{"title":"ÁFRICA E TRADIÇÃO ORAL","authors":"Luanda Martins Campos","doi":"10.18764/2595-1033v6n14.2023.3","DOIUrl":"https://doi.org/10.18764/2595-1033v6n14.2023.3","url":null,"abstract":"Neste artigo analisamos as contribuições teórico-metodológicas da tradição oral de base africana para o ensino de história e cultura africana e afro-brasileira na Educação Básica. Apresentamos concepções acerca da tradição oral de base africana; discutimos a finalidade política e pedagógica dos mitos para sociedades africanas antigas e como se relacionam com nossas demandas teórico-metodológicas para o ensino de história e cultura africana e afro-brasileira na educação básica. Trata-se de uma pesquisa qualitativa tendo por procedimentos a pesquisa bibliográfica com base em estudos sobre a tradição oral, utilizando como principais fontes, Amadou Hampatê Bâ (2003; 2010), Joseph Ki-Zerbo (2010), Nwankwo Martins (2012), além de fontes relacionadas ao ensino de africanidades no Brasil, tais como Petronilha Silva, Nilma Gomes e Kabenguele Munanga. Consideramos que ensinar história e cultura africana tem a ver com a busca pela ancestralidade silenciada pelo racismo, assim como entendemos que ensinar história e cultura afro-brasileira é valorizar a herança ancestral mantendo firme a resistência e a busca pela emancipação humana.","PeriodicalId":485956,"journal":{"name":"Kwanissa Revista de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros","volume":"60 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135587497","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Izabel Espindola Barbosa, Raquel Pereira Quadrado, Eliane Almeida de Souza
{"title":"CAMINHOS METODOLÓGICOS EM UMA DISSERTAÇÃO SOBRE PROFESSORAS PRETAS","authors":"Izabel Espindola Barbosa, Raquel Pereira Quadrado, Eliane Almeida de Souza","doi":"10.18764/2595-1033v6n14.2023.15","DOIUrl":"https://doi.org/10.18764/2595-1033v6n14.2023.15","url":null,"abstract":"Mergulhar na realidade do mundo das professoras negras foi um dos mais potentes desafios encontrados ao longo deste percurso de pesquisa. Através deste estudo, desenvolvido na linha de pesquisa identidades, culturas e diferenças do Programa de Pós-Graduação em Educação, PPGEdu, das professoras negras e suas vivências através delas próprias, dentro de uma visão do pensamento feminista negro na educação, foi possível pensar uma investigação com o método da história oral como base em uma pretensa metodologia de descolonização epistêmica. Utilizando-se epistemologias de autores e autoras com escritas densas sobre as questões afro-diaspóricas, afro-feministas e afro-brasileiras. Uma epistemologia com princípios referentes à: experiência vivida como critério de significação; o uso do diálogo para avaliar o conhecimento; ética do cuidado nas emoções; ética da responsabilidade pessoal; e as mulheres negras como agentes do conhecimento. Ao investigar com esse olhar, não foi uma mulher guerreira, mas cinco que inspiraram discutir modos de fazer pesquisa sobre ela e com elas. Dessa forma, aqui trazem-se notas de uma dissertação de mestrado, com recorte na construção metodológica para transgredir, ao menos um pouco, o sistema pouco flexível da academia. Reitera-se que é uma proposta construída sob aprendizados e saberes, desse modo, como homenagem em cada seção, utiliza-se uma frase dita pelas co-autoras professoras negras que contribuíram nesse processo.","PeriodicalId":485956,"journal":{"name":"Kwanissa Revista de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros","volume":"12 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135587572","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O SISTEMA EDUCATIVO NA GUINÉ-BISSAU","authors":"Nelsio Gomes Correia","doi":"10.18764/2595-1033v6n14.2023.4","DOIUrl":"https://doi.org/10.18764/2595-1033v6n14.2023.4","url":null,"abstract":"Este artigo discute sobre o sistema educacional com ênfase na análise do processo da evasão escolar e o currículo nas escolas do ensino secundário na Guiné-Bissau. Neste intento, o artigo objetiva-se em compreender as razões da evasão e abandono escolar no ensino secundário. Considerando a natureza do objeto, foi utilizado neste trabalho, o procedimento metodológico qualitativo centrado na análise bibliográfica e documental, através das publicações científicas em periódicos tais como livros, artigos, monografias, documentos, teses e entre outras em busca de informações relevantes e pertinentes para o desenvolvimento da nossa temática. De acordo com as informações sobre o tema analisadas neste presente estudo, percebe-se que para minimizar as futuras consequências no setor educativo, o Estado deveria criar as políticas públicas educacionais voltadas à estabilidade dos sistemas de ensino para possibilitar o maior acesso e a permanência das pessoas mais desfavorecidas do ponto de vista socioeconômica para garantir uma educação igualitária e de qualidade para todos. Por fim, a fragilidade do sector educativo guineense, está relacionada a ausência de investimento na área da educação escolar, na formação de professores e na infraestrutura que possibilite condições para a aprendizagem dos alunos.","PeriodicalId":485956,"journal":{"name":"Kwanissa Revista de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros","volume":"3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135587495","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Josenilda Rodrigues de Lima, Zezito de Araújo, Regina Maria Ferreira da Silva Lima, Denise Aparecida Rocha Silva
{"title":"UBUNTU","authors":"Josenilda Rodrigues de Lima, Zezito de Araújo, Regina Maria Ferreira da Silva Lima, Denise Aparecida Rocha Silva","doi":"10.18764/2595-1033v6n14.2023.16","DOIUrl":"https://doi.org/10.18764/2595-1033v6n14.2023.16","url":null,"abstract":"A lei 10.639/2003 instituiu o ensino de história e cultura afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares no Brasil. Entretanto, algumas universidades não oferecem este conteúdo em seus cursos de licenciatura, necessitando assim de capacitações como o “Curso Conhecendo a África e fortalecendo nossa identidade”, promovido pela Secretaria Municipal de Educação (Semed)/Maceió, para os/as professores/as da rede municipal, no período de 20 de outubro a 07 de dezembro de 2021. O objetivo deste artigo é relatar a experiência de oferta de três turmas deste curso, na modalidade de ensino híbrido e remoto, com tecnologias digitais. Metodologicamente, descreve-se a experiência, com a reação de cursistas e equipe pedagógica; segue uma abordagem qualitativa, com observação participante; baseia-se em relatos, observações in loco e relatórios finais. O curso possibilitou revisão da história, apresentando o continente africano e sua diversidade histórica e cultural e evidenciando a africanidade no estado de Alagoas e também na capital, Maceió. Conclui-se que, além de possibilitar um conhecimento ampliado da diversidade histórica, cultural e linguística da herança africana que compõe a formação social brasileira, desafiou todos a aprenderem também a utilizar tecnologias nas práticas pedagógicas, mostrando que podemos ser Ubuntu mesmo distanciados e nos mais diversos espaços.","PeriodicalId":485956,"journal":{"name":"Kwanissa Revista de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros","volume":"117 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135587496","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Ramos João Sacaia Fernando, Flávio Facha Gaspar, Ângela Roberta Lucas Leite
{"title":"(RE) PENSANDO AS RELAÇÕES BRASIL E PAISES AFRICANOS DE LÍNGUA OFICIAL PORTUGUESA (PALOP) E DESAFIOS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS BRASILEIRAS","authors":"Ramos João Sacaia Fernando, Flávio Facha Gaspar, Ângela Roberta Lucas Leite","doi":"10.18764/2595-1033v6n14.2023.2","DOIUrl":"https://doi.org/10.18764/2595-1033v6n14.2023.2","url":null,"abstract":"Objetiva-se com este estudo refletir sobre os desafios das políticas públicas brasileiras na adaptação de migrantes africanos no Brasil, levando-se em consideração o acordo estabelecido entre Brasil e países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP). Adotou-se na metodologia a abordagem qualitativa e de objetivos exploratórios, na qual utilizou-se para coleta de dados os levantamentos bibliográfico e documental, bem como a análise de conteúdo para organização e classificação dos materiais. Os resultados apontaram que os desafios impostos ao Governo brasileiro, referentes à adaptação desses imigrantes são inúmeras e estão relacionadas aos aspectos jurídicos, econômico, social e cultural, tais como: inserção no mercado de trabalho formal, disfunção burocrática (REDTAPE), a legalização junto a polícia federal, a inserção no CAD-único do governo federal, políticas públicas na área da saúde (feminino), e educacionais. Diante destes problemas públicos, o governo brasileiro tem buscado parcerias com outros atores, como o Comité Nacional para os Refugiados (Conare) e a Organização Internacional para os Imigrantes (OIM) para tentar amenizar a situação desses migrantes africanos e facilitar a sua adaptação.","PeriodicalId":485956,"journal":{"name":"Kwanissa Revista de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros","volume":"26 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135587571","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Josenaide Engracia dos Santos, Ana Laura Gomes Moura, Jessica Daiane Matias Silva, Micaele Bastos Avelar
{"title":"TALVEZ EU SEJA “PRETA DEMAIS”","authors":"Josenaide Engracia dos Santos, Ana Laura Gomes Moura, Jessica Daiane Matias Silva, Micaele Bastos Avelar","doi":"10.18764/2595-1033v6n14.2023.11","DOIUrl":"https://doi.org/10.18764/2595-1033v6n14.2023.11","url":null,"abstract":"Historicamente, mulheres negras experimentam múltiplas adversidades devido ao racismo e sexismo que refletem no seu campo afetivo. Para a sociedade, ser negra significa ser tomada, ser subjugada e sofrer violência. Entretanto, poucos são os estudos que abordam racismo, gênero e afetividade. O objetivo desta pesquisa foi compreender as implicações de ser mulher negra no campo afetivo. Como metodologia, adotou-se a pesquisa qualitativa construcionista social, que utiliza o Mapa de Associações de Ideias para a análise dos discursos de cinco mulheres autodeclaradas negras. Os resultados sugerem que a estética e mulheres negras são espaços em que o preconceito racial se retroalimenta, no campo afetivo. Quanto mais melanina, menos amor, mais humilhação e solidão. Os resultados foram apresentados em quatro temáticas juntamente com os discursos das participantes. Portanto, conclui-se que, quanto mais características africanas, menos amor e mais solidão afetiva. Contudo, as situações relatadas também sugerem a possibilidade de reversão desse processo com o aquilombamento, uma forma de resistência e possibilidade de novas formas de suporte entre as mulheres negras.","PeriodicalId":485956,"journal":{"name":"Kwanissa Revista de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros","volume":"233 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135587573","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"OS SABERES LOCAIS E O DIREITO COSTUMEIRO NO CURRÍCULO EM MOÇAMBIQUE","authors":"Guilherme Basilio","doi":"10.18764/2595-1033v6n14.2023.6","DOIUrl":"https://doi.org/10.18764/2595-1033v6n14.2023.6","url":null,"abstract":"O presente artigo Os saberes locais e o direito costumeiro no currículo em Moçambique: uma fundamentação epistemológica enquadra-se nas epistemologias outras e se propõe a discutir sobre a o estatuto epistemológico dos saberes locais e do direito costumeiro no currículo e a sua relação com os saberes escolares. O nosso pressuposto é de que os saberes locais e o direito costumeiro são a fonte do conhecimento e do direito positivo. A sua fundamentação epistemológica no currículo é feita pelos especialistas de educação, do direito, políticos e pesquisadores de diferentes domínios de saber. Em Moçambique, a fundamentação epistemológica da cultura, dos saberes locais e das práticas costumeiras na escola, ganhou ênfase com a introdução do currículo local, uma componente do currículo nacional que integra conteúdos culturais relevantes para aprendizagem, em 2004. A pesquisa se fundamenta em trabalhos publicados de autores, como: Santos (1997, 2009); Castiano (2013, 2015) Basílio (2012, 2013, 2019), Geertz (1989, 2003), INDE (2004), Lyotard (1989). Em termos metodológicos, a pesquisa é bibliográfica. Os autores entendem que a temática é fundamental porque permite compreender a relação epistemológica entre os saberes e as práticas culturais locais e o currículo enriquecendo, desta forma, a literatura educacional em Moçambique.","PeriodicalId":485956,"journal":{"name":"Kwanissa Revista de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros","volume":"105 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135587499","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"AS SEGUNDAS NÚPCIAS DE FORROS","authors":"Pollyanna Gouveia Mendonça Muniz","doi":"10.18764/2595-1033v6n14.2023.13","DOIUrl":"https://doi.org/10.18764/2595-1033v6n14.2023.13","url":null,"abstract":"Pedro da Silva, crioulo forro, natural de Cabo Verde e João Damasceno, preto forro, natural do Rio Grande do Norte, foram dois homens marcados pelo estigma da escravidão. Suas trajetórias demonstraram ter em comum o desejo de se casarem novamente depois de ficarem viúvos. Os seus Autos de Justificação de Viuvez, documentos da Câmara Episcopal do Bispado do Maranhão, permitem lançar uma lente de aumento sobre questões muito importantes na sociedade colonial, tais como o matrimônio, a escravidão e a atuação dos vigários-gerais e provisores na tentativa de controle moral das populações mesmo em tempo de ausência dos bispos. Na normativa do Juízo Eclesiástico os trâmites exigidos para o casamento não eram diferentes para livres, escravizados ou libertos. Conforme a legislação todos os leigos deveriam passar pelos estágios exigidos pela Igreja para alcançarem o status de casados. Em ambos os casos, foi preciso a inquirição de testemunhas e a coleta de informações em mais de um espaço. Trataram-se de histórias que conectam Cabo Verde, Lisboa e o Maranhão, no caso de Pedro da Silva, e a Capitania do Piauí e o Maranhão, no caso de João Damasceno. O objetivo desta investigação é analisar como os processos de comprovação do estado de viúvo de dois homens forros permitem discutir a importância do sacramento do matrimônio numa sociedade escravista. Palavras-chave: Viuvez, Casamento, Escravidão, Maranhão, vigários-gerais.","PeriodicalId":485956,"journal":{"name":"Kwanissa Revista de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros","volume":"55 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135587570","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"ESPAÇO, LUGAR E APROPRIAÇÃO EM NARRATIVAS COLONIAIS","authors":"Felipe Vilas Bôas","doi":"10.18764/2595-1033v6n14.2023.8","DOIUrl":"https://doi.org/10.18764/2595-1033v6n14.2023.8","url":null,"abstract":"As linhas que seguem são uma tentativa de verificar a potencialidade de se investigar a relação entre espaço e sociedade na região de Kassanje, Angola, no século XIX, buscando compreender a utilização de relatos coloniais para inserir os subsídios espaciais para além de palco de acontecimentos, mas como um elemento importante na construção de narrativas coloniais. Para tal, se lança atenção à narrativa produzida pelo Capitão e Diretor da feira de Kassanje, Antonio Rodrigues Neves, além do breve relato de seu superior, o Major Francisco de Salles Ferreira. Os testemunhos trazem elementos importantes para inferência não apenas por seus conteúdos, mas porque se inserem em uma produção colonial que está intimamente ligada ao contexto de conflitos abertos entre portugueses e africanos no entremeio do século XIX, pautado por ideais do liberalismo e da garantia de forças políticas crivadas por tensões comerciais herdadas da Independência do Brasil, da paulatina queda do comércio de escravizados e de tentativas outras de inserções comerciais em Angola. Tal objetivo permite abrir um leque de questões, como os motivos que levaram a historiografia a não depositar interesse na espacialidade do território Kassanje e tampouco a interação entre espaço e sociedade no contexto colonial africano oitocentista.","PeriodicalId":485956,"journal":{"name":"Kwanissa Revista de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros","volume":"51 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135587566","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Lisa Victória Lopes Gonzaga de Souza, Suzana Santos Libardi
{"title":"ENTRE PRESERVAR E TRANSFORMAR","authors":"Lisa Victória Lopes Gonzaga de Souza, Suzana Santos Libardi","doi":"10.18764/2595-1033v6n14.2023.7","DOIUrl":"https://doi.org/10.18764/2595-1033v6n14.2023.7","url":null,"abstract":"Este trabalho trata de práticas culturais das gerações mais novas de uma comunidade quilombola do Sertão nordestino, localizada no município de Água Branca-AL, Brasil. Foram realizadas 11 oficinas com 37 crianças quilombolas e 2 idosos/as. A partir do protagonismo das crianças, foram executadas caminhadas pelo território, rodas de conversas, diálogos intergeracionais, brincadeiras e confecção de brinquedos ensinados por essas gerações. Com as atividades realizadas, os/as participantes mais jovens explicitaram sua identidade quilombola ligada essencialmente ao que fazem no território; envolvendo práticas culturais específicas da sua posição geracional enquanto crianças. Identificamos como exemplos dessas práticas: cantigas populares; brincar de ximbra; confeccionar bonecas e petecas de milho, carrinhos de bananeira e/ou de lata; se envolver (ou não) no artesanato local; cantar e dançar funk. Com base nestas experiências e nos estudos de culturas infantis, compreendemos que, ao mesmo tempo em que as crianças preservam parte da tradição popular, passada de geração em geração, elas também são catalisadoras de algumas transformações culturais locais. Como conclusão, é relevante a desconstrução da imagem generalizada dos quilombos apenas como locus de transmissão e reprodução das tradições, bem como das crianças marcadamente como receptoras da cultura dos/as mais velhos/as.","PeriodicalId":485956,"journal":{"name":"Kwanissa Revista de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros","volume":"36 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135587569","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}