{"title":"A dialogicidade da estética peirciana","authors":"Alessandro Topa","doi":"10.23925/2316-5278.2023v24i1:e62147","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/2316-5278.2023v24i1:e62147","url":null,"abstract":"\u0000\u0000\u0000\u0000\u0000\u0000Este artigo explora a dialogicidade do objeto da Estética Peirciana. Seguindo Herbart, o pragmaticista americano, em seu relato mais maduro (1911), concebe a Estética como uma ciência que lida com os dois tipos de τὸ καλόν, a saber, com a nobreza da conduta (realizada na ação) e com a beleza sensual (experimentada na arte natureza), embora predilete sistematicamente pela primeira, isto é, pelo estudo das condições da imaginação de um fim último admirável em si mesmo (considerando assim o fim esteticamente em sua primeiridade, como uma qualidade possível) e que é pressuposto no estudo das condições de sua atualização como summum bonum (considerando assim o fim eticamente em sua segundidade, como norma que fundamenta relações diádicas de conformidade de conduta autocontrolada a ele). Como a (des)aprovação estética dos fins revela o fundamento último de imaginar a unidade de uma possível identidade prática, a Estética revela as condições de uma liberdade interior que torna a conduta autogovernada possível em primeiro lugar; não, porém, como dado transcendental, mas como resultado de práticas pedagógicas (Seção I). Em seguida, analisamos como a dialogicidade estética se origina da postura de primeira pessoa da questão fundamental que ela faz: “[O] que estou procurando?” (II.1); diferenciamos os partidos, fases e pressupostos dessa dialogicidade (II.2), e analisamos o papel de um ideal – em sua concretização metodológica como hábito de se sentir “crescido sob a influência de um curso de autocrítica e de heterocríticas” – joga pela causalidade semiótica envolvida na formação da conduta (II.3).\u0000\u0000\u0000\u0000\u0000\u0000","PeriodicalId":206101,"journal":{"name":"Cognitio: Revista de Filosofia","volume":"11 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128324086","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Realismo seletivo, empirismo construtivo e o problema da continuidade teórica","authors":"Gabriel Chiarotti Sardi, M. Silva","doi":"10.23925/2316-5278.2023v24i1:e61817","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/2316-5278.2023v24i1:e61817","url":null,"abstract":"\u0000\u0000\u0000No decorrer do debate sobre o realismo científico, alguns antirrealistas, tal como Leo Tolstói e Larry Laudan, criaram um desafio cético para os realistas, questionando, com base na história da ciência, a crença realista de continuidade entre as teorias do passado, atuais e futuras. Stathis Psillos ofereceu uma réplica que ficou conhecida como realismo seletivo ou divide et impera, alegando que, através de um minucioso exame, podemos encontrar elementos teóricos de continuidade entre teorias passadas e atuais, assegurando, por analogia, que as teorias futuras também possuirão elementos de continuidade com as atuais. A estratégia de Psillos, se bem empregada, pode evidenciar que a leitura realista de história da ciência também possui suas virtudes e deve ser considerada. Todavia, no presente artigo, argumentamos que mesmo que o realismo seletivo de Psillos se mostre aplicável, ele deve ser considerado como uma crítica a concepções descontinuístas em história da ciência e não necessariamente ao antirrealismo científico em geral, posto que o empirismo construtivo de Bas van Fraassen, por exemplo, admite a continuidade teórica na ciência.\u0000\u0000\u0000","PeriodicalId":206101,"journal":{"name":"Cognitio: Revista de Filosofia","volume":"114 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126974691","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A arte das metáforas científicas","authors":"Tomas Drunkenmolle","doi":"10.23925/2316-5278.2023v24i1:e62110","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/2316-5278.2023v24i1:e62110","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":206101,"journal":{"name":"Cognitio: Revista de Filosofia","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129761318","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Notes toward a Semeiotic of Art","authors":"Nicholas L. Guardiano","doi":"10.23925/2316-5278.2023v24i1:e61862","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/2316-5278.2023v24i1:e61862","url":null,"abstract":"\u0000\u0000\u0000Although Charles Peirce only rarely applied his semeiotic principles to art, his ideas are highly informative for contemplating the exchange of qualitative meaningin the iconic signs constitutive of art. Reflecting on Peirce’s theory of the icon, three hypo-iconic sub-types, the formative role of the sign-interpretant, and the metaphysical “qualisignificance” of a universe “perfused with signs”, I provide some theoretical notes toward sketching a semeiotic of art. Further illustrative of a Peircean semeiotic of art is the American painting of the Hudson River School and the modern poetry of Wallace Stevens that progressively advance its insights in their own beautiful signs. These philosophers and artists have intellectual roots in Emerson’s transcendentalism with its Neoplatonic legacy, and together form a unique American strand of aesthetics.\u0000\u0000\u0000","PeriodicalId":206101,"journal":{"name":"Cognitio: Revista de Filosofia","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125330851","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Gabriel Chiarotti Sardi, Marcos Vinícius Félix da Silva
{"title":"O argumento de Tolstói","authors":"Gabriel Chiarotti Sardi, Marcos Vinícius Félix da Silva","doi":"10.23925/2316-5278.2023v24i1:e61816","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/2316-5278.2023v24i1:e61816","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":206101,"journal":{"name":"Cognitio: Revista de Filosofia","volume":"36 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116791423","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"John Dewey e as raízes da estética do cotidiano","authors":"Laura Elizia Haubert","doi":"10.23925/2316-5278.2023v24i1:e61338","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/2316-5278.2023v24i1:e61338","url":null,"abstract":"Nas últimas duas décadas a estética do cotidiano tornou-se um importante tema de debate entre filósofos de tradição anglófona. Essa teoria contempla a possibilidade de que o cotidiano seja fonte de experiências estéticas, além de realizar uma crítica da tradição. Ambos os elementos também estão presentes e são centrais para a estética pragmatista desenvolvida por John Dewey na primeira metade do século XX. Neste breve ensaio, realiza-se uma aproximação dos dois projetos teóricos por meio de um eixo de questão em comum, a saber, o dilema de como é possível relacionar a estética e a vida cotidiana.","PeriodicalId":206101,"journal":{"name":"Cognitio: Revista de Filosofia","volume":"57 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133573072","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Fato, valor, significação, pragmatismo","authors":"Arthur Araújo","doi":"10.23925/2316-5278.2023v24i1:e60854","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/2316-5278.2023v24i1:e60854","url":null,"abstract":"\u0000\u0000\u0000considerando o debate nos contextos moderno e contemporâneo da filosofia, exploro a resposta pragmática ao dualismo fato-valor. Nesse sentido, levando em conta que o pragmatismo considera mente e mundo como partes de um continuum experiencial e os humanos como seres sociais, chamo a atenção para a “exigência” de significação e valor nas práticas de vida. Traçando um paralelo entre William James e Wolfgang Köhler relação à noção de “interesse”, como forma de exigência, a ideia central que desenvolvo neste artigo é que “interesse” faz diferença em alguns contextos de experiência e então abre espaço para significação e valor em múltiplos níveis da vida. Em termos do pragmatismo de James, como alternativa aos dualismos tradicionais (fato-valor, teoria- prática, conhecimento-realidade etc.), essa visão pluralista supõe que cada forma de interesse representa condição e gênese de sentido e valor nas práticas humanas.\u0000\u0000\u0000","PeriodicalId":206101,"journal":{"name":"Cognitio: Revista de Filosofia","volume":"5 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134138346","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A ação nos limites da consciência","authors":"Jose Jatuff, C. Viale","doi":"10.23925/2316-5278.2023v24i1:e60898","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/2316-5278.2023v24i1:e60898","url":null,"abstract":"\u0000\u0000\u0000James procurou superar a cisão da personalidade por meio de uma antropologia da ação em que combinou vários materiais intelectuais que não respeitam fronteiras epistemológicas. Apropriou-se estrategicamente de diferentes fontes culturais e avanços da psicopatologia para pensar a liberação das possibilidades da consciência e da experiência. Entre eles, serão exploradas suas leituras de Giovanni Papini e Pierre Janet para dar conta do modo preciso como essas contribuições intelectuais atuam em sua antropologia da superação.\u0000\u0000\u0000","PeriodicalId":206101,"journal":{"name":"Cognitio: Revista de Filosofia","volume":"68 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123545655","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Abdução peirciana e a relação de probabilidade entre características","authors":"J. Camillo","doi":"10.23925/2316-5278.2023v24i1:e61812","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/2316-5278.2023v24i1:e61812","url":null,"abstract":"\u0000\u0000\u0000Este artigo tem como objetivo rever a crítica que Peirce faz a uma definição de abdução como uma relação de probabilidade a partir das características. Parece consensual entre seus comentadores que, de fato, essa definição não se adequa ao conceito peirciano. Contudo, este artigo defende que não há uma desarmonia entre abdução e uma relação de probabilidade. Ao contrário, será defendido que, sendo a abdução composta de formação e seleção de hipóteses, essa relação de probabilidade poderia ter uma função na parte de seleção de hipóteses. Para isso, será apresentada uma definição básica de abdução, seguida da proposta de relação de probabilidade entre características. As críticas a essa proposta serão apresentadas e será evidenciado que não se sustentam, abrindo, assim, a possibilidade da permanência dessa característica no conceito de abdução peirciana.\u0000\u0000\u0000","PeriodicalId":206101,"journal":{"name":"Cognitio: Revista de Filosofia","volume":"47 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132553186","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Pampsiquismo","authors":"Anderson Luiz do Vale Fonseca","doi":"10.23925/2316-5278.2023v24i1:e60528","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/2316-5278.2023v24i1:e60528","url":null,"abstract":"O presente artigo traduzido de Thomas Nagel, originalmente, foi publicado pelo autor no livro Mortal Questions (1979), obra em que se encontra alguns dos seus principais escritos. No entanto, somente após a publicação de The Conscious Mind, em 1996, de David Chalmers, colocar o Pampsiquismo no cerne da discussão envolvendo o problema da consciência, que o artigo de Nagel parece ter ganho notoriedade. Desde então, a leitura deste texto se tornou essencial para examinar o Pampsiquismo e suas premissas, como as noções de antirreducionismo e de antiemergência dos fenômenos mentais conscientes.Entretanto, para autores como Philip Goff et al (2017), Thomas Nagel parece defender o Pamprotopsiquismo, a visão de que todas as entidades físicas básicas têm propriedades protopsíquicas, ou seja, propriedades que não seriam elas mesmas subjetivas, mas quando reunidas constituem estados mentais subjetivos. Essa leitura do artigo é consolidada pela obra The View from Nowhere (1986), tendo em conta que o filósofo desenvolve sua teoria do monismo de aspecto dual, a qual embasa sua tese pamprotopsiquista. Na presente tradução, buscamos preservar a linguagem fluída e elegante, tão característica da escrita de Nagel","PeriodicalId":206101,"journal":{"name":"Cognitio: Revista de Filosofia","volume":"41 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121392488","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}