{"title":"Filósofos, magos e músicos: Ficino, Shakespeare e os filhos de Saturno","authors":"Jonathan Molinari","doi":"10.36592/9786587424996-07","DOIUrl":"https://doi.org/10.36592/9786587424996-07","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":418975,"journal":{"name":"Música, Linguagens e Sensibilidades: Ensaios","volume":"127 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126263303","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Aura na música eletrônica de concerto","authors":"Henrique Flávio Rodrigues da Silveira","doi":"10.36592/9786587424996-13","DOIUrl":"https://doi.org/10.36592/9786587424996-13","url":null,"abstract":"Frank Cox, em seu artigo Aura e Musica Eletronica (2006), tece uma critica a manutencao na contemporaneidade dos pressupostos que existiam no inicio da musica eletronica de concerto e propoe encaminhamentos esteticos alternativos. Segundo o autor, a musica eletronica, com a sua presenca tornada ubiqua e sua artificialidade naturalizada, teria perdido sua vivacidade. A solucao, entretanto, nao passaria por aproximar-se ao modelo pos-auratico da obra de arte, tal como proposto por Walter Benjamin em seu celebre ensaio (2012), eliminando toda aura; tampouco seria o caso de criar um simulacro eletronico a ela, mas sim de criar um novo tipo de aura, guiada por ideais projetivos inerentes em uma peca musical eletronica. Uma \"aura virtual\", honorifica e que indica ria que se est aria em presenca de uma totalidade artistica unica. Mas de que maneira essa nova proposicao remete ao texto de Benjamin? A musica e, pois, alografica, no sentido dado por Goodman (1976): nao ha distincao entre uma obra falsa e uma original implicando que uma copia a mais exata possivel nao conte como genuina. A aura deve, portanto, dar-se na relacao de identidade musical da obra, nao possuindo um suporte material unico. Torna-se possivel acompanhar a trajetoria identitaria em termos de diferentes abordagens na performance, interpretacoes variadas e uma historia de seus suportes e notacoes, bem como de execucoes. Entretanto, o paradigma fundacional criticado por Cox dispensaria a aura por buscar (i) uma grande disponibilidade para a reproducao; (ii) reproducoes sempre iguais; (iii) uma relacao de imediaticidade com o ouvinte. E entao Adorno que permite desviar o caminho e iluminar a proposta de Cox. Ja numa carta a Benjamin (2013), enfatiza a ideia do valor de culto e defende o carater autonomo da obra de arte nao-reprodutivel, que ainda mesclaria em seu cerne de modo dialetico o magico e o signo da liberdade. Assim, liga a ideia de aura a de consistencia artistica e necessidade de expressao numa obra que, ao buscar uma unicidade especial, faz emergir , no polo de sua autenticidade, o seu carater auratico. Com isso, reavaliamos Cox e identificamos na sua proposta um retorno a ideias modernistas onde (i) a musica eletronica de concerto procur a se adequar ao paradigma da obra de arte orgânica , e (ii) seu contexto de execucao e feito equivalente ao de uma performance de musica contemporânea de concerto. Isto seria uma reaproximacao ao carater simbolico, de todo orgânico, que tracaria suas condicoes de fruicao a partir de uma tradicao, em contraposicao ao que seria alegorico, fragmentario, ligado a uma atitude apropriativa-interpretativa. Mas e o que Cox trata como fulguracao? Em sua proposta, o que deveria ser procurado e o sentido de completude que remete ao contato com uma vida propria, que cintila dentro de si mesma. Na musica eletronica, essa fulguracao seria figurada, isto e, incluida no plano composicional de modo a distribuir no todo a unicidade como identidade e nao apenas","PeriodicalId":418975,"journal":{"name":"Música, Linguagens e Sensibilidades: Ensaios","volume":"10 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-09-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121492278","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}