DiálogosPub Date : 2022-04-14DOI: 10.4025/dialogos.v26i1.62094
Cristina Pratas Cruzeiro
{"title":"\"A coincidência da invenção poética revolucionária com a invenção política revolucionária\": os casos das obras Cuba Colectiva e 48 Artistas, 48 Anos de Fascismo.","authors":"Cristina Pratas Cruzeiro","doi":"10.4025/dialogos.v26i1.62094","DOIUrl":"https://doi.org/10.4025/dialogos.v26i1.62094","url":null,"abstract":" Este artigo incide sobre a relação entre as experiências de pintura colectiva Cuba Colectiva (Havana, 1967) e 48 Artistas, 48 Anos de Fascismo (Lisboa, 1974) e o impacto que tiveram no contexto português da sua realização. Em 1967, Portugal vivia uma ditadura e embora os artistas portugueses Lourdes Castro e René Bertholo tivessem participado na pintura realizada em Havana, o acontecimento não teve repercussão na imprensa portuguesa. A revolução portuguesa de 25 de Abril de 1974 permitiu a abertura a uma série de experiências artísticas realizadas em espaço público. Foi nesse contexto que a pintura portuguesa foi executada. O artigo irá indagar sobre o significado poético e político da relação entre as duas realizações.","PeriodicalId":137943,"journal":{"name":"Diálogos","volume":"32 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123168822","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
DiálogosPub Date : 2022-04-14DOI: 10.4025/dialogos.v26i1.54419
A. Gasparetto Júnior
{"title":"Uma instituição funesta: a criação jurídica francesa do estado de sítio (1791-1815).","authors":"A. Gasparetto Júnior","doi":"10.4025/dialogos.v26i1.54419","DOIUrl":"https://doi.org/10.4025/dialogos.v26i1.54419","url":null,"abstract":"O estado de sítio como instituição é uma criação jurídica francesa do final do século XVIII e está no campo das medidas de exceção no enfrentamento de crises, a qual remete aos mais diversos contextos históricos e jurídicos. Com a normatização francesa, a medida reafirmou o sentido transitório do instituto, pois o estado de sítio flerta com o autoritarismo ao hipertrofiar o poder no Executivo e permitir medidas de repressão mais severas. Neste artigo trabalharemos com fontes francesas para elucidar o processo de criação de um instituto que ganharia grande repercussão em outras legislações. No decorrer do texto, verificaremos os processos que induziram a sua normatização na França, assim como a sua transposição de uma noção militar de campo de batalha para uma noção fictícia aplicada em contexto político.","PeriodicalId":137943,"journal":{"name":"Diálogos","volume":"21 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121314933","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
DiálogosPub Date : 2022-04-14DOI: 10.4025/dialogos.v26i1.62292
Isabel Araújo Branco
{"title":"Luisa Carnés: a recuperação de uma voz feminina do início do século XX pela academia e pelas editoras.","authors":"Isabel Araújo Branco","doi":"10.4025/dialogos.v26i1.62292","DOIUrl":"https://doi.org/10.4025/dialogos.v26i1.62292","url":null,"abstract":"Luisa Carnés foi uma das intelectuais espanholas que, tal como muitos outros, teve de se exilar depois da Guerra Civil e da vitória das tropas de Franco em 1939. Carnés tinha publicado várias obras em Espanha, continuando a escrever no México. No entanto, os seus textos foram esquecidos inclusive depois do regresso da democracia em 1975. No século XXI os universos académico e editorial resgatam esta importante figura da literatura espanhola, integrando-a ou pelo menos aproximando-a do «Nuevo Romanticismo» ou da «Generación del 27», procurando inclui-la devidamente na cultura contemporânea. Abordamos este processo de mediação neste artigo, analisando a relevância nos dias de hoje da perspectiva de Carnés sobre a condição da mulher.","PeriodicalId":137943,"journal":{"name":"Diálogos","volume":"130 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114150256","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
DiálogosPub Date : 2022-04-13DOI: 10.4025/dialogos.v26i1.61956
Bruno Marques
{"title":"João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira: “cruising” no reino do não-dito.","authors":"Bruno Marques","doi":"10.4025/dialogos.v26i1.61956","DOIUrl":"https://doi.org/10.4025/dialogos.v26i1.61956","url":null,"abstract":"Centrando-se na exposição que João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira apresentaram em 2018 na Galeria Cristina Guerra (Lisboa), o presente artigo aborda as estratégias discursivas de repressão à identidade homossexual durante o período do Estado Novo. Analisando as obras exibidas e sua recepção crítica, recorremos à conceptualização foucaultiana em torno do panóptico e da estratégia arqueológica enquanto arquivo marginal (queer). À supressão oficial do termo “homossexual”, Vale e Ferreira respondem com a palavra inglesa “cruising”, a fim de podermos classificar um conjunto de práticas interditas que, em Portugal, ainda recentemente não podiam ser nomeadas.","PeriodicalId":137943,"journal":{"name":"Diálogos","volume":"32 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133850459","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
DiálogosPub Date : 2022-04-13DOI: 10.4025/dialogos.v26i1.61901
C. Madeira
{"title":"Ernesto de Melo e Castro e o salto do cavalo no jogo de xadrez do Estado Novo: o experimentalismo visual e performático contra a censura.","authors":"C. Madeira","doi":"10.4025/dialogos.v26i1.61901","DOIUrl":"https://doi.org/10.4025/dialogos.v26i1.61901","url":null,"abstract":"A questão da censura foi central na obra de Ernesto de Melo e Castro (1932-2020). Esta importância constituiu-se a partir da própria vocação experimental deste artista que levou a que os processos de controlo pela PIDE à sua produção artística, especialmente teatral, tenham constituído um móbil despoletador de procura de alternativas artísticas. Tal leva-o a desviar-se para campos artísticos menos expostos à vigilância política, como a poesia visual e experimental, o happening e ou performance, processo que se pode inscrever no conceito metafórico de scarto (GINZBURG, 1989), ou movimento do cavalo no jogo do xadrez do Estado Novo.","PeriodicalId":137943,"journal":{"name":"Diálogos","volume":"19 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128718743","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
DiálogosPub Date : 2022-04-13DOI: 10.4025/dialogos.v26i1.61771
Zsófia Gombár
{"title":"Imagens (hommo)sexuais proibidas em ficção curta traduzida em Portugal durante o Estado Novo e na República Popular da Hungria entre 1949 e 1974.","authors":"Zsófia Gombár","doi":"10.4025/dialogos.v26i1.61771","DOIUrl":"https://doi.org/10.4025/dialogos.v26i1.61771","url":null,"abstract":"The article aims to compare literary translation production with respect to Anglophone homosexual-themed short stories in Portugal and Hungary, when both countries lived simultaneously under opposing dictatorial regimes. It also investigates the strategies adopted (or not) by the Portuguese and Hungarian publishers to evade censorship regarding same-sex representations in short fiction in English. The study complements the previous research findings on homosexual-themed long fiction (GOMBÁR 2017; GOMBÁR 2018).","PeriodicalId":137943,"journal":{"name":"Diálogos","volume":"40 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124733567","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
DiálogosPub Date : 2022-04-13DOI: 10.4025/dialogos.v26i1.61947
M. Piçarra
{"title":"Margem de certa maneira: o caso da censura a Catembe.","authors":"M. Piçarra","doi":"10.4025/dialogos.v26i1.61947","DOIUrl":"https://doi.org/10.4025/dialogos.v26i1.61947","url":null,"abstract":"Através da análise do caso de censura a Catembe pretendo evidenciar como a ditadura portuguesa pretendeu controlar totalmente a projecção cinematográfica do colonialismo considerado, após o início da guerra colonial, em 1961, um sustentáculo do regime e condição essencial da portugalidade e de uma ideia sobre o “modo português de estar no mundo”. Contextualizo o surgimento da Censura após a Revolução de Maio de 1926, caracterizando a sua aplicação ao cinema e particularizando como foi instrumentalizada pela “Política do Espírito”. Identifico, depois, as principais orientações com base nas quais os censores exerceram a sua função e descrevo a importância do cinema para projectar a nação e uma ideia de portugalidade que assentou que era seu desígnio a posse de colónias. Finalmente, sintetizo as mudanças no modelo colonial antes de aprofundar o estudo de caso em análise.","PeriodicalId":137943,"journal":{"name":"Diálogos","volume":"11 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122282768","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
DiálogosPub Date : 2022-04-13DOI: 10.4025/dialogos.v26i1.62097
Ana Bela Morais
{"title":"Censura ao erotismo e violência no cinema em Portugal (1968-1974).","authors":"Ana Bela Morais","doi":"10.4025/dialogos.v26i1.62097","DOIUrl":"https://doi.org/10.4025/dialogos.v26i1.62097","url":null,"abstract":"Este artigo apresenta algumas das principais conclusões de um projecto de pós-doutoramento que se centrou no estudo da censura ao cinema, no que respeita ao erotismo e violência, em Portugal, durante o período de governo de Marcello Caetano (1968-1974). Qual a pulsão mais censurada: o erotismo ou a violência? Será que a censura ao cinema ficou mais branda durante o marcelismo? Estas são algumas das questões a que o presente artigo pretende dar resposta. A pesquisa baseou-se nos processos de censura e actas da Comissão de Censura dos filmes, nacionais e estrangeiros, que estão depositados no Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT), em Lisboa.","PeriodicalId":137943,"journal":{"name":"Diálogos","volume":"42 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122453663","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
DiálogosPub Date : 2022-04-12DOI: 10.4025/dialogos.v26i1.63069
Ana Bela Morais, Bruno Marques, Isabel Araújo Branco
{"title":"Imagens Interditas: censura e criação artística no espaço ibérico contemporâneo.","authors":"Ana Bela Morais, Bruno Marques, Isabel Araújo Branco","doi":"10.4025/dialogos.v26i1.63069","DOIUrl":"https://doi.org/10.4025/dialogos.v26i1.63069","url":null,"abstract":"Qual a diferença entre as imagens que passam diante dos nossos olhos e aquelas que o imaginário produz? Quais as mais poderosas e “subversivas”? O que justifica, nesse caso, a censura? As imagens em si, os seus propósitos ou os seus usos? São as imagens que são censuradas ou o que pensamos e fazemos depois com elas? A tensão entre visibilidade e invisibilidade, entre imagem vista e imagem imaginada, endereça-nos para as complexas relações entre literatura e artes visuais. \u0000A tentativa de controlar o discurso público legitimando certas vozes e relegando outras ao silêncio constitui um dos principais objetivos da censura. Esta está intimamente ligada ao exercício da coerção estatal com o fim de se impor uma ideologia a pretexto da proteção dos valores de uma sociedade.","PeriodicalId":137943,"journal":{"name":"Diálogos","volume":"80 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121460756","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
DiálogosPub Date : 2022-04-12DOI: 10.4025/dialogos.v26i1.61337
Andreia Oliveira
{"title":"Das Mónicas de Novas cartas portuguesas às Mónicas de Maria Teresa Horta.","authors":"Andreia Oliveira","doi":"10.4025/dialogos.v26i1.61337","DOIUrl":"https://doi.org/10.4025/dialogos.v26i1.61337","url":null,"abstract":" Denunciando a situação das mulheres nos anos setenta do século XX, Novas cartas portuguesas explora o mito do amor trabalhando e transfigurando a figura de Mariana Alcoforado. Contudo, para além dos seus diferentes desdobramentos em Marias, Anas e outras Marianas, a obra foca igualmente Mónica, que surge em oito dos seus textos. Também na sua obra Maria Teresa Horta apresenta duas Mónicas, nos contos “Calor” e “Mónica”, que são igualmente convocados, centrando-se esta reflexão numa comparação que pretende estabelecer uma relação entre este universo de Mónicas presente tanto na obra de tripla autoria como no universo hortiano.","PeriodicalId":137943,"journal":{"name":"Diálogos","volume":"95 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123084696","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}