lesão traumática prévia aumentam suscetibilidade. Apresentamos um caso de infecção de pele após arranhadura de gato. Mulher, 60 anos, doméstica, procedente de Uberlândia-MG arranhada em antebraço direito por um gato, após 4 dias, evoluiu com pústula e adenomegalias ascendentes e axilar D. Iniciou tratamento com Bactrim por suspeita laboratorial, através do GRAM, de nocardiose, com melhora inicial, porém foi trocado por doxiciclina 200mg/d após identificação do Mycobacterium peregrinum na cultura do raspado da lesão por ser droga mais recomendada na literatura. Houve melhora clínica progressiva e cicatrização completa. O antibiograma mostrou, entretanto, resistência à doxiciclina, claritromicina, imipenem e bactrim, drogas classicamente recomendadas pela literatura, apesar da resolução total da lesão. Sensível à amicacina, linezolida e moxifloxacina. O tratamento das micobacterioses não tuberculosas ainda representa um desafio, já que há uma variabilidade importante quanto ao perfil de sensibilidade desses agentes. Identificação precisa da espécie bem como testes de sensiblidade representam uma ferramenta importante no sucesso terapêutico. Relatos de casos de infecções mais graves, como pulmonares, indicam terapia combinada, reservando monoterapia para casos benignos como os cutâneos localizados. Ressaltamos a importância do diagnóstico diferencial desse tipo de lesão e a resposta completa ao uso de doxiciclina, apesar da resistência in vitro.","PeriodicalId":22315,"journal":{"name":"The Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"303 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136246922","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Letícia Françadas Mercês, Camille Ferreira de Oliveira, Franko de Arruda e Silva, Walter Felix Franco Neto, Liliane Leal das Chagas, Éder Barros dos Santos, Milene Silveira Ferreira, Lívia Caricio Martins
{"title":"INVESTIGAÇÃO SOROLÓGICA PARA AS ARBOVIROSES EM ÁREAS DE EXPLORAÇÃO MINERAL NO ESTADO DO PARÁ","authors":"Letícia Françadas Mercês, Camille Ferreira de Oliveira, Franko de Arruda e Silva, Walter Felix Franco Neto, Liliane Leal das Chagas, Éder Barros dos Santos, Milene Silveira Ferreira, Lívia Caricio Martins","doi":"10.1016/j.bjid.2023.103466","DOIUrl":"https://doi.org/10.1016/j.bjid.2023.103466","url":null,"abstract":"O estado do Pará vem sofrendo grandes transformações ambientais, dentre elas a exploração mineral e o desmatamento, o que aumenta o risco de infecção humana por arbovírus. Assim, objetiva-se demonstrar, através da presença de anticorpos IgM e IgG a possível circulação de arbovírus em residentes e trabalhadores oriundos dos municípios de Parauapebas, no período de 2021 a 2022. Foram analisados 532 soros humanos pelo teste de Inibição da Hemaglutinação (IH) para 17 tipos diferentes de arbovírus (Eastern equine encephalitis otma, Western equine encephalitis otma, Mayaro otma, Mucambo otma, Chikungunya otma, Orthobunyavirus tacaiumaense, Orthoflavivirus nilense, Orthoflavivirus flavi cepa selvagem e cepa vacinal (17D), Orthoflavivirus denguei sorotipos 1, 2, 3 e 4, Orthoflavivirus zikaense, Orthoflavivirus louisense, Rocio otma, Orthoflavivirus ilheusense e Orthobunyavirus oropoucheense). A partir dos resultados obtido no teste de IH foram realizada a captura de IgM pelo método de ELISA (MAC-ELISA) em 89 amostras para Mayaro otma, 90 Chikungunya otma, 504 Orthoflavivirus denguei, 504 Orthoflavivirus nilense, 504 Orthoflavivirus louisense, 504 Orthoflavivirus zikaense e 51 Orthobunyavirus oropoucheense. Dentre as 532 amostras testadas por IH, 513 (96,43%) apresentaram anticorpos totais. 511 (96,05%) foram positivas para Orthoflavivirus, 101 (18,98%) Alphavirus, 56 (10,53%) Orthobunyavirus. Reação simultânea foi observado em 138 (25,94%) amostras e anticorpos para FAV (vacinal- 17D) em 489 (91,92%). No MAC ELISA, 4 (0,79%) amostras foram positivas para Orthoflavivirus denguei, 1 (0,20%) Orthoflavivirus nilense, 2 (0,40%) Orthoflavivirus louisense, 1 (0,20%) Orthoflavivirus zikaense, 1 (1,96%) Orthobunyavirus oropoucheense. Assim como, 228 (10,15%) apresentaram detecção de anticorpos na zona borderline para uma das espécies testadas e 97 (4,32%) apresentaram reatividade cruzada entre Orthoflavivirus e Orthobunyavirus. Foi possível detectar infecção recente para Orthoflavivirus denguei, Orthoflavivirus zikaense, Orthoflavivirus nilense, Orthobunyavirus oropoucheense e Orthoflavivirus louisense, bem como foi observada a circulação dos demais arbovírus testados na área estudada. Medidas de prevenção das arboviroses e o controle vetorial são fundamentais para evitar surtos e epidemias dessas arboviroses.","PeriodicalId":22315,"journal":{"name":"The Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"138 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136246934","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Luísa Mayan Ventin Covre, Gabriela Barreto Espinheira, Bruna Ribeiro Nery, Ianne Acássia Rapôso Duarte Costa, Maria Tereza de Sá Sarmento, Daniel Costa Cordeiro, Maria Eduarda Trindade Guimarães Magalhães, Marlon Borges do Nascimento Júnior, Maria Eduarda Nogueira Conti Burgos, Mayane Macedo Pereira dos Santos
{"title":"ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A COBERTURA VEGETAL DA AMAZÔNIA E O NÚMERO DE CASOS DE MALÁRIA NO NORTE, NORDESTE E CENTRO-OESTE DO BRASIL ENTRE 2010 E 2018","authors":"Luísa Mayan Ventin Covre, Gabriela Barreto Espinheira, Bruna Ribeiro Nery, Ianne Acássia Rapôso Duarte Costa, Maria Tereza de Sá Sarmento, Daniel Costa Cordeiro, Maria Eduarda Trindade Guimarães Magalhães, Marlon Borges do Nascimento Júnior, Maria Eduarda Nogueira Conti Burgos, Mayane Macedo Pereira dos Santos","doi":"10.1016/j.bjid.2023.103527","DOIUrl":"https://doi.org/10.1016/j.bjid.2023.103527","url":null,"abstract":"Os surtos de zoonoses resultam de questões socioeconômicas e ecológicas, como a diminuição da cobertura vegetal. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010 a 2018, um dos biomas mais degradados foi a Amazônia. Assim, é possível que a alteração na vegetação local possa impactar na morbidade por zoonoses, inclusive pela malária, nas regiões próximas ao bioma. O trabalho visa comparar a progressão da perda da cobertura vegetal amazônica com o número de casos e internações por malária, de 2010 a 2018 nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo e descritivo, com dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN/SUS) e do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), disponíveis na plataforma DATASUS. As variáveis utilizadas foram número de casos e internações por malária nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, de 2010 a 2018. Os dados relacionados à perda da cobertura vegetal na Amazônia foram retirados do IBGE. No período de 2010 a 2018 houve uma redução de 75.562 km2 de vegetação florestal, representando redução de 2,3% de área. Nesse mesmo período, nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, houve uma diminuição de 61% nas internações por malária entre 2010 (5259) e 2018 (2049). Destaca-se que o menor valor de internações ocorreu em 2015 (1647), enquanto o maior foi em 2010. Quanto aos casos confirmados, houve 745 casos em 2010 e 347 casos em 2018, representando uma redução de 53%. O ano de 2010 foi o com maior número de casos, enquanto o ano de menor número foi 2016, com 162. Percebe-se também um novo aumento de casos entre 2016 e 2018, de 114%. Houve uma diminuição do número de casos e internações por malária de 2010 a 2016 nas regiões estudadas, acompanhando a redução global da incidência da zoonose, apesar da progressão da perda da cobertura vegetal amazônica. Essa redução possivelmente se deu pelo maior estímulo a prevenção da doença com aumento do número de testes rápidos e distribuição de mosquiteiros com inseticidas, e tais medidas podem ter efeitos benéficos que se sobressaíram aos danosos da degradação ambiental. Ademais, o aumento do número de casos a partir de 2016 pode estar associado ao afrouxamento das medidas preventivas. Assim, percebe-se a importância de reforçar políticas públicas de continuidade do controle e da prevenção da doença, bem como de proteção ambiental.","PeriodicalId":22315,"journal":{"name":"The Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"47 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136246950","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Gustavo Campos Monteiro de Castro, Nícolas de Albuquerque Pereira Feijóo, Thatyane Veloso de Paula Amaral de Almeida, Mariana Giorgi Barroso de Carvalho, Clara Weksler, Wilma Félix Golebiovski, Giovanna Ferraiuoli Barbosa, Rafael Quaresma Garrido, Bruno Zappa, Marcelo Goulart Correia, Cristiane da Cruz Lamas
{"title":"FATORES ASSOCIADOS A EVENTOS NEUROLÓGICOS EM PACIENTES COM ENDOCARDITE INFECCIOSA","authors":"Gustavo Campos Monteiro de Castro, Nícolas de Albuquerque Pereira Feijóo, Thatyane Veloso de Paula Amaral de Almeida, Mariana Giorgi Barroso de Carvalho, Clara Weksler, Wilma Félix Golebiovski, Giovanna Ferraiuoli Barbosa, Rafael Quaresma Garrido, Bruno Zappa, Marcelo Goulart Correia, Cristiane da Cruz Lamas","doi":"10.1016/j.bjid.2023.103171","DOIUrl":"https://doi.org/10.1016/j.bjid.2023.103171","url":null,"abstract":"Eventos neurológicos em pacientes com endocardite infecciosa (EI) são frequentes e impactam manejo e desfechos. Descrever eventos neurológicos em pacientes com EI e compará-lo com outros casos de EI na coorte. Pacientes adultos com EI definitiva de acordo com os critérios de Duke modificados foram incluídos, prospectiva e consecutivamente, de 2006 a 2021. EI com eventos neurológicos (EIEN) foram evento isquêmico cerebral, evento isquêmico com transformação hemorrágica e hemorragia intracraniana, identificados por tomografia computadorizada de crânio realizada sistematicamente na EI esquerda. EIEN foi comparada aos demais pacientes com EI da coorte por teste de proporções. Análise estatística foi realizada com o software Jamovi e R Eventos neurológicos ocorreram em 26,1% das EI. Não foi observado diferença entre sexo e idade entre os dois grupos, tampouco em relação ao local de aquisição ou tipo de válvula afetada. A valvopatia reumática (37,8% vs 28.3%, p = 0,046) foi a única predisposição que ocorreu com maior frequência nos EIEN. Não houve diferença na proporção de comorbidades (insuficiência cardíaca, insuficiência renal crônica e diabetes) dentre os grupos. Dentre as complicações, esplenomegalia (30,2% vs 15,3%, p < 0,001), aneurisma micótico (28,8% vs 2,7%, p < 0,001) e eventos vasculares embólicos para outros sítios (83,2% vs 31,3%, p < 0,001) foram os mais prevalentes na EIEN. Dos eventos embólicos, o local mais acometido além do sistema nervoso central (SNC) foi o baço, (60,3% vs 26,3%, p < 0,001). Pacientes transferidos apresentaram com maior frequência eventos embólicos para o SNC (59,5% vs 49,3%, p = 0,044). Pacientes com EIEN foram indicados para cirurgia cardíaca em uma proporção similar ao restante da coorte (82,4% vs 83,7%), no entanto, foram menos frequentemente operados (62,7% vs 79,1%, p < 0,001). A taxa de mortalidade dos pacientes na EIEN foi similar ao restante da coorte (23,4% vs 26,9%). Eventos neurológicos ocorreram em cerca de 1/4 dos pacientes da coorte, sendo mais associado a pacientes transferidos de outros hospitais e com EI por viridans, possivelmente pelo quadro arrastado de EI. O número de eventos embólicos (além dos neurológicos) e a incidência de aneurisma micótico foi maior nos pacientes com EIEN. Por fim, é importante ressaltar que os eventos neurológicos interferem diretamente na realização ou não da cirurgia, no entanto, a taxa de mortalidade foi similar ao restante da coorte.","PeriodicalId":22315,"journal":{"name":"The Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136246971","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Jon Salmanton-Garcia, Julia A. Nacov, Heinz-Josef Schmitt, Oliver A. Cornely
{"title":"STATUS DE VACINAÇÃO CONTRA O POLIOVÍRUS ENTRE ADULTOS PARTICIPANTES DO REGISTRO DE VOLUNTÁRIOS DO VACCELERATE","authors":"Jon Salmanton-Garcia, Julia A. Nacov, Heinz-Josef Schmitt, Oliver A. Cornely","doi":"10.1016/j.bjid.2023.103487","DOIUrl":"https://doi.org/10.1016/j.bjid.2023.103487","url":null,"abstract":"Em 2022, casos de poliomielite relacionados a poliovírus derivados de vacinas circulantes (cVDPV) ocorreram em pessoas não vacinadas em países não endêmicos. Consequentemente, a cobertura da vacinação contra o poliovírus (POL) em países não endêmicos precisa ser elucidada. O Registro de Voluntários VACCELERATE, financiado pela União Europeia, foi usado para essa iniciativa de ciência cidadã. Mais de 30000 voluntários adultos em 15 países europeus se registraram no VACCELERATE. Os voluntários adultos foram convidados a preencher um e-CRF na primeira entrada no cartão de vacinação mais antigo disponível e nas vacinas contra o POL, incluindo o número, o tipo, a validade e o horário da administração. As doenças crônicas subjacentes eram conhecidas desde o registro inicial. Entre outubro e novembro de 2022, 5989 de 31333 (19%) voluntários completaram o eCRF, sendo a maioria dos participantes da Alemanha (95,9%), seguidos pela Irlanda (1,5%) e Áustria (0,5%). Entre os voluntários alemães, o status de vacinação completa contra o poliovírus, definido como ≥ 4 doses de vacina trivalente ou vacinas orais mono/bivalentes equivalentes, foi encontrado em 2249 (41,3%) voluntários. Em 1204 (22,1%) voluntários, o status da vacinação era incerto, apesar do recebimento de 4-5 doses, pois o tipo e a validade não foram especificados. Cerca de 313 (5,7%) voluntários não sabiam se haviam sido vacinados; 528 (9,7%) afirmaram ter sido vacinados, mas o número de doses era desconhecido. Dos 1155 (21,2%) voluntários com imunização incompleta, 62 (1,1%) declararam nunca terem sido vacinados contra o POL e 19 (1,7%) tiveram câncer ativo nos últimos dois anos. A média anual dos certificados de vacinação mais antigo com status de vacinação completo foi 1978 e a média do ano de nascimento, 1975. Nos voluntários com status de vacinação incompleto 1992 e 1978, respectivamente. Homens tinham vacinação completa em 35,7% contra 61,8% das mulheres. É difícil avaliar a situação da vacinação contra o POL devido à ausência ou à falha de registros das doses administradas anteriormente, o que indica a necessidade de um registro eletrônico integral da vacinação. Quanto mais próximo o ano do certificado de vacinação mais antigo e do nascimento disponíveis, maior a probabilidade de o status completo da vacinação ter sido relatado. Poucos pacientes com câncer, particularmente em risco, relataram ter o status de vacinação contra a pólio incompleto.","PeriodicalId":22315,"journal":{"name":"The Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"68 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136247012","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Marcos Quintela da Silva, Luiz Alberto Pereira da Silva, Cleidil Gonzales de Nunes, Jose Ferreira de Souza, Valdir Almeida da Costa, Jorge Luiz Almeida da Costa, Elizabeth Gomes Sanches, Maria de Fátima Diniz Baptista
{"title":"ESTUDO DA ATIVIDADE BIOLÓGICA DO SUBSTRATO SECO, Á BASE DA CASCA DA BANANA PRATA, SOBRE AS FORMAS LARVARES DO SCHISTOSOMA MANSONI, EM LABORATÓRIO E A CAMPO EXPERIMENTAL","authors":"Marcos Quintela da Silva, Luiz Alberto Pereira da Silva, Cleidil Gonzales de Nunes, Jose Ferreira de Souza, Valdir Almeida da Costa, Jorge Luiz Almeida da Costa, Elizabeth Gomes Sanches, Maria de Fátima Diniz Baptista","doi":"10.1016/j.bjid.2023.103535","DOIUrl":"https://doi.org/10.1016/j.bjid.2023.103535","url":null,"abstract":"A esquistossomose é um problema que afeta diversas zonas tropicais e subtropicais do mundo, com número estimado de mais 200 milhões de pessoas infectadas. A transmissão da esquistossomose ocorre quando o indivíduo, hospedeiro definitivo, infectado elimina os ovos do verme por meio das fezes humanas. Em contato com a água, os ovos eclodem e liberam larvas que infectam os caramujos, hospedeiros intermediários que vivem nas águas doces. Diversos métodos, tem sido empregado no controle da esquistossomose. No passado, diversos produtos com propriedades moluscicidas foram testados e utilizados em campo onde a prevalência, a incidência e a intensidade da doença eram extremamente altas, porém, seu uso era dispendioso e tóxico ao meio ambiente. Diversas espécies de vegetais vêm sendo testadas como moluscicidas e cercaricidas, visando reduzir a prevalência da esquistossomose, os custos operacionais e os danos ambientais. O objetivo geral deste estudo é desenvolver produto biológico de origem vegetal, usando composição emulsão concentrada biodegradável como forma de eliminação de formas infectantes e larvárias de Schistossoma mansoni em coleções hídricas. Serão utilizadas casca de banana prata da espécie Musa spp. Para a obtenção de extrato seco vegetal que será utilizado como larvicida. Outros três extratos serão obtidos a partir de processos baseados em “Química Verde”. Após testagem in vitro, observou-se característica atóxica do extrato bruto para o Biomphalaria spp. E atividade antiparasitária pré-estudada. Este extrato, será submetido ao desenvolvimento de uma formulação capaz de promover a atividade larvicida no ambiente, que contribuirá para o controle da transmissão da esquistossomose em área endêmica. O extrato seco desenvolvido a partir da casca de banana da espécie Musa spp. Apresentou resultado esperado com efeito antiparasitário, o qual será utilizado no combate as cercarias liberadas pelos caramujos vetores da esquistossomose mansônica, após serem submetidos ao processo de formulação específico ao ambiente de aplicação.","PeriodicalId":22315,"journal":{"name":"The Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"22 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136247031","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Ana Paula Freitas Bahiados Santos, Ana Carolina de Oliveira Mota, Betânia Andrade Araújo de Sousa, Fernanda Guioti Puga, Cinara Silva Feliciano
{"title":"MICOBACTÉRIAS NÃO TUBERCULOSAS EM PACIENTES COM FIBROSE CÍSTICA: SÉRIE DE CASOS","authors":"Ana Paula Freitas Bahiados Santos, Ana Carolina de Oliveira Mota, Betânia Andrade Araújo de Sousa, Fernanda Guioti Puga, Cinara Silva Feliciano","doi":"10.1016/j.bjid.2023.103638","DOIUrl":"https://doi.org/10.1016/j.bjid.2023.103638","url":null,"abstract":"As micobactérias não tuberculosas (MNT) são um grupo heterogêneo de espécies, e podem ser patogênicas ou não. Elas estão associadas a doença pulmonar em pacientes com lesão parenquimatosa estrutural. Assim, pacientes com fibrose cística (FC) têm risco aumentado de infecção por esses agentes, sendo o complexo Mycobacterium avium e M. abscessus os mais prevalentes. O objetivo deste relato é apresentar três casos da associação dessas condições. Todos os casos iniciaram a investigação para MNT devido a persistência das queixas respiratórias de base, apesar de tratamentos de exacerbações bacterianas. Caso 1: mulher, 25 anos, com tomografia computadorizada (TC) de tórax demonstrando focos de bronquiectasias e impactação mucoide nas porções posteriores dos campos pulmonares e nódulos com vidro fosco ao redor. Foi isolado em duas culturas de escarro M. intracelullare. Em tratamento com rifampicina, claritromicina e etambutol, com melhora expressiva dos sintomas. Caso 2: homem, 18 anos, com TC de tórax demonstrando imagens cavitárias pulmonares. Foi isolado M. intracelullare em três amostras de escarro e iniciado rifampicina, claritromicina e etambutol, sendo posteriormente substituídos por ciprofloxacino, azitromicina e etambutol devido a interação medicamentosa com medicações de uso contínuo. Caso 3: mulher, 23 anos, com TC de tórax demonstrando bronquiectasias centrais esparsas e bilaterais, com impactação mucóide e opacidades centrolobulares. Isolado M. intracellulare em duas amostras e M. abscessus também em duas amostras. Paciente com má adesão ao tratamento. A doença pulmonar por MNT é uma condição subdiagnosticada devido a baixa suspeição clínica, concomitância de infecções bacterianas e necessidade de meios de cultura específicos, pouco disponíveis na maioria dos serviços. No entanto, têm alto impacto na morbimortalidade de pacientes com FC. A taxa de prevalência média de MNT nesses pacientes variou de 9% a 13%, sendo as maiores taxas em estudos mais recentes. Algumas hipóteses para esse aumento incluem mudanças nas estratégias de vigilância, mudanças na microbiota pulmonar devido ao uso de antibióticos e falha da autofagia das MNT por macrófagos quando há exposição prolongada à azitromicina. Achados clínicos e tomográficos não são altamente sugestivos e muitas vezes podem ser considerados secundários a exacerbações bacterianas. Assim, há necessidade de manter vigilância microbiológica nos pacientes com FC.","PeriodicalId":22315,"journal":{"name":"The Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"167 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136247086","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Renato Brito dos Santos Júnior, Eliete Rodrigues da Silva, Íris Tarciana de Freitas Cunha, Juliana Santos Teles, Tássia Nayane Vieira dos Santos, Maria Clara Menezes Nocrato Prado, Guilherme Reis de Santana Santos, Tatiana Rodrigues de Moura, Shirley Veronica Melo Almeida Lima, Allan Dantas dos Santos, Caíque Jordan Nunes Ribeiro
{"title":"ANÁLISE ESPACIAL DA MORTALIDADE POR LEISHMANIOSE VISCERAL NO BRASIL (2012-2019): UM ESTUDO ECOLÓGICO","authors":"Renato Brito dos Santos Júnior, Eliete Rodrigues da Silva, Íris Tarciana de Freitas Cunha, Juliana Santos Teles, Tássia Nayane Vieira dos Santos, Maria Clara Menezes Nocrato Prado, Guilherme Reis de Santana Santos, Tatiana Rodrigues de Moura, Shirley Veronica Melo Almeida Lima, Allan Dantas dos Santos, Caíque Jordan Nunes Ribeiro","doi":"10.1016/j.bjid.2023.103509","DOIUrl":"https://doi.org/10.1016/j.bjid.2023.103509","url":null,"abstract":"A leishmaniose visceral (LV) é uma doença parasitária característica de países em desenvolvimento, sendo considerada uma das doenças tropicais negligenciadas com letalidade potencial. O Brasil é responsável por mais de 90% dos casos reportados nas Américas. Este trabalho objetivou investigar os padrões espaciais da mortalidade de leishmaniose visceral no Brasil entre 2012 e 2019. Trata-se de estudo ecológico com técnicas de análise espacial, tendo como unidades de análise os 5.570 municípios brasileiros. A população do estudo consistiu em todos os casos de leishmaniose visceral notificados entre 2012 e 2019. Os dados foram obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A variação evolução foi utilizada para definir os desfechos óbito e óbito associado. A taxa de mortalidade foi calculada em nível municipal e representadas em médias móveis trianuais através de mapas coropléticos. A análise espacial foi executada por meio dos testes de Moran global (I) e local (LISA – local indicators of spatial autocorrelation). Entre 2012 e 2019, a mortalidade por leishmaniose visceral apresentou-se dispersa no Brasil, com maior concentração nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste, tendo uma taxa de mortalidade < 8,3 óbitos/100.000 habitantes na maior parte dos municípios. Houve dependência espacial em todos os triênios analisados (p<0,05). Entre 2012 e 2014, observaram-se aglomerados de alto risco em alguns estados nordestinos, como Bahia, Piauí, Maranhão e Pernambuco, além do Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Porém, nos triênios 2016-2018 e 2017-2019, foi perceptível uma mudança, a partir da qual ocorreu semelhança entre os aglomerados de alto risco entre o meio-norte do Nordeste e região Norte (Tocantins e Pará), além de manter o aumento no Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Os achados desse estudo revelam que a distribuição da mortalidade por leishmaniose visceral não é aleatória, uma vez que foi constatada aglomeração de alto risco. Os clusters identificados coincidem com regiões de maior vulnerabilidade do país, em especial das regiões Norte e Nordeste. Portanto, políticas intersetoriais são necessárias para o controle da doença e redução de casos fatais no território brasileiro.","PeriodicalId":22315,"journal":{"name":"The Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"214 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136247091","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Joanna Sousa da Fonseca Santana, George Gustavo Santos Souza Filho, Vitor Sampaio do Vale, Caio Alves Sampaio, Carolina Nascimento Machado, Lara de Mello Oliveira, Maria Tereza de Sá Sarmento, Maria Eduarda Kobayashi Teixeira
{"title":"ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE LEPTOSPIROSE NO BRASIL ENTRE OS ANOS DE 2018 E 2022","authors":"Joanna Sousa da Fonseca Santana, George Gustavo Santos Souza Filho, Vitor Sampaio do Vale, Caio Alves Sampaio, Carolina Nascimento Machado, Lara de Mello Oliveira, Maria Tereza de Sá Sarmento, Maria Eduarda Kobayashi Teixeira","doi":"10.1016/j.bjid.2023.103505","DOIUrl":"https://doi.org/10.1016/j.bjid.2023.103505","url":null,"abstract":"A leptospirose é uma doença infecciosa transmitida a partir do contato com a urina dos ratos, contaminados pela bactéria do gênero Leptospira. Foi classificada como uma Doença Tropical Negligenciada, pois afeta comunidades marcadas pela desigualdade social, que vivem em áreas sem saneamento básico adequado. Assim, esse trabalho objetiva fazer a análise epidemiológica da doença no Brasil entre os anos de 2018 e 2022. Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, realizado a partir do banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Brasil (SINAN). Avaliou-se o território nacional, no período de 2018 a 2022, sendo coletadas as variáveis: etnia/raça, sexo, evolução, faixa etária e escolaridade. O total de casos registrados no Brasil nesses 5 anos foi de 13.497. A região com maior número de notificações foi a Sudeste (32,14%), seguida pela Sul (31,82%), Nordeste (19,12%), Norte (14,09%) e Centro Oeste (2,17%), respectivamente. A população mais acometida é do sexo masculino (82,23%), etnia parda (57,68%), dos 20 aos 59 anos (75,87%). No Brasil, a taxa de óbito é de 9,63% (1.300), sendo mais alta no Nordeste com 13,87% (370) e 73,98% (1.973) de cura. A região Sul, com a segunda com maior quantidade de casos, obteve a menor taxa de óbito (5,38%, 231). Para escolaridade, destaca-se a taxa de 42,96% de dados ignorados, todavia, apenas 2,81% dos casos correspondem a indivíduos com ensino superior completo. É possível perceber uma discrepância entre os sexos, as raças e a escolaridade, acometendo as populações mais vulneráveis socioeconomicamente. No que tange a mortalidade por leptospirose: embora ocupe a 3ª posição das regiões com maior número de notificações da infecção, a região Nordeste apresenta a maior taxa de óbito pela doença. Tal dado pode estar relacionado com a baixa escolaridade, com a dificuldade de acesso aos serviços de saúde, como também com uma possível subnotificação dos casos. Destaca-se que a principal forma de contaminação da doença depende da ausência do saneamento básico, que também é precário nesses locais. Vale ressaltar que o tratamento da leptospirose requer antibioticoterapia, ou seja, é uma doença curável e resolutiva se diagnosticada precocemente. Portanto, é imprescindível orientar os profissionais para identificação rápida e eficaz da doença a fim de reduzir sua letalidade, bem como o investimento em políticas públicas de saneamento para controle da contaminação.","PeriodicalId":22315,"journal":{"name":"The Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"27 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136247094","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"ATRIBUTOS DE QUALIDADE DA VIGILÂNCIA DE SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE NO PERÍODO PANDÊMICO E PRÉ-PANDÊMICO: SÉRIE TEMPORAL DE 2015 A 2021","authors":"Carolina Marano Cunha, Mariângela Ribeiro Resende","doi":"10.1016/j.bjid.2023.103511","DOIUrl":"https://doi.org/10.1016/j.bjid.2023.103511","url":null,"abstract":"O monitoramento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foi adotado no Brasil desde 2009. Durante a pandemia de COVID-19 houve um cenário disruptivo epidemiológico no Brasil. avaliar os atributos de qualidade da vigilância de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) de 2015 a 2021 em adultos, em hospital de referência terciária no sudeste brasileiro em dois períodos distintos. estudo de série temporal compreendendo coorte de casos notificados de SRAG de base hospitalar. Foram incluídos pacientes adultos com idade maior ou igual a 18 anos notificados como SRAG pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital de Clínicas da UNICAMP no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2021. Utilizou-se o modelo de série temporal SARIMAX. Foram analisados 1.496 casos do período pré-pandêmico e 1.199 casos do período pandêmico. Identificou-se uma média anual de SRAG de 299 e 599 casos, respectivamente, com aumento expressivo na 11ª SE de 2020 até meados da 30ª SE de 2021. Em 2020 e 2021, mais de 50% dos casos de SRAG foram definidos por infecção pelo Sars-Cov-2, principalmente por critério laboratorial e menos de 20% de SRAG no período pré-pandêmico definido como infecção pelo vírus Influenza. Dentre os atributos de oportunidade, o intervalo entre os primeiros sintomas e a internação foi significativamente menor no período pandêmico, correspondendo a uma mediana de seis dias, enquanto no período pré-pandêmico, tais valores corresponderam a uma mediana de 14 dias. O tempo de permanência na UTI foi maior no período pandêmico, com mediana de 12 dias em comparação a sete dias do período pré-pandêmico. O intervalo entre a internação e o desfecho clínico foi significativamente menor no período pandêmico, com mediana de 11 dias em comparação aos 36 dias do período pré-pandêmico. A evolução da doença se mostrou significativamente mais rápida na infecção por Sars-Cov-2 (p < 0,0001), com taxa de letalidade de 35,4%. O sistema de vigilância sindrômica apresenta qualidade e utilidade para a monitorização das síndromes respiratórias tanto em situações endêmicas como epidêmicas e por patógenos conhecidos ou emergentes. Entretanto, há a necessidade de qualificação do diagnóstico etiológico.","PeriodicalId":22315,"journal":{"name":"The Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"68 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136247096","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}