{"title":"A lacuna explicativa: a desconstrução pragmática de um mito","authors":"Arthur Araújo","doi":"10.23925/2316-5278.2018V19I1P13-34","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/2316-5278.2018V19I1P13-34","url":null,"abstract":"Este artigo apresenta a proposta de abordar o problema da lacuna explicativa na filosofia da mente. De modo alternativo às abordagens tradicionais, analiso o significado da lacuna explicativa segundo o pragmatismo de James em consonância com a perspectiva da filosofia da linguagem comum de Ryle, Austin e Wittgenstein. Como estratégia de desenvolvimento da proposta do artigo, procuro mostrar que a lacuna explicativa resulta de uma má compreensão dos usos dos termos psicológicos. O resultado é uma obsessiva insistência em entificar o significado de ‘mente’ e a crença de que alguns termos psicológicos significam um tipo de entidade existindo além dos nossos usos dos termos psicológicos. Tal crença assume a forma de uma compreensão da visão fundacionalista do mental. O que procuro mostrar finalmente, e também em consonância com as recentes perspectivas enativistas, é que o significado dos termos psicológicos nada tem a ver com a existência de entidades (não-físicas ou físicas). A crença em tais entidades, como condição de significação dos termos psicológicos, revela um mito filosófico derivado da aceitação da lacuna explicativa. A proposta do artigo é a desmitificação filosófica da lacuna explicativa.","PeriodicalId":206101,"journal":{"name":"Cognitio: Revista de Filosofia","volume":"442 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-09-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132099401","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Entre o pragmatismo e a animal linguístico","authors":"Robert E. Innis","doi":"10.23925/2316-5278.2018V19I1P133-147","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/2316-5278.2018V19I1P133-147","url":null,"abstract":"Este artigo compara e contrapõe a abordagem naturalista pragmatista para a peculiaridade da linguagem, exemplificada, principalmente, mas, não exclusivamente, por John Dewey, com a extensa abordagem de Charles Taylor em seu O animal linguístico. Taylor, inspirado pelas obras de Hamann, Herder, e Humboldt, conta com recursos filosóficos e conceituais diferentes para o delineamento do que ele denomina de ‘a forma’ da capacidade linguística humana. Porém, Dewey e Taylor chegam a posições que se sobrepõem sem se identificar: a linguagem é a característica definidora constitutiva dos seres humanos. Seres humanos são definidos pelo surgimento da ‘como’ consciência, uma ‘ruptura’ em nossa imersão imediata no mundo, e, como Peirce e Dewey mostraram de maneira tão lúcida, um reflexivo estar consciente do uso de signos e sistemas de signos de todos os tipos. Esses sistemas potencializam e transformam nosso acesso ao mundo e a nós mesmos. Eles não apenas rotulam um mudo já existente. Eles criam âmbitos de significados e valores que não surgiram sem eles. A distinção crucial de Taylor entre os modelos designativo e constitutivo da linguagem é apoiada plenamente pela consideração pragmatista da linguagem, a qual Taylor não declara. Essa distinção mostrará ser de importância especial para Dewey e Taylor na criação de paisagens existencialmente vitais de significado incorporados nas autodescrições e nas práticas delicadas das artes de auto-reflexão. Tanto Dewey quanto Taylor mostram que assim como as texturas abertas da experiência crescem por suas extremidades, assim a própria linguagem possui sua própria “extremidade” e nos aponta para os domínios “liminares” que sustentam o limiar do sentido para além do totalmente dizível. Esses domínios, que eles mostram de maneiras diferentes mas complementares, são acessados como realidades por formas não discursivas que abrangem as obras de arte, o que Taylor denomina de ‘representações,’ e rituais performativos e restaurativos, tanto pessoais, cívicos e religiosos que incorporam os significados. Dewey e Taylor, divergem, entretanto, sobre se e de que maneira estes domínios precisam transcender a natureza.","PeriodicalId":206101,"journal":{"name":"Cognitio: Revista de Filosofia","volume":"6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-09-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122693916","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A estética de Dewey e a história da arte: três exemplos da antiguidade posterior","authors":"Fabio Campeotto, C. Viale","doi":"10.23925/2316-5278.2018V19I1P35-55","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/2316-5278.2018V19I1P35-55","url":null,"abstract":"Ainda que a estética de John Dewey tenha sido assunto de uma grande quantidade de estudos conduzidos através de abordagens muito diferentes (filosófica, sociológica, pedagógica, entre outras) há uma ausência de contribuições capazes de reconhecer vínculos entre a estética de Dewey e a história da arte. Neste artigo, analisamos três obras de arte da Antiguidade tardia (séculos III-VI a.C.), principalmente, seguindo os conceitos-chave de Dewey de análise formal e desvio, para reconstruir a experiência estética do autor, o observador e o patrono de cada obra de arte. Nosso propósito é duplo. Primeiro, queremos demonstrar que uma abordagem baseada na teoria de Dewey é frutífera quando se estuda obras de arte antigas. Segundo, queremos demonstrar que uma interpretação pragmatista da arte antiga tardia é mais frutífera e menos reducionista do que as tradicionais (Formalista, Orientalista e Marxista).","PeriodicalId":206101,"journal":{"name":"Cognitio: Revista de Filosofia","volume":"111 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-09-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116578148","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O Postulado do Empirismo Imediato","authors":"T. Gomes","doi":"10.23925/2316-5278.2018V19I1P179-185","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/2316-5278.2018V19I1P179-185","url":null,"abstract":"Tradução do artigo \"The postulate of immediate empiricism\" do filósofo pragamatista americano John Dewey. Publicado originalmente em The Journal of Philosophy, Psychology and Scientific Methods, Vol. 2, No. 15 (Jul. 20, 1905), pp. 393-399.","PeriodicalId":206101,"journal":{"name":"Cognitio: Revista de Filosofia","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-09-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130569736","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"FireSigns: a semiotic theory for graphic design","authors":"Raquel Ponte","doi":"10.23925/2316-5278.2018V19I1P186-191","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/2316-5278.2018V19I1P186-191","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":206101,"journal":{"name":"Cognitio: Revista de Filosofia","volume":"8 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-09-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132291649","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Hércules De Araujo Feitosa, Cristiane Alexandra Lázaro, Mauri Cunha do Nascimento
{"title":"Pares de Galois e espaços de Tarski","authors":"Hércules De Araujo Feitosa, Cristiane Alexandra Lázaro, Mauri Cunha do Nascimento","doi":"10.23925/2316-5278.2018V19I1P110-132","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/2316-5278.2018V19I1P110-132","url":null,"abstract":"Apresentamos conceitos algébricos básicos e fundamentais como conjuntos ordenados, reticulados, álgebra de Boole e as TK-álgebras. Destacamos os espaços de Tarski, associados ao conceito de sistema dedutivo (de Tarski) e sua apresentação quase topológica. Então, apresentamos a Lógica da Dedutibilidade, vinda da formalização lógica dos espaços de Tarski. A seguir, trazemos os pares de funções de Galois, que surgem em muitos tópicos da Matemática. Como resultado original, além de alguns desenvolvimentos teóricos, destacamos uma conexão de Galois com os espaços de Tarski.","PeriodicalId":206101,"journal":{"name":"Cognitio: Revista de Filosofia","volume":"146 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-09-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124679858","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}