Via AtlanticaPub Date : 2022-06-30DOI: 10.11606/va.i41.188769
Natália da Silva Noro, M. A. Gonçalves
{"title":"Uma história de amor pela terra: o fenômeno literário de Torto arado – entrevista com Itamar Vieira Junior","authors":"Natália da Silva Noro, M. A. Gonçalves","doi":"10.11606/va.i41.188769","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/va.i41.188769","url":null,"abstract":"Bibiana e Belonísia, irmãs protagonistas do romance Torto Arado, têm suas vidas entrelaçadas por um trágico incidente. O enredo se passa no interior da Bahia, na Chapada Diamantina, uma região que recebeu um contingente grande de trabalhadores, submetidos a situação degradante de trabalho, análoga à escravidão, terra que o escritor baiano Itamar Vieira Junior percorreu como servidor do Incra e que o inspirou a escrever uma história de resistência, de insubordinação social, pela força do povo, pela força da paisagem e das histórias de vida das pessoas que ali habitam: uma verdadeira saga épica, conforme reitera o próprio autor nesta entrevista. O romance é narrado em primeira pessoa por três narradoras, que se alternam, uma em cada um dos três capítulos que compõem o livro, uma força de vozes femininas que vai dar vida e poder à narrativa. É essa narrativa de resistência, intrigante e atemporal, premiada no Brasil e no exterior, que constitui o tema da entrevista realizada com Itamar Vieira Junior.","PeriodicalId":55911,"journal":{"name":"Via Atlantica","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"64444959","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Via AtlanticaPub Date : 2022-06-30DOI: 10.11606/va.i41.190079
Jéssica França de Oliveira, Enilce do Carmo Albergaria Rocha
{"title":"Entre a vida rural e a vida urbana: os embates culturais vividos por Aku-nna","authors":"Jéssica França de Oliveira, Enilce do Carmo Albergaria Rocha","doi":"10.11606/va.i41.190079","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/va.i41.190079","url":null,"abstract":"Em Preço de noiva (2020), temos como pano de fundo a trajetória de Aku-nna sendo forçada a se mudar da capital da Nigéria para a região rural. Portanto, o objetivo desta pesquisa é analisar como o deslocamento da personagem a coloca em constantes embates culturais, levando-a a confrontar o patriarcalismo tanto nas esferas tradicionais quanto coloniais. Sob revisão bibliográfica, o quadro teórico é formado por teóricos como: Homi Bhabha (1998), Patricia Hill Collins (2000), Edward Said (2011) e Édouard Glissant (2013). Depreende-se que a obra ilustra as diversas formas de violência a que estão submetidas as mulheres e como elas buscam por estratégias de enfrentamento e resistência.\u0000 ","PeriodicalId":55911,"journal":{"name":"Via Atlantica","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"64445107","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Via AtlanticaPub Date : 2022-06-30DOI: 10.11606/va.i41.190880
Sabrina Ferraz Fraccari, Demétrio Alves Paz
{"title":"Quando o Atlântico encontra o Mediterrâneo: o fantástico em O céu não sabe dançar sozinho, de Ondjaki","authors":"Sabrina Ferraz Fraccari, Demétrio Alves Paz","doi":"10.11606/va.i41.190880","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/va.i41.190880","url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo é reconhecer, nos contos “Budapeste”, “Madrid” e “Giurgiu”, de O céu não sabe dançar sozinho (2014), de Ondjaki, a presença de elementos característicos do fantástico que nos ajudem a perceber outras nuances da obra do autor. Utilizamos as contribuições teóricas de Mata (2000), Cardoso (2008), Todorov (1999), Furtado (1980) e Ceserani (2006). A ambiguidade e a figura do narrador-personagem são centrais nas narrativas fantásticas porque elas conduzem o leitor, demonstrando os caminhos que este deve seguir. O narrador-personagem encontra-se muitas vezes ameaçado e presencia fatos insólitos, os quais não busca explicar, mantendo sempre a dúvida acerca daquilo que narra.","PeriodicalId":55911,"journal":{"name":"Via Atlantica","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"64445206","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Via AtlanticaPub Date : 2022-06-30DOI: 10.11606/va.i41.189859
Eufrida Pereira da Silva
{"title":"“Noite de almirante” de Machado de Assis: um povo de subúrbio","authors":"Eufrida Pereira da Silva","doi":"10.11606/va.i41.189859","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/va.i41.189859","url":null,"abstract":"\"Noite de almirante\", de Machado de Assis, foi publicado em 1884 na Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro e em Histórias sem Data no mesmo ano. No conto, um triângulo amoroso é vivido por um povo de subúrbio como Genoveva, Deolindo e José Diogo. Deolindo, ao saber que foi traído, ele que fez juras de amor, passou a fazer promessas de morte. O caráter frívolo da moça, a farsa da noite de almirante e a vida imprevisível do mascate mundo afora formam um turbilhão que colide com os ideários dos discursos inaugurais de uma nação recém-independente com pretensões de unidade, civilização e ordem. A discussão é tratada segundo Schwarz (2000), DaMatta (1997), Candido (1970) e Schwarcz (2000).","PeriodicalId":55911,"journal":{"name":"Via Atlantica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47891910","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Via AtlanticaPub Date : 2022-06-30DOI: 10.11606/va.i41.191091
P. Marques
{"title":"Samba, Nga Ndreza e Ana Olímpia da literatura colonial e nacional a uma poética da incomunicabilidade","authors":"P. Marques","doi":"10.11606/va.i41.191091","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/va.i41.191091","url":null,"abstract":"Nação Crioula, de José Eduardo Agualusa, é, antes de mais, uma afirmação de cariz metaliterário sobre o valor da literatura enquanto forma de comunicação e enquanto ferramenta para uma resposta ética aos traumas da história. Uma leitura paralela de Nga Muturi de Alfredo Troni e de “Samba” de Castro Soromenho permitir-nos-á identificar as diferenças de perspetiva introduzidas pela literatura pós-moderna relativamente à subjetividade do eu, o poder da memória, e às potencialidades e falhas da literatura como sistema de produção de significado e comunicação.","PeriodicalId":55911,"journal":{"name":"Via Atlantica","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"64445259","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Via AtlanticaPub Date : 2022-06-30DOI: 10.11606/va.i41.189750
Oscar José de Paula Neto
{"title":"As estratégias de consagração literária de António Botto","authors":"Oscar José de Paula Neto","doi":"10.11606/va.i41.189750","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/va.i41.189750","url":null,"abstract":"O presente artigo investiga a busca de legitimidade do poeta português António Botto mediante a análise das estratégias empreendidas por ele para se autopromover enquanto escritor de sucesso. Assim, através da pesquisa na imprensa brasileira, refletimos acerca da repercussão de sua estadia no Brasil (1947-1959), pois a travessia transatlântica representou para o poeta a possibilidade de retomar o prestígio de escritor reconhecido, lugar que que já declinava no círculo literário português. Para tanto, avaliamos os esforços de Botto na construção de sua própria trajetória literária, em que continuamente mesclou dados reais com fatos imaginados, revelando uma grande capacidade de autoinvenção.\u0000 ","PeriodicalId":55911,"journal":{"name":"Via Atlantica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49320237","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Via AtlanticaPub Date : 2022-06-30DOI: 10.11606/va.i41.190088
Oluwa Seyi Salles Bento
{"title":"À revelia do padecimento afrodescendente e da antinegritude: notas de um edifício conceitual sobre o bem-estar negro","authors":"Oluwa Seyi Salles Bento","doi":"10.11606/va.i41.190088","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/va.i41.190088","url":null,"abstract":"Este artigo objetiva analisar conceitos criados para compreender a vida e a arte negras. Examinamos, inicialmente, alguns aparatos teórico-críticos que concebem o padecimento como estruturante da experiência social e da produção artística de pessoas negras. A seguir, refletimos sobre outros aparatos que, na contramão dos primeiros, evocam a possibilidade de bem-estar da comunidade negra, social e ficcionalmente.","PeriodicalId":55911,"journal":{"name":"Via Atlantica","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"64445121","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Via AtlanticaPub Date : 2022-06-30DOI: 10.11606/va.i41.190328
C. Santos
{"title":"Novas representações literárias do amor entre mulheres como projeto político","authors":"C. Santos","doi":"10.11606/va.i41.190328","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/va.i41.190328","url":null,"abstract":"Ao pensar a enunciação do amor, faz-se importante notar como e a quais personagens literários tal comunicação costuma ser atribuída. O discurso amoroso na literatura foi geralmente enunciado por personagens masculinos e brancos. A lacuna em relação ao discurso amoroso feito por personagens femininas torna-se maior quando são personagens negras e lésbicas. No presente artigo busca-se analisar como noções de amor como indefinível, inexplicável e incontrolável se repetem no campo da poesia e da prosa e como textos com recorte de gênero, orientação sexual e raça podem modificar a enunciação do amor para algumas personagens. Para isso será analisado o poema “Lundu”, (2017) do livro homônimo de Tatiana Nascimento, em contraste com outros textos de nossa literatura. \u0000 ","PeriodicalId":55911,"journal":{"name":"Via Atlantica","volume":"32 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"64445170","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O lugar da poesia de Violeta Branca na produção literária amazonense do século XX","authors":"Elcione Sousa da Silva Cordeiro, Veronica Prudente Costa, Cátia Monteiro Wankler","doi":"10.11606/va.i41.189315","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/va.i41.189315","url":null,"abstract":"A literatura amazonense possui uma produção literária significativa, mas os poucos escritos científicos sobre ela mostram-na como uma literatura tímida e desconhecida. As obras de maior destaque são aquelas escritas por homens, e as mulheres, que também contribuíram para esse reconhecimento, são silenciadas e esquecidas. O presente artigo visa apresentar Violeta Branca, a primeira poeta a inaugurar a escrita literária feminina neste estado. Ela enfrentou os preconceitos, correu riscos sociais, quebrou tabus, inovou e com seus sonhos de liberdade fez história. Violeta tornou-se a primeira mulher a ingressar na Academia Amazonense de Letras em 1937.","PeriodicalId":55911,"journal":{"name":"Via Atlantica","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"64444968","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Via AtlanticaPub Date : 2022-06-30DOI: 10.11606/va.i41.189910
Estefânia Francis Lopes
{"title":"Autoria negra no cinema norte-americano: leituras sobre insurreições negras contra a violência total e as reiterações do evento racial","authors":"Estefânia Francis Lopes","doi":"10.11606/va.i41.189910","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/va.i41.189910","url":null,"abstract":"Apresentamos uma análise sobre autoria negra no cinema, procurando refletir quanto à reiteração do evento racial, como também sobre as insurreições frente à violência total a que as pessoas negras estão submetidas cotidianamente, conforme as reflexões de Denise Ferreira da Silva (2016). Iniciamos por uma breve retrospectiva, por meio de uma seleção de narrativas cinematográficas estadunidenses, depois, nos centramos no curta-metragem Dois estranhos (2020), de Travon Free e Martin Desmond Roe, e finalizamos com narrativas protagonizadas por pessoas negras tanto no audiovisual estadunidense quanto no brasileiro.","PeriodicalId":55911,"journal":{"name":"Via Atlantica","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"64445047","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}